segunda-feira, 8 de junho de 2009

Petrópolis – Rio de Janeiro



Petrópolis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 774,606 km², contando com uma população de 312.766 habitantes (2008). O clima ameno, as construções históricas e a abundante vegetação são grandes atrativos turísticos. Além disso, a cidade possui um movimentado comércio e serviços, além de produção agropecuária (com destaque para a fruticultura) e industrial. Fundada por iniciativa de Dom Pedro II, é constantemente chamada de Cidade Imperial. Petrópolis é a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.






História
A história da cidade começa a figurar-se mais propriamente em 1822, quando Dom Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região. Tentou comprar as terras, porém sem sucesso. Por fim, adquiriu uma fazenda vizinha, a fazenda do Córrego Seco, que renomeou Imperial Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir o Palácio da Concórdia. Hoje, a propriedade corresponde, com alguns acréscimos, à área do primeiro distrito de Petrópolis.

Os planos do primeiro imperador não foram concluídos, mas Dom Pedro II continuou com os planos e em 1843 assinou um decreto pelo qual determinava o assentamento de uma povoação e a construção do sonhado palácio de verão, que ficou pronto em 1847. A partir de então, durante o verão, a cidade tornava-se a capital do Império com a mudança de toda a corte. Pedro II governou por 49 anos, e em pelo menos 40 verões permaneceu em Petrópolis, eventualmente por até cinco meses.

Independentemente da época do ano, era em Petrópolis que moravam os representantes diplomáticos estrangeiros. Entre 1894 a 1903 foi capital do Estado do Rio, em substituição a Niterói, devido a Revolta da Armada. Também neste período, foi eleito o único vice-governador fluminense cuja base política era Petrópolis – Hermogênio Silva. O sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado seu primeiro prefeito em 1916.

A importância política da cidade perdurou por décadas, mesmo depois do fim do Império. Todos os presidentes da república, de Prudente de Morais a Costa e Silva, passaram pelo menos alguns dias na cidade imperial durante seus mandatos. O mais assíduo dentre eles foi Getúlio Vargas, cujas estadias, durante o Estado Novo, duravam até três meses. Como consequência da transferência da capital do Brasil para Brasília, Petrópolis perdeu consideravelmente sua importância no contexto político do país.

O planejamento
Petrópolis é um notável exemplo dos esforços de imigração européia para o Brasil no Segundo Reinado, é tida como a primeira cidade projetada do Brasil, composta de um núcleo urbano - a cidade (hoje o Centro), onde se concentravam o Palácio Imperial, prédios públicos, comércio e serviços. O Centro seria rodeado por "quarteirões imperiais", que receberam famílias de agricultores, principalmente alemãs, que hoje compõem bairros do primeiro distrito. Outros estrangeiros, como açorianos e, posteriormente, italianos, viriam somar-se ao contingente de imigrantes, sobretudo para trabalhar nas indústrias de tecidos e comércio.
O pitoresco do projeto de Koeler foi o fato de batizar os quarteirões com nomes de cidades e acidentes geográficos das regiões (Reihnland-Westphalen) de onde vinham os colonos alemães: Kastelaum (Castelânea), Mosel (Mosela), Bingen, Nassau, Ingelheim, Woerstadt, Darmstadt e Rheinland (Renânia). As terras foram arrendadas para Koeler e, através dele, aos imigrantes, resultando em um sistema de foro e laudêmio (enfiteuse) pago aos herdeiros de Dom Pedro II até hoje.

Arquitetura
A cidade possui um conjunto arquitetônico sem igual, dos quais o símbolo mais conhecido é o Palácio Imperial, hoje Museu Imperial. O palácio é a principal construção do chamado "centro histórico", onde se destaca a Avenida Koeler, ladeada por casarões e palacetes do século XIX. A via é perpendicular à fachada da Catedral de São Pedro de Alcântara e, no outro sentido, à praça Ruy Barbosa e à fachada da Universidade Católica - constituindo-se, assim, em um dos mais belos cenários da cidade.


No chamado "centro histórico" encontram-se também construções curiosas como:
  • a casa de verão de Santos Dumont;
  • o palácio de Cristal;
  • a "Encantada" – Museu Casa de Santos Dumont;
  • o palácio Amarelo – Câmara de Vereadores;
  • o palácio Rio Negro, fronteiriço à sede da prefeitura (palácio Sergio Fadel);
  • o "castelinho" do auto-denominado "duque de Belfort", na esquina da Koeler com a praça Ruy Barbosa;
  • a antiga casa da família Rocha Miranda, na Avenida Ipiranga - mesmo endereço de outra residência da mesma família, em estilo sessentista
  • linhas modernas também estão presentes na casa de Lúcio Costa, no bairro de Samambaia.

