sábado, 26 de dezembro de 2009

Sicília - Itália

O Reino da Sicília (em italiano Regno di Sicilia, em latim Regnum Siciliae) foi um Estado que existiu de 1130 a 1816, ocupando o território da atual região italiana da Sicília e alguns territórios do sul da península Itálica. Seu território abrangia toda a ilha da Sicília, o sul da Itália e, até 1530, as ilhas de Malta e Gozo. Foi fundado por Rogério II da Sicília em 1130. Por várias vezes, as terras da península foram governadas separadamente da ilha da Sicília. Frequentemente o reino foi governo por outros monarcas, tais como os reis de Aragão ou da Espanha ou os soberanos do Sacro Império Romano-Germânico. Desde a morte de seu fundador, Rogério II da Sicília, em 1154, as fronteiras ficaram praticamente as mesmas por 700 anos.

Algumas vezes chamado de Reino da Apúlia e Sicília, até 1282 quando a parte continental foi separada da ilha e passou a ser conhecida como Reino de Nápoles. Depois de 1302 era, chamado de "Reino de Trinacria". Na primeira metade do século XI, a Sicília era parte do Império Bizantino.


Reino normando da Sicília
Na seqüência das invasões normandas, Roberto o Guiscardo conquistou a cidade de Reggio di Calabria, onde ele confirmou o título de duque de Calábria. Os Altavillas assim puderam rapidamente dedicar-se à Sicília. Rogério Bosso de Altavilla, irmão de Roberto, no comando de um grupo de cavaleiros, em 1061, desembarcou em Messina e invadiu a ilha (então sob domínio árabe), conseguindo em 1072 chegar a Palermo, que foi escolhida capital. Enquanto Boemundo I de Antioquia, filho da primeira esposa de Roberto, se tornava no fim de 1088 soberano incontestável do Principado de Taranto, Rogério I junto ao filho Rogério II, consolidavam seu domínio sobre a Sicília.

Com a morte de Guilherme, duque da Apúlia, em 1127, o Ducado de Apúlia e o Condado de Sicília foram unidos sob o governo de Rogério II da Sicília. Rogério tinha o apoio do antipapa Anacleto II, que o coroou "rei da Sicília" de "duque da Apúlia e da Calábria", na catedral de Palermo, no Natal de 1130. Rogério passou a maior parte da década que iniciou-se com sua coroação e terminou com o grande Assise de Ariano combatendo um invasor após o outro e sufocando rebeliões de seus vassalos. Em 1139, o tratado de Mignano garantiu a Rogério o reconhecimento de seu reinado pelo papa legítimo. Ao mesmo tempo, a poderosa esquadra de Rogério atacou o Império Bizantino e fez da Sicília o poder marítimo dominante no Mediterrâneo por quase um século.

O filho e sucessor de Rogério, Guilherme, o Mau, tem seu apelido devido à sua pouca popularidade com os cronista, que apoiavam as revoltas dos barões inimigos de Guilherme. Seu reinado terminou em paz, mas seu filho Guilherme II da Sicília era menor de idade. Até o período final de regência, em 1172, o reino esteve em rebeliões que quase derrubaram a família real, embora o reinado de Guilherme II seja lembrado como quase duas décadas de contínua paz e prosperidade. Sua morte sem herdeiros em 1189 iniciou um período de caos.Tancredo de Lecce tomou o trono, mas teve que enfrentar a revolta de seus primos distantes Rogério de Andria e a invasão de Henrique II, Sacro Imperador Romano-Germânico, em nome de sua mulher Constança da Sicília, filha de Rogério II. Constância e Henrique acabaram vencendo e, em 1194, o reino caiu sob domínio da dinastia Hohenstaufen. Através de Constância, o sangue dos Altavilla foi passado a Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico.


Reino dos Hohenstaufen (1185-1266)
A dominação pela dinastia suábia dos Hohenstaufen na Sicília teve início com um matrimônio de Estado entre Henrique VI, filho do imperador Frederico Barbarossa, e Constança de Altavilla, filha de Rogério II da Sicília. Em 1194, com a morte de Guilherme III, a ilha foi conquistada pela soberano germânico, passando a integrar o Sacro Império. Tinha assim início a dinastia suábia na Sicília que com Frederico II, filho de Constança, atingiu seu máximo esplendor.

