segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vila Borghese: Roma - Itália

A Villa Borghese Pinciana é um palácio de Roma, situado no interior do segundo maior parque da capital italiana, os Jardins da Villa Borghese, inicialmente fazendo parte de um todo integrado, mas agora considerados de uma forma bastante separada pelos turistas. Atualmente, a villa alberga um museu, a Galleria Borghese. A villa foi construída pelo arquiteto Flaminio Ponzio, entre 1613 e 1616, o qual desenvolveu esboços criados pelo próprio Cardeal Scipione Borghese, sobrinho do Papa Paulo V, o qual usou o palácio como villa suburbana, uma villa de recreio na periferia de Roma, e para acomodar a sua coleção de arte. (Fonte: Wikipédia)

História
O núcleo da propriedade já pertencia aos Borghese em 1580, no local onde foi identificada a posição dos Jardins de Lucullo (ou horti luculliani). A propriedade foi ampliada com uma série de aquisições feitas pelo Cardeal Scipione Borghese, sobrinho do Papa Paulo V e futuro patrono de Gian Lorenzo Bernini, com a intenção de criar uma "villa di delizie" e o mais vasto jardim construído em Roma desde a antiguidade. Em 1606, a realização do edifício foi confiada pelo cardeal ao arquiteto Flaminio Ponzio. As obras começaram em 1612. No entanto, Ponzio viria a falecer no ano seguinte, sendo sucedido na tarefa por Giovanni Vasanzio (Jan van Santen de seu verdadeiro nome), que projetou uma fachada com um terraço em forma de U, decorando o conjunto com nichos, vãos, estátuas clássicas e relevos. Ambos os arquitetos foram apoiados pelo jardineiro Domenico Savini da Montelpulciano e pela intervenção de outros artistas, como Pietro e Gianlorenzo Bernini. A villa viria a ficar concluída em 1633. A Villa Borghese Pinciana, ou Casino Borghese, alcançou fama fora de Roma ainda no século XVII. Em 1644, o viajante britânico John Evelyn descreveu-a como um "Eliseu de prazer", com "fontes de variados mecanismos, olivais e pequenos cursos de água". Evelyn também disse que era um viveiro de avestruzes, patos reais, cisnes e grous e de "diversas e estranhas bestas"

Em 1766, o Príncipe Marcantonio IV Colonna (1730 - 1800) empreendeu trabalhos de transformação tanto no "Casino nobile" (a villa em si, atual sede da Galleria Borghese) como no"Casino dei giuochi d'acqua" (atual estufa de citrinos e sede do Museo Carlo Bilotti), e sobretudo no parque, mandando redesenhar os jardins e sistematizando o "Giardino del lago" (Jardim do Lago). Todo o jardim foi ornado com fontes e pequenas construções que permitiam gozar sugestivas vistas perspectivas. No início do século XIX, a villa viria a ser ampliada pelo Príncipe Camillo Borghese, cunhado de Napoleão Bonaparte, com a aquisição de terrenos em direção à Porta del Popolo e à Porta Pinciana. O jardim formal foi transformado em jardim paisagístico ao gosto inglês, sendo aberto nas passagens festivas para acolher festas populares com cantos e bailes. Em 1808, como consequência do défice no legado Borghese, Camillo Borghese vendeu algumas das esculturas e antiguidades da família ao Imperador. Devido a isso, o Gladiador Borghese, reconhecido desde o século XVII como uma das mais admiráveis estátuas da coleção, pode ser apreciado atualmente no Museu do Louvre, em Paris. Nos primeiros anos do século XX, a Família Borghese já não tinha condições econômicas para manter a villa, pelo que o complexo foi adquirido pelo Estado Italiano em 1901, pela soma de 3,6 milhões de liras. Em 1903, os jardins foram separados do palácio, sendo cedidos nesse mesmo ano ao município de Roma, que os converteu num parque público aberto até à atualidade. O edifício foi restaurado integralmente pela última vez entre 1995 e 1997, com a reconstrução da escadaria dupla do pórtico, assim como do seu interior.

Obras
Os Jardins da Villa Borghese são um grande jardim paisagístico à maneira inglesa situados em Roma, na colina Pinciana. Contém numerosos edifícios, museus e atrações, dos quais se destaca a Villa Borghese Pinciana, onde está instalado atualmente a Galleria Borghese. É o segundo maior parque de Roma (80 hectares ou 148 acres) depois do da Villa Doria Pamphili. Os jardins foram desenvolvidos para o palácio construído pelo arquitecto Flaminio Ponzio segundo esboços de Scipione Borghese, que o usou como villa suburbana, uma villa de recreio na periferia de Roma, e para acomodar a sua colecção de arte. Os jardins, tal se apresentam atualmente, foram refeitos no século XIX.



– Apolo e Dafne é uma das esculturas mais famosas de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), grande escultor do barroco italiano, época em que a máquina de propaganda da Igreja Católica se utilizava de famosos artistas para sua divulgação.






