sábado, 19 de dezembro de 2009

Museu d'Orsay – Paris

O museu abriu ao público dia 9 dezembro 1986 – Paris, exibindo uma grande diversidade de obras da arte ocidental, criadas entre 1848 e 1914. No centro de Paris, às margens do rio Sena, margem oposta ao Jardim de Tulherias o museu foi instalado na antiga estação de trem d'Orsay, construída em 1900. O acervo foi formado com peças do Museu do Louvre, do Museu do Jeu de Paume e do Museu Nacional de Arte Moderna francês.

Em 1975, surgiu a ideia de criar um museu para a arte do século XIX e a estação estava ameaçada de ser destruída e substituída por um grande complexo de hotéis modernos. Ao invés disso, os franceses voltaram a se interessar por ela, e a construção foi preservada.

O Museu d'Orsay tem 57 mil m2, que em 2008 receberam a visita de mais de três milhões de pessoas. Em seus 22 anos de existência, o museu recebeu mais de 60 milhões de visitantes.

O acervo engloba obras de artistas nascidos entre 1820 e 1870, salvo algumas exceções como Matisse, que apesar de nascido em 1869, tem apenas uma pintura em exibição, "Luxúria, Calma e Volúpia", que marca a transição entre o Museu d'Orsay e o de Arte Moderna.

Com uma ala dedicada à fotografia, o Museu d'Orsay foi o primeiro dos museus de arte da França a ter uma galeria permanente dedicada ao tema, e foi considerado inovador pela iniciativa. O museu, que hoje é o grande detentor de obras dos impressionistas no país, no início era receoso em admitir obras tão revolucionárias em seu acervo quanto a "Olympia", de Manet. Mais tarde, a própria instituição passou a adquirir obras de Manet, Monet, Puvis de Chavannes e muitos outros.


Museu
Durante a Comuna de Paris, em 1848, toda a vizinhança do Louvre foi incendiada, e com ela o Palácio d'Orsay. Por 30 anos as ruínas permaneceram como lembrança dos horrores da guerra civil.

No final do século XIX, o governo cedeu o terreno das ruínas do Palácio para a construção de uma estação de trem, que facilitaria o transporte na cidade. O projeto era desafiador porque o terreno é vizinho do Louvre e do Palácio da Legião da Honra e a nova estação precisava se integrar com a elegante vizinhança.

Depois de pronta, a estação d'Orsay serviu a diferentes propósitos. Durante a Segunda Guerra Mundial foi:
  • centro postal para envio de pacotes para os prisioneiros de guerra
  • centro de passagem para os mesmos prisioneiros, que voltavam para casa depois da libertação da França
  • usada como set de filmagem de vários filmes, entre eles "O Julgamento", adaptação da obra de Franz Kafka feita por Orson Welles.

Com o tempo, a estação se tornou obsoleta. Depois da eletrificação das ferrovias, os trens ficaram compridos demais para ela. Atualmente, a abóbada de vidro da estação é a entrada do Museu d'Orsay. O projeto arquitetônico escolhido preservou ao máximo a estrutura original, dando ao Museu um caráter único entre os grandes museus do mundo, que costumam ser sediados em palácios de estilo neoclássico.

O acervo tem quadros importantes e coleções completas, como o legado de Caillebote. Amigo e colecionador dos impressionistas, Gustave Caillebote deixou 60 pinturas de Degas, Manet, Cézanne, Monet, Renoir, Sisley, Pissarro e Millet para o Museu do Luxemburgo, que depois foram incorporadas pelo Museu d'Orsay. A coleção, que atualmente tem um valor incalculável e seria cobiçada por qualquer museu, foi recebida sem entusiasmo pelos administradores da época.


