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domingo, 5 de setembro de 2010

Sevilha - Espanha

Sevilha é uma cidade espanhola situada a sudoeste da Península Ibérica e a capital da província homônima, na Comunidade Autônoma da Andaluzia, é a quarta maior cidade espanhola (703.206 habitantes) e a quarta maior área metropolitana por número de habitantes (1 493 416 na área metropolitana, de um total de 1 900 224 na província - dados de 2009).



História
  • A época tartésica
Não há certeza, porém pensa-se que foi fundada pelos tartessos, concretamente os turdetanos, cerca do século XIII aC, com o nome de "Hispal". Depois foi ocupada pelos fenícios e cartagineses.

  • A época romana
As tropas romanas entram no ano 206 aC, comandadas pelo general Escípio, derrotam os cartagineses, que habitavam e defendiam a região, e convertem-se nos seus sucessores no sul peninsular. O general não tinha confiança na cidade pelo carácter agressivo e violento dos cartagineses, e decidiu fundar uma cidade num local próximo e ao mesmo tempo afastado para evitar beligerâncias, e é assim que nasce Itálica, atualmente em ruínas. Os romanos latinizaram o nome da cidade e chamaram-lhe Híspalis. Durante este período foi um dos conventos jurídicos da Bética, o Hispalense.

  • A época visigoda
Em 426 foi tomada pelos vândalos com Gunderico como dirigente, um século depois foram substituídos pelos visigodos, e com Recaredo alcançou Sevilha o máximo apogeu da época. Depois da invasão muçulmana a Espanha, Sevilha converteu-se junto com Córdoba numa das cidades mais importantes do ocidente europeu.

  • A época moura
Em 712 Musa, acompanhado pelo seu filho Abd al-Aziz ibn Musa e com um exército de 18.000 homens, cruzou o estreito e procedeu à conquista do resto do território visigodo. Ocupou Medina-Sidonia, Carmona e Sevilha e, seguidamente, atacou Mérida que após um ano de sitiada a conquistou. A cidade passou a ser território mouro. Desde Mérida, Musa, dirigiu-se a Toledo. Foram os mouros que lhe deram o nome de Ishbiliya (árabe أشبيليّة) que derivou depois em Shbiya para terminar no nome atual. Nesta época a sua riqueza cultural cresceu enormemente pela cultura árabe, em tanto que tinha dependência do Califado de Córdoba convertendo-se na mais importante de Al-Andalus. Foi capital dum dos reinos de taifas mais poderosos desde 1023 até 1091 governado pela família dos abádidas. Na época almóada construíram-se a Giralda, o Alcázar e a Igreja de São Marcos. Entre finais do século XI e até meados do século XII assentaram-se os almorávides na cidade, uma época muito boa para os negócios e a arquitetura. Os cristãos reconquistaram a cidade em 1248 durante o reinado de Fernando III de Castela.

  • A baixa Idade Média
Depois da reconquista uma nova cultura tomou a cidade, os judeus, vinham desde todos os lugares, principalmente de Toledo e com certeza os que um século anterior tinham sido fugidos do rio Betis a Tejo, alguns dos mais influentes foram beneficiados com o reparto da cidade. Nunca foram bem vistos, pela sua destreza econômica e pela rivalidade que tinham com alguns clérigos. Entre os anos 1354 e 1391 a alfama foi continuamente assaltada e saqueada. A partir de então a falsa conversão de alguns praticantes de outras religiões, permitem-se atos inquisitivos na cidade, e é assim como celebrou-se o primeiro auto de fé em Sevilha a 6 de fevereiro de 1483, no que foram queimadas vivas seis pessoas. Um decreto de 1483 anunciou que começava-se a expulsar da região andaluza em geral os judeus que não foram batizados, em 1492 foram desterrados os judeus de todo o país.

  • O descobrimento das Américas
O descobrimento do Novo Mundo em 1492 foi muito significativo para a cidade, que se converteria no primeiro porto de saída europeu até a América. Sevilha era em finais do século XVI um dos principais portos castelhanos no comércio com a Inglaterra, Flandres e Génova fundamentalmente.

Os reis fundaram a "Casa de Contratación" (atualmente é o Arquivo de Indias), desde Sevilha dirigia-se e contratavam as viagens, controlando as riquezas que entravam da América, e era o principal porto de ligação. Nesta época teve uma grande expansão urbana superando os 100.000 habitantes, convertendo-se na maior cidade da Espanha. Mesmo assim converteu-se numa metrópole com consulados de todos os países da Europa, e comerciantes vindos de todo o continente que ficavam estabelecidos em Sevilha para realizar as suas empresas. Isto foi o que converteu a cidade num centro multicultural, com um forte florescimento das artes, em especial da arquitetura, escultura, pintura e literatura, jogando um papel importante no Século de Ouro espanhol. Nesse século terminaram as obras de construção da Sé, e outros edifícios novos como a Casa Pilatos, o Palácio de las Dueñas, e a Colegiata do Salvador. Também, como Sevilha era porto de América, foi residência de geógrafos e cartógrafos, como Américo Vespucio que faleceu nesta cidade a 22 de fevereiro de 1512.

  • O século XVII
A partir do século XVII e século XVIII a sorte de Sevilha começa a mudar, a principal causa é que a Casa da Contratação, passou a ser controlada desde o porto de Cádiz com o que a cidade tinha rivalidade. Também sofreu a crise econômica que afetou toda a Europa além das habituais inundações e outras calamidades como foi a epidemia com a que foi atingida em 1649, com mais de 60.000 mortos, aproximadamente 46% da população existente, passando Sevilha de 130.000 para 70.000 habitantes. Nem tudo foram desgraças para a cidade, já que foi o início de uma boa época para as artes em todas as manifestações. Sevilha, empolgada pelo espírito contra-reformista transformou-se numa cidade convento. Em 1671 havia 45 mosteiros de frades e 28 de freiras. Franciscanos, dominicanos, agostinhos e jesuítas instalaram-se nela.
  • O século XVIII
A invasão francesa também afetou Sevilha. Foi o Marechal Víctor com as suas tropas acompanhado do rei José Napoleão (José I), quem ocupou a cidade, sem disparar um único tiro, desde 1 de fevereiro de 1810 até 27 de agosto de 1812 quando tiveram de retirar devido aos contra-ataques desferidos pelas tropas anglo-espanholas.
  • O século XIX
Durante o século XIX chegou o comboio. Para a sua construção foi necessário derrubar as milenárias muralhas que circundavam a cidade, que, assim, começou a expandir-se.
  • O século XX
A Guerra Civil Espanhola também afetou à capital andaluza (onde o general Gonzalo Queipo de Llano se apoderou do comando da 2ª Divisão Orgânica), quando caiu nas mãos dos sublevados ao mesmo tempo que Cádis, Granada e Córdoba. Foi também sede da "Exposição Iberoamericana" em 1929 e da Exposição Mundial de 1992. Da primeira, o monumento mais destacado que permanece é a Praça de Espanha. Da Expo'92, permanecem parte das instalações que foram reconvertidas no parque tecnológico mais importante da Andaluzia, o parque temático "Isla Mágica" e a monumental ponte do Alamillo sobre o rio Guadalquivir do arquiteto Santiago Calatrava. Destaca-se na atualidade a realização das obras do Metro de Sevilha.


Clima
O clima de Sevilha é mediterrânico, com influências continentais. A temperatura media anual é de 18,6 °C, o que faz desta cidade uma das mais quentes de Europa. Os invernos são suaves. Janeiro é o mês mais frio, com médias entre 5,2 °C e 15,9 °C e os verões são muito quentes. Julho possui as médias mais altas, entre 19,4 °C e 35,3 °C e todos os anos superam-se os 40° em varias ocasiões. As temperaturas extremas registadas na estação meteorológica do Aeroporto de Sevilha foram de -5,5 °C, em 12 de fevereiro de 1956 e 46,6 °C, em 23 de julho de 1995. Há um recorde não homologado pelo Instituto Nacional de Meteorología que é de 47,2 °C em 1 de agosto de 2003. As precipitações são de 534 mm por ano, concentradas de outubro a abril. Dezembro é o mês mais chuvoso, com 95 mm. Há 52 dias de chuva por ano, 2.898 horas de sol e 4 dias de leve possibilidade de gelo.


