sábado, 14 de novembro de 2009

D. Amélia Leuchtenberg, imperatriz do Brasil




Dona Amélia Augusta Eugênia Napoleona de Beauharnais (Milão, 31 de julho de 1812 — Lisboa, 26 de janeiro de 1876), princesa de Leuchtenberg, foi a segunda consorte de D. Pedro I, imperador do Brasil.







Infância e juventude
D. Amélia foi a 4ª filha do general Eugênio de Beauharnais, 1° duque de Leuchtenberg e sua esposa, a princesa Augusta da Baviera. Seu pai era filho de Josefina de Beauharnais e seu primeiro marido, o visconde Alexandre de Beauharnais, bem como filho adotivo de Napoleão Bonaparte, que o fez vice-rei da Itália. Sua mãe era filha do rei Maximiliano I José da Baviera e de sua primeira consorte, a princesa Augusta Guilhermina de Hesse-Darmstadt. Entre os irmãos de Amélia estavam Josefina de Leuchtenberg, rainha consorte de Óscar I da Suécia, e Augusto de Beauharnais, príncipe consorte de D. Maria II de Portugal (enteada de Amélia). Napoleão III foi seu primo-irmão. Amélia de Leuchtenberg passou a sua infância e parte de sua juventude em Munique. Ela foi oficialmente apresentada à corte da Baviera no Natal de 1828, aos 16 anos.

Casamento
Após a morte de sua primeira esposa, a arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina, em dezembro de 1826, D. Pedro I do Brasil mandou buscar na Europa uma segunda esposa.

A convenção matrimonial de 30 de maio de 1829 foi ratificada em 30 de junho, em Munique, pela mãe e tutora da noiva, a duquesa de Leuchtenberg. Em 30 de julho daquele ano, foi confirmado, no Brasil, o tratado do casamento de Sua Majestade e Amélia de Leuchtenberg. A cerimônia do casamento foi realizada em Munique, a 2 de agosto daquele ano, na capela do palácio de Leuchtenberg, e o noivo foi representado pelo marquês de Barbacena. Amélia tinha apenas 17 anos e seu novo marido, trinta anos.

O marquês de Barbacena teve grande dificuldade em achar uma noiva, pois a fama do imperador não era boa na Europa, em parte por causa de Domitília de Castro e Canto Melo, sua polêmica amante.

No Brasil
Amélia chegou ao Rio de Janeiro em 16 de outubro de 1829, na fragata Imperatriz, vinda de Ostende, na Bélgica. Acompanhavam-na a bordo o marquês de Barbacena e a pequena dona Maria da Glória. A futura Maria II de Portugal. O casal recebeu as bençãos nupciais na capela imperial no dia seguinte. Amélia vinha acompanhada pelo irmão mais velho, de 19 anos, Augusto de Beauharnais, 2.° duque de Leuchtenberg, que foi condecorado pelo imperador, em 5 de novembro de 1829, com o titulo de duque de Santa Cruz. Mais tarde, Augusto casaria-se com Maria da Glória, tornando-se seu primeiro marido.

Encantado com a beleza da segunda esposa, D. Pedro I criou, para homenageá-la e para comemorar a ocasião, a Imperial Ordem da Rosa. No decreto de criação da ordem, também assinado por José Clemente Pereira, secretário de Estado dos Negócios do Império, diz Dom Pedro I:
"Querendo perpetuar a memória de meu faustíssimo consórcio com a princesa Amélia de Leuchtenberg e Eichstaedt por uma instituição útil que, assinalando esta época feliz, conserve-a em glória na lembrança da posteridade".

Ao chegar ao palácio de São Cristóvão, percebendo a falta de protocolo que reinava, Amélia impôs à corte como língua oficial o francês e o protocolo de uma corte européia. Pedro I tentou trazer para junto de si, no palácio, a duquesa de Goiás, a filha bastarda que teve com a marquesa de Santos, mas Amélia recusou-se a tê-la no palácio.

Volta à Europa
Após a abdicação de D. Pedro I ao trono do Brasil, em 7 de abril de 1831, D. Amélia seguiu com o marido de navio para a Europa. Encontrava-se grávida de 3 meses. Na França, D. Amélia estabeleceu residência em Paris, com a sua enteada, a rainha - sem trono - de Portugal, D. Maria da Glória, e com D. Isabel Maria, a duquesa de Goiás, que acabaria adotando por filha. No dia 30 de novembro de 1831, a imperatriz deu à luz a princesa Maria Amélia de Bragança. Enquanto isso, Dom Pedro I empreendia uma encarniçada luta contra o seu irmão, Miguel I, pelo trono português, em nome de sua filha, Maria da Glória. Quando, vitorioso, conseguiu retomar o trono para a sua filha, que voltou a reinar como D. Maria II. Assim, Amélia foi residir com o marido no Palácio de Queluz, em Lisboa.

Viúva
Com o falecimento de D. Pedro I, em 24 de setembro de 1834, D. Amélia dedicou-se a obras de caridade e ao cuidado de sua única filha, Maria Amélia. Por volta de 1850, após o falecimento de Pedro V de Portugal, seu enteado-neto, Dona Amélia retornou para a Baviera com sua filha. Essa última, vindo a contrair tuberculose, fez com que ambas se mudassem para Funchal, na Ilha da Madeira. Todavia, Maria Amélia não resistiu e faleceu, aos 22 anos de idade, em 4 de fevereiro de 1853. Após a morte da filha, voltou a residir em Lisboa, onde morreu em 26 de janeiro de 1876, aos 64 anos.

  • Seus restos mortais jazem na Cripta Imperial do Monumento à Independência do Brasil, no bairro do Ipiranha em São Paulo, trasladados para o Brasil, em 1982.


Descendência:
– com D. Pedro I do Brasil:
  1. Dona Maria Amélia de Bragança (1831 – 1853)


Origem: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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