Obras
Um dos quadros mais famosos do acervo do Museu d´Orsay é o "Almoço na Relva" de Manet. Rejeitado pelo júri do Salão de 1863, o quadro foi exposto no Salão dos Recusados, onde se tornou a principal atração, causando tanto riso quanto a indignação dos visitantes. A composição do quadro foi inspirada no "Concerto Campestre" de Ticiano, que está exposto no Louvre, e em "O Julgamento de Paris" , de Marcantonio Raimondi, que por sua vez foi feito a partir de um original de Rafael, que foi perdido.

A referência a uma obra clássica não faz com que a obra seja menos inovadora. A presença de uma mulher nua, entre homens vestidos com trajes da época, não é justificada nem pela mitologia grega, nem por alegorias anteriores. A cena foi considerada obscena e o tratamento que Manet deu à tela foi considerado tão inapropriado quanto seu tema.

Ele não realizou a transição tradicional entre o claro e o escuro, feita gradualmente. Manet preferiu contrastes brutos e excluiu do fundo da tela a noção de perspectiva e profundidade. Essas características são sinais da recusa do pintor em se sujeitar às convenções. Ele criou um estilo livre, que é considerado um ponto de partida para a arte moderna.

"O Baile do Moinho de la Galette" de Renoir, outra peça da coleção do Museu d'Orsay, também foi recebido com críticas negativas na época. O sentimento de dissolução das figuras e a temática inovadora, que trata da vida contemporânea em Paris, faz dessa tela uma das obras-primas do começo do Impressionismo e um dos quadros mais conhecidos de Renoir.





Fonte: grandesmuseus.folha.com.br

Leia Mais…

Palácio de Vecchio - Florença

O Palazzo Vecchio (Palácio Velho) é um palácio em Florença, localizado na Praça da Senhoria (Piazza della Signoria) da capital toscana. Atualmente é a sede do município florentino e no seu interior acolhe um museu que expõe, entre outras, obras de Agnolo Bronzino, Michelangelo Buonarroti e Giorgio Vasari. Chamado inicialmente de Palazzo della Signoria (Palácio da Senhoria), nome do organismo principal da República Florentina, assumiu ao longo dos séculos nomes diversos: de Palazzo dei Priori (Palácio dos Priores) a Palazzo Ducale (Palácio Ducal), segundo os vários ordenamentos governamentais instaurados na cidade. O nome Vecchio é adoptado em 1565, quando a Corte do Grão-Duque Cosme I se transferiu para o "novo" Palazzo Pitti.

O edifício foi gradualmente ampliado em direcção a este, vindo a ocupar uma extensão isolada e aumentando o inicial paralelepípedo do século XIII até este quadruplicar as suas dimensões, com uma planta que recorda um trapézio do qual a fachada é somente o lado mais curto. Sobre a fachada principal rusticada encontra-se a Torre de Arnolfo (Torre di Arnolfo), um dos emblemas da cidade.


História
No final do século XIII, as autoridades da cidade de Florença decidiram construir um palácio de modo a assegurar uma eficaz proteção aos magistrados naqueles tempos turbolentos e, ao mesmo tempo, celebrar a sua importância. O desenho do palácio é atribuído a Arnolfo di Cambio, arquitecto do Duomo e da Basílica da Santa Cruz, o qual começou a construí-lo em 1299. O edifício, chamado na época de Palazzo dei Priori (Palácio dos Priores), foi construído sobre as ruínas do Palazzo dei Fanti (Palácio dos Fanti) e do Palazzo dell'Esecutore di Giustizia (Palácio do Executor de Justiça), antes pertencente à família dos Uberti, caçada em 1266.

Incorporou a antiga torre da família Vacca, utilizando-a como parte baixa da torre existente na fachada. Esta é a razão pela qual a torre retangular de 94 m não é o centro do edifício. Depois da morte de Arnolfo, em 1302, o palácio foi terminado por outros dois artistas, em 1314. A partir de então passou a ser a sede da Signoria, ou do conselho chefiado pelos Priores (entre os quais Dante Alighieri, em 1300), e do Gonfaloneiro de Justiça, uma via intermédia entre um prefeito e um chefe de governo, com um cargo que, no entanto, durava um período de tempo muito breve.