Festas Populares
  1. A principal festa de Sevilha é a Semana Santa, na qual 59 irmandades desfilam pelas suas ruas, saindo dos diversos templos até à "Carrera Oficial" (percurso oficial obrigatório para todas), que começa na Campana e finaliza ao sair da Catedral, onde se realiza a estação de penitência. Um terço da população participa nas confrarias como irmãos da luz, "costaleros" ou membros de uma banda.
  2. A "Feria de Abril", festa de carácter folclórico que reúne cada ano milhares de pessoas vindas de toda Espanha no recinto "ferial". São típicas as "casetas" (barracas com forma de tendas) onde as pessoas se reúnem para cantar e dançar sevilhanas e flamenco. Durante a semana de "feria" realizam-se uma série de touradas de fama nacional, na conhecida praça de touros de Sevilha "La Maestranza".







Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Verona, Itália

Verona é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Verona, com cerca de 256.110 habitantes. Estende-se por uma área de 206,63 km2, tendo uma densidade populacional de 1182 hab/km2. Faz fronteira com Bussolengo, Buttapietra, Castel d'Azzano, Grezzana, Mezzane di Sotto, Negrar, Pescantina, Roverè Veronese, San Giovanni Lupatoto, San Martino Buon Albergo, San Mauro di Saline, San Pietro in Cariano, Sommacampagna, Sona, Tregnago, Villafranca di Verona. É banhada pelo rio Adige e dista uns 30 km do Lago de Garda.


História
A cidade de Verona, ao que parece foi fundada pelos Celtas. Mais tarde, foi uma colônia romana em 89, com o nome de Augusta. Foi capital de ducados durante a Reino Lombardo. Em 145 foi uma colônia de monges Benedetinos. Chegou a ostentar a supremacia artística de toda a Itália, sendo sede de uma escola pictórica onde se destacou Paolo Veronese. Verona foi palco para a célebre matança de franceses conhecida com o nome de Páscoas Veronesas. Foi incorporada ao Reino da Itália, em 1866, com a Terceira Guerra da Independência Italiana.

A cidade foi declarada patrimonio da humanidade pela UNESCO por causa da sua estrutura urbana e arquitetura: Verona é um maravilhoso exemplo de cidade que se desenvolveu progressivamente e sem interrupçoes durante dois mil anos , integrando elementos artisticos de altissima qualidade dos diversos periodos que se seguiram, representa também , em um modo excepcional o conceito de uma cidade fortificada em etapas determinantes da historia europeia.


Monumentos
Possui vários monumentos, como:
  • Anfiteatro romano (foto ao lado)
  • Catedral gótica (séc X)
  • Igreja românica de São Zeno
  • Vários palácios, como o Palazzo del Consiglio
  • Castel Vecchio
  • Ponte Scaligero (1354)



Curiosidades
Verona é um dos locais onde se passa a história da peça Romeu e Julieta escrita por William Shakespeare. No centro da cidade existe uma vila onde, pelo que conta a história, Julieta morava. Este é um grande marco da cidade, que recebe a fama de cidade dos namorados, atraindo centenas de turistas. Passa-se também parte da história de William Shakespeare "A Megera Domada". (foto ao lado do balcão de Julieta)



Fonte: Wikipédia

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sábado, 7 de agosto de 2010

Algarve – Portugal


O Algarve constitui uma das regiões turísticas mais importantes de Portugal e da Europa. O seu clima temperado mediterrânico, caracterizado por invernos amenos e curtos e verões longos, quentes e secos, as águas tépidas e calmas que banham a sua costa sul, as suas paisagens naturais, o patrimônio histórico e etnográfico ou a sua deliciosa e saudável gastronomia são atributos que atraem milhões de turistas nacionais e estrangeiros todos os anos e que fazem do Algarve uma das províncias mais ricas e desenvolvidas do país.




Durante séculos, foi ponto de passagem para vários povos, incluindo os Tartessos, Fenícios, Gregos e Cartagineses. Fez parte do vasto Império Romano, ostentando cidades relevantes como Balsa e Ossónoba, e durante cerca de cinco século esteve sob o domínio dos povos islâmicos, atingindo um elevado esplendor cultural e econômico. Terminada a conquista da região durante o reinado de D. Afonso III, o antigo Al-Gharb mourisco foi incluído no reino cristão mais ocidental da Penísula Ibérica, entrando numa certa decadência que seria interrompida já no século XV pela odisseia da exploração da costa africana e da conquista das praças marroquinas, sob o comando do Infante D. Henrique. Com o fim da presença lusitana nas praças africanas, a região entrou novamente numa certa decadência, acentuada pela destruição imposta pelo terramoto de 1 de novembro de 1755. Posteriormente, o Algarve iniciou o século XX como uma região rural, periférica, com uma economia baseada na cultura de frutos secos, na pesca e na indústria conserveira. Contudo, a partir dos anos 60, dá-se a explosão da indústria do turismo, mudando assim por completo a sua estrutura social e econômica.

Desde os alvores do reino, constituiu uma região bem delimitada e individualizada, não só em termos geográficos mas também do ponto de vista identitário, com características históricas, climáticas, etnográficas, arquitéctônicas, gastronômicas e econômicas muito próprias.

Atualmente, o turismo constitui o motor economico do Algarve. A antiga província tradicional possui algumas das melhores praias do Sul da Europa, e condições excepcionais para a prática de atividades e desportos ao ar livre.

Sendo a região mais a sul de Portugal Continental, ocupa uma área de 5,412 km² e nela residem 458,734 habitantes (INE 2010).



História

– Etimologia
O termo "Algarve" provém de "al-Gharb al-Ândalus" nome dado ao atual Algarve e baixo Alentejo durante o domínio muçulmano, significando "Andaluz Ocidental", pois era a parte ocidental da Andaluzia muçulmana.

– Ocupação árabe
As regiões espanholas e portuguesas outrora conhecidas por al-gharb al-Andalus (em árabe: الغرب الأندلس) eram o mais importante centro muçulmano da época da "Hispânia Islâmica", sendo assim o centro islâmico da cultura, ciência e tecnologia. Nessa altura, a principal cidade da região era Silves, que, quando foi conquistada pelo rei D. Sancho I, dizia-se ser cerca de 10 vezes maior e mais fortificada que Lisboa. O Algarve foi a última porção de território de Portugal a ser definitivamente conquistado aos mouros, no reinado de D. Afonso III, no ano de 1249.

– Conquista portuguesa
Segundo alguns documentos históricos, a conquista definitiva do Algarve aos mouros neste reinado, nomeadamente a tomada da cidade de Faro, foi feita de forma relativamente pacífica. No entanto, apenas em 1267 - no tratado de Badajoz - foi reconhecida a posse do Algarve como sendo território português, devido a pretensões do Reino de Castela. Curiosamente, o nome oficial do reino resultante seria frequentemente designado de Reino de Portugal e do Algarve, mas nunca foram constituídos dois reinos separados. A zona ocidental do Algarve é designada por Barlavento e a oriental por Sotavento. A designação deve-se com certeza ao vento predominante na costa sul do Algarve, sendo a origem histórica desta divisão incerta e bastante remota. Na Antiguidade os Romanos consideravam no sudoeste da península Ibérica a região do Cabo Cúneo - que ia desde Mértola por Vila Real de Santo Antônio até à enseada de Armação de Pêra - e a região do Promontório Sacro - que abrangia o restante do Algarve. O primeiro-ministro do rei D. José I, o Marquês de Pombal tentou efetuar uma divisão, nunca reconhecida pelo Papado Romano, da diocese de Faro em dois bispados: Faro e Vila Nova de Portimão. O limite entre eles era a ribeira de Quarteira e o seu prolongamento em linha reta até ao Alentejo.


Geografia
O Algarve confina:
  • a norte com a região do Alentejo (sub-regiões do Alentejo Litoral e Baixo Alentejo),
  • a sul e oeste com o Oceano Atlântico, e
  • a leste o Rio Guadiana marca a fronteira com Espanha.
O ponto mais alto situa-se na serra de Monchique, com uma altitude máxima de 902m (Pico da Foia).

