sábado, 20 de junho de 2009

Museu do Ipiranga – São Paulo

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido como Museu do Ipiranga, é um museu brasileiro localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência.

Poucos meses após a proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, surgiu a primeira proposta, seguida de inúmeras outras de erigir um monumento à Independência do Brasil no próprio local onde ela havia sido proclamada: às margens do riacho do Ipiranga. Por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo de monumento a ser erigido, é somente após 68 anos da proclamação que a idéia se concretiza, com a inauguração do edifício-monumento, em 1890.



Em 1884 é contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi. O estilo arquitetônico adotado – o eclético – estava em curso na Europa e viria marcar, a partir do final do século XIX, a transformação arquitetônica de São Paulo. Bezzi utilizou, de forma simplificada, o modelo de palácio renascentista para projetar o monumento.

Projeto
O projeto inicial previa um retângulo alongado e dois braços laterais, partindo da fachada principal, voltada para a cidade, na forma de um E. Abandonadas as alas, por razões de economia, restou o retângulo pontuado por trás com corpos salientes. O essencial do edifício se desenvolve:
  • em 2 andares,
  • um 3º nas torres,
  • além do subsolo, desaterrado posteriormente.
No térreo há o Saguão de Entrada, onde estão dispostas 24 colunas. Dali parte a Escadaria Central que, em dois lances, e após um patamar, desemboca no Salão Nobre. Tanto no térreo quanto no 2º andar, corredores laterais servem a uma sequência de salas. O edifício tem 123m de comprimento e 16m de profundidade. O corredor superior é aberto, em forma de loggia (arcos).

Chama atenção a presença abundante de elementos decorativos arquitetônicos, como ornatos sobrepostos, entablamentos completos, palmetas, nichos, brasões e até mesmo a imitação, ao longo das paredes em alvenaria de tijolos do térreo, de revestimento externo em arquitetura de pedra.

Durante o período de sua construção (1885-90), várias características já faziam deste edifício referência excepcional naquela pequena cidade de São Paulo, com apenas 70.000 habitantes: o modelo de palácio, a decoração neo-renascentista, o grande porte e o fato de ser um volume isolado no espaço, visível de todos os lados.

Construção
A monumentalidade do edifício demandou soluções originais no encaminhamento dos trabalhos: a mão-de-obra contratada era, muito provavelmente, italiana, visto não existirem, em São Paulo, nessa época, trabalhadores familiarizados com execução de ornatos. A técnica do tijolo também constituía uma novidade; em São Paulo ainda predominavam as construções em taipa, de dois tipos – a taipa de pilão e a taipa de mão, conforme a maneira de socar o barro. Mas havia já olarias na região de São Caetano, próxima do Ipiranga, de onde vieram os tijolos do edifício. A distância dificultava em muito o transporte dos materiais construtivos. Para minimizar esses problemas, foi criada a estação de trens do Ipiranga, na linha S. Paulo Railway, nas proximidades do Rio Tamanduateí. A partir dali os materiais subiam as colinas, provavelmente em carretas. Em 1890, as obras foram dadas por encerradas, embora houvesse ainda razoável soma de tarefas por completar, como a implantação dos jardins. A inauguração foi celebrada no dia 15 de novembro 1890, no primeiro aniversário da República.

Jardins
Os primeiros jardins em torno do edifício, formados entre 1908 e 1909, foram projetados pelo paisagista belga Arsenius Puttemans e reproduzem concepções paisagísticas inspiradas nos jardins barrocos franceses, como os de Versailles. Em 1922, esses jardins foram ampliados em 1500 m2, passando a atingir o início da Av. D.Pedro I e na década de 30, sofreram novas intervenções, com o rebaixamento da área em frente à fachada principal.

Acervo
O Museu Paulista conta com um acervo:
  • de mais de 125.000 unidades,
  • objetos,
  • iconografia e
  • documentação arquivística, do seiscentismo até meados do século XX
Eixo para a compreensão da sociedade brasileira, a partir do estudo de aspectos materiais da cultura, com especial concentração na História de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para a análise de problemáticas pertinentes às três linhas de pesquisa a que o Museu se dedica: 1. Cotidiano e Sociedade; 2. Universo do Trabalho; 3. História do Imaginário.

É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo, "Independência ou Morte".


Um dos principais objetivos do museu é mostrar aos visitantes o protagonismo do povo paulista na História do Brasil.

O acervo do Museu Paulista tem sua origem em uma coleção particular reunida pelo coronel Joaquim Sertório, que em 1890, foi adquirida pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que a doou, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao Governo do Estado. Em 1891, o presidente do Estado, Américo Brasiliense de Almeida Melo, deu a Albert Löfgren a incumbência de organizar esse acervo, designando-o diretor do recém-criado Museu do Estado.
As coleções, ao longo dos mais de cem anos do museu, sofreram uma série de modificações com o desmembramento de parte de seus acervos e incorporações. O acervo do museu se encontra tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

A escadaria – tem um imenso valor simbólico ao povo paulista. A escadaria propriamente dita representa o Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. E no corrimão estão colocados esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e o Rio Amazonas. Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhangüera com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, que se localizam nos atuais estados desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo precedida pelas duas estátuas maiores no salão principal dos dois principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência.


Junto as estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. E no teto pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio.

A Biblioteca – instalada no dia 07.09.1895, a Biblioteca do Museu Paulista sofreu um primeiro desmembramento em 1938, quando parte de seu acervo foi transferido para o atual Museu de Zoologia. Em 1989, a USP unificou seus acervos de Arqueologia e Etnologia, resultando em novo desmembramento. Essa longa existência possibilitou a inclusão de obras preciosas em seu acervo. Adquiriu um perfil especializado na área de História, mais particularmente, no campo de estudos da Cultura Material. Como centro de apoio à pesquisa científica dentro de um museu histórico, contempla sobretudo as várias tipologias do acervo museológico - como Indumentária, Porcelanas, Fotografias, Pinturas, Mobiliário, Armas, Sociologia dos Objetos, Iconologia e Iconografia, Museologia, Conservação e Restauro, Educação em Museus, entre outros assuntos.

Em seu acervo, encontram-se:
  • 26.466 livros,
  • 2.300 títulos de periódicos,
  • 2.892 separatas,
tendo ainda como extensão a Biblioteca do Museu Republicano "Convenção de Itu", especializada no estudo da República Brasileira, entre 1889 e 1930.

Integra o o Sistema de Bibliotecas da USP (SIBI/USP) e o SIBINet, estando disponível pelo Dedalus - Banco de Dados Bibliográficos da USP.




Origem: MUSEU PAULISTA DA USP e Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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