O palácio atual é fruto de outras construções e ampliações sucessivas, entre o século XIII e o século XVI. O Duque de Atenas, Gualtieri di Brienne, iniciou a primeira modificação no período compreendido entre 1342 e 1343, aumentando-o em direção à Via della Ninna e dando-lhe o aspecto de uma fortaleza. Outras modificações importantes ocorreram entre 1440 e 1460 a mando de Cosme de Médici, com a introdução das decorações em estilo renascentista na Sala dei Dugento e no primeiro pátio de Michelozzo. O Salone dei Cinquecento (Salão dos Quinhentos) foi construído em 1494, durante a República de Savonarola.

Entre 1540 e 1550 o palácio serviu de residência a Cosme de Médici, alargada a parte posterior do palácio para assegurar as necessidades da Corte Ducal. O palácio duplicou. A última ampliação remonta aos finais do século XVI, dando-lhe o aspecto que apresenta até à atualidade.

O nome foi mudado oficialmente quando Cosme se instalou no Palazzo Pitti, em 1565, e chamou à residência precedente Palazzo Vecchio, enquanto a Piazza della Signoria mantinha o seu nome. Vasari construíu, então, um passadiço elevado, o Corridoio Vasariano (Corredor Vasariano), o qual liga, até aos dias de hoje, o Palazzo Vecchio ao Palazzo Pitti, atravessando o Arno sobre a Ponte Vecchio. Cosme I, por outro lado, instalou a administração governamental e os magistrados na adjacente Galleria degli Uffizi.

O palácio ganhou nova importância ao ser sede do governo nacional, no período compreendido entre 1865 e 1871, quando Florença se tornou capital do Reino da Itália. Embora grande parte do Palazzo Vecchio seja, atualmente, um museu, ainda se mantém como símbolo do governo local, sendo, de fato, sede da Comuna de Florença e do Conselho Comunal.


Exterior
A fachada principal dá uma impressão de solidez, para o que contribui o acabamento externo, rustico, em "pietraforte". É dividida em três andares principais com cornijas a marcar a separação entre cada um deles, as quais sublinham duas filas de janelas geminadas neogóticas em mármore, com arcos trilobados, acrescentados no século XVIII em substituição das originais.

A parte antiga é coroada por um alpendre saliente sustentado por mísulas em arcos e marcado por uma merlatura do tipo guelfo (com o topo quadrado), enquanto a da torre é do tipo gibelina ("em cauda de andorinha"). Alguns destes arcos possuem buracos, os quais podiam ser utilizados para derramar óleo fervente ou pedras sobre os eventuais invasores.

– arengário e entrada
O estrado realçado frente ao palácio é o chamado arengário, uma zona que toma o nome da "balaustrada" que, em tempos, o cingia e que foi eliminada durante os restauros oitocentistas de Giuseppe Del Rosso. Deste lugar, os priores assistiam às cerimônias citadinas ocorridas na praça. No final do século XV foi decorado com esculturas que, se não foram substituídas por cópias ou ligeiramente deslocadas, ainda se podem admirar. As mais antigas são o Marzocco (1418-1420) e a Judite e Oloferne (1455-1460), ambas as obras criadas por Donatello, as quais foram substituídas por cópias devido à sua preciosidade (o Marzocco está conservado no Bargello, a Judite dentro do palácio). A segunda escultura, em bronze, é proveniente do Palazzo Medici Riccardi, onde ornamentava uma fonte do jardim, tendo sido deslocada para a Piazza della Signoria depois da chamada "segunda caçada dos Médici", simbolizando a derrota da tirania por parte do povo.