– A região é subdividida em duas zonas:
  1. a Ocidente (o Barlavento) – 8 municípios, cidade principal Portimão. Serra Foia, rio Arade.
  2. a Leste (o Sotavento) – 8 municípios, cidade principal Faro. Serra Caldeirão, rio Guadiana.


Um hospital principal em cada uma das zonas garante os cuidados de saúde em todo o Algarve. Em termos de infraestrutudas, o Aeroporto Internacional está numa zona e o Autódromo Internacional noutra. Finalmente, desportivamente, a disputar a segunda liga de futebol, o "pseudo-concurso" entre históricos do futebol algarvio, na tentativa de saber qual o primeiro a ascender ao escalão principal, se o Portimonense - representante do Barlavento - ou se o Olhanense - pelo lado sotaventista.



A Ria Formosa é um brejo, um atoleiro situado na província do Algarve em Portugal, que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo Antônio, abrangendo uma área de cerca de 18.400 hectares ao longo de 60 km desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.


  • A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar quase paralelo à orla continental, formado por duas penínsulas (a de Faro, que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro; e a de Cacela, que engloba a praia da Manta Rota) e cinco ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas), que servem de protecção a uma vasta área de sapal, canais e ilhotes.
  • A norte, em toda a extensão, o fim da laguna não tem uma delimitação precisa, uma vez que é recortada por salinas, pequenas praias arenosas, por terra firme, agricultável e por linhas de água doce que nela desaguam (Ribeira de São Lourenço, Rio Seco, Ribeira de Marim, Ribeira de Mosqueiros e o Rio Gilão).
Tem a sua largura máxima junto à cidade de Faro (cerca de 6 km) e variações que nos seus extremos, a Oeste e a Este, atingem algumas centenas de metros. A sua fisionomia é bastante diversificada devido aos canais formados sob a influência das correntes de maré, formando assim, uma rede hidrográfica densa.

É uma zona úmida de importância internacional como habitat de aves aquáticas. A zona é objeto de monitorização permanente, sendo ainda local de estudo para muitos alunos da Universidade do Algarve.




– Clima
Um dos principais traços distintivos da região algarvia constitui o seu clima. As condições climáticas que o senso-comum atribui geralmente ao clima algarvio podem ser encontradas em todo o seu esplendor no barrocal e no litoral sul, especialmente no região central e no sotavento algarvio.

Um conjunto de características base resumem o clima da região, em especial do barrocal e do litoral sul: verões longos e quentes, invernos amenos e curtos, precipitação concentrada no outono e no inverno, reduzido número anual de dias com precipitação e elevado número de horas de sol por ano.

A temperatura média anual do litoral do sotavento e da região central do Algarve é mais elevada de Portugal Continental e uma das mais elevadas da Península Ibérica, rondando os 18 °C.

O clima do Algarve, segundo a classificação de Koppen, divide-se em duas regiões: uma de clima temperado com inverno chuvoso e Verão seco e quente (Csa) e outra de clima temperado com Inverno chuvoso e verão seco e pouco quente (Csb). Com exceção da Costa Vicentina e das serras de Monchique e de Espinhaço Câo, toda a região algarvia possui um clima temperado mediterrânico do tipo Csa.

No litoral do sotavento algarvio as noites tropicais (noites com temperatura mínima igual ou superior a 20 °C) são frequentes durante o período estival. De fato, a temperatura mínima mais alta de sempre registada em Portugal pertence à estação meteorológica de Faro: 32,2 °C, a 26 de julho de 2004.



Fonte: Wikipédia

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sábado, 24 de julho de 2010

Provença-Alpes-Costa Azul


Provença-Alpes-Costa Azul (em francês Provence-Alpes-Côte d'Azur) é uma das 26 regiões administrativas da França. Constantemente chamada de PACA, nome originado por suas iniciais. Situada na região sul da França, faz limite com a Itália ao leste, com a região de Ródano-Alpes ao norte, com a região Languedoc-Roussillon ao oeste e banhada pelo mar Mediterrâneo ao sul. A região é dividida em seis departamentos e sua prefeitura se situa na cidade de Marselha.




História
A região é formada por seis departamentos, que eram as províncias da Provença e do Delfinado (Dauphiné) durante o Antigo Regime. Uma parte de Vaucluse é resultado da anexação do condado durante o período revolucionário e a maior parte dos Alpes-marítimos da incorporação do condado de Nice a França durante o segundo império.

– Provence
Seu litoral foi colonizado inicialmente pelos gregos e fenícios. Com a invasão romana, recebeu o nome de Provintia Romana fazendo parte da Galia Transalpina. Foi dominada sucessivamente por vários povos germânicos como os ostrogodos, os burgundios e os francos. No ano de 879 a área foi incorporada ao reino de Provence, as vezes chamada Borgonha Cisjurana e no século X ao reino de Arles.

No início do século XII foi submetida a jurisdição dos condes de Barcelona e durante o governo de Pedro II (1177-1213) se viu afetada pela Cruzada promovida pelo papa Inocêncio III contra os albigenses (Catarismo).

Posteriormente perdeu toda autonomia, ficando submetida a Casa de Anjou que governou o território desde 1245 até 1482 , quando a região caiu ao domínio do rei Luis XI da França, sendo anexada em 1486.

Durante a revolução francesa foi dividida em três departamentos: Bocas do Ródano, Var e Alpes Marítimos.

– Condado de Nice
Era uma divisão adminstrativa do Condado de Savoia criado em 1388 e anexado a França em 1860 e hoje faz parte do departamento Alpes-Maritimes.

Em 1380, a duquesa Jeanne (conhecida como Rainha Jeanne) sem descententes adotou Louis d'Anjou, irmão do rei da França (Carlos V). O primo de Louis assassinou Jeanne e iniciou uma briga pela sua sucessão que terminaria com a vitória de Louis d'Anjou. Em 1388 foi feito um acordo entre o governador de Nice (Jean Grimaldi de Beuil) e o conde de Savoia (Amadeu VII) incorporou Nice à Savoia.

– Condado de Venaissin
Nome da região ao redor da cidade de Avinhão, hoje faz parte do atual departamento de Vaucluse.

– Delfinado
Sua atual capital é Grenoble. Seu último delfim, Humberto II, sem herdeiros vendeu sua província ao rei francês, Filipe VI, em 30 de março de 1349.



Demografia
Com uma superfície de 31 838 km² é a sétima região em extensão na França. Possui 4,5 milhões de habitantes sendo a terceira mais povoada onde a grande maioria da população se concentra no litoral junto ao mar mediterrâneo.

Possui seis departamentos:
  1. Alpes da Alta Provença
  2. Alpes Marítimos
  3. Bocas do Ródano
  4. Altos Alpes
  5. Var
  6. Vaucluse


– Relevo
Compreende zonas de altas montanhas, os Alpes se situam ao sudoeste. Seu pico mais alto é a montanha Barre des Écrins (4102 m). Destacam-se ainda a planície litorânea.

– Clima
Clima mediterrâneo influênciado por ventos do norte (o mistral).


Fonte: Wikipédia

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Murano, Itália


Descrita como uma ilha da Lagoa de Veneza de fato é um arquipélago de sete ilhas menores, das quais duas são artificiais (Sacca Serenella e Sacca San Mattia), unidas por pontes entre si. Tem aproximadamente 5500 habitantes e fica a somente 1 km de Veneza. Murano é um local famoso pelas obras em vidro, particularmente candeeiros. A princípio a ilha prosperou como porto pesqueiro e produção de sal.





Murano foi fundada pelos romanos, e desde o século VI foi habitada por gente procedente de Altino e Oderzo. A principio, a ilha prosperou como porto pesqueiro e graças à produção de sal. Era um centro de comércio. A partir do século XI a cidade começou a decair devido a muitos habitantes se mudarem para Dorsoduro. Tinham um grande poder local, como o de Veneza, desde o século XIII Murano foi governada por venezianos. Contrariamente a outras ilhas da lagoa, Murano cunhava as suas próprias moedas.