A escultura de Eneias, Anquise e Ascânio, nitidamente uma obra do Barroco Italiano, de Gian Lorenzo Bernini, esculpida por volta de 1619, descreve as três idades do homem sob três pontos de vista, baseada numa figura de um afresco de Rafael Sanzio, e talvez refletindo o momento em que o filho consegue o papel do pai. A imagem mostra a infância do homem, sua idade madura e sua senilidade, um se apoiando no outro, mostrando a continuidade da vida e como uma fase se liga à outra. Como todas as esculturas de Bernini, mostra com grande realismo e simplicidade a tragédia da vida do ser humano, condenado a ver sua própria decadência com o passar dos anos, pondo o observador em reflexão sobre seu próprio destino.


– Leda e o Cisne é uma pintura de Leonardo representando Leda – rainha de Esparta – e Zeus, transfigurado em cisne. O estilo de Leonardo da Vinci é muito bem comportado, parece ser o primeiro nu de suas obras. Mas em sua época, essa pintura foi tratada por seus contemporâneos como um tema muito erótico. Aqui se pode observar toda a sua técnica sobre perspectiva aérea. Em primeiro plano as linhas dos contornos são mais vivos e à medida que a imagem vai se afastando, ela perde a nitidez, devido à atmosfera. É uma cópia, o original não existe mais.




– O Rapto de Proserpina é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), considerado um dos maiores artistas do século XVII, tendo seu trabalho quase todo centrado na cidade de Roma. O mito romano do rapto de Proserpina por Plutão é uma lenda que também aparece na cultura grega, onde Plutão se chama Hades e Proserpina é Perséfone, que encantou o obscuro deus com sua beleza, filha da deusa das colheitas Deméter. Ela é então raptada e levada para as profundezas da Terra, deixando sua mãe enfurecida. O rapto fez com que Deméter castigasse o mundo, arrasando com as plantações, entregando o mundo ao caos e à fome. Conta-se que Perséfone não podia comer nada que lhe fosse oferecido ou ela nunca mais voltaria para casa. Enquanto Zeus tentava convencer Plutão a liberar a moça, Perséfone comeu algumas sementes de romã, selando o seu destino. Assim, ela se viu obrigada a casar com Plutão, o que deixou Deméter ainda mais furiosa. Zeus teria então interferido. Perséfone passaria metade do ano com o marido e a outra metade com a mãe. Dessa maneira, Deméter aceitou e assim os gregos explicavam as épocas do ano. Quando era verão e primavera, sua filha estava ao seu lado. No inverno e no outono, épocas frias, sem colheitas, Perséfone estava com o marido.

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domingo, 26 de abril de 2009

Museu do Louvre – Paris

O Museu do Louvre (Musée du Louvre), instalado no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe historique (Eixo histórico).
É onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, a Vénus de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas.
O Louvre é gerido pelo estado francês através da Réunion des Musées Nationaux. Foi o museu mais visitado do mundo em 2007, com 8,3 milhões de visitantes.


O Edifício
O primeiro real "Castelo do Louvre" neste local foi fundado por Filipe II em 1190, como uma fortaleza para defender Paris a oeste contra os ataques dos Vikings. No século seguinte, Carlos V transformou-o num palácio, mas Francisco I e Henrique II rasgaram-no para baixo para construir um palácio real; as fundações da torre original da fortaleza estão sob a Salle des Cariatides (Sala das Cariátides) agora. Mais tarde, reis como Luís XIII e Luís XIV também dariam contribuições notáveis para a feição do atual Palácio do Louvre, com a ampliação do Cour Carré e a criação da colunata de Perrault.
As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à cultura. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente François Mitterrand, estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa pirâmide de vidro desenhada pelo arquiteto chinês I. M. Pei no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989.

As coleções
O acervo do Museu do Louvre possui mais de 380 mil itens e mantém em exibição permanente mais de 35 mil obras de arte, distribuídas em oito departamentos. A seção de pintura é a segunda maior do mundo, logo atrás da do Museu Hermitage, com quase 12 mil peças, sendo que delas 6 mil estão em exposição permanente.

Artes decorativas
Este departamento cobre desde a Idade Média até meados do século XIX, tendo sido criado como uma subseção do Departamento de Esculturas, e incorporando obras confiscadas na Revolução e outras oriundas da Basílica de Saint-Denis, o mausoléu da monarquia francesa. O departamento recebeu grandes acréscimos com a aquisição das coleções Durand, Revoil, Sauvageot e Campana.
As peças são exibidas no primeiro pavimento da Ala Richelieu e na Galeria de Apolo. Dentre seus itens mais preciosos estão a coroa de Luís XV, o cetro de Carlos V, o bronze Nesso e Djanira de Giambologna, o Vaso Suger, a tapeçaria A caça de Maximiliano, a coleção de vasos de Sèvres da Madame de Pompadour e a decoração dos apartamentos de Napoleão III.

