segunda-feira, 15 de junho de 2009

Catarina de Aragão, a eterna rainha da Inglaterra

Catarina de Aragão – Princesa de Espanha (16 dezembro 1485, Alcalá de Henares — 7 janeiro 1536, Castelo de Kimbolton, Huntingdonshire) foi a primeira rainha consorte de Henrique VIII de Inglaterra. Foi ainda a mãe da rainha Maria I. Catarina, durante a juventude, foi efusivamente aclamada pela beleza e inteligência.

Conversava tanto em seu espanhol nativo, quando em latim, francês e mais tarde o inglês. Quando rainha, seu tempo foi majoritariamente empenhado em obras de caridade, o que lhe conferiu o amor do povo inglês, até hoje, a rainha consorte mais amada por eles. Seu túmulo em Peterborought nunca está sem flores, apesar de passados quase cinco séculos desde sua morte.


Catarina nasceu em Alcalá de Henares e foi a filha mais nova dos reis católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Em 1501, Catarina casou com Arthur Tudor, Príncipe de Gales, como contratado desde a infância dos dois. O rei Henrique VII , pai de Artur , ofereceu uma grande cerimônia de casamento. O casal foi viver no País de Gales mas pouco tempo depois Arthur morreu repentinamente de malária. Catarina tornou-se viúva aos 16 anos. A sua determinação em ser rainha da Inglaterra a levou a afirmar que o casamento não fora consumado devido a pouca idade de ambos, o que foi a base da dispensa concedida pelo Papa Júlio II para uma nova união. Catarina estava determinada a ficar noiva de Henrique, seu cunhado de apenas 11 anos , e que com a morte do irmão mais velho, seria agora Príncipe de Gales e herdeiro do trono. O rei Henrique VII, porém o achava muito jovem para comprometê-lo, e o noivado teria que lhe render muitos benefícios, o que Catarina não poderia oferecer no momento. A situação de Catarina na Inglaterra ficou complicada, pois seus pais não queriam que ela voltasse para a Espanha sem os direitos de viuvez, o que o rei não concedia por não ter recebido a segunda parte do dote. 

Após um ano da morte de Arthur, Henrique VII ficou viúvo e propôs casamento a Catarina, que primeiramente aceitou, vendo dessa maneira a forma de realizar o seu sonho de ser rainha. Porém, quando soube que seus herdeiros não teriam preferência na coroa sobre Henrique, ela recusou a proposta, o que deixou o rei enfurecido. O rei então promoveu o noivado de Catarina e Henrique VIII, sem nenhuma intenção de honrar o compromisso. Apenas manteria Catarina sem nenhum pretendente. Catarina então passou a viver afastada da corte, empenhando suas jóias para se manter e contando com seu séquito de leais serviçais espanhóis. Após 6 anos, o rei morreu, e surpreendentemente Henrique quis imediatamente se casar com Catarina.

O casamento ocorreu em 11 de junho de 1509 depois da ascensão ao trono de Henrique VIII. Catarina era extremamente popular junto da população, quer como rainha, quer como princesa de Gales. Em 1513 chegou mesmo a servir como regente da coroa durante uma ausência de Henrique VIII que comandava a guerra com a França, sendo vitoriosa na Batalha de Flodden, quando defendeu a Inglaterra da invasão escocesa. 

Após perder alguns filhos, Catarina deu à luz um varão, Henrique, que morreu pouco tempo depois. A sua última gravidez em 1516 resultou numa filha, a futura Maria I de Inglaterra. Depois de Maria, Catarina não voltou a conceber, o que deixou Henrique preocupado com a sucessão. A Guerra das Rosas como consequência de instabilidade dinástica estava ainda bem presente na memória coletiva. Particularmente preocupante para Henrique, um estudioso de questões teológicas, era a afirmação contida no Levítico de que se um homem casar com a mulher do irmão, o casamento será estéril. Convencido de que Catarina teria mentido quanto à consumação do casamento com Arthur, Henrique VIII começou a procurar a anulação do casamento em 1527. Ao mesmo tempo, arrancara de Ana Bolena a promessa de que ela seria sua amante e futura mulher. No Vaticano a tomada de decisão arrastou-se por sete anos. As gestões de Thomas Wolsey não foram bem sucedidas. O Papa Clemente VII não parecia disposto a conceder a anulação por duas razões: 
  1. primeiro esta sempre foi a doutrina da Igreja e o comportamento do papado e depois poderia também ser visto como uma admissão do equívoco da Igreja quando concedera validamente a dispensa do casamento de Catarina com Arthur;
  2. segundo porque Clemente era uma marioneta política nas mãos do Imperador Carlos V, sobrinho de Catarina, a quem não convinha o fim da união.

Cansado de esperar, Henrique separou-se de Catarina em 1531 e em 23 de maio de 1533, o Arcebispo da Cantuária Thomas Cranmer anulou a união sem aprovação do Vaticano. A implementação do Ato de Supremacia e a separação da Igreja Anglicana da Igreja de Roma, consumou a anulação.

Catarina foi separada da filha, a princesa Maria, e exilada da corte para viver na província, embora com todos os privilégios de uma Princesa de Gales. Mas jamais aceitou o divórcio e continuou a assinar a correspondência como 'Catherine the Queen'. Catarina morreu em 7 de Janeiro de 1536, vítima de uma doença prolongada,  foi sepultada na Catedral de Peterborough com as honras de uma Princesa de Gales.



Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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