O David de Michelangelo marcou a entrada do palácio entre 1504, ano da sua conclusão, e 1873, quando foi deslocada para a Galeria da Academia. No seu lugar encontra-se uma cópia desde 1910, ladeada por Hércules e Caco de Baccio Bandinelli, escultor que foi muito criticado pelo seu "atrevimento" em aproximar uma obra sua à obra prima de Michelangelo. Diante do conjunto do portal encontram-se as duas extremidades marmóreas (termini marmorei), a masculina de Vincenzo de Rossi e a feminina de Baccio Bandinelli, as quais retomam uma tipologia da estatuária clássica.

Sobre o portal principal assenta o frontispício decorativo em mármore, datado de 1528. Ao centro, flanqueado por dois leões, encontra-se o Monograma de Cristo, circundado pela frase "Rex Regum et Dominus Dominantium" (Jesus Cristo, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores). Esta inscrição remonta ao tempo de Cosme I e substitui a inscrição precedente inspirada em Savonarola. De fato, esta última declarava Cristo como soberano de Florença, tendo o monge intenção de dar a entender que ninguém poderia ousar "deslocar" Cristo e tomar o comando da cidade. Cosme I fê-la substituir sutilmente, dando-lhe outro sentido, indicando Cristo como Rei, sim, mas Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

– os brasões sobre a fachada
Por baixo dos arcos do alpendre foi pintada, em 1353, uma série de brasões, os quais simbolizam alguns aspectos particulares da República Florentina e ainda hoje retratam, em certo sentido, a situação política do século XIV.

A série de 9 brasões repete-se duas vezes sobre a fachada e dois deles são, ainda, repetidos uma terceira vez do lado direito.

  1. O primeiro que se encontra a partir da esquerda é a cruz encarnada em campo branco, que representa a insígnia do povo florentino e assinala a "res publica" em florença.
  2. Seguidamente, encontra-se o lírio florentino encarnado em campo branco, atual símbolo citadino, adotato pelos guelfos na época da caçada dos gibelinos, em 1266, anulando o brasão gibelino, pintado pouco antes, representado por um lírio branco (como se encontram numerosos nos campos de Florença) em campo encarnado.
  3. O brasão seguinte é repartido verticalmente entre o branco e o encarnado, representando o laço entre Fiesole (cujo brasão é um campo branco) e Florença (cujo antigo brasão era um campo encarnado), que os florentinos sempre recordaram como uma relação de mãe/filha.
  4. O quarto brasão apresenta as chaves de ouro em campo encarnado e simboliza a fidelidade para com o papado.
  5. O quinto brasão é a Libertas de ouro em campo azul, símbolo dos priores das artes e mote da liberdade e independência citadina.
  6. O símbolo que se segue, a águia encarnada em campo branco que "agarra" um dragão verde, é o brasão do partido guelfo. A cidade guelfa era caracterizada, na Idade Média, por um brasão branco/encarnado (Florença, Lucca, Pisa, etc.), enquanto que a gibelina apresentava, geralmente, como cores o branco e o negro (Siena e Arezzo).
  7. Depois do lírio branco em campo encarnado, antigo símbolo gibelino da cidade, encontramos o brasão do Rei de França, os três lírios dourados em campo azul, de Carlos de Valois, o qual decretou a vitória dos guelfos negros sobre os brancos, em 1302.
  8. O último brasão, partido em faixas negro/ouro e lírios dourados em campo azul, pertence a Roberto de Anjou.

No lado esquerdo, sobre os arcos, encontram-se, também, algumas figuras zoomorfas em bronze. Estas esculturas, em "pietra serena", são cabeças de leão e outras.

- a torre de Arnolfo
A torre do Palazzo Vecchio foi construída cerca de 1310, quando o corpo do palácio estava quase terminado. Colocada sobre a fachada, apoia-se somente em parte na alvenaria de sustentação, apresentando o lado frontal construído completamente em falso, saliente em relação à estrutura de apoio, com uma solução arquitetônica ao mesmo tempo audaciosa e esteticamente agradável.

