sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Grécia Antiga

Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever, em seu período clássico antigo, o mundo grego e áreas próximas: Chipre, Anatólia, sul da Itália, da França e costa do mar Egeu, além de assentamentos gregos no litoral de outros países como o Egito.

Não existe uma data fixa ou sequer acordo quanto ao período em que se iniciou e terminou a Grécia Antiga. O uso comum situa toda história grega anterior ao império romano como pertencente a esse período. Alguns escritores incluem o período minóico e o período micênico (entre 1600 e 1100 aC) dentro da Grécia Antiga, enquanto que outros argumentam que essas civilizações eram tão diferentes das culturas gregas posteriores que, mesmo falando grego, devem ser classificadas à parte. (Zeus na foto ao lado)

Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange desde os primeiros Jogos Olímpicos em 776 aC (alguns historiadores estendem o começo para 1000 aC) até à morte de Alexandre "o Grande" em 323 aC. O período seguinte é o do helenismo.

Estas datas são convenções dos historiadores e alguns autores chegam mesmo a considerar a Grécia Antiga como um período presente até o advento do cristianismo, no terceiro século da era cristã. Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a seu país chamavam Hélade. Nunca chamaram a si mesmos de gregos nem à sua civilização Grécia, pois ambas essas palavras são latinas, tendo sido-lhes atribuídas pelos romanos.

A área ocupada pela antiga civilização grega não se identifica completamente com a área da Grécia contemporânea. Além disso, não existiu um estado politicamente unificado entre os Gregos antigos.

Localização
Situada na porção sul da Península Balcânica, o território da Grécia continental caracteriza-se pelo seu relevo montanhoso. A cordilheira dominante é a dos Montes Pindo que separa a costa oriental, banhada pelo mar Egeu, da costa ocidental, banhada pelo mar Adriático. Na Grécia central, entre o golfo de Corinto e o mar da Eubéia, situa-se a Beócia, cuja principal cidade na antiguidade era Tebas. Os Montes Citéron separavam a Beócia da península da Ática, onde se encontram as cadeias do Himeto, do Pentélico e do Parnes. No Peloponeso distinguiam-se também várias regiões. Ao centro, situa-se a Arcádia, uma planície rodeada por montanhas. A Lacônia situa-se na região sudeste, compreendendo o vale do Rio Eurotas, delimitado a oeste pelo Monte Taígeto e a oriente pelo Monte Párnon. No sudoeste do Peloponeso está a Messênia.

Grécia insular
No mar Egeu encontram-se várias ilhas, que recebem o nome genérico de Espórades. As Espórades compreendem dois grupos, o das ilhas do norte e as ilhas do sul. As Cíclades, que receberam esta designação por se disporem em círculo em torno da ilha de Delos, são ilhas de pequena dimensão. Do grupo de ilhas do Dodecaneso (Dhodhekánisos, "doze ilhas", apesar de serem cerca de 160), destaca-se a ilha de Rodes.

Origem
Os gregos originaram-se de povos que migraram para a península balcânica em diversas ondas, com início no terceiro milênio aC. Entre os invasores, merecem destaque os pioneiros: os aqueus, os jônicos, os dóricos e os eólios; todos indo-arianos provenientes da Europa Oriental. As populações invasoras são em geral conhecidas como "helênicas", pois sua organização de clãs fundamentava-se, no que concerne à mística, na crença de que descendiam do deus Heleno – filho de Deucalião e Pirra. A última das invasões foi a dos dóricos, já em fins do segundo milénio aC .

