sexta-feira, 29 de maio de 2009

D. Leopoldina do Brasil





Arquiduquesa D'Áustria
Princesa Real Consorte de Portugal Brasil e Algraves (1817-1822)
Imperatriz Consorte do Brasil (1822-1826)
Rainha Consorte de Portugal (1826)







Infância e Adolescência
Em Viena na Áustria, no Palácio de Schünbrunn, em 22 de janeiro de 1797, nascia a Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda Beatriz de Habsburgo-Lorena, sexta filha do segundo casamento de Francisco I, Imperador da Áustria, e II da Alemanha (1768-1835) com Maria Teresa de Bourbon-Sicília (1772-1807). Seus pais eram primos-irmãos, ambos eram netos de Maria Teresa, a Grande (1717-1780), uma das maiores estadistas do século XVIII.

Sua educação foi primorosa. Normalmente, não se exigia muito das princesas, bastava ensinar-lhes a costurar e bordar, além, de boas maneiras e algumas aulas de piano. Mas não na casa dos Habsburgos. Ali, as mulheres tinham um nível cultural altíssimo, influenciado pelo Iluminismo. Desde pequena, Leopoldina foi submetida a um programa intensivo de aulas diárias, adquirindo conhecimentos científicos, políticos, históricos e artísticos, além de aprender idiomas estrangeiros, incluindo o francês, o italiano, o alemão e o latim. Aos dez anos ficou órfã de mãe.

Um ano depois seu pai se casaria novamente com aquela que Leopoldina descreveria como a pessoa mais importante de sua vida, Maria Ludovica. Prima de Francisco I, como ele, neta de Maria Teresa a Grande. Superava a defunta imperatriz em cultura e brilho intelectual, pois tivera uma educação esmerada. Musa e amiga pessoal do poeta Goethe, ela foi responsável pela formação intelectual da enteada, desenvolvendo na jovem o gosto pela literatura, a natureza e a música de Haydin e Beethoven. Não tinha filhos próprios, adotava de bom grado os da antecessora, e esses a chamavam de “querida mamãe”.

A morte da madrasta abalou Leopoldina em 1816. À tia Amélia, irmã de sua mãe, Leopoldina escreveu: “(...) devo-lhe tudo que sou, ela demonstrou-me em todas as ocasiões um amor e bondade verdadeiramente tão tocantes que deveria ser acusada da mais negra ingratidão, caso o meu coração fosse capaz de esquecê-la”. E o próprio Johann Wolfgang Von Goethe confessava em 1821: “Ainda não me refiz da morte da defunta imperatriz; é como se a gente desse pela falta de uma estrela principal que se acostumara a rever agradavelmente todas as noites” (OBERACKER, 1973 : 22)

Casamento
Em 1805, a família teve que fugir de Viena derrotada por Napoleão, que ocupou o Palácio de Schünbrunn. Para selar a paz com seu maior inimigo, Francisco I teve que casar a filha Maria Luísa (1791-1874), irmã predileta de Leopoldina, com Napoleão Bonaparte (1768-1835). Outra irmã, Maria Clementina (1798-1881), também deixou seu país para desposar seu tio Leopoldo das Duas Sicílias.

Naquela época, portanto, o casamento entre as casas reais era uma espécie de tratado de relações exteriores e tinha interesses dinásticos, políticos e econômicos para os países. Foi pensando numa boa aliança política que D. João, que tinha saído de Portugal também por causa de Napoleão e instalara sua Corte do Rio de Janeiro, desejava casar seu herdeiro com uma arquiduquesa de uma das famílias imperiais mais tradicionais, ricas e poderosas da Europa e nada mais indicado que a Casa da Áustria. A Arquiduquesa escolhida foi D. Leopoldina. O Marquês de Marialva foi enviado a Viena para negociar o casamento e trazer Leopoldina, então com 20 anos, para o Brasil.