Antiguidades egípcias
Com mais de 50 mil objetos, que atestam o profundo interesse francês na área da egiptologia no século XIX, abrange os períodos desde o Antigo Egito até a arte copta, incluindo os períodos helenístico, romano e bizantino, e seu conjunto oferece uma ampla visão da cultura e sociedade egípcias em todos os seus aspectos. Este departamento foi criado em 1826 por decreto de Carlos X, impressionado pela atuação do egiptólogo Jean-François Champollion. O acervo cresceu com as remessas de achados arqueológicos das expedições francesas ao Egito.
Instalado na Ala Denon e em salas do Cour Carré, a coleção inclui arte, papiros, múmias, amuletos, vestuário, joalheria, instrumentos musicais, jogos e armas. Dentre as peças mais interessantes estão o famoso Escriba sentado, uma faca de pedra e marfim de Gebel-el Arakcom punho decorado com cenas de guerra e de caça, a Estela do Rei Serpente, a cabeça do rei Djedefre, a estátua de Amenemhatankh, oPortador de oferendas, o busto de Akhenaton, e a estátua da deusa Hator, além de sarcófagos ricamente pintados, frascos para cosméticos e objetos votivos.

Arte grega, romana e etrusca
Sua coleção inclui peças de toda a região do Mediterrâneo desde o Neolítico até o Helenismo, passando pela civilização cicládica e a culturacipriota. O conjunto começou a ser formado no tempo de Francisco I, e neste início se concentrava em esculturas. Mais tarde passou a receber vasos, cerâmicas, marfins, afrescos, mosaicos, vidros e bronzes de várias procedências. Pontos altos deste vasto departamento são a Dama de Auxerre, a Vitória de Samotrácia, a Vênus de Milo, os retratos de Agripa, Marcellus e Marco Aurélio, o Gladiador Borghese, o Apolo de Piombino, a Diana de Versalhes, o Hermes amarrando as sandálias, e o vaso Hércules e Anteu, de Eufrônio.

Arte islâmica
É o departamento mais recente do museu, mas sua coleção de mais de 6 mil itens cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, Ásia e África, entre vidros, metais, madeiras, tapetes, cerâmicas e miniaturas. Das suas peças se destacam como principais a Píxide de al-Mughira, uma caixa de marfim da Andaluzia; o Batistério de Saint-Louis, uma bacia de metal do período Mamluk; fragmentos do Shahnameh, um poema épico de Ferdowsi escrito em persa, e o Vaso Barberini, um vaso de metal da Síria.

Antigüidades do Oriente Próximo
Este departamento se concentra na história e arte do Oriente Próximo desde as primeiras civilizações até antes da presença muçulmana na região, e seu desenvolvimento acompanhou o desenvolvimento da arqueologia oriental na França. As primeiras aquisições ocorreram por obra de Paul-Émile Botta, que em 1843 realizou uma expedição a Khorsabad, e seus achados deram origem ao Museu Assírio do Louvre. O conjunto foi ampliado com as peças encontradas por Claude Schaeffer em Ras-Shamra e por André Parrot em Mari, na Síria. A coleção é particularmente notável pelas peças da Suméria e da cidade de Akkad, como a Estela dos Abutres, as estátuas de Gudea e de Ebih-il, touros alados de Khorsabad, capitéis tauromorfos e painéis de azulejos esmaltados de Susa, e o Código de Hamurabi.

Pintura
Sua grande coleção de pinturas enfatiza a arte francesa, que compõe cerca de dois terços do total, mas as seções de pintura do norte da Europa e da Itália são extremamente significativas. O conjunto começou a ser reunido por Francisco I, ainda no tempo em que o Louvre era uma fortaleza, com a aquisição de obras-primas de Rafael e Michelangelo, além de ter atraído Leonardo da Vinci para sua corte.
A reorganização das coleções do museu na década de 80 dividiu o conjunto de pinturas, e as peças produzidas após 1848 foram transferidas para o Museu d'Orsay. O restante permanece exposto na Ala Richelieu, no Cour Carré e na Ala Denon.

Esculturas
Concentrado nas peças de escultura criadas antes de 1850 que não se enquadram no departamento de antigüidades etruscas, gregas e romanas. Desde o início o Palácio do Louvre foi um depósito de obras escultóricas, mas a sistematização de suas peças só aconteceu depois de 1824. Seu acervo primitivo era na verdade reduzido a cerca de 100 peças, por causa da mudança da corte para Versalhes, e assim permaneceu até 1847, quando Léon Laborde assumiu o controle do departamento, ampliando a seção dearte medieval, mas nesta época as obras ainda faziam parte do Departamento de Antigüidades. Somente na administração de Louis Courajod, a partir de 1871, a representação de esculturas cresceu, especialmente em peças francesas. Com a criação do Museu d'Orsay parte do acervo recolhido até então foi transferida para lá, permanecendo no Louvre as criadas antes de 1850. Atualmente as peças francesas estão expostas na Ala Richelieu, e as estrageiras na Ala Denon.
O conjunto de escultura da França oferece um painel amplo e farto desta modalidade de arte desde a Idade Média até meados do século XIX, com uma grande seção de retratos e bustos oficiais. A Idade Média é ricamente ilustrada com fragmentos de arquitetura e estatuária sacra, em grande parte anônima, e onde a Tumba de Philippe Pot, o par representando Carlos V e Joana de Bourbon, a Tumba de Philippe Chabot, a Fonte de Diana, e o magnífico conjunto de Madonnas góticas são pontos altos.