Com uma altura de cerca de 94 m, a torre ergue-se sobre uma casa-torre pré-existente, a qual pertencia aos Foraboschi ou, segundo outras fontes, aos Della Vacca, pelo que não está centrada em relação à fachada, mas deslocada em direção ao lado sul. O corpo da torre, em adição às escadas, apresenta um pequeno vão, denominado de Alberghetto (Albergue), dentro do qual foram mantidos prisioneiros, entre outros, Cosme o Velho no regresso do exílio (1433) e Girolamo Savonarola antes de ser enforcado e queimado em praça pública, no dia 23 de maio de 1498.

O alpendre da cela campanária é sustentado por mísulas com arcos ogivais, sobre os quais assenta uma construção com arcos apoiada em quatro maciças colunas em alvenaria coroadas por capitéis com folhas. Na cela estão instalaos três sinos:
  1. A Martinella, que chama os florentinos a reunir;
  2. O sino do meio-dia;
  3. O sino dos dobrados (o maior).
Em torno de uma das colunas pode ver a escada em caracol que permite subir à cobertura. No topo encontra-se uma bandeirola (mais de 2 m de altura) em forma de Marzocco, a qual está coroada pelo lírio florentino. Trata-se de uma cópia, podendo a original ser admirada em toda a sua grandeza no segundo pátio do palácio.

Olhando para as mísulas que sustêm o balcão do alto da torre, tem-se a estranha sensação de que os cantos estão apoiados, somente, em pequenas pirâmidaes invertidas: é uma curiosa ilusão óptica causada pela margem das sombras.

O grande relógio foi originalmente construído pelo florentino Nicolò Bernardo, mas substituído em 1667 por um outro realizado por Giorgio Lederle di Augusta e montado por Vincenzo Viviani, o qual se mantém funcionante até à atualidade.

– a porta da alfândega
A porta do lado norte, vizinha da Via dei Gondi (Rua dos Gondi), carrega sobre o portal, além dos brasões esculpidos de Florença e do Povo, a representação de uma porta encrustada em mármores polícromos, o brasão da Alfândega. Caminho aos escritórios da Alfândega, a qual tinha os seus armazéns nos subterrâneos do palácio, e que ainda atualmente dá nome ao chamado Cortile della Dogana (Pátio da Alfândega).


Pátios
– primeiro
O primeiro pátio, ao qual se acede pelo portão principal da Piazza della Signoria, foi projetado em 1453 por Michelozzo. Em 1565, por ocasião das bodas entre Francisco I de Médici, filho de Cosme I, e Joana de Áustria, irmã do imperador Maximiliano II, o pátio foi transformado e decorado em estilo maneirista, segundo projeto de Giorgio Vasari. Nas lunetas, em volta de todo o pátio, foram reproduzidas as insígnias da igreja e das congregações das arte e dos ofícios da cidade, enquanto nos enquadramentos inferiores estão pintadas, em honra da própria Joana de Áustria, as Vistas de cidades do império dos Habsburgo. A abóbada foi enriquecida com decorações em estilo grotesco.

Ao centro, em substituição do antigo poço, foi erguida uma fonte em pórfiro, sobre a qual foi colocada uma estátua de broze mais antiga, o Putto con delfino, de Andrea del Verrocchio (1476), a qual foi transferida em 1959 para o Terrazzo di Giunone, no segundo andar do palácio, sendo substituída no pátio por uma cópia. Esta pequena estátua estava situada, inicialmente, no jardim da Villa Medicea di Careggi. A água que a alimenta, jorrando das narinas do golfinho, chega dos Jardins do Bóboli graças a um antigo sistema hídrico de condutas. No nicho situado frente à fonte está instalado Sansone e il Filisteo (Sansão e o Filisteu), de Pierino da Vinci. As colunas estão ricamente decoradas, com caneladuras alternadas com outras partes trabalhadas em estuques dourados.

No flanco esquerdo do pátio, uma porta conduz à antiga Sala de Armas (Sala d'Arme), em tempos utilizada como depósito de armas e munições. Hoje em dia, esta sala é usada para mostras temporárias e eventos especiais.