Depois de uma longa negociação, D. Leopoldina casou-se em Viena, por procuração, com o então Príncipe D. Pedro de Orleans e Bragança, que foi representado pelo Arquiduque Carlos, irmão do Imperador da Áustria. Ela recebeu um medalhão com a imagem de Pedro, preso a um colar de diamantes de primeira água, e achou o noivo lindo. Em carta à irmã Maria Luísa, chegou a compará-lo a Adonis, confessando que já tinha olhado para a imagem mais de mil vezes.

No início de 1817, D. Leopoldina chegava ao Brasil com sua Corte, formada de médicos, zoólogos, botânicos e músicos. A cidade foi toda ornamentada para receber a Princesa com grandes festas. A bordo da galeota real, ela conheceu D. Pedro, por quem já era apaixonada.

D. Leopoldina não era sedentária, gostava intensamente da natureza e de andar a cavalo, caçando ou colecionar plantas, minerais, insetos e animais. Usava a túnica e calças, chapéu de homem de feltro ou palha, botas altas com esporas de tipo mineiro. Seduzida pelo moço a quem não faltavam encantos, pôde depressa fechar os olhos para não ver alguns dos seus mais graves defeitos de educação e de caráter, que só mais tarde a fariam penar ( SOUSA, 1972 : 78 ).

Encontrou na corte uma situação adversa à de Viena. Para quem fora criada no Palácio de Schünbrunn, São Cristóvão onde passou a morar, era um castelo de horrores, uma construção árida, cercada por lamaçal, montes de esterco e brigas entre alforriados e escravos. A vida do ponto de vista moral era solta. Havia pouco lugar para distrações e divertimentos alegres e ingênuos aos quais a arquiduquesa estava tão acostumada na casa paterna.

Em uma série de cartas enviadas a seus parentes na Europa, Leopoldina fazia observações sobre a família real e a corte de um modo geral: “A minha sogra sempre respeitarei como mãe de meu esposo, a sua conduta, porém, é vergonhosa e desgraçadamente já se percebem as conseqüências tristes nas suas filhas mais novas que têm uma educação péssima e sabem aos dez anos de idade tanto como as outras que são casadas” (OBERACKER, 1973 : 132).

Espantava a princesa com a situação de seu marido que, já casado, ainda recebia bofetadas da mãe. Se surpreendia também com a linguagem da corte portuguesa que era rude, lacônica e solta. D. Pedro, a mãe D. Carlota, o irmão D. Miguel e outros não hesitavam em servir-se publicamente dos mais baixos termos da “ralé”.

Já em relação ao sogro, D. João, apreciavam-se reciprocamente, por parentesco de alma e de inclinações. Brincando, teria dito certa vez que, se tivesse tido a escolha entre o rei e seu filho, não teria vacilado. Em carta a seu pai elogiou a D. João: “Amo e estimo o meu sogro como a um segundo pai, e acho que ele se parece muito com o Senhor, caríssimo papai, no que toca à bondade de coração e ao amor ao seu povo” (OBERACKER, 1973 : 132).

Os elogios também iam para sua cunhada Maria Teresa de Bragança, filha predileta de D. João. Esta princesa era a pessoa mais simpática e ilustrada da família real; levava uma vida moralmente impecável e tinha pendores que aproximavam de D. Leopoldina. “ Minha cunhada Maria Teresa é uma verdadeira amiga e eu gosto muito dela. Sua amizade e confiança para comigo me lembram a minha situação feliz na minha cara pátria”( IBIDEM).

Aos poucos D. Pedro se revelou um homem habituado a executar suas vontades, sujeitando a esposa a certos aborrecimentos, ela sempre, teve conhecimento das infidelidades do esposo, principalmente de sua relação com Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos. As relações com D. João eram amistosas, mas o mesmo não acontecia com a sogra, D. Carlota Joaquina, descrita por ela como uma mulher violenta. Mas apesar dos infortúnios o casal desfrutava momentos de prazer, com suas constantes cavalgadas e compartilhando o gosto de ambos pela música.