Em 1291, todos os cristaleiros de Veneza foram obrigados a mudar-se a Murano devido ao risco de incêndio, porque a esmagadora maioria dos edifícios de Veneza era construída em madeira. Durante o século XIV, as exportações começaram e a ilha ganhou fama, inicialmente pelo fabrico de missangas de cristal e de espelhos. O cristal aventurine foi inventado na ilha e, durante algum tempo, Murano chegou a ser o maior produtor de cristal da Europa. O arquipélago, mais tarde, ficou conhecido pelo fabrico de lustres. Embora tenha havido grande queda durante o século XVIII, a cristalaria continuou a ser a industria mais importante da ilha.

No século XV, a cidade tornou-se popular como lugar de férias dos venezianos, e construiu-se um palácio, mas esta moda extinguiu-se depois. O campo da ilha era conhecido pelas suas árvores de frutas e jardins até ao século XIX, quando começaram a construir-se mais casas.


– As atrações da ilha são:
  • Igreja de Santa Maria e São Donato (imagem ao lado), conhecida pelos seus mosaicos bizantinos do século XII, e porque se diz que alberga os ossos de um dragão que matou São Donato;
  • Igreja de São Pedro Mártir;
  • Palácio da Mula.




As atrações relacionadas com o cristal incluem muitas obras neste material, algumas delas da época medieval, em espaços abertos ao público. Há um Museu do Cristal (Museo Vetrario) que se encontra no Palácio Giustinian.







Fonte: Wikipédia

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sábado, 17 de abril de 2010

Reims, França






O Condado de Reims surgiu como decorrência do poderio de Herberto II (902-943), conde de Vermandois, nos domínios de Saint-Quentin (Aisne) e Péronne (Somme), França.









A história do condado estará sempre ligada ao bispo local e ao papel que ele desempenha e aos ataques dos povos germânicos, o que faz com que já no final do século III ou início do IV, se dê a construção de muros em torno de Reims, apoiada nos quatro arcos de triunfo construídos no cardo e decumanus, arcos e portões são transformadas em parede. O bispo Nicásio, construiu a primeira catedral na primeira metade do V sobre as antigas termas galo-romanos. Este edifício era dedicado à Virgem Santíssima, e foi onde se realizou no ano de 498 o batismo de Clóvis I pelo bispo Remígio.

Em 816 Luís o Pio, filho de Carlos Magno, escolheu Reims para sua consagração como imperador. A importância que eles davam à cidade fez com que incumbissem ao bispo Ebbo (816-835) de iniciar a contrução (816) de uma nova catedral para substituir o edifício do século V. O bispo Hincmar (845-882) manteve a nova construção e a consagrou em 862. Muitos destas igrejas, edifícios e as muralhas foram destruídas durante os ataques normandos de 883 e 887.

Herberto II foi o mais famoso dos condes de Vermandois e de sua descendência surgiu a linhagem que governaria o condado de Reims. Seu terceiro filho Hugo de Reims (920 † 962), tornou-se o primeiro conde e igualmente bispo de Reims. O avô de Hugo Herberto I, pertencia à linhagem Carolíngia direta (masculina) e cuja descendência era:

1. Pepino II de Vermandois, seu pai;
2. Bernardo da Lombardia, seu avô;
3. Pepino da Lombardia, seu bisavô e
4. Carlos Magno, seu triavô.

No início de 451, Átila o Huno atravessou o Rio Reno e atacou diversas cidades da Gália. O bispo de Nicásio foi morto diante do altar da sua igreja em Reims. Os ataques de Átila culminariam com a Batalha dos Campos Cataláunicos.

É a cidade francesa onde Clóvis I foi batizado, após ter sido escolhida por Hugo Capeto, primeiro rei da dinastia capetiana, para sede de sua coroação. Passou então a ser sede de todas as coroações posteriores, sendo essas integralmente custeadas pelos burgueses da cidade. Os três últimos reis da dinastia Capeto, filhos de Filipe IV, o Belo, foram coroados em Reims num período de 7 anos, causando muita revolta aos burgueses locais, pela enorme despesa que acompanhava cada uma das coroações. Foram eles: Luís X (1289-1316), Filipe V (1291- 1322) e Carlos IV (1294-1328), coroados respectivamente em 1315, 1316, 1322.

Lista dos condes de Reims

• 925-931 : Hugo de Reims, arcebispo de Reims (920 † 962), filho de Herberto II de Vermandois
• 931-940 : Artaude de Reims, arcebispo de Reims († 962)
• 940-945 : Hugo de Reims, novamente
• 946-967 : Reinaldo de Roucy, conde de Roucy († 967)
• 967-982 : Herberto III, o Velho, conde de Omois e de Reims († 982), filho de Herberto II de Vermandois
• 982-995 : Eudes I, († 995), conde de Blois, de Chartres e de Reims, sobrinho do precedente
• 995-1004 : Teobaldo II, († 1004), conde de Blois e de Reims, filho do precedente
• 1004-1023 : Eudes II, († 1037), conde de Blois e de Reims, irmão do precedente

Em 1023, Eudes II foi obrigado pelo rei da França Roberto II a vender o condado de Reims a Ebles I de Roucy, arcebispo de Reims.



Reims hoje
Reims é uma comuna francesa na região administrativa de Champanha-Ardenas, no departamento Marne.
– área: 46,9 km²,
– população: 188.078 habitantes, segundo os censos de 2008,
– densidade: 3.991 hab/km².

Nesta cidade eram sagrados todos os reis da França, mas um evento deste porte não poderia acontecer em qualquer lugar. Era necessária a construção de uma catedral monumental. E em maio de 1211 o arcebispo Aubrey de Humbert lançou a pedra inaugural do que viria a ser uma das mais famosas catedrais góticas da história. Foram necessário 70 anos para concluir a fachada principal e a maior parte do interior da catedral. No entanto, guerras como a dos Cem Anos, contra a Inglaterra, a Grande Peste Europeia de 1348 trouxeram grandes atrasos ao projeto, que somente seria concluído 300 anos mais tarde. (Viagens & Imagens)


O nome da região onde Reims está situada é Champagne, assim nada mais natural que a famosa bebida que começou a ser aqui fabricada ganhasse o nome desta parte do país. Com o sucesso da bebida, todo mundo começou a querer fabricar Champagne, o que levou à criação de medidas legais para evitar a utilização indevida deste nome. Atualmente qualquer lugar do mundo pode produzir "Espumante", mas para que este produto possa receber o rótulo Champagne, ele tem necessariamente de ser produzido na região de Champagne, França. (Viagens & Imagens)



Fonte: Wikipédia

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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cartago - Tunísisa, África



Cartago é uma antiga cidade, originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia. Foi uma potência na Antiguidade, disputando com Roma o controle do mar Mediterrâneo. Dessa disputa originaram-se as três Guerras Púnicas, após as quais Cartago foi destruída. A antiga capital púnica é hoje um bairro de Túnis e uma estação arqueológica e turística importante, tendo sido classificado patrimônio mundial pela UNESCO em 1979.





História
Cidade da costa da África do Norte, numa península próxima da qual se encontra hoje a cidade de Túnis. Foi fundada por colonizadores fenícios de Tiro (antes da data tradicional de 814 aC). Cartago tornou-se, dentro de pouco tempo, a capital de uma república marítima muito poderosa, que substituiu Tiro no Ocidente, criou colônias na Sicília, na Sardenha, na Espanha, enviou navegadores ao Atlântico Norte e sustentou contra Roma, sua rival, as longas guerras conhecidas pelo nome de guerras púnicas (264-146 aC). Possuía também uma potente marinha de guerra.

Entre os séculos V e III aC envolveu-se em frequentes hostilidades com a Grécia e a Sicília. Foi com a Sicília que Cartago teve seu primeiro choque com Roma, e as três Guerras Púnicas acabaram com a destruição da cidade em 146 aC. A meio caminho entre estas duas cidades (e capitais de império) encontra-se a Sicília. O controle desta ilha foi determinante no decorrer das Guerras Púnicas porque a Sicília era o "celeiro" do mundo antigo.