Períodos:
  1. Pré-Homérico (1900-1100 aC) — Período antes da formação do homem grego e da chegada cretense e fenícia. Nessa época, estavam se desenvolvendo as civilizações Cretense ou Minóica (ilha de Creta) e a Micênica (continental).
  2. Homérico (1100-700 aC) — Quando acontece a chegada de Homero, que foi considerado marco na história por suas obras, Odisséia e Ilíada. Período que iniciou a ruralização e comunidade gentílica (comunidade na qual um ajuda o outro na produção e colheita). Só plantavam o que iriam consumir (quando a terra não estava fértil saíam em busca de terra).
  3. Obscuro (1150-800 aC) — Chegada dos aqueus, dóricos, eólios e jônicos; formação dos génos; ausência da escrita.
  4. Arcaico (800-500 aC) — Formação da pólis; colonização grega; aparecimento do alfabeto fonético, da arte e da literatura além de progresso econômico com a expansão da divisão do trabalho, do comércio, da indústria e processo de urbanização. É neste período onde os vários modelos das pólis vão se constituindo, definindo assim a estrutura interna de cada cidade-Estado.
  5. Clássico (500-338 aC) — O período de esplendor da civilização grega, ainda que discutível. As duas cidades consideradas mais importantes desse período foram Esparta e Atenas, além disso outras cidades muito importantes foram Tebas, Corinto e Siracusa. Neste momento a História da Grécia é marcada por uma série de conflitos externos (Guerras Médicas) e interno (Guerra do Peloponeso).
  6. Helenístico (338-146 aC) — Crise da pólis grega, invasão macedônica, expansão militar e cultural helenística, a civilização grega se espalha pelo Mediterrâneo e se funde a outras culturas.

Religião
Os gregos praticavam um culto politeísta antropomórfico, em que os deuses poderiam se envolver em aventuras fantásticas, tendo, também, a participação de heróis (Hércules, Teseu, Perseu, Édipo) que eram considerados divinos. Não havia dogmas e os deuses possuíam tanto virtudes quanto defeitos, o que os assemelhava aos mortais no aspecto de personalidade. Para relatar os feitos dos deuses e dos heróis, os gregos criaram uma rica Mitologia. Normalmente, as cerimônias públicas, mesmo de cunho político, eram antecedidas por práticas religiosas, o que reflete a importância da religião entre os gregos antigos. Mas essa religião foi superada pela Filosofia.

Monte Olímpo (morada dos deuses)

Apesar da autonomia política das cidades-estados, os gregos estavam unificados em termos religiosos. Entre as divindades cultuadas estavam:
  • Zeus (senhor dos deuses),
  • Deméter (deusa da terra),
  • Poseidon (deus do mar),
  • Afrodite (deusa do amor),
  • Apolo (deus da luz e das artes),
  • Dionísio (deus do vinho),
  • Atena (deusa da sabedoria),
  • Artêmis (deusa da caça),
  • Hermes (deus das comunicações),
  • Hera (protetora das mulheres) e muitas outras.

Além dos grendes santuários como os de Delfos, Olímpia e Epidauro, os oráculos também recebiam grandes multidões, pois lá se acreditava receber mensagens diretamente dos deuses. Um exemplo claro estava no Oráculo de Delfos, onde uma pitonisa (sacerdotisa do templo de Apolo) entrava em transe e pronunciava palavras sem nexo que eram interpretadas pelos sacerdotes, revelando o futuro dos peregrinos.

Jogos Olímpicos
A partir de 776 aC, de quatro em quatro anos, os gregos das mais diversas cidades reuniam-se em Olímpia para a realização de um festival de competições. Os jogos olímpicos eram realizados em honra a Zeus (o mais importante deus grego) e incluíam provas de diversas modalidades esportivas: corridas, saltos, arremesso de disco, lutas corporais. Além do esporte havia também competições musicais e poéticas.

Os Jogos Olímpicos eram anunciados por todo o mundo grego 10 meses antes de sua realização. Os gregos atribuíam tamanha importância a essas competições que chegavam a interromper guerras entre cidades (trégua sagrada) para não prejudicar a realização dos jogos. Havia, entretanto, proibição à participação das mulheres, seja como esportistas, seja como espectadoras.

Os atletas que participavam das competições eram respeitados pelos gregos em geral. O prêmio para os vencedores era apenas uma coroa feita com ramos de oliveira colhidos num bosque consagrado a Zeus. Poetas, como Píndaro, faziam poemas em sua homenagem, e o governo erguia-lhes estátuas.

