Maria Teresa da Sicília, mãe da imperatriz D. Leopoldina do Brasil, e segunda esposa do imperador Francisco, tinha um temperamento oposto ao seu reservado esposo. O casamento da princesa impulsiva com o imperador um tanto inseguro e lacônico transcorreu em felicidade. O equilíbrio e a personalidade alegre da princesa criaram uma atmosfera informal, no âmbito da qual tanto Francisco quanto seus filhos conheceram uma vida familiar harmoniosa.
Passavam os dias alternadamente no castelo Hofburg em Viena, no palácio imperial de Schonbrunn e por vezes no palácio Hetzendorf. O palácio de Laxenburg, como residência de verão, e o parque circundante eram centrais para a imperatriz e seus filhos. Ali ela mandou erigir o castelo de Franzenburg em estilo gótico moderno, e fez construir um labirinto e um teatro ao ar livre, onde encenou numerosas comédias e outras peças menores junto com os filhos.
A imperatriz falava geralmente em italiano e francês; seu alemão era sofrível. Suas ocupações preferidas eram: pintura e música. Beethoven lhe dedicou seu Septeto em mi bemol maior e Haydn, sua Theresienmesse (Missa para Teresa).
Colocada em fuga pelo avanço das tropas de Napoleão, o estado de saúde da imperatriz agravou-se quando dos deslocamentos pela Morávia e Silésia. Várias complicações acometeram sua última gravidez, adoeceu de pleurite tuberculosa e veio a sofrer um aborto em 6 de abril de 1807, falecendo no dia 13.
– Descendência
- Maria Luisa (1791-1847)
- Ferdinando I (1793-1875)
- Carolina (1794-1795)
- Leopoldina (1797-1826)
- Maria Clementina (1798-1881)
- José Francisco (1802-1878)
- Maria Ana (1804-1858)
- João (1805-1809)
- Amália (1807)
Fonte: do livro 'Cartas de uma imperatriz' - D. Leopoldina