Do marido, como tal, a futura Imperatriz teve logo muitos motivos de queixar-se, a crônica a propósito é farta e muito bem conhecida. Apesar de tudo amava-o verdadeiramente e dedicadamente. Tudo soube suportar com discrição admirável. Do Imperador teve sete filhos, dois dos quais viu morrer infantes. De todos foi mãe extraordinariamente carinhosa e dedicada.

A essas virtudes, era possível acrescentar um senso político extremamente aguçado, uma notável capacidade de pressentir o momento da ação, e sugeri-la ao marido. Vinha esse senso marcado por um acentuado amor, que desde logo desenvolveu, pela terra e pela gente do Brasil


Maternidade
Em nove anos de casamento ficaria D. Leopoldina grávida nove vezes: dois abortos e sete filhos: 
  1. Maria da Glória (1819-1853) (Maria II, rainha de Portugal), casada respectivamente com os príncipes Augusto de Leuchtenberg e Fernando de Saxe-Goburgo-Ghota; 
  2. Miguel (1820, falecido logo após o nascimento); 
  3. João Carlos (1821-1822); 
  4. Januária (1822-1897), casada com o príncipe Luís de Bourbon das Duas Sicílias, Conde de Áquila ; 
  5. Paula Mariana(1823-1833); 
  6. Francisca Carolina (1824-1898), casada com o príncipe Francisco de Orleans da França, Príncipe de Joinville; 
  7. Pedro de Alcântara (1825-1891) (Pedro II Imperador do Brasil), casado com Teresa Cristina de Bourbon, princesa das Duas Sicílias. 

Sobre seu primeiro parto escreveu a seu pai em 20-04-1819: “Apesar de meu parto durar menos de seis horas, ainda estou, 15 dias depois, muito ferida, pois a cabeça de minha criança era muito grande(...), além disso a cadeira em que dei à luz era muito ruim e as minhas mãos ainda estão esfoladas pelos esforços(...)”. Queixava-se também dos médicos. “Acho que aqui é quase preferível a gente livrar-se da carga no mato à maneira dos animais selvagens” ( OBERACKER, 1973). D. Januária nascera com a princesa em pé, pendurada ao pescoço do marido. O último parto, o de D. Pedro, foi o mais difícil, durou mais de seis horas.

D. Leopoldina preocupava-se com o futuro dos filhos criados em ambiente tão sórdido, Maria da Glória, por exemplo, “brigava com o pai à mesa por uma coxa de galinha. Chicoteava escravos até sangrar, e, ainda tomava banho num dos corredores do palácio, sob as vistas de todos” (Graham, 1956 : 104).

D. Pedro teve sua arte própria para dar nome aos filhos. A mais velha lembrava a Virgem de sua devoção, Nossa Senhora da Glória. Miguel, seu irmão mais novo. João Carlos unira o nome do avô D. João VI e bisavô materno D. Carlos IV. Januária invocava a província do Rio de Janeiro. Paula Mariana evocava as cidades provincianas que se distinguiram pela sua adesão e lealdade para com o príncipe regente( São Paulo e Mariana). D. Pedro era ele mesmo, em segunda edição. Só que o filho em quase nada se pareceu com o pai

Emancipação política
Dona Leopoldina teve um papel decisivo na nossa independência. Em agosto de 1822 os brasileiros já estavam cientes que Portugal pretendia chamar D. Pedro de volta, rebaixando o Brasil, de Reino Unido para voltar a ser uma simples colônia.

Embora o príncipe regente não alcançasse grande popularidade entre os brasileiros, não tardaram a surgir manifestações de descontentamento aos primeiros sinais de tentativa de recolonização por parte de Portugal, com a transferência de importantes setores da administração para Lisboa.

A ida de D. Pedro marcaria uma grande ruptura entre o Brasil e Portugal, ocasionando um retrocesso na autonomia brasileira. Com a mulher, D. Pedro informava-se de muitas coisas da Europa da qual tinha noções vagas e incertas. D. Leopoldina, além da perfeita visão política, tinha a coragem necessária para assumir o patrocínio da causa. Não padece dúvida, que a princesa real era, na oportunidade, a pessoa que mais podia influir no ânimo do príncipe para que renunciasse à idéia do retorno a Portugal. As suas sugestões, sempre aferidas pela renúncia, costumavam ser acatadas pelo esposo, sempre mais impulsionado pelo estusiasmo do que pelo resultado do raciocínio ponderado.