Expansão
Em 2004 o Louvre iniciou um programa de expansão extra-muros, a fim de aliviar o excesso de obras depositadas no complexo principal, abrindo então alguns museus-satélite. As cidades escolhidas foram Lens, para onde está prevista a instalação de cerca de 600 obras, e em 2007 foi selecionada Abu-Dabi, nos Emirados Árabes, que deve inaugurar a sua sucursal do Louvre em 2012 em troca de 1,3 bilhões de dólares americanos, recebendo de 200 a 300 obras de arte do Louvre e de outros museus franceses em caráter rotativo.

Gravuras e desenhos
A origem deste grande departamento, com mais de 100 mil peças, está nas coleções reais. Foi sendo aumentado com aquisições e doações, e foi primeiro aberto ao público em 1797. Hoje está organizado nas seguintes seções: o antigo Cabinet du Roi e seus acréscimos posteriores; as gravuras em metal, e a grande doação de Edmond de Rothschild, com mais de 40 mil obras, hoje exibidas no Pavilhão de Flora. Em virtude da sensibilidade do papel à luz, apenas uma pequena parte desta coleção se encontra em exposição, e as peças são constantemente substituídas, mas consultas podem ser efetuadas mediante agendamento. Alguns autores importantes com obras em desenho ou gravura são Antoine Louis Barye, Dürer, Leonardo da Vinci, Rembrandt, Jacques-Louis David, Jean-Baptiste Chardin, Claude Gellée, Fragonard, Ingres, Delacroix e Charles Le Brun.
(Fonte: Wikipédia)



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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Grão Ducado de Luxemburgo

O Luxemburgo é um pequeno país da Europa Ocidental, limitado a leste pela Alemanha, a sul pela França e a oeste e norte pela Bélgica. A cidade de Luxemburgo, capital do Grão-Ducado, está estratégicamente localizada num platô acima de dois desfiladeiros formados pelos rios Alzette e Petrusse. Já no século IV era o local de um forte romano. Em 963, Siegfried conde das Ardenas e fundador do Estado do Luxemburgo, construiu um castelo no mesmo local. A cidade murada cresceu ao redor do castelo, e as fortificações foram reforçadas ao longo dos séculos. Em torno desta fortaleza desenvolveu-se gradualmente uma cidade, que se transformou no centro de uma pequena mas importante nação com grande valor estratégico para a França, Alemanha e Países Baixos. Foram séculos de conquistas e governado por estados estrangeiros:
  • vendido aos duques de Borgonha em 1444
  • integrou a herança do ramo espanhol dos Habsburgo
  • anexado em 1793 à França por Napoleão
Em 1815 elevado a Grão Ducado foi entregue a Guilherme I (rei dos Países Baixos) até o reinado de Guilherme III quando este faleceu, o grão-ducado de Luxemburgo, sob a lei sálica, só poderia ser herdado por um herdeiro homem, e o trono passou consequentemente para Adolfo, o ex-duque de Nassau. Em 1905, com a morte de seu tio, o príncipe Nikolaus-Wilhelm, Guilherme IV nomeou sua filha mais velha como herdeira e modificou as leis de sucessão; o único outro membro masculino e legítimo da Casa de Nassau-Weilburg era o primo de Guilherme IV, Jorge Nicolau, conde de Merenberg. Em 1907, Guilherme nomeou todos os condes de Merenberg não-dinásticos, nomeando sua filha mais velha, Maria Adelaide (1894-1924) como herdeira do trono. Ela se tornou o primeiro monarca feminino reinante de Luxemburgo com a morte de seu pai, em 1912. Em 1919, abdicou em favor de sua irmã Carlota (1896-1985). Os descendentes de Carlota tem reinado até o presente. O Grão ducado e os Países Baixos tem início na Casa de Orange-Nassau. De 1830 a 1839 foi província do novo Estado bélga, para quem perdeu mais da metade de suas terras depois de sua liberdade, e acabou por se tornar numa nação independente e neutra no século XIX.

O país foi repetidamente atacado pela Alemanha no século XX, que o levou a abandonar a sua política de neutralidade depois da Segunda Guerra Mundial, quando se tornou um membro fundador da OTAN, das Nações Unidas e da Comunidade Econômica Europeia ( atual UE ).