– Primeira Guerra Púnica
Cartago tem forte controle marítimo no Mediterrâneo, tendo controle também da Sicília. Roma começa um embate para tomá-la, e sofre derrotas marítimas enormes. Apesar disso, os romanos conseguem descobrir o sistema usado por Cartago na produção de navios, usando de engenharia reversa nos navios cartaginenses capturados. Assim, Roma consegue remontar rapidamente sua esquadra e começa a virar o jogo contra Cartago. No final da Primeira Guerra Púnica, Roma detém o controle do Mediterrâneo e da Sicília.

– Segunda Guerra Púnica
A Segunda Guerra Púnica é resultado do revanchismo cartaginense contra os tributos impostos pela derrota na Primeira Guerra Púnica, contra os esforços de Roma para tomar suas novas colônias na Espanha e simplesmente por puro ódio a Roma. Surge um grande general chamado Aníbal, com ódio a Roma criado e desenvolvido desde criança por seu pai. Aníbal acredita ser capaz de derrotar o grande império com um exército de elefantes partindo do sul da Espanha, passando pelos Pirineus até atingir a península Itálica, algo que os italianos achariam impossível de ser realizado com boas razões.

Considerando o caráter extremante difícil e arriscado da missão de Aníbal, ele foi relativamente bem sucedido ao atacar a Itália, causando enormes estragos e quase fazendo Roma capitular. Mas os Romanos souberam contra-atacar, criando um cerco a Aníbal para acabar com suas provisões ao mesmo tempo que fizeram um ataque direto a Cartago enquanto eram atacados pelo mesmo. Aníbal foi obrigado a recuar e voltar para defender seu país. Apesar dos esforços de Aníbal, teve de pedir a paz aos romanos, comandados por Cipião, o Africano, ao fim da segunda guerra púnica.

– Terceira guerra púnica
Sendo derrotado mais uma vez, Cartago foi extorquida até os ossos por Roma, que lhe impôs uma dívida que, imaginavam os Romanos, levaria uns 50 anos para ser paga. Cartago, reconstruída novamente e com sua aptidão ao comércio, pagou tal dívida em 10 anos, o que deixou os romanos enfurecidos, e invejosos de seu sucesso comercial. Começou então o trabalho dentro do Senado romano pela destruição total de Cartago, a ganância dos senadores por suas riquezas foi decisiva em seu destino, mas os romanos precisavam de uma desculpa, que veio depois que Roma impôs condições extorsivas e inaceitáveis a Cartago, visando justamente enfraquecê-la e desprepará-la para uma guerra inevitável. A guerra então aconteceu e Cartago foi facilmente vencida.

O Fim do Império Cartaginense
As duas primeiras guerras com Roma reduziram em muito o tamanho do antigo império cartaginense, restando apenas áreas adjacentes à cidade de Cartago, que nunca foi forte militarmente, e ficou ainda menos depois dessas guerras. Governada por comerciantes, sem um exército poderoso, Cartago valia-se de mercenários que se insurgiram contra os cartagineses, minando suas defesas - certamente uma das causas para a derrota face aos romanos. Cartago estava agora totalmente à mercê da vontade de Roma. Foi destruída ao fim da terceira guerra púnica por Cipião Emiliano (146 aC). A cidade foi arrasada até aos seus alicerces e o chão foi salgado (colocado sal) para que nada nele crescesse. Esta atitude extrema deveu-se ao fato de Cartago ter sido a única potência que podia concorrer pelo domínio do Mediterrâneo ocidental. Roma e Cartago estavam sensivelmente colocadas no eixo central deste mar, num tempo que não comportava concorrência. A luta entre Roma e Cartago era exclusivista.

Cartago como parte do Império Romano
Refundada por César e Augusto como colônia romana (século I aC), novamente adquiriu grande prosperidade e sua população cresceu a ponto de se tornar a quarta maior cidade do Império Romano, com uma população estimada de meio milhão de habitantes. Tornou-se a verdadeira capital da África romana e da África cristã.

O vândalo Genserico ocupou a cidade em 439 e estabeleceu ali sua capital, mas em 533-534 Belisário expulsou os vândalos e a partir de então, até sua captura e destruição pelos árabes em 697, a cidade permaneceu como parte do Império Bizantino e entrou em decadência.

Comércio
Entre os produtos do artesanato fenício, os mais famosos eram, talvez, os tecidos tingidos cor púrpura. Os fenícios tinham alcançado uma notável habilidade na arte do tingimento e os tecidos eram apreciados a ponto de se tornarem sinal de riqueza e requinte. Os fenícios usavam tecidos de lã ou linho, e os tingiam a partir de um pigmento obtido de moluscos chamados de múrices ou murex, encontrados nas águas rasas das costas do Mediterrâneo. O processo era muito complicado e demorado, e por isso o preço desses tecidos era elevado.

Arquitetura e Urbanismo
Dada a grande destruição provocada pelos romanos após a Terceira Guerra Púnica tornou-se praticamente impossível reconstituir com exatidão a cidade de Cartago. Sabe-se que era protegida no lado da península que a unia ao continente por uma tríplice fortificação:
  1. uma vala guarnecida por altos postos de observação e um parapeito, ou primeira muralha,
  2. uma segunda muralha e
  3. uma terceira muralha, que abrigava grande quantidade de tropas, inclusive elefantes de guerra e cavalaria.


Do lado em que esta chegava ao mar ficava provavelmente a maior fortaleza da cidade. Além disto, a cidade seria talvez totalmente cercada por outras duas grandes muralhas, circulando toda a extensão da península. Dividia-se em três partes:
  1. a byrsa, uma acrópole onde ficavam o tesouro, o arquivo público e a estátua do deus Ba'al Hammon;
  2. uma área urbana residencial onde ficavam os templos e a praça de julgamentos;
  3. um distrito aparentemente agrícola e separado do resto por outra muralha, chamado Megara, um grande cemitério separava a byrsa do restante da área urbana e cemitérios menores existiam entre esta última e as muralhas.

Suas construções eram, ao que parece, de estilo pobre e feitas de materiais baratos, com grandes influências egípcias e gregas. Suas casas não teriam janelas, exceto para pátios internos.

Divindades
Baal Hammon era o principal deus fenício adorado na colônia de Cartago, geralmente identificado pelos gregos como Cronos e pelos romanos como Saturno. Baal significa "senhor", entretanto, o significado de Hammon é incerto, sendo possível sua origem no Amón (ou Ammón), "o oculto", símbolo do poder criador e "Pai de todos os ventos" na mitología egípcia.
Em seu nome se faziam sacrifícios humanos, "Moloc", como oferenda religiosa. Durante algum tempo associou-se controvérsia a este respeito: os restos humanos encontrados haviam sido atribuídos a restos procedentes de crianças mortas por causas naturais ou a produtos de abortos humanos.

Soberanos
– Anexado a Roma, 146 aC
  • Asdrúbal II ? (-146 aC)
  • Asdrúbal Barca (221-207 aC)
  • Aníbal Barca (221-183 aC)
  • Sofonisba (221-203 aC)
  • Asdrúbal (228-221 aC)
  • Amílcar Barca (250-228 aC)
  • Hanno, o grande (250 aC)
  • Mago (440 aC)
  • Dido ? (814- aC)




Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Olímpia – Grécia

Olímpia foi uma cidade da antiga Grécia, é famosa por ter sido o local onde se realizavam os Jogos Olímpicos da Antiguidade até sua supressão em 394 pelo imperador romano Teodósio I - jogos estes que só foram igualados em importância aos seus equivalentes realizados em Delfos, os Jogos Pítios. Também é conhecida pela gigantesca estátua de Zeus em marfim e ouro, criada pelo escultor Fídias para o templo do deus localizado na cidade, e que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo. Escavações junto ao templo de Zeus, durante a década de 1950, revelaram a existência de um estúdio que se supõe ter pertencido a Fídias. Hoje o local preserva um importantíssimo sítio arqueológico tombado pela UNESCO.


