quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Carlos V, imperador do Sacro Império Romano


Carlos de Habsburgo (Gante, 24 de fevereiro de 1500 — Cáceres, 21 de setembro de 1558) foi Rei de Espanha (Carlos I) e Imperador do Sacro Império Romano (Carlos V). Arquiduque de Áustria, Duque de Milão e da Duque de Suábia, conde de Flandres, Rei de Nápoles e Sicília como Carlos IV de 1516 a 1555, Príncipe dos Países Baixos de 1516 até abdicar em outubro de 1555 no palácio dos duques de Brabante. Abdicou em 1556 e passou o governo a seu filho, Filipe II, exceto o Império e suas terras austríacas, que entregou ao irmão Fernando.




Família
Era filho de Joana "a Louca" e de Filipe "o Belo". Neto de Maximiliano I da Germânia ou de Habsburgo e de sua esposa Maria de Borgonha por via paterna e dos Reis Católicos por via materna. Duque da Borgonha em 1506, aos seis anos. Com a subida ao trono do primogênito de Filipe e Joana surgia na Espanha e na Alemanha a dinastia dos Áustrias. Carlos conseguiu unificar em sua pessoa o conjunto dos territórios da Coroa de Castela (herança de sua avó a rainha Isabel I), da Coroa de Aragão (herança do avô Fernando II) e as terras vindas por herança paterna (os Países Baixos, o Franco Condado) e do avô paterno (Áustria, Estíria, Tirol).

Irmãos:
  1. Catarina d´Áustria ou Habsburgo (filha póstuma, nascida em Torquemada 14 de janeiro de 1507 e morta em Lisboa em 12 de dezembro de 1578), casou-se em 1525 com o rei D. João III de Portugal, filho de D. Manuel I o Venturoso e de Maria de Castela, sua tia.
  2. Ferdinando ou Fernando I de Habsburgo ou Áustria (Alcalá de Henares, 10 de março de 1503 — Viena, 27 de julho de 1564) Rei dos romanos de 1531 a 1558, Rei da Boêmia e Hungria em 1526, Imperador germânico de 1558 a 1564 quando abdicou em favor dele. Educado na Espanha. Maximiliano, seu avô paterno, lhe obteve a sucessão dupla da Boêmia e Hungria.
  3. Isabel de Habsburgo nascida em 18 de julho de 1501 em Bruxelas e morta em Gante em 1526, casou em 1514 com Cristiano II rei da Dinamarca.
  4. Maria de Habsburgo ou da Hungria nasceu em 1505 e morreu em 1558. Foi regente dos Países Baixos. Casou em 1522 com Luís II Jagellon, Rei da Hungria e da Boêmia. Quando Margarida da Áustria morreu, em 1 de dezembro de 1530, Maria foi nomeada governadora das terras borgonhesas, os futuros Países Baixos.
  5. a irmã primogênita foi D. Leonor de Áustria ou de Habsburgo, nascida em Lovaína, no Brabante, em 15 de novembro de 1498 e morta em 25 de fevereiro de 1558 em Taraveruella, nos arredores de Badajoz. Arquiduquesa da Áustria, foi Rainha de Portugal e Rainha da França.


Primeiros anos
Nasceu em Gante, onde sua mãe estava acompanhando o marido, governador dos Países Baixos como primogênito do imperador Maximiliano I e de Maria da Borgonha. Durante muitos anos foi chamado Carlos de Gante. Espanhol pela mãe, alemão pelo avô, borgonhês pelo pai e pela avó Maria, filha de Carlos o Temerário, duque da Borgonha.

Morto seu pai em 1506, incorporou os Países Baixos e o Franco Condado, feudos do Império.
Passou a infância e a adolescência em terras da Borgonha (Flandres, atual Bélgica e Holanda). Estiveram encarregados de sua educação Margarida de Áustria, sua tia, a regente em seu nome, e o cardeal Adriano de Utrecht, humanista e professor de teologia em Lovaína, mais tarde Papa Adriano VI. Em 1515, foi declarado maior de idade, encarregando-se do governo de Flandres. Morto seu avô Maximiliano, em 1516, incorporou os territórios austríacos dos Habsburgos: a Alta e Baixa Áustria, ducados da Estíria, Carniola e Caríntia, condado do Tirol, landgraviato da Alta Alsácia.