– A constituição de 1868 define o Luxemburgo como:
  • monarquia constitucional parlamentarista
  • atual chefe do Estado é o Grão-Duque Henrique do Luxemburgo
– O Luxemburgo tem uma área de 2.586 km2, está dividido em 3 distritos, que por sua vez estão subdividos em 12 cantões e estes em 116 comunas. Os distritos são:
  • Diekirch
  • Grevenmacher
  • Luxemburgo
– População de 442.972 habitantes, cerca de 39,6% de origem estrangeira:
  • 16% portugueses (sendo o português uma das cinco línguas mais faladas no país depois do francês, luxemburguês, alemão mas provavelmente à frente do inglês);
  • 6,6% franceses;
  • 4,3% italianos;
  • 3,4% belgas e
  • 2,2% alemães (Fonte: Instituto luxemburguês de estatísticas, Statec)
– A língua oficial é o francês, alemão e luxemburguês

– Desde 1979, é proibido coletar estatísticas sobre práticas religiosas, porém estima-se que:
  • 87% da população siga a doutrina católica,
  • 13% consistem em protestantes, ortodoxos, judeus e muçulmanos
– A moeda é o euro e moedas de euro luxemburguesas


Bock como fortificação extraordinária foi estabelecida sob o reino dos austríacos no século XVIII. Em 1737 até 1746 foram feitos trabalhos subterrâneos para colocar 50 canhões e uma guarnição de 1200 homens. Em 1875 foi destruída e sobrou apenas uma torre testemunha das primeiras construções do Castelo dos condes de Luxemburgo. As ruínas chamam atualmente 'Monumento Milenar'.



Fonte: vários sites pela internete

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Liechtenstein


Carlos Magno dominava a área no final do século VIII, era dividida em Shellenberg e Vaduz (atual capital). Johann-Adam Liechtenstein, um príncipe de Viena comprou Shellenberg em 1699 e Vaduz em 1712, seus descendentes ainda governam Liechtenstein que tornou-se um principado do Sacro Império Romano Germânico em 1719. Em 1806 quando o Sacro Império se desenvolveu, o principado tornou-se independente.


Liechtenstein ou Listenstaine (forma usada oficialmente pela União Europeia) é um minúsculo principado, um microestado:

  • localizado no centro da Europa, encravado nos Alpes, entre a Áustria, a leste, e a Suíça a oeste
  • pouco mais de 34 mil habitantes moram no principado de apenas 160 km²
  • desde o século XV, goza praticamente do mesmo território
  • o principado é comandado pela mesma família desde 1608, quando Liechtenstein tornou-se independente do Sacro Império Romano Germânico
  • fez parte do império germânico e descende diretamente dele
  • a língua falada no país é o alemão
  • considerado um dos mais ricos do mundo
  • atual príncipe é João Adão II nascido em 1945 e reina desde 1989


O Castelo de LiechtensteinBurg Liechtenstein em alemão, localiza-se ao sul de Viena, na Áustria. A primitiva estrutura do castelo remonta ao século XII, tendo o mesmo sido arrasado pelos turcos otomanos em duas ocasiões: em 1529 e 1683. O castelo permaneceu em ruínas até 1884, ano da sua reconstrução. A família proprietária, que recebeu o nome do castelo (Liechtenstein - pedra brilhante), foi em 1719, a fundadora do principado de Liechtenstein.





O Castelo de Vaduzé a residência oficial do príncipe de Liechtenstein. O castelo, localizado em um penhasco, foi nomeado a partir de Vaduz, a capital de Liechtenstein. Originalmente, era uma fortaleza medieval, que foi expandida durante os séculos XVI e XVII. Os proprietários da época e prováveis construtores foram os condes de Werdenberg-Sargans. A fortaleza do castelo e o sua porção oeste são as partes mais antigas do complexo. Em 1712, foi adquirido pelo Príncipe de Liechtenstein.


(Origens: Wikipédia e minhas anotações)

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domingo, 19 de abril de 2009

A loucura dos reis – A saga sueca

Embora a loucura de Joana de Castela e a de Dom Carlos possam sem dúvida ter constituído uma ameaça para a estabilidade de suas nações, nenhum dos dois possui autoridade direta ou efetiva sobre seus povos. Apenas dois entre os chamados 'monarcas medievais insanos' realmente presidiram seus governos e causaram um impacto significativo na história de seus países:

  1. Carlos VI da França – acessos de loucura intermitentes, ocorreram durante um longo período, desestabilizando o governo e contribuindo para a situação infeliz e caótica de uma nação em guerra com os ingleses
  2. Henrique VI da Inglaterra – acessos de curta duração, mas se manifestaram num momento de aguda crise política, geraram efeitos adversos cruciais
Assim foi também a loucura do rei sueco Eric XIV, seu reinado durou apenas oito anos e terminou com sua deposição em 1568, mas o colapso mental, evidentemente esquizofrenia, que experimentou no final de seu reinado teve efeitos desastrosos e duradouros sobre a monarquia e a nação sueca.