O sítio arqueológico que existe em Olímpia consiste de um santuário (altis) com diversas edificações.
  • dentro do temenos estão o Templo de Hera ou Heraion, o Templo de Zeus, o Pelopion e a área do altar de sacrifícios;
  • ao leste ficam o hipódromo e o stadium;
  • ao norte do santuário se localizam o Prytaneion e o Philippeion, bem como uma série de capelas votivas conhecidas como Tesouros, ofertadas pelas várias cidades-estado antigas;
  • ao sul destes Tesouros fica o Metroon, com a Stoa Eco ao leste;
  • ao sul do santuário estão a Stoa Sul e o Bouleterion;
  • ao oeste erguem-se as casas da Palestra, a oficina de Fídias, o Gymnasion e o Leonidaion.


História
Pré-história
Foram encontrados vestígios de alimentos e oferendas incineradas datando do século X aC, evidenciando uma longa história de ocupação humana no local, embora não tenham restado traços de edificações desta época remota.

Períodos Geométrico e Arcaico
De quatro em quatro anos uma trégua era anunciada e pessoas de todas as partes da Grécia reuniam-se em Olímpia, a fim de competir e assistir os Jogos. O prêmio para o vencedor era o "kotinos", feito a partir de uma coroa de flores silvestres de oliveira. Olímpia foi um local sagrado assim como Delfos. O recinto sagrado era situada no vale do Alfeios, no território de Pisatis na região noroeste do Peloponeso.

Embora historicamente os Jogos começaram em 776 aC, que é considerada a primeira Olimpíada, organizada pelas autoridades de Elis, os Jogos foram praticados desde os tempos muito antigos e segundo a tradição eles foram prorrogados por Hércules. Neste evento unificador, apenas os gregos livres foram autorizados a participar. Gregos de tão longe como os da região do mar Cáspio e da África, vieram para competir e assistir. Filósofos, sábios e heróis lá podiam ser vistos admirando os atletas. Não é acidental que a Grécia, pela primeira vez na história realizou os Jogos. Este foi um evento único, um produto de uma civilização que se considerava superior as outras, em que os cidadãos livres estavam honrando os seus deuses, que os tinham favorecido com a força e a glória. Há dez milhas do interior do mar Jónico e ao oeste do Peloponeso, no ponto onde os rios Kladios e Alpheios uniam-se, se estabeleceu o antigo santuário de Olímpia e o local dos antigos Jogos Olímpicos. Olímpia pertencia à cidade de Pisa. Em torno de 700 a.C., na época do domínio de Pisa, foram feitas reformas no terreno, nivelando áreas e cavando canais.

Os primeiros edifícios foram construídos em torno de 600 aC, quando os skiludianos, aliados dos pisatanos, ergueram o Templo de Hera, seguido pelos Tesouros e pelo Pelopion, e também pelas estruturas profanas das arenas e do Bouleterion. O primeiro estádio foi construído em torno de 560 aC como uma simples faixa de terra, que foi remodelada cerca de 60 anos depois com a adição de elevações laterais para os espectadores. Em 580 aC Elis, em aliança com Esparta, reconquistou o santuário.

Período Clássico
Este foi o período em que Olímpia conheceu seu esplendor. Entre os séculos V e IV aC foram erguidos uma série de novos edifícios sacros e seculares, incluindo o Templo de Zeus, cujas proporções e decoração atingiram uma magnificência até então inaudita. Também as estruturas desportivas foram ampliadas e completadas. O Pritaneu foi levantado em 470 aC, o Metroon em 400 aC, e a Stoa Eco na mesma época.

Período Helenístico
O final do século IV aC viu o surgimento do Philippeion, e logo em seguida do maior edifício do local, o Leonidaion, para receber visitantes ilustres. Nos dois séculos seguintes apareceram a Palestra, o Gymnasion, as casas de banhos e a Cripta, uma passagem de arcos ligando a entrada do santuário ao estádio.

Período Romano
Durante a era romana os Jogos foram abertos para os cidadãos de todo o império romano. Foi iniciado um extenso programa de restaurações, que incluíram o Templo de Zeus, e de novas construções, como o Nympheum e de novos aquedutos e banhos. Nesta época o complexo sofreu com abalos sísmicos e invasões bárbaras. A despeito das dificuldades os Jogos continuaram até 393, quando um decreto de Teodósio I, imperador cristão, baniu os jogos por considerá-los uma reminiscência dos tempos pagãos. O atelier de Fídias foi transformado em basílica e o local foi povoado por cristãos até o fim do século VI, quando aluviões começaram a cobrir a área, que só foi descoberta no século XIX.


Arqueologia
O estudo arqueológico de Olímpia começou com a descoberta do local em 1766 pelo antiquário inglês Richard Chandler, embora a região não começasse a ser escavada senão em 1829, quando franceses trouxeram à luz a área dos templos e arredores. No final do século, arqueólogos alemães continuaram o trabalho na parte central do santuário, acabando por descobrir estatuária do Templo de Zeus, a Niké de Peônio, o Hermes de Praxíteles e muitos bronzes, num total de 14 mil objetos que hoje são expostos no Museu Arqueológico de Olímpia. Os trabalhos continuaram no início do século XX, embora de forma mais limitada. Em meados do século foi escavado o estádio onde tinham lugar as competições de corrida, o estúdio de Fídias, o Leonidaion e os muros norte do estádio, bem como a área sudeste do santuário, onde foram encontrados muitos bronzes e cerâmicas. Nos anos 70 e 80 novas escavações trouxeram à luz tumbas, o Prytaneion e o Pelopion.

O Templo de Zeus
O centro religioso do local, foi construído entre 470 aC e 456 aC pelo arquiteto Libon de Elis. Foi construído na ordem dórica e tinha seis colunas frontais e treze de cada lado, e única entrada era na fachada oriental, à qual se tinha acesso por uma grande rampa. Os grupos escultóricos dos pedimentos, considerados hoje a obra-prima do estilo Severo, esculpidos pelo Mestre de Olímpia, mostravam a corrida de bigas entre Pélops, criador dos Jogos Olímpicos, e Enômao, rei de Pisa, e as métopas estavam decoradas com as cenas dos "doze trabalhos de Hércules".

O grande atrativo para os visitantes do templo era a monumental estátua de Zeus, do escultor Fídias: possuía 12 m de altura e era toda de ouro e marfim. Não era sem motivo que era uma das sete maravilhas do mundo antigo. A estátua foi destruída em um incêndio e o templo pereceu num terremoto no século V dC. Porém o geógrafo grego Pausânias, em sua Descrição da Grécia, nos deu uma visão detalhada do templo, o que nos possibilita reconstruí-lo em seu aspecto original.


A Olímpia moderna
Atualmente, com a reinstituição dos Jogos Olímpicos por Pierre de Coubertin, a chama Olímpica acende-se de quatro em quatro anos no restaurado estádio de Olímpia, utilizando a luz do Sol refletida por um espelho parabólico. Essa chama vai depois acender uma tocha que é transportada por atletas até ao local da realização dos Jogos dessa Olimpíada.






Fonte: Wikipédia

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sábado, 26 de dezembro de 2009

Sicília - Itália

O Reino da Sicília (em italiano Regno di Sicilia, em latim Regnum Siciliae) foi um Estado que existiu de 1130 a 1816, ocupando o território da atual região italiana da Sicília e alguns territórios do sul da península Itálica. Seu território abrangia toda a ilha da Sicília, o sul da Itália e, até 1530, as ilhas de Malta e Gozo. Foi fundado por Rogério II da Sicília em 1130. Por várias vezes, as terras da península foram governadas separadamente da ilha da Sicília. Frequentemente o reino foi governo por outros monarcas, tais como os reis de Aragão ou da Espanha ou os soberanos do Sacro Império Romano-Germânico. Desde a morte de seu fundador, Rogério II da Sicília, em 1154, as fronteiras ficaram praticamente as mesmas por 700 anos.

Algumas vezes chamado de Reino da Apúlia e Sicília, até 1282 quando a parte continental foi separada da ilha e passou a ser conhecida como Reino de Nápoles. Depois de 1302 era, chamado de "Reino de Trinacria". Na primeira metade do século XI, a Sicília era parte do Império Bizantino.