Os Jogos Olímpicos da Idade Antiga foram celebrados até 393 dC, quando o imperador romano Teodósio, que era cristão, mandou fechar o templo de Zeus em Olímpia, para combater cultos não-cristãos. Quinze séculos depois o educador francês Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin (1836-1937), empreendeu esforços para restaurar os Jogos Olímpicos. Em 1896, foram realizados em Atenas os primeiros Jogos Olímpicos da época contemporânea. As atuais Olimpíadas, também realizadas de quatro em quatro anos, reunindo atletas de diversos países do mundo, procuram preservar o ideal de unir os povos por meio do esporte.

Legado
A cultura da Grécia Antiga é considerada a base da cultura da civilização ocidental. A cultura grega exerceu poderosa influência sobre os romanos, que se encarregaram de repassá-la a diversas partes da Europa. A civilização grega antiga teve influência na linguagem, na política, no sistema educacional, na filosofia, na ciência, na tecnologia, na arte e na arquitetura moderna, particularmente durante a renascença da Europa ocidental e durante os diversos reviveres neoclássicos dos séculos XVIII e XIX, na Europa e Américas.

Conceitos como cidadania e democracia são gregos, ou pelo menos de pleno desenvolvimento na mão dos gregos. Qualquer história da Grécia Antiga requer cautela na consulta a fontes. Os historiadores e escritores políticos cujos trabalhos sobreviveram ao tempo eram, em sua maioria, atenienses ou pró-atenienses, e todos conservadores. Por isso se conhece melhor a história de Atenas do que a história das outras cidades; além disso, esses homens concentraram seus trabalhos mais em aspectos políticos (e militares e diplomáticos, desdobramentos daqueles), ignorando o que veio a se conhecer modernamente por história econômica e social. Toda a história da Grécia antiga precisa dar atenção à condução parcial pelas fontes.

Origem: Wikipédia

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Maria Teresa da Áustria


Maria Teresa (Maria Theresia em alemão e Mária Terézia em húngaro), nasceu em 13 maio 1717 e faleceu em 29 novembro 1780, a primeira e única mulher a chefiar a Casa de Habsburgo. Arquiduquesa da Áustria, rainha da Hungria e da Boêmia e soberana de outros territórios de 1740 até a sua morte. Tornou-se a Sacra Imperatriz Romano-Germânica quando seu marido foi eleito Sacro Imperador. Chefiou um dos Estados mais importantes de seu tempo, governando grande parte da Europa Central.



  • Sua Alteza Imperial e Real Maria Teresa,
  • Princesa Imperial,
  • Arquiduquesa da Áustria,
  • Princesa Real da Hungria e da Boêmia,
foi a filha mais velha de Carlos VI, cujo único herdeiro varão - seu filho Leopoldo João - morreu na infância em 1716. Em 1713, Carlos promulgou a Pragmática Sanção, que garantia a sua filha o direito de sucedê-lo no trono austríaco e de herdar o conjunto do território imperial após a morte do pai. De início, muitos monarcas europeus concordaram com a Sanção Pragmática; entretanto, após a subida de Maria Teresa ao trono com a morte de Carlos, em 20 de outubro de 1740, a Guerra de Sucessão Austríaca começou.

Casamento – casou-se com Francisco Estêvão, Duque da Lorena, o que o fez Sacro Imperador. No total, tiveram 16 filhos - 11 filhas (todas chamadas Maria) e 5 filhos. Sua filha mais moça era Maria Antonieta, que se casaria com o futuro Luís XVI de França. Após a morte de seu marido, Maria Teresa tornou seu filho José co-regente dos territórios austríacos, mas ela manteve o poder nas mãos.

Maria Teresa não havia sido preparada para governar (seu pai presumiu que ela deixaria ao marido esta tarefa) e encontrou um país com um exército fraco e o tesouro vazio.

Guerras – a guerra da Sucessão Austríaca começou quando Frederico II da Prússia invadiu e ocupou a Silésia. Embora a Baviera e a França também houvessem invadido territórios austríacos a oeste, foi Frederico (mais tarde conhecido como Frederico, "o Grande") que se tornou seu principal adversário. Portanto, concentrou-se em derrotar a Prússia e retomar as terras austríacas perdidas.