Eric se tornou rei em 1560, de uma nação com uma história muito antiga, mas só se moldou num Estado moderno em tempos relativamente recentes. A Suécia esteve ligada à Noruega e à Dinamarca por um século e meio, num reino unido governado pelo rei dinamarquês – A União de Calmar (1397). Depois em 1520 após um massacre dos líderes suecos em Estocolmo, uns 80 foram sumariamente executados num único dia ( 8 de novembro de 1520 ), perpetrado pelo monarca dinamarquês Cristiano II, ele próprio uma vítima da loucura, os suecos ergueram-se contra seus senhores dinamarqueses sob a liderança do nobre Gustavo Vasa, que perdera parentes próximos no "banho de sangue".




Gustavo Vasa moldou uma nova Suécia, promoveu:
  • a economia
  • rompeu a autoridade da antiga igreja romana
  • conquistou a rebelde nobreza sueca, intimidando e subornando-a
Fez da Suécia a potência dominante no Báltico. O primeiro rei dessa Suécia recém independente, foi um homem de imensa habilidade e astúcia, mas havia algumas manchas obscuras em sua personalidade, sugerindo traços de instabilidade mental – "um tirano e um sabujo" – chamavam-no seus inimigos. De início nenhuma sombra parecia pairar sobre o filho mais velho e herdeiro de Gustavo, Eric XIV. Ele parecia um modelo de todas as virtudes, o paradigma de um príncipe do Renascimento. Competente em latim, versado em francês, espanhol, alemão, italiano e finlandês; tinha livros em grego e hebraico nas suas estantes. Lia geografia, história e pensamento político, inclusive as obras de Maquiavel, que considerava seu mentor na política e na guerra. Mostrava interesse pela tecnologia, arquitetura, artes militares, em que foi um importante inovador, embora melhor na teoria no que na prática. Tocava alaúde, criava abelhas e tinha um interesse apaixonado por astrologia. Tinha todas as qualidades essencias a um grande príncipe e foi considerado um pretendente adequado para Elizabeth da Inglaterra.

Mas ... O fato de se intitular Eric XIV – Eric XIII morrera em 1440 – era em si mesmo simbólico de seu desejo de enfatizar a continuidade da monarquia sueca e de apontar para sua ancestralidade real. Era fascinado pelo glorioso período "gótico" da história sueca e mais tarde, na prisão traduziria para o sueco a história imaginária dos godos por Johannes Magnus. A preocupação de Eric em exaltar sua posição, havia um traço de megalomania. Foi o 1º rei sueco a insistir em ser chamado de "Vossa Majestade". Era obsessivamente desconfiado, inconstante por temperamento, sempre temendo uma conspiração. Seu insistente sentimento por Elizabeth I, rainha da Inglaterra, preocupou e importunou. Eric mandou prender seu irmão João por ter se casado com Katarina, filha do rei polonês, considerado inimigo da Suécia.

Eric viu-se cercado de inimigos por todos os lados:
  • os dinamarqueses
  • os ricos comerciantes Lubecker
  • os poloneses
  • e os russos, agora governados pelo ambicioso czar Ivan, o Terrível
Mas Eric mostrou habilidade e determinação, empreendeu uma bem sucedida invasão à Noruega. Foi graças a seu vigor e discernimento que a Suécia escapou e sem danos excessivos no final de seu reinado.

Na altura do Ano Novo de 1568, Eric parecia ter recobrado em parte seu equilíbrio mental. Embora o surto tivesse sido violento, a esquizofrenia amainou. Ele assumiu as rédeas do reino e mostrou vigor ao repelir os dinamarqueses que haviam se aproveitado do colapso virtual do governo sueco para invadir o país. No dia 28 de janeiro de 1568, sua mulher Karin Mansdotter – que foi sua amante, de origem humilde – deu à luz um filho e o rei escreveu um hino especial para suas bodas oficiais. No dia seguinte Karin foi coroada rainha da Suécia.


Seus irmãos, João e Karl, reuniram suas tropas, capturaram Estocolmo. João foi proclamado rei João III. Eric, sua jovem esposa e o filho foram mandados para a prisão. Resistiu bravamente à sugestão de que havia governado de maneira tirânica, afirmando que sempre procurara o bem de seu povo. Eric enquanto viveu foi foco de conspirações contra seu sucessor. Temeroso do antigo soberano, querendo assegurar que os filhos dele nada pudessem reivindicar, João ordenou que Eric fosse separado da família e removido constantemente de um castelo para outro. Egocêntrico e mórbido, mantido em condições severas, Eric parece ter finalmente recaído na loucura. Em 24 de fevereiro de 1577, Eric morre, por envenenamento com arsênico, indicado por uma exumação recente.

"Eric legou duas coisas à Suécia, e ambas foram maléficas:
  1. o compromisso com a expansão imperial, do qual nenhum governo sueco conseguiria se libertar durante 150 anos
  2. o medo e a desconfiança com que a monarquia e a aristocracia iriam se olhar mutuamente durante os cinquenta anos seguintes
Das fantasias mórbidas de Eric, destilara-se um veneno fatal para ele mesmo, que contaminaria o sangue da política sueca por muito tempo" (Michael Roberts)


Origem: 'A Loucura dos Reis' de Vivian Green

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lei Sálica



A Lei Sálica (em Latim: Lex Salica) é o código legal datado do reinado de Clóvis I no século V utilizado nas reformas legais introduzidas por Carlos Magno. As leis sálicas(*) regulavam todos os aspectos da vida em sociedade desde crime, impostos, calúnia, estabelecendo indenizações e punições.