Frederico II, uma criança que se tornaria também Sacro Imperador Romano-Germânico em 1197, afetou profundamente o futuro imediato da Sicília. Em um país tão acostumado a uma forte autoridade central, a pouca idade do rei causou um sério vácuo de poder. Seu tio, Filipe da Suábia, tratou de assegurar a herança de Frederico, indicando Markward von Anweiler, margrave de Ancona, como regente em 1198. Enquanto isso, o papa Inocêncio III reafirmou a autoridade papal sobre a Sicília, mas reconheceu os direitos de Frederico. O papa viu a autoridade da Igreja Católica decrescer na década seguinte e ficou inseguro sobre o lado a apoiar em muitas disputas.


O reinado Angevino e Aragonês
O conflito entre os Hohenstaufen e o papado levou à conquista da Sicília , em 1266, por Carlos I, da casa de Anjou, começando o domínio angevino. Em 1282, a oposição aos domínios e taxas francesas da casa de Anjou provocou as Vésperas Sicilianas. A ilha da Sicília se proclamou independente e elegeu como rei Pedro III, o Grande, rei de Aragão. A paz dividiu o Reino da Sicília em duas partes, mas ambas conservaram o nome de Reino da Sicília.

  1. A ilha da Sicília, chamada de Reino da Sicília além do Farol ou Reino de Trinacria foi dada a Frederico III da Sicília, e Itália meridional, mas ambas conservaram oficialmente o nome de Reino da Sicília.
  2. A Itália meridional, que conservou o nome de Reino da Sicília, mas é chamado pelos historiadores atuais de Reino de Nápoles continuou sob o controle da dinastia francesa com Carlos II.


– Seguiram-se então mais de cinco séculos de governo dos príncipes aragoneses e reis espanhóis.

  • A Sicília foi governada como um reino independente por parentes dos reis de Aragão até 1409 e portanto como parte da coroa de Aragão,
  • O Reino de Nápoles foi governado pelos angevinos,
até que as duas coroas foram forçosamente reunidas, sob o nome de Reino das Duas Sicílias, por Afonso V de Aragão, cujo sítio de Nápoles terminou com êxito em 26 de fevereiro de 1443.

Porém em 1458, após o governo de Afonso o reino foi novamente dividido:
  • Nápoles ficou com seu filho Fernando I de Nápoles, que reinou de 1458 a 1494, e
  • Aragão e Sicíliapara com o irmão de Afonso, João II de Aragão.

De 1494 a 1503 os sucessivos reis de França Carlos VIII e Luís XII, que eram herdeiros dos angevinos, tentaram conquistar Nápoles mas falharam, e o reinou foi unido a Aragão.
Quando em 1492 os reis católicos, Fernando II (rei da Sicília desde 1468) e Isabel, ordenaram a expulsão ou a conversão dos judeus na Espanha, e a Sicília teve de fazer o mesmo. Fernando II, o Católico, recuperou em 1504 o reino de Nápoles sob os auspícios da coroa espanhola. Os títulos foram usados pelos reis de Aragão até 1516, seguidos pelos reis de Espanha até 1707. Os Sacro Imperadores Romanos usaram o título de 1707 até 1735, e então Nápoles foi atacada pelo duque Calos de Parma, que tornou-se Carlos III de Nápoles e Sicília. Seus descendentes reinaram até a unificação da Itália, em 1861. De 1816 a 1861, os reinos foram uinficados com Reino das Duas Sicílias.

Com o Tratado de Utrecht (1713), a Sicília separou-se novamente de Nápoles.


A casa de Savóia, os Habsburgos e os Bourbons
Tendo pertencido à casa de Savóia (1714), passou ao controle dos Habsburgos (1720) e, em seguida, foi novamente incorporada ao Reino das Duas Sicílias, já então governado pelos Bourbons (1738). Em 1799 , o exército revolucionário francês derrotou Fernando II, rei das Duas Sicílias, e conquistou o Reino de Nápoles. Sete anos depois, Napoleão Bonaparte impôs seu irmão José Bonaparte (José I) no trono napolitano, no qual permaneceu por um breve período.


O fim do Reino da Sicília e a união ao Reino de Itália

Em 1816, as coroas do Reino da Sicília e do reino de Nápoles foram unidas e passaram a ser referidas como Reino das Duas Sicílias, sob os Bourbons.

Em 1861, durante a unificação italiana, após ser ocupada pelas tropas do nacionalista italiano Giuseppe Garibaldi, a Sicília reconheceu Vítor Emanuel II como rei e incorporou-se ao novo Reino da Itália. Francisco II das Duas Sicílias foi o último monarca da Sicília.