Reino normando da Sicília
Na seqüência das invasões normandas, Roberto o Guiscardo conquistou a cidade de Reggio di Calabria, onde ele confirmou o título de duque de Calábria. Os Altavillas assim puderam rapidamente dedicar-se à Sicília. Rogério Bosso de Altavilla, irmão de Roberto, no comando de um grupo de cavaleiros, em 1061, desembarcou em Messina e invadiu a ilha (então sob domínio árabe), conseguindo em 1072 chegar a Palermo, que foi escolhida capital. Enquanto Boemundo I de Antioquia, filho da primeira esposa de Roberto, se tornava no fim de 1088 soberano incontestável do Principado de Taranto, Rogério I junto ao filho Rogério II, consolidavam seu domínio sobre a Sicília.

Com a morte de Guilherme, duque da Apúlia, em 1127, o Ducado de Apúlia e o Condado de Sicília foram unidos sob o governo de Rogério II da Sicília. Rogério tinha o apoio do antipapa Anacleto II, que o coroou "rei da Sicília" de "duque da Apúlia e da Calábria", na catedral de Palermo, no Natal de 1130. Rogério passou a maior parte da década que iniciou-se com sua coroação e terminou com o grande Assise de Ariano combatendo um invasor após o outro e sufocando rebeliões de seus vassalos. Em 1139, o tratado de Mignano garantiu a Rogério o reconhecimento de seu reinado pelo papa legítimo. Ao mesmo tempo, a poderosa esquadra de Rogério atacou o Império Bizantino e fez da Sicília o poder marítimo dominante no Mediterrâneo por quase um século.

O filho e sucessor de Rogério, Guilherme, o Mau, tem seu apelido devido à sua pouca popularidade com os cronista, que apoiavam as revoltas dos barões inimigos de Guilherme. Seu reinado terminou em paz, mas seu filho Guilherme II da Sicília era menor de idade. Até o período final de regência, em 1172, o reino esteve em rebeliões que quase derrubaram a família real, embora o reinado de Guilherme II seja lembrado como quase duas décadas de contínua paz e prosperidade. Sua morte sem herdeiros em 1189 iniciou um período de caos.Tancredo de Lecce tomou o trono, mas teve que enfrentar a revolta de seus primos distantes Rogério de Andria e a invasão de Henrique II, Sacro Imperador Romano-Germânico, em nome de sua mulher Constança da Sicília, filha de Rogério II. Constância e Henrique acabaram vencendo e, em 1194, o reino caiu sob domínio da dinastia Hohenstaufen. Através de Constância, o sangue dos Altavilla foi passado a Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico.


Reino dos Hohenstaufen (1185-1266)
A dominação pela dinastia suábia dos Hohenstaufen na Sicília teve início com um matrimônio de Estado entre Henrique VI, filho do imperador Frederico Barbarossa, e Constança de Altavilla, filha de Rogério II da Sicília. Em 1194, com a morte de Guilherme III, a ilha foi conquistada pela soberano germânico, passando a integrar o Sacro Império. Tinha assim início a dinastia suábia na Sicília que com Frederico II, filho de Constança, atingiu seu máximo esplendor.

Frederico II, uma criança que se tornaria também Sacro Imperador Romano-Germânico em 1197, afetou profundamente o futuro imediato da Sicília. Em um país tão acostumado a uma forte autoridade central, a pouca idade do rei causou um sério vácuo de poder. Seu tio, Filipe da Suábia, tratou de assegurar a herança de Frederico, indicando Markward von Anweiler, margrave de Ancona, como regente em 1198. Enquanto isso, o papa Inocêncio III reafirmou a autoridade papal sobre a Sicília, mas reconheceu os direitos de Frederico. O papa viu a autoridade da Igreja Católica decrescer na década seguinte e ficou inseguro sobre o lado a apoiar em muitas disputas.


O reinado Angevino e Aragonês
O conflito entre os Hohenstaufen e o papado levou à conquista da Sicília , em 1266, por Carlos I, da casa de Anjou, começando o domínio angevino. Em 1282, a oposição aos domínios e taxas francesas da casa de Anjou provocou as Vésperas Sicilianas. A ilha da Sicília se proclamou independente e elegeu como rei Pedro III, o Grande, rei de Aragão. A paz dividiu o Reino da Sicília em duas partes, mas ambas conservaram o nome de Reino da Sicília.

  1. A ilha da Sicília, chamada de Reino da Sicília além do Farol ou Reino de Trinacria foi dada a Frederico III da Sicília, e Itália meridional, mas ambas conservaram oficialmente o nome de Reino da Sicília.
  2. A Itália meridional, que conservou o nome de Reino da Sicília, mas é chamado pelos historiadores atuais de Reino de Nápoles continuou sob o controle da dinastia francesa com Carlos II.


– Seguiram-se então mais de cinco séculos de governo dos príncipes aragoneses e reis espanhóis.

  • A Sicília foi governada como um reino independente por parentes dos reis de Aragão até 1409 e portanto como parte da coroa de Aragão,
  • O Reino de Nápoles foi governado pelos angevinos,
até que as duas coroas foram forçosamente reunidas, sob o nome de Reino das Duas Sicílias, por Afonso V de Aragão, cujo sítio de Nápoles terminou com êxito em 26 de fevereiro de 1443.

Porém em 1458, após o governo de Afonso o reino foi novamente dividido:
  • Nápoles ficou com seu filho Fernando I de Nápoles, que reinou de 1458 a 1494, e
  • Aragão e Sicíliapara com o irmão de Afonso, João II de Aragão.

De 1494 a 1503 os sucessivos reis de França Carlos VIII e Luís XII, que eram herdeiros dos angevinos, tentaram conquistar Nápoles mas falharam, e o reinou foi unido a Aragão.
Quando em 1492 os reis católicos, Fernando II (rei da Sicília desde 1468) e Isabel, ordenaram a expulsão ou a conversão dos judeus na Espanha, e a Sicília teve de fazer o mesmo. Fernando II, o Católico, recuperou em 1504 o reino de Nápoles sob os auspícios da coroa espanhola. Os títulos foram usados pelos reis de Aragão até 1516, seguidos pelos reis de Espanha até 1707. Os Sacro Imperadores Romanos usaram o título de 1707 até 1735, e então Nápoles foi atacada pelo duque Calos de Parma, que tornou-se Carlos III de Nápoles e Sicília. Seus descendentes reinaram até a unificação da Itália, em 1861. De 1816 a 1861, os reinos foram uinficados com Reino das Duas Sicílias.

Com o Tratado de Utrecht (1713), a Sicília separou-se novamente de Nápoles.


A casa de Savóia, os Habsburgos e os Bourbons
Tendo pertencido à casa de Savóia (1714), passou ao controle dos Habsburgos (1720) e, em seguida, foi novamente incorporada ao Reino das Duas Sicílias, já então governado pelos Bourbons (1738). Em 1799 , o exército revolucionário francês derrotou Fernando II, rei das Duas Sicílias, e conquistou o Reino de Nápoles. Sete anos depois, Napoleão Bonaparte impôs seu irmão José Bonaparte (José I) no trono napolitano, no qual permaneceu por um breve período.


O fim do Reino da Sicília e a união ao Reino de Itália

Em 1816, as coroas do Reino da Sicília e do reino de Nápoles foram unidas e passaram a ser referidas como Reino das Duas Sicílias, sob os Bourbons.

Em 1861, durante a unificação italiana, após ser ocupada pelas tropas do nacionalista italiano Giuseppe Garibaldi, a Sicília reconheceu Vítor Emanuel II como rei e incorporou-se ao novo Reino da Itália. Francisco II das Duas Sicílias foi o último monarca da Sicília.

Após a Segunda Guerra Mundial, e mediante a Constituição de 1948, a Sicília recebeu um estatuto de autonomia, convertendo-se numa região autônoma da Itália, com amplos poderes de autogoverno.


Fonte: Wikipédia

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Amsterdam - Holanda


Amsterdã (português brasileiro) (em neerlandês: Amsterdam) é a capital, e a maior cidade dos Países Baixos, situada na província Holanda do Norte. Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica a cidade. A cidade é conhecida por seu porto histórico, seus museus de fama internacional, sua zona de meretrício (Red Light District, o "Distrito da Luz Vermelha"), seus coffeeshops liberais, e seus inúmeros canais que levaram Amsterdã a ser chamada a "Veneza do Norte".




Amsterdam tem uma população de 761.262 residentes (2009), enquanto que sua área metropolitana tem cerca de 2 milhões de habitantes. É o centro de uma vasta zona urbana contínua, denominada Randstad, que se estende de Roterdam a Amsterdam e também Utrecht, com cerca de 7.6 milhões de habitantes.

A cidade destaca-se pelo seu setor financeiro, sendo o 5º centro financeiro europeu. Com mão-de-obra qualificada no setor logístico, e por sua infra-estrutura que reúne um aeroporto internacional e um moderno porto marítimo.

A palavra que deu origem ao nome da cidade de Amsterdam vêm do latim Homines manentes apud Amestelledamme, ou seja, "homens que vivem próximo ao Amestelledamme". Amestelledamme é dam (dique) do rio Amstel, cujo nome pode ser interpretado como ame ("água") e stelle ("terra seca").

História
No início, Amsterdam era um povoado de pescadores. Segundo a lenda:
A cidade foi fundada por 2 pescadores da província de Frísia, que por casualidade acabaram nas margens do rio Amstel em um pequeno barco, junto a seu cachorro.


A data tradicional da fundação da cidade foi em 27 de outubro de 1275, quando retiraram a obrigação dos seus habitantes de pagar taxas associadas a passagem em pontes neerlandesas. No ano de 1300 foi concedido o direito oficial de cidade, e a partir do século XIV, Amsterdam começou a florescer como centro comercial, principalmente pelo comércio com outras cidades neerlandesas e alemãs, conhecidas como a Liga Hanseática.

No século XVI, começou o conflito entre os neerlandeses e Filipe II da Espanha. Essa confrontação causou uma guerra que durou 80 anos, e que finalmente deu aos Países Baixos sua independência. Depois da ruptura com a Espanha, a república neerlandesa ia ganhando fama por sua tolerância com respeito a religiões. Muitos buscaram refúgio em Amsterdam judeus de Portugal e Espanha, comerciantes de Antuérpia, e huguenotes da França, perseguidos em seus países por sua religião.

No início do século XVII, considerado o Século de Ouro de Amsterdam, a cidade converteu-se em uma das mais ricas do mundo. De seu porto saíam embarcações até o mar Báltico, América do Norte, África e terras que agora pertencem a Indonésia e Brasil. Dessa forma foi criada a base de uma rede comercial mundial. Os comerciantes de Amsterdam possuíam a maior parte da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (Vereenigde Oostindische Compagnie ou VOC em neerlandês) e da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (West-Indische Compagnie ou WIC). Essas companhias instalaram-se em países que passaram a ser colônias dos Países Baixos. Nessa época Amsterdam era o principal porto comercial da Europa e centro financeiro mais importante do mundo. Sua Bolsa de Valores foi a primeira a funcionar diariamente.

A população da cidade cresceu ligeiramente de 10 000 em 1500, a 30 000 por volta de 1570. Em 1700 este número já havia alcançado 200 000. Durante os séculos XVIII e XIX e até antes da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, o número de habitantes aumentou a não menos de 300%, alcançando 800.000 habitantes. A partir de então até a atualidade o número tem sido relativamente constante.

No século XVIII e início do século XIX, entrou em declínio devido às guerras entre a república dos Países Baixos e o Reino Unido e França. Sobretudo as Guerras Napoleônicas arrebataram suas fortunas. Quando se estabeleceu oficialmente o Reino dos Países Baixos no ano de 1815, a situação começou a melhorar. Nesse período uma das pessoas-chave das novas iniciativas foi Samuel Sarphati, um médico e planificador urbano, que achou sua inspiração em Paris.

As últimas décadas do século XIX são chamadas de Segundo Século de Ouro de Amsterdam, porque, entre outros, construíram-se novos museus, uma estação de trem e o Concertgebouw, que é o teatro musical da cidade. No mesmo período chegou à cidade a Revolução Industrial.

Novos canais e vias marítimas foram construídos para assim melhorar a conexão entre Amsterdam e o resto da Europa.

Pouco antes de começar a Primeira Guerra Mundial, a cidade começou a expandir-se, construindo novos bairros residenciais em direção aos subúrbios. Durante a Primeira Guerra Mundial, os Países Baixos tomaram uma posição neutra, mas ainda assim sua população sofreu muito com a falta de comida e falta de aquecimento a gás.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu os Países Baixos no dia 10 de maio de 1940, tomando o controle do país depois de cinco dias de luta. Os alemães instalaram um governo civil nazista em Amsterdam, que se encarregava da perseguição aos judeus. Os neerlandeses que ajudaram e protegeram as vítimas foram também perseguidos. Mais de 100.000 judeus foram deportados a campos de concentração. Entre eles encontrava-se Anne Frank. Somente 5.000 judeus sobreviveram a guerra.

Canais
No início do século XVII, com a crescente imigração na cidade, Amsterdam colocou em prática um plano para a construção de canais de meio-círculo e concêntricos que se encontravam na baía do rio IJ. Foram feitos 4 canais:
  • 3 residenciais (Herengracht ou Canal dos Lordes; Keizersgracht ou Canal dos Imperadores; e Prinsengracht ou Canal do Príncipe) e
  • um canal de defesa (Nassau/Stadhouderskade).
O plano ainda ligou os canais paralelos a esses novos 4 canais, como por exemplo o canal do bairro de Jordaan (bairro onde viveu Anne Frank).

Símbolos
O escudo de Amsterdam consiste em 3 cruzes denominadas Cruz de Santo André em homenagem a André, o apóstolo, que foi assassinado com este tipo de cruzes. No século XVI foi adicionado leões. Existem historiadores que crêem que as cruzes representam os 3 perigos que mais afetaram a Amsterdão: 1. inundação, 2. incêndio e a 3. peste.

O lema oficial da cidade é: "Heldhaftig, Vastberaden, Barmhartig" ("Valente, Decidida e Misericordiosa"). Estas três palavras provêm da denominação oficial concedida pela rainha Guilhermina dos Países Baixos em 1947, em homenagem a coragem da cidade durante a Segunda Guerra Mundial.

Atualidades
Amsterdam é uma cidade para andar a pé, de bicicleta ou de barco. Existem estacionamentos de bicicletas enormes (foto da esquerda). Barcos casas, com conforto e requinte abrigam famílias sobre seus barcos. Pela escassez de terras e muitas áreas alagadas os imóveis são caros. Também é a cidade das tulipas, que florescem no mês de abril. A cidade dos tamancos, dos diamantes e das porcelanas.

Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Petra na Jordânia

Petra (do grego "petrus", pedra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba.

Em 7 de julho de 2007 foi considerada, numa cerimônia realizada em Lisboa, Portugal, uma das novas «7 maravilhas do mundo».

A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 aC pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI aC, Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina.

Fundação
O ano 312 aC é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (atualmete Jerash).

Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controle das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira. O estilo arquitetônico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza ativa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego).

Época Romana
Entre os anos 64 e 63 aC, os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto. Em 106 dC, Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo direto de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebatizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.

Época Bizantina
Em 380 dC, o cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (atual Istambul).

Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até o ano em que um terramoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.

Em 551, um segundo terramoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave.

Redescoberta de Petra
As ruínas de Petra foram objeto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egito, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra 'Die Provincia Arabia' (1904).

Petra nos dias de hoje
  • A 6 de dezembro de 1985, foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
  • Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas.


Curiosidades:
  • Petra é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).
  • Peritos no domínio da hidráulica, os Nabateus dotaram a cidade de um enorme sistema de túneis e de câmaras de água.
  • Um teatro, construído à imagem dos modelos greco-romanos, dispunha de capacidade para 4000 espectadores.



– Algumas imagens da cidade de Petra:








Origem: Wikipédia e fotos de uma email recebido

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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