Lei Sálica na França
No século XIV, as leis sálicas estavam já em desuso por centenas de anos de reformas legais e a evolução da sociedade européia. No entanto, a crise de sucessão que surgiu na França após a morte de Carlos IV, fez ressuscitar uma disposição da lei sálica, mas não a mais importante na altura em que foram escritas, nomeadamente o papel das mulheres no direito sucessório. A lei sálica determinava que nenhuma mulher poderia herdar propriedades imóveis e que todas as terras deveriam ser transmitidas aos membros masculinos da sua família. Mesmo quando estava em uso, este artigo da lei sálica nunca foi levado ao extremo e conhecem-se casos no reinado de Chilperico I onde foram feitas exceções. A razão para o purismo adotado na França em 1328 estava relacionada com a luta pelo trono, que ia implicar uma mudança de dinastia. Eduardo III de Inglaterra era o parente mais próximo de Carlos IV, mas por via feminina, e se subisse ao trono, a França perderia a independência. Assim, a interpretação rigorosa da lei sálica tornou Filipe de Valois Rei de França e salvaguardou a independência do país. A partir desta data, foi sumariamente excluída a subida ao trono francês de uma mulher, ou de um descendente de rei por via feminina.

Lei Sálica no Reino Unido
Outro caso em que a lei sálica foi aplicada foi na sucessão do Rei Guilherme IV do Reino Unido, também Rei de Hanôver. A sua sobrinha Vitória sucedeu-lhe no Reino Unido, mas não pôde ser Rainha de Hanôver porque a lei sálica vigorava neste estado europeu. É também por causa da lei sálica que, nas Ilhas do Canal (a única parte do antigo Ducado da Normandia não incorporada em França) a Rainha Isabel II do Reino Unido é saudada como Sua Majestade a Rainha, Duque da Normandia.

Lei Sálica na Espanha
Na Espanha, o rei Filipe V, ao subir ao trono após a Guerra de Sucessão Espanhola, fez promulgar a Lei Sálica às Cortes de Castela em 1713: segundo as condições da nova lei, as mulheres somente poderiam herdar o trono de não haver herdeiros varões na linha principal (filhos) ou lateral (irmãos e sobrinhos). O rei Carlos IV da Espanha fez aprovar às Cortes em 1789 uma disposição para derrogar a lei Sálica e voltar para as normas de sucessão estabelecidas pelo código das Siete Partidas. Contudo, a Pragmática Sanção real não chegou a ser publicada até que o seu filho Fernando VII da Espanha a promulgou em 1830, desencadeando o conflito dinástico do Carlismo.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


(*)Lei Sálica – importante legislação bárbara, dos Francos Sálios, estabelecidos no Norte da França e na Bélgica atuais, é uma das leis bárbaras menos influenciadas pelo direito romano, tendo origem num velho direito consuetudinário de carácter sobretudo penal. Reduzida a escrito, em latim bárbaro, no reinado de Clóvis (século V), teve sucessivos acrescentos e emendas, sendo o texto conhecido uma versão datada do século VIII, dita Lex salica emendata. É sobretudo um código civil e penal, incluindo disposições relativas a regras processuais e tarifas de composições e alguns títulos relativos a direito privado – neste campo destacam-se as disposições que excluíam as mulheres da sucessão à terra dos seus antepassados, por se entender que, pelo casamento, a mulher deixava a sua família para integrar a do marido. Este princípio de masculinidade, inscrito na Lei Sálica, que só se aplicava às sucessões privadas, foi invocado, muito mais tarde, por abusiva interpretação dos juristas, para excluir as mulheres da sucessão da coroa, como aconteceu em 1593, pelo designado acórdão "da Lei Sálica", emitido pelo Parlamento francês, como forma de contrariar a pretensão da Infanta Isabel, filha de Filipe III, ao trono de França.

Como referenciar este artigo:
lei Sálica. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-16].
Disponível:
URL: http://www.infopedia.pt/$lei-salica



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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nero

Nero Cláudio César Augusto Germânico ou Nero Claudius Cæsar Augustus Germanicus (15 de Dezembro 37— 9 de Junho 68) foi o quinto Imperador Romano, entre 54 e 68.

Nasceu em Âncio com o nome de Lúcio Domício Enobarbo, era descendente de uma das principais famílias romanas, o pai Gneu Domício Enobarbo e da família imperial Júlio-Claudiana através da mãe Agripina, "a Jovem" filha de Germânico e neta de César Augusto. Nero ficou para a história como um imperador tirano e extravagante. No entanto, este retrato é questionado. Não sobreviveram descrições históricas feitas por contemporâneos seus. As histórias do reinado de Nero são de gerações posteriores, e basedas por vezes em documentos contraditórios ou tendenciosos - condenando ou louvando entusiasticamente o imperador. As fontes que existem hoje - na maioria de Tácito, Suetônio e Cássio Dio - condenam Nero. Algumas, no entanto, retratam-no como um imperador competente, popular entre o povo romano. Para a cultura popular, ficou sempre a imagem de um imperador que tocava violino enquanto Roma ardia.


