quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O arquipélago de Malta

A República de Malta é um pequeno país europeu, composto por um arquipélago de cinco ilhas muito próximas, situadas a 93 km ao sul da ilha da Sicília, a sudoeste da Itália, e a 290 km ao norte da Líbia, na África. O arquipélago maltês está encravado no centro do Mediterrâneo. As terras mais próximas são todas sicilianas (italianas).


– a grande ilha da Sicília a norte,
– as ilhas Pelágias a oeste e
– a ilha de Pantelleria a noroeste.

Capital: situada na ilha de Malta - é La Valetta
As cinco ilhas do arquipélago maltês são: Malta, Gozo, Comino e duas ilhotas desabitadas Cominotto e Filfla
Superfície total: 316 km²
População estimada: 400 214 habitantes (agosto 2006)

  • Malta passou a fazer parte da UE a partir de 2004


História:
Malta está habitada desde cerca de 5200 aC, durante o Neolítico. Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 aC . Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que batizaram a ilha principal de Malat, o que significa "refúgio seguro". Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 aC, desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Cíclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do sul da Itália.

Por volta do ano 1000 aC, as ilhas eram uma colônia fenícia. Em 736 aC, foram ocupadas pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 aC) e depois dos romanos (218 aC), quando recebeu o nome Melita. Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje.

Com a divisão do Império Romano em 395 dC, a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A influência árabe pode ser encontrada na «moderna língua maltesa» uma língua fortemente romanizada que originalmente deriva do árabe vernacular.

Em 1090, o conde Rogério (ou Roger) da Sicília conquistou Malta e submeteu-a às suas leis até ao século XVI. Foi nesta época que foi criada a nobreza maltesa. Esta ainda permanece hoje em dia, e há 32 títulos que ainda são usados, sendo o mais antigo: Barões de Djar il Bniet e Buqana. Após a conquista pelos normandos da Sicília, Malta voltou a ser cristã. Depois de ser anexada ao reino da Sicília, Malta foi recuperada por forças muçulmanas. Em 1245, Federico II de Hohenstaufen expulsou os árabes e em 1266 as ilhas, junto com a Sicília, passaram ao domínio de Carlos I de Anjou, que as cedeu em 1283 a Pedro III de Aragão.

Em mãos dos espanhóis de Aragão e Castela, foi submetida então à Espanha. Em 1518, sob o império de Carlos V, foi concedida aos cavaleiros de Rodes. Em 1530, as ilhas foram cedidas pela Espanha à Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém - uma ordem religiosa e militar pertencente à Igreja Católica - que tinham sido expulsos de Rodes pelo Império Otomano. Esta ordem monástica militante, hoje conhecida como "Ordem de Malta", foi sitiada pelos turcos otomanos em 1565, após o que acrescentaram as fortificações, especialmente na nova cidade de Valetta. Os Cavaleiros de São João de Jerusalém governaram as ilhas até o século XIX.

Em 1798, Napoleão Bonaparte invadiu e tomou Malta, e a Grã-Bretanha aí se instalou desde 1800, quando o comandante francês, o general Claude-Henri Belgrand de Vaubois, se rendeu. Os britânicos instalaram uma base estratégica na região que teve importância vital durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1814, como parte do Tratado de Paris, Malta tornou-se oficialmente parte do Império Britânico como colônia e passou a ser usada como porto de escala e quartel-geral da frota até meados da década de 1930. Desempenhou um papel importante durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua proximidade às linhas de navegação do Eixo e a coragem do seu povo, que resistiu ao assédio de alemães e italianos, levou à atribuição da George Cross, que hoje pode ser vista na bandeira do país.

O arquipélago passou a ser autonomamente governado em 1947. Em 1955 Dom Mintoff (Dominic Mintoff), líder do Partido Trabalhista de Malta (PTM), tornou-se no primeiro-ministro. Em 1956 o PTM propôs uma nova integração no Reino Unido, proposta que viria a ser aceita em referendo, mas com a oposição do Partido Conservador, liderado por Giorgio Borg Olivier.
  • Em 1959 revogaram a autonomia, mas voltaram a restaurá-la em 1962. Em 21 de setembro de 1964, Malta se tornou totalmente independente e se converteu em membro das Nações Unidas.

Aderiu à Commonwealth e celebrou uma aliança com o Reino Unido de ajuda econômica e militar. Segundo a constituição de 1964, Malta manteve como soberano a rainha Elizabeth II, e um governador-geral exercia autoridade executiva em seu nome.

De 1964 a 1971 foi governada pelo Partido Nacionalista. Adotou, em 13 de dezembro de 1974, o regime republicano dentro da Commonwealth, com o Presidente como chefe de estado.

Embora Malta seja inteiramente independente desde 1964, os serviços britânicos permaneceram no país e mantiveram um controle total sobre os portos, aeroporto, correios, rádio e televisão. Em 1979, Malta rompeu a aliança com o Reino Unido e os britânicos evacuaram sua base militar, pondo fim a 179 anos de presença na ilha. Isso aconteceu depois de o governo britânico se ter recusado a pagar uma renda mais elevada, o que era pretendido pelo governo maltês do tempo (trabalhista), para permitir que as forças britânicas permanecessem no país. Nesse momento Malta ficou livre de bases militares estrangeiras pela primeira vez na história. Este acontecimento é hoje celebrado como o "Dia da Liberdade".

Em 1971, o Partido Trabalhista regressou ao poder. Desenvolveu uma política de amizade com a China e com a Líbia. A década de 1970 caracterizou-se pelo enfraquecimento das relações com o Ocidente e pela aproximação com os regimes comunistas. A política de aproximação com os regimes comunistas sofreu mudança substancial em 1985, com o estabelecimento de um acordo com a Comunidade Econômica Europeia. Em 1987, o Partido Nacionalista, mais voltado para o Ocidente e com uma política de aproximação à União Europeia, venceu as eleições para a Câmara de Representantes, pondo fim a 16 anos de domínio do Partido Trabalhista. Em Outubro de 1990, o país solicitou formalmente a adesão à União Europeia. A política governamental continuou a ser de liberalização, e foram realizadas diversas reformas de ordem econômica, com vistas a tornar o país um membro da União Europeia.

Geografia:
Malta tem um clima mediterrâneo, com invernos amenos (temperatura média de janeiro +12°C), verões quentes e secos (temperatura média de agosto +26°C), e chuvas de 510 mm em média. Cerca de 40% da terra é cultivada, principalmente com trigo, batata, tomate e vinhas. O turismo é uma das principais fontes de renda.


População:
A população de Malta está estimada em 419 285 pessoas (est. 2008) que são, na sua grande maioria, habitantes das áreas urbanas. Etnicamente, 95% são naturais de Malta e os restantes são ingleses ou descendentes de italianos, além de alguns italianos e espanhóis. Malta é um dos países com maior densidade populacional do mundo, com cerca de 1 265 habitantes por quilometro quadrado. As línguas oficiais são o inglês e o maltês.



Origem: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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