Rei
Na Espanha, seu avô Fernando II de Aragão continuava como regente da filha Joana de Castela até morrer em 23 de janeiro de 1516. Em detrimento de sua mãe, Joana, encerrada num castelo, Carlos passou a possuir os reinos de Castela, Aragão, Nápoles e Sicília e as enormes colônias americanas. Assim, uma série de heranças , preparadas pela política matrimonial do avô Maximiliano, reuniu em Carlos um império imenso em que se dizia que o sol jamais se punha. A 30 de Maio de 1516, ao falecer o seu avô materno Fernando II de Aragão e com o apoio economico dos banqueiros da família Fugger (conhecidos em Espanha como os Fúcares), foi proclamado rei de Espanha em Madrid. Graças à recente descoberta do Novo Mundo, por Cristóvão Colombo, muito em breve a Espanha seria senhora de um imenso império transatlântico.

Carlos foi para a Espanha aos 17 anos, em setembro de 1517, sem falar espanhol, com seu grupo de conselheiros flamengos, que cedo se indispuseram com os espanhóis. Em 1518, foi formalmente reconhecido Rei, como a mãe, pelas cortes de Castela e depois de Aragão. Em 1519, Carlos I jurou como conde de Barcelona (título que implicava ser rei dos reinos da confederação catalã-aragonesa). Durante sua estada em Espanha, seu avô Maximiliano I morreu e herdou as terras dos Habsburgos.

Tornou a Espanha no centro de seus domínios, e partiu para lá em 1522. Afastado da Alemanha e de seus estados herdados dos Habsburgo, reservando para si próprio a Espanha e a política geral do Império como um todo, deu suas possessões austríacas a seu irmão Fernando em 1522, tornando-o também seu representante na chefia do governo imperial. Governou a Espanha como governara os Países Baixos, ambos compostos originalmente de vários Estados independentes, gradualmente unidos sob um só soberano, amarrados a seus antigos interesses, leis, costumes.

Imperador do Sacro Império Romano Germânico
Morto seu avô Maximiliano I de Áustria, obteve os territórios austríacos dos Habsburgo e foi eleito imperador do Sacro Império Romano-Germânico como Carlos V, 1519. O título tinha reminiscências do Império Romano, de Carlos Magno e dos imperadores medievais e impunha a missão divina de guardar a paz e a justiça na cristandade e defendê-la do infiel: o infiel era, naquela época, o Império Otomano e o Islão. Não foi eleição fácil, pois tinha como rival Francisco I de França, contava com oposição do Papa Leão X, e havia a corrupção dos eleitores. Foi eleito, a despeito de Roma e da França, em 28 de junho de 1519.

O Papa Leão X não lhe pôs dificuldades, e com isso preparou a base para seu império universal. Durante sua estada de alguns meses nos Países Baixos, depois de voltar da Espanha, e ao chegar na Alemanha em 1520, tinha tomadas as rédeas do Governo. Estava na Alemanha para fazer valer a sua proclamação de imperador. Ficaria ausente da Espanha até 1522. Como fazia seu avô Maximiliano, viajou constantemente durante seu reinado, sem passar muito tempo na Espanha.
A cristandade estava ameaçada internamente por divisões políticas e religiosas. Lutero combatia a Igreja de Roma, os turcos avançavam sobre os Bálcãs e o Mediterrâneo.



Eleito Imperador, foi visitar na Inglaterra Henrique VIII e sua rainha, sua tia Catarina de Aragão. Fez-se sagrar imperador em Aquisgrão em 23 de outubro de 1520. O movimento de Lutero se espalhara pela Alemanha e o legado papal na Corte imperial pedia