– presente de um comerciante de escravos, palácio virou a sede da realeza –

Quando chegou ao Rio, D. João instalou-se na Casa dos Governadores (atual Paço Imperial, na Praça XV) mas ela logo se mostrou acanhada demais para abrigar a família real, a corte e seu séquito de empregados. À beira do cais, no centro da cidade, o local vivia cercado de curiosos, ruidoso, malcheiroso e lamacento, acolhendo os detritos que escorriam das montanhas quando das fortes chuvas. Logo D. João mudou-se para um palácio em São Cristovão, 5 km a oeste do centro, presenteado por Elias Antônio Lopes, um rico português, negociantes de escravos. Foi na Real Quinta da Boa Vista, ou Paço de São Cristovão, que se criou D. Pedro I e nasceu D. Pedro II.
O Paço da Cidade ainda foi a sede oficial e palco de acontecimentos como o Dia do Fico, a coroação e sagração dos dois imperadores, a abertura das Assembléias Legislativas, os cortejos imperiais e a assinatura da Lei Áurea. Mas aos poucos, D. Pedro II transformou a Quinta da Boa Vista em sede do poder, ali mantendo seu gabinete de trabalho, a biblioteca, o gabinete de botânica e o museu iniciado por sua mãe, a imperatriz Leopoldina. O palácio passou por várias reformas:
- uniformizado esteticamente por Araújo Porto-Alegre (1845)
- decorado com grande luxo por Mário Bragaldi (1857-1861) e
- ganhou em 1872 um belo parque, que abria aos domingos para o público.
Já era, a esta altura, importante palco da vida política, social e cultural do país.
Hoje Museu Nacional é um monumento à memória da monarquia no Brasil
Fonte: 'a construção do Brasil' - nossa História 2006
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