Após a Segunda Guerra Mundial, e mediante a Constituição de 1948, a Sicília recebeu um estatuto de autonomia, convertendo-se numa região autônoma da Itália, com amplos poderes de autogoverno.


Fonte: Wikipédia

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Torre de Pisa

A Torre Inclinada de Pisa (em italiano: Torre pendente di Pisa), ou Torre de Pisa, é um campanário da catedral da cidade italiana de Pisa. Está situada atrás da Catedral, e é a terceira mais antiga estrutura na Praça da Catedral de Pisa (Campo dei Miracoli), depois da Catedral e do Batistério.

Embora destinado a ficar na vertical, a torre começou a inclinar-se para o sudeste, logo após o início da construção, em 1173, devido a uma fundação mal colocada e ao substrato solto que permitiu a fundação mudar de direção. A torre atualmente se inclina para o sudoeste. A altura da torre é de 55.86 m, do solo ao lado menor é de 56,70 m na parte mais alta do lado. A largura das paredes na base, mede 4,09 m e 2,48 m no topo. Seu peso é estimado em 14.500 toneladas. A torre tem 296 ou 294 degraus; do sétimo andar, tem dois degraus a menos, da face norte das escadas. Antes do trabalho de restauração realizado entre 1990 e 2001, a torre inclinou-se em um ângulo de 5,5 graus, mas a torre agora inclina-se em cerca de 3,99 graus. Isto significa que, o topo da torre é de 3,9m de onde ela estaria, se a torre estivesse perfeitamente na vertical.

Construção
A Torre de Pisa foi uma obra de arte, realizada em três fases ao longo de um período de cerca de 177 anos. A construção do primeiro andar do campanário de mármore branco, começou no dia 9 de agosto de 1173, um período de sucesso militar e prosperidade. Este primeiro andar, é uma arcada "cega" articulada por colunas clássicas embutido com capitéis coríntios.

A torre começou a inclinar-se após a construção após a progressão de contrução para o terceiro andar em 1178. Isto deveu-se a uma mera fundação de 3 m, situado no subsolo, fraco e instável, um projeto que falhou desde o início. A construção foi posteriormente paralisada por quase um século, porque os pisanos estavam continuamente envolvido em batalhas com Gênova, Lucca e Florença. Este tempo, permitiu para o solo subjacente a ajustar-se. Em 1198, os relógios foram temporariamente colocados no terceiro andar da construção inacabada.

Em 1272, a construção é reiniciada por Giovanni di Simone, arquiteto do Camposanto. Em um esforço para compensar a inclinação, os engenheiros construíram andares com um lado mais alto do que o outro. Isso fez a torre começar a inclinar-se em outra direção. A construção foi interrompida novamente em 1284, quando os pisanos foram derrotados pelos genoveses, na Batalha de Meloria.

O sétimo andar foi concluído em 1319. A sino-câmara acabou por não ser adicionada até meados de 1372 e foi construída por Tommaso di Andrea Pisano, que conseguiu, por sua vez, harmonizar os elementos góticos da sino-câmara, com o estilo românico da torre. Há sete sinos, um para cada nota da escala musical importante. A maior delas, foi instalada em 1655.
Depois de uma fase de reforço estrutural (entre 1990-2001), a torre está atualmente em fase de recuperação gradual da superfície, a fim de reparar os danos visuais, principalmente, à corrosão e escurecimento. Estes são, particularmente, os pontos mais fortes devido à idade da torre e à sua particular exposição ao vento e à chuva (erosão).