A ascensão política de Nero começou quando Agripina incentivou o marido, o imperador Cláudio, a adotar seu filho e o colocar como seu sucessor. Além de tramar o casamento de Nero com Otávia, filha do imperador com Messalina. Quando Cláudio, sogro e padrasto de Nero, morreu no ano de 54, provavelmente envenenado por Agripina, Nero, de 17 anos, foi proclamado imperador sem oposição. Segundo a historiografia tradicional, no início foi um bom governante, sob orientação da mãe, do seu preceptor, o filósofo Sêneca e do prefeito pretoriano Burrus. Quando começou a sofrer influência do prefeito Ofônio Tigelino, a sua conduta degenerou-se.




Reinado
Nero dedicou muito da sua atenção à diplomacia, ao comércio e ao incremento da vida cultural da capital do império. Fez construir teatros e promoveu provas atléticas. O seu reinado incluiu: 
  • a assinatura da paz com o império Parta (58-63) 
  • a supressão da revolta britânica (60-61)  
  • a melhoria das relações com a Grécia 
  • a primeira guerra romano-judaica (66-70) começou durante o seu reinado
As fontes históricas disponíveis traçam um retrato negativo do imperador. A paranóia que marcara já a personalidade dos seus antecessores: Tibério e Calígula, teria instalado em Nero. Desencadeou uma série de assassinatos: 
  • Britânico (em 55), 
  • da sua mãe Agripina (em 59, após várias tentativas), 
  • da sua 1ª esposa Otávia e
  • da 2ª esposa Popeia, que estava grávida 
Afastou-se de Sêneca e foi acusado de ter provocado, em 64, o grande incêndio de Roma, que destruiu dois terços da cidade, na esperança de reconstruí-la com esplendor. A pretexto do desastre, Nero iniciou a primeira e intensa perseguição aos cristãos, que acusou de terem provocado a catástrofe. Embora se acreditasse que Nero foi o responsável, os estudiosos atuais duvidam da veracidade da acusação. Para Massimo Fini, as calúnias contra Nero foram inventadas por Tácito, Suetônio e alguns historiadores cristãos. O fato é que os cristãos, não sem razão, atribuem-lhe a figura de protótipo do anticristo, pois foi no seu reinado que sofreram a sua primeira grande perseguição e São Pedro e São Paulo, foram martirizados:
  • São Pedro – crucificado no muro central do Circo de Nero; e 
  • São Paulo – por ser cidadão Romano, decapitado.
Utilizou os fundos públicos para a construção de um grandioso palácio chamado Casa Dourada. Nero considerava-se um artista e desejava ser tratado como tal. Ficaram famosas as suas festas e banquetes em que obrigava não somente a corte como também o povo a ouvir os seus poemas e cantigas. É também conhecida a sua entrega à libertinagem. Dentro do grupo dos seus libertinos amigos de então, contava-se Marco Sálvio Otho, futuro imperador. Nero favoreceu cultos orientais estranhos à tradição romana e recorreu fartamente aos processos por traição para confiscar bens dos ricos e nobres como forma de compensar o tesouro pelos seus excessos. A sua crueldade e irresponsabilidade provocaram o descontentamento no meio militar, a oposição da aristocracia e o início da disseminação de revoltas em 65. A sua resposta foi violenta e deu origem a nova onda de assassinatos e execuções da qual foram vítimas, entre outros, Sêneca e o poeta Lucano.


Fim do reinado
Em 68, a sua situação como imperador era insustentável. Sérvio Sulpício Galba, o governador da província romana da Hispania, decidiu tomar a iniciativa e marchou contra Roma, à frente de um enorme exército. O Senado seguiu o rumo dos acontecimentos e declarou Nero nefas e persona non grata, um inimigo público, e reconheceu Galba como novo imperador. Sem apoio, Nero foi obrigado a fugir. Perseguido pela guarda pretoriana, acabou por se suicidar. Os seus funerais foram feitos pela ex-escrava Claudia Acte, a única pessoa que lhe permanecera fiel.


Nero foi o último imperador da Dinastia Julio-Claudiana. A sua morte seguiu um período de paz, mas por pouco tempo. Em 69 Roma foi dominada pela guerra civil e o período ficou conhecido como 'o ano dos quatro imperadores'. A paz e estabilidade política chegariam apenas com Vespasiano e com a Dinastia Flaviana.


Descendência
De Otávia – que mandou executar em 62 e com quem não teve filhos;
De Popeia – com quem casou imediatamente, teve uma filha, Cláudia, que morreu logo após o nascimento, em 63, terminando a dinastia Julio-Claudiana.

Origem:  saber.sapo.pt

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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