Públio Élio Trajano Adriano (em latim Publius Aelius Traianus Hadrianus) – 24 jan 76-10 jul 138, mais conhecido apenas como Adriano, imperador romano de 117 a 138. Da dinastia dos Antoninos, um dos "cinco bons imperadores".
Nascido em Itálica na atual Espanha, Adriano era descendente de colonos romanos domiciliados no sul da Espanha e primo de Trajano, tendo sido nomeado por este para uma série de dignidades públicas que o fizeram aparecer como herdeiro presuntivo deste imperador. À época das guerras contra os partas, durante o reinado de Trajano, era governador da Síria.
Foi para Roma com 9 anos. Era alto, elegante, cabelo encaracolado e usava barba. Encorporou-se ao exército. Em 96 morre o imperador Dominício assassinado e Nerva assume o império –começa a dinastia dos Antoninos – reinado que durou apenas 2 anos. Trajano o novo imperador e sua esposa Plotina, adotam Adriano e cuidam dele como filho. Adriano casa com Sabina, e foi senador muito cedo. A Guerra da Dácia (Romênia) consagrou Adriano como general.
Reinado
Trajano morre aos 64 anos, de infarte, e as Legiões declaram Adriano, aos 41 anos, imperador de Roma. Não queria conquistar mais povos.
- Em 122 chegou a Bretânia, e ergueu um muro de costa a costa – a Muralha de Adriano – para dividir o mundo romano dos bárbaros (palavra grega, que significava: quem não fala grego, fala bá bá bá).
- Em 124 viajou todo império, foi a grécia e se apaixonou por Atinos.
- Em 130 chegou ao Egito, quando Antinos morreu num acidente de barco no Nilo.
- Em 132 os judeus se rebelaram e foram expulsos de Jerusalém.
- Em 134 voltou a Roma, com 58 anos. Morre sua esposa Sabina e Adriano fica muito doente.
Foi o arquiteto responsável pela construção do Panteão de Roma reconstruindo um antigo prédio muito menor erguido por Marco Vipsânio Agripa, porém mantendo a velha fachada com o nome do antigo construtor. Construiu perto de Roma a grande villa que leva seu nome (Villa Adriana). Foi um imperador ambulante, viajava sempre e por onde passava ia levantando cidades, construindo estradas, erigindo monumentos.
– Com o intuito de proteger as demais fronteiras romanas contra os bárbaros, construiu grande número de fortificações contínuas na Germânia e na Inglaterra (por exemplo, mandou construir, em 112, a chamada Muralha de Adriano , que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia).
Morte e Sucessão
Adriano morreu em 138, em Roma, com 68 anos. Seu corpo foi depositado num mausoléu, que veio a ser o castelo de Santo Ângelo, em Roma. A sucessão de Adriano foi complicada, a princípio ele havia pensado em adotar como filho e sucessor um dos seus muitos antigos favoritos:
- o adolescente grego Antinos, mas este faleceu;
- Lúcio Élio Vero, mas este também faleceu prematuramente;
- o senador T. Aurélio Fúlvio Boiônio Antonino, que viria a ser conhecido como o imperador Antonino Pio - sob a condição, no entanto, de que este adotasse como seu filho e sucessor, o parente distante de Adriano, o jovem Marco Ânio Vero, o futuro imperador Marco Aurélio, assim como o filho do falecido Lúcio Ceiônio, Lúcio Vero, que viria a ser co-imperador junto com Marco Aurélio.
Após sua morte, há uma tentativa fracassada do Senado de invalidar seus atos, o que foi impedido por Antonino Pio. A hostilidade duradoura entre o Senado e Adriano seria reconhecida pelo seu contemporâneo mais jovem, o senador, orador e correspondente de Marco Aurélio, Frontão, que comparava Adriano ao deus da Guerra Marte e ao deus dos mortos Dis Pater - ambos deuses que se deve tentar apaziguar, mas sem poder realmente amá-los.
Como prova das políticas autoritárias de Adriano, deve ser assinalado que credita-se a ele a criação de um corpo de polícia política no Império Romano, os frumentarii, cujos agentes foram destacados do corpo de funcionários imperiais dedicados à supervisão do abastecimento de trigo da cidade de Roma, daí seu nome em latim.
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