Após amplas manifestações de apoio à permanência do regente, D. Pedro anuncia sua decisão, marcando a data histórica do "Dia do Fico", em 9 de janeiro de 1822. "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico". Reunido em frente ao Paço Municipal, o povo saudou a decisão do príncipe. Em 1º de agosto, declarou inimigas todas as tropas enviadas de Portugal sem o seu consentimento.

Com a eminência uma guerra civil que pretendia separar a Província de São Paulo do resto do Brasil, D. Pedro passou o poder à Dona Leopoldina no dia 13 de Agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo. Neste ínterim, a Princesa Regente recebeu notícias que Portugal estava preparando uma ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar a chegada de D. Pedro, Leopoldina, aconselhada pelo Ministro das Relações Exteriores José Bonifácio e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de Setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinando o Decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. José Bonifácio convocou o oficial de sua confiança, Paulo Bregaro, para levar a sua carta e a de Leopoldina para D. Pedro em São Paulo. Bregaro encontrou-se com o Príncipe e a sua comitiva nas margens do riacho Ipiranga no dia 7. Ao ler as cartas sobre os acontecidos no Rio, D. Pedro, referendando a medida tomada pela Princesa Regente, proclamou a Independência do Brasil.

Enquanto se aguardava o retorno de D. Pedro ao Rio, a Princesa Leopoldina, já como a primeira governante interina do Brasil Independente, idealizou a Bandeira do Brasil: Com o verde da família Bragança e o amarelo ouro da família Habsburg.

A Princesa Leopoldina assinou o Decreto da Independência, separando o Brasil de Portugal em 2 de setembro de 1822, mas temendo uma repercussão negativa, por ela ser austríaca, José Bonifácio aconselhou-a a deixar o anúncio do decreto assinado a cargo de D. Pedro, este proclamou em 7 de setembro de 1822 o Decreto da Independência assinada pela Princesa Regente.

Leopoldina dedicou seu trabalho à construção do Império do Brasil, depois da Coroação de D. Pedro, o casal visitava repartições públicas, inspecionava a alfândega e hospitais. No final de 1822, Domitila fixou residência no Rio de Janeiro e Leopoldina foi obrigada a conviver com a amante de seu marido como sua primeira-dama, o que naturalmente não deve ter sido muito fácil para a Imperatriz e desgastou o relacionamento do casal.

Os últimos anos
Os últimos dias de sua vida ficaram obscuros, mas se tem conhecimento de que ela grávida, sofrera algum tipo de agressão do marido, que estava de viagem para o sul do Brasil e adoeceu em seguida, tendo perdido a criança, fato que fez seu estado de saúde se agravar.

Leopoldina tinha uma consciência de que, com a independência proclamada, dificilmente voltaria a pisar o solo europeu, pois a consolidação do império exigia sua presença aqui. “Deus, quão contente seria sentir a nossa querida neve e o ar fresco”. Essa renúncia foi a condição necessária para o gozo de sua vitória política e, ao mesmo tempo, o início de sua tragédia pessoal.

Na viagem a São Paulo, em 1822, D. Pedro conhece sua futura amante Domitila de Castro, depois agraciada com o título de Marquesa de Santos. À medida que aumentava a paixão do monarca pela cortesã, crescia na mesma proporção seu desprezo pela imperatriz.

Muito querida por seus súditos, Leopoldina ganhou logo a solidariedade das camadas populares. Ela começava a sofrer as mais insultantes humilhações. Uma delas foi a descarada nomeação de Domitila para a função de primeira dama da imperatriz, obrigando-a a conviver com sua rival sob o mesmo teto do Palácio de São Cristóvão (LOPES, 1998 : 88).