– segundo
O segundo pátio, também conhecido como Pátio da Alfândega (Cortile della Dogana), possui pilastras maciças construídas, em 1494, para sustentar o Salão dos Quinhentos (Salone dei Cinquecento) no segundo andar. Toma o nome dos escritórios da alfândega, os quais funcionaram ali até à época de Leopoldo II de Toscana (1844).

A Alfândega florentina acolhia as mercadorias provenientes do exterior do Grão-ducado e retinha-as em depósito até que o destinatário as importasse ("sdoganasse") pagando a respectiva taxa. Depois da cheia do arno ocorrida no dia 3 de novembro de 1844, as mercadorias ficaram gravemente alagadas, pelo que se deslocaram estes escritórios para o Casino Mediceo di San Marco, na Via Cavour, antes de ali seram instalados os gabinetes do Tribunal de Apelação.

No pátio, atualmente, encontra-se a bilheteira do museu e o bookshop. Entre o primeiro e o segundo pátio encontra-se uma imponente e monumental escadaria de Vasari, a qual conduz ao Salão dos Quinhentos.

– terceiro
O terceiro pátio, chamado de Pátio Novo (Cortile nuovo), foi efetuado como conclusão da ampliação em direção à Via dei Gondi e à Via dei Leoni. Aqui encontram-se, sobretudo, gabinetes comunais e a escadaria do Sindaco e da Junta.


Interior - Museu
– primeiro andar
  • Salão dos Quinhentos
  • Estúdio de Francisco I
  • Apartamentos monumentais


– segundo andar
Uma escadaria monumental, projetada por Vasari, conduz ao segundo andar. Este piso contém o Apartamento dos Elementos (Quartiere degli Elementi), uma zona privada de Cosme I dedicada aos elementos Ar, Água, Terra e Fogo, e o Apartamento de Leonor (Quartiere di Eleonora), em tempos habitado por Leonor de Toledo.
  • Apartamentos dos Elementos
  • Apartamento de Leonor
  • Sala da Audiência
  • Capela da Signoria
  • Sala dos Lírios
  • Sala dos Mapas geográficos ou do Guarda-roupa
  • Velha Chancelaria
  • Saleta
  • Estúdio


– outros ambientes
Existe um alpendre que serve de coroação ao bloco central do palácio, imediatamente abaixo da torre. Em algumas das salas deste andar (um terço) encontra-se um dos mais prestigiados laboratórios de restauro, especializado em tapeçarias. O mezzanino entre o primeiro e o segundo andar foi criado por Michelozzo, no século XV, rebaixando o teto de algumas salas do primeiro andar. Nestas salas habitou Maria Salviati, a mãe de Cosme I, e alguns jovens príncipes. Atualmente acolhe a Coleção Loeser (Collezione Loeser), doada a Florença pelo crítico de arte americano Charles Loeser.


Curiosidades
1. No ângulo direito da fachada está sumariamente esculpido um perfil: não se conhece a sua origem, mas a tradição popular indica Michelangelo como autor, o qual desejou imortalizar um condenado à morte, esculpindo um retrato instantâneo e trabalhando absolutamente voltado de costas, ou um seu devedor que o atormentava particularmente. Só uma coisa é certa, não era qualquer um que podia esculpir impunemente no palácio mais importante da cidade, pelo que o autor deve ter sido alguém sobre o qual o corpo da guarda podia fechar os olhos.

2. Na Sala de Hécules está guardada uma Nossa Senhora renascentista chamada popularmente de "Nossa Senhora do Ufo" (Madonna dell'Ufo) devido a um objecto voador não identificado pintado no céu sobre o fundo. Trata-se de algo cinzento que emite raios dourados e é observado por duas figuras ao fundo. É uma das fontes iconográficas antigas mais citadas no campo da ufologia.









Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
© 2008 Templates e Acessórios por Elke di Barros