Em 1748, a França devolveu os Países Baixos austríacos que havia tomado da Áustria. Em troca, Maria Teresa cedeu Parma, Piacenza e Guastalla para o Infante Filipe de Espanha.

A Imperatriz aumentou o exército em 200% e reformou os impostos de maneira a garantir uma renda anual constante para financiar o governo e as forças armadas. Centralizou o governo ao fundir as chancelarias austríaca e boêmia. Criou uma suprema corte com a função de distribuir justiça e estabeleceu academias militar e de ciências da engenharia. Suas reformas fortaleceram a economia.

Quando se preparava para atacar a Prússia em 1756, Frederico II atacou primeiro, invadindo a Saxônia, aliada da Áustria, o que começou a Guerra dos Sete Anos. O conflito terminou em 1763, com o Tratado de Hubertusberg, que reconheceu o domínio prussiano sobre a Silésia.

Reformas civis – nos últimos anos de seu reinado, Maria Teresa concentrou-se em reformar as leis, o que fez com que muitos a vejam como uma monarca relativamente avançada para a época. Em 1771, promulgou a Patente Robot, uma reforma que regulava o pagamento pelo trabalho dos servos. Outras reformas importantes incluem a proibição de queimar bruxas na fogueira e da tortura e a abrogação da pena de morte no código penal, substituída por trabalhos forçados (a pena capital foi posteriormente reincluída no código). O ensino obrigatório foi aprovado em 1774.



Morte – Maria Teresa morreu em 1780, a única mulher a reinar em toda a história de 650 anos da dinastia dos Habsburgos. Foi sepultada na tumba no. 56 da Cripta Imperial em Viena (foto ao lado). Seu filho José II sucedeu-a.






Descendência – do seu casamento com Francisco Estêvão, Duque da Lorena, o futuro Francisco I da Germânia, teve os seguintes filhos:
  1. Maria Isabel, Arquiduquesa da Áustria (1737-1740) herdeira aos títulos de Rainha da Hungria e Boêmia de 1737 a 1740.
  2. Maria Ana, Arquiduquesa da Áustria (1738-1789) herdeira aos títulos de Rainha da Hungria e Boêmia de 1740 a 1741.
  3. Maria Carolina, Arquiduquesa da Áustria (1740-1741).
  4. José II (1741-1790) Arquiduque da Áustria, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico desde 1765, Rei da Hungria e Boêmia desde 1780. Sucedeu à mãe.
  5. Maria Cristina, Arquiduquesa da Áustria (1742-1798), casou com Alberto de Saxe-Teschen (1738-1822).
  6. Maria Isabel, Arquiduquesa da Áustria (1743-1808)
  7. Carlos José Manuel, Arquiduque da Áustria (1745-1761)
  8. Maria Amália, Arquiduquesa da Áustria (1746-1804), casou com Fernando, Duque de Parma (1751-1802).
  9. Leopoldo II (1747-1792), Arquiduque da Áustria, Grão-duque da Toscana de 1765 a 1790, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico e Rei da Hungria e Boêmia desde 1790. Sucedeu ao irmão.
  10. Maria Carolina, Arquiduquesa da Áustria (1748)
  11. Maria Joana Gabriela, Arquiduquesa da Áustria (1750-1762)
  12. Maria Josefa, Arquiduquesa da Áustria (1751-1767)
  13. Maria Carolina, Arquiduquesa da Áustria (1752-1814), casou com o rei Fernando IV de Nápoles e Sicília (1751-1825).
  14. Fernando, Arquiduque da Áustria, Duque de Breisgau (1754–1806), casou com Maria Beatriz d'Este, herdeira de Breisgau e de Modena;
  15. Maria Antonieta (Maria Antónia), Arquiduquesa da Áustria (1755-1793) casou com Luís XVI de França.
  16. Maximiliano Francisco, Arquiduque da Áustria (1756-1801), Arcebispo-Eleitor de Colônia desde 1784.


Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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