– cronologia
  • Em 5 de janeiro de 1172, Donna Berta di Bernardo, uma viúva e residente da casa de dell'Opera di Santa Maria, dispos de 60 soldi ou "moedas de sessenta" para o Opera Campanilis petrarum Sancte Marie. Esse dinheiro deveria ser usado para a compra de algumas pedras que ainda formam a base da torre sineira, nos dia de hoje.
  • Em 9 de agosto de 1173, as fundações da Torre foram estabelecidas.
  • Quase 4 séculos mais tarde, Giorgio Vasari escreveu: "Guglielmo, de acordo com o que está ser dito, em [este] ano 1174, com o escultor Bonanno, as bases do campanário da catedral de Pisa foram estabelecidas."
  • É possível que Gerardo Di Gerardo tenha sido outro construtor. O seu nome aparece como um testemunho da herança acima de Berta di Bernardo como "Mestre Gerardo" e, como um trabalhador, cujo nome era Gerardo.
  • Um construtor mais provável, é Diotisalvi, por causa do período de construção da estrutura e afinidades com outros edifícios em Pisa. Porém, ele geralmente assinava seus trabalhos, e não há nenhuma assinatura do mesmo no campanário.
  • Giovanni di Simone, foi fortemente, envolvido no trabalho de conclusão da torre, sob a direção de Giovanni Pisano, que na época, era o Mestre de obras do Opera di Santa Maria Maggiore. Ele poderia ser o mesmo Giovanni Pisano que completaram o campanário.
  • Giorgio Vasari indica que, Tommaso di Andrea Pisano, foi o criador do campanário entre 1360 e 1370.
  • Em 27 de dezembro de 1233 o trabalhador Benenato, filho de Gerardo Bottici, supervisionou a continuação da construção do campanário.
  • Em 23 de fevereiro de 1260 Guido Speziale, filho de Giovanni, um trabalhador na catedral de Santa Maria Maior, foi eleito para supervisionar a construção da Torre.
  • Em 12 de abril de 1264, o construtor Mestre Giovanni di Simone e mais 23 trabalhadores, foram para as montanhas perto de Pisa, para cortar mármore. As pedras foram dadas a cortar a Rainaldo Speziale, trabalhador de São Francisco.

A História após a construção
Galileo Galilei, é dito por deixar cair duas balas de canhão de massas diferentes, a partir da torre para demonstrar que a sua velocidade da descida foi independente da sua massa. Este, é considerado um conto apócrifo, a sua única fonte sendo, porém, o secretário de Galileu.

Durante Segunda Guerra Mundial, os Aliados descobriram que os nazistas estavam usando a torre como um posto de observação. Brevemente, a torre seria confiada ao sargento do Exército dos Estados Unidos, com o destino da torre e sua decisão de não recorrer a um ataque de artilharia, salvou assim a torre da destruição.

Em 27 de fevereiro de 1964, o governo da Itália solicitou ajuda para impedir a derrubada da torre. Foi, no entanto, consideradas importantes para manter a inclinação atual, devido ao papel vital que este elemento desempenhou na promoção do turismo de Pisa. Uma multinacional força-tarefa, seguido por engenheiros, matemáticos e historiadores, foi proposto e reuniram-se nas ilhas dos Açores, a fim de discutir os métodos de estabilização. Verificou-se que a inclinação foi aumentando em combinação com as bases mais macias, no lado inferior. Vários métodos foram propostos para estabilizar a torre, incluindo a adição de 800 toneladas de contrapesos.

Em 1987, a torre foi declarada como parte da Piazza del Duomo e Patrimônio Mundial da UNESCO, juntamente com a catedral vizinha, batistério e o cemitério.

Em 7 de janeiro de 1990, após mais de duas décadas de trabalho, a torre foi fechada ao público. Enquanto a torre foi fechada, os sinos foram removidos para aliviar o peso, e os cabos estavam apertados em torno do terceiro nível e ancorado várias centenas de metros de distância. Apartamentos e casas no caminho da torre estiverem desocupados por segurança. A solução final para evitar o colapso da torre, foi endireitar ligeiramente, a torre para um ângulo mais seguro, removendo 38 m cubicos abaixo do solo. A torre foi esticada até 18 polegadas (45 cm), retornando para a posição exata que ocupava em 1838. Após uma década de reconstrução corretiva e esforços de estabilização, a torre foi reaberta ao público em 15 de dezembro de 2001, e foi declarado estável por pelo menos mais 300 anos.

Em Maio de 2008, após a remoção de mais 70 mil toneladas métricas de terra, engenheiros anunciaram que, a torre tinha sido estabilizada de tal ordem, que tinha parado de se mover pela primeira vez em sua história. Eles declararam que, seria estável durante pelo menos 200 anos.

curiosidade: 2 igrejas alemãs têm desafiado o estatuto da Torre Pisa, como a maior edifício do mundo: a Torre Inclinada de Suurhusen, no século XV e a torre sineira do século XIV, nas proximidades da cidade de Bad Frankenhausen. O Guinness World Records mediu a Torre Pisa e a Torre de Suurhusen, encontrando um declive de 3,97 graus.

Panorâmica da catedral românica de Pisa com o batistério, o duomo, o Camposanto e o campanário em 1909


Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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