Cada vez mais deprimida, angustiada e grávida pela nona vez, Leopoldina acabou abortando. Se o aborto foi provocado por uma agressão verbal do imperador, se por agressão física, como circulou na cidade, não se sabe. O fato ocorreu após uma violenta discussão provocada pela recusa da esposa em comparecer a uma cerimônia de beija-mão, acompanhada apenas pela amante do imperador, o que eqüivalia a uma aceitação pública do relacionamento escuso.

D. Pedro ausentou-se por mais de um mês do palácio. Num rompante, escreveu a ele que decidisse entre as duas, ou "me dará licença de me retirar para junto de meu pai", ou seja, voltar à Áustria. Não teve tempo. Cada vez mais triste e doente, caiu entrevada ao leito. Em sua longa agonia, em meio a febres, delírios e solidão, ainda teve forças para ditar uma carta à irmã Maria Luísa, pedindo amparo aos filhos. "(...)chegado no último ponto de minha vida no meio dos maiores sofrimentos (...) ouvi o grito de uma vítima que de vós reclama não vingança, mas piedade e socorro do fraternal afeto para os inocentes filhos que órfãos vão ficar, em poder de si mesmos, minha adorada mana(...) por amor de um monstro sedutor me vejo reduzida ao estado da maior escravidão e totalmente esquecida do meu adorado Pedro” (RANGEL, 1928 : 207).

Morte
Morria D. Leopoldina sem rever “o adorado Pedro”. Estava este no Sul e lá recebeu a comunicação de que enviuvara. Tomou-o um pranto nervoso, talvez pelo remorso de ter feito sofrer aquela que tanto o amou.

Sua morte causou grande comoção perante a população do Rio de Janeiro. Disse o francês Jacques Arago: “Não me cansava de admirar os encantos dessa inditosa princesa”, e o seu conterrâneo Ferdnand Dénis a denominava “a mais pura, a mais excelente das mulheres” (OBERACKER,1985 : 156). Os mais sinceros eram os pobres e humildes que a soberana tinha sempre protegido quanto pudera. Os pobres negros andaram pelas ruas por muitos dias gritando. “Quem tomará partido dos negros? Nossa mãe se foi!” Segundo o relato de um velho escravo africano que trabalhava na Quinta da Boa Vista a respeito de Leopoldina: “Era muito boa, quando passava por nós, cativos, parava e dizia-nos palavras confortadoras. Seu marido era um moço arrogante, andava sempre com um chicotinho de cabo de prata, com o qual e por qualquer coisa batia nos outros” (SANTOS, 1927 : 8).

D. Leopoldina, sem dúvida, perdera o coração do marido infiel, conquistara, todavia, em compensação o coração de um povo inteiro.

Morreu no dia 11 de dezembro de 1826, longe de seu país e de seu marido. Quando os sinos das igrejas e os canhões das fortalezas anunciaram sua morte, a população em massa foi prestar sua homenagem a Imperatriz, que era extremamente bem quista, foi decretado luto de três dias na Cidade. A Imperatriz foi enterrada no Convento da Ajuda no Rio de Janeiro. Quando o convento foi demolido, em 1911, os restos foram transladados para o Convento de Santo Antônio, também no Rio de Janeiro, onde foi construído um mausoléu para ela e alguns membros da Família Imperial. Em 1954, foram transferidos definitivamente para um sarcófago de granito verde ornado de ouro, na Capela Imperial, sob o Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.

D. Leopoldina, primeira Imperatriz do Brasil, que no Brasil acrescentou ao seu nome o Maria, em homenagem aos Braganças, foi uma figura sempre esquecida pela maior parte dos historiadores que quase não fazem menção a sua participação no momento de emancipação política brasileira. Mulher de educação esmerada, à frente de seu tempo, de fino trato com as pessoas fizeram dessa mulher uma das personagens mais queridas do Brasil no início do século XIX.

Fonte: Os Impérios; Klepsidra; 'Dama dos Trópicos' - de: Moreira Gonçalves, Gilmar; Museu Nacional

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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