Petrópolis foi palco de acontecimentos e episódios diversos da história do Brasil, como:
  1. A inauguração da primeira rodovia pavimentada do Brasil, a União e Indústria (1861), ligando a cidade a Juiz de Fora (MG);
  2. A primeira sessão de cinema (1897), com a exibição, através de "cinematógrapho", dos primeiros filmes dos irmãos Lumière;
  3. A assinatura do tratado que incorporou o Acre ao Brasil (1903);
  4. A morte de Ruy Barbosa (1923);
  5. O suicídio do escritor austríaco Stefan Zweig (1942).

Geografia
Petrópolis localiza-se no topo da Serra da Estrela, pertencente ao conjunto montanhoso da Serra dos Órgãos, a 838 metros acima do nível do mar. Situa-se a 68 km do Rio de Janeiro.
O clima da cidade é o tropical de altitude com verões úmidos e invernos secos. A média anual da cidade é de 18°C (típica de uma cidade serrana fluminense). A média de julho é 15°C, sendo a máxima da temperatura média neste mês de 22°C e a mínima de 10°C. Em janeiro a temperatura média é de 21°C, sendo a máxima da temperatura média de 27°C e a mínima de 18°C.

Subdivisão
  1. Petrópolis (distrito sede)
  2. Cascatinha
  3. Itaipava
  4. Pedro do Rio
  5. Posse

Econômia
A econômia de Petrópolis é baseada no turismo e no setor de serviços. Também merece destaque o comércio de roupas, sobretudo nos pólos da Rua Teresa e Itaipava, que atraem compradores (atacadistas e varejistas) de todo o país.

Turismo
Casa da Ipiranga ("Casa dos Sete Erros")
Casa de Joaquim Nabuco
Casa da Princesa Isabel
Casa do Barão e Visconde de Mauá
Castelo do Barão de Itaipava
Catedral de São Pedro de Alcântara com o Mausoléu Imperial
Estação Itaipava
Parque Municipal de Itaipava
Florália
Morro Açu (Parque Nacional da Serra dos Órgãos)
Palácio de Cristal
Palácio Grão Pará
Palácio Quitandinha
Palácio Rio Negro
Trono de Fátima
Casa do Barão e Visconde do Arinos
Casa de Rui Barbosa
Casa do Visconde de Caeté

Cultura
Museu Casa de Santos Dumont
Museu Imperial de Petrópolis
Teatro Municipal Paulo Gracindo

Personalidades Ilustres:
Santos Dumont, aviador;
Fausto Fanti, humorista;
Nair de Tefé, caricaturista e primeira-dama do Brasil;
Guilherme Fontes, ator;
Eduardo Gomes, patrono da Força Aérea;
Roberto Jefferson, ex-deputado federal;
Raul de Leoni, poeta;
Camila Morgado, atriz;
Sir Peter Brian Medawar, Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1960;
Julio Cezar Melatti, antropólogo;
Marco Aurélio de Oliveira, o Marcão, jogador de futebol;
Rodrigo Santoro, ator;
Gil Brother, ator e comediante;
Gualter Salles, piloto.

Visitantes famosos
  • Maximiliano da Áutria – primo de Pedro II, foi um dos primeiros estrangeiros famosos a visitar Petrópolis, ainda em 1863 (pouco antes de assumir o trono do México).
  • Balduíno I, da Bélgica – também passaria por Petrópolis durante sua visita ao Brasil, em 1920.
  • Rainha Sofia da Noruega – visitou Petrópolis em 1981.

Mas, além de cabeças coroadas, a cidade ainda receberia inúmeros outros nomes reconhecidos internacionalmente, como:
  • Einstein, em 1926.
O maior número de visitantes célebres, porém, concentrou-se entre 1944 e 1946, tempo de vida do Hotel-cassino Quitandinha:
  • Orson Welles, Errol Flynn, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Carmen Miranda, Walt Disney, Bing Crosby e até um rei destronado (Carol I, da Romênia) foram alguns de seus hóspedes.
Com o fechamento dos cassinos no país, determinado pelo presidente Dutra (1946-1950), o Quitandinha começou a entrar em decadência. Antes, porém, seria a sede da Conferência Interamericana de 1946, na qual destacou-se a chefe da delegação argentina, Eva Perón.
A poetisa Gabriela Mistral exercia a função de consulesa do Chile em Petrópolis quando foi agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945. Outro Nobel, o britânico Peter Medawar (Medicina, 1954) nasceu e viveu em Petrópolis até os 14 anos. Na década de 1970, a cantora norte-americana Sarah Vaughan também visitou a cidade.

Refúgio de importantes nomes da cultura nacional, figura nas páginas de Machado de Assis e de Stanislaw Ponte Preta, e lá Jorge Amado concluiu seu "Gabriela Cravo e Canela".

Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Villa-Lobos e Alceu Amoroso Lima tinham casas de veraneio em Petrópolis. Como centro do poder nacional, foi o endereço de veraneio de importantes vultos do império e da república, como os barões de Mauá e Rio Branco ou, mais tarde, Santos Dumont e Rui Barbosa.






Fonte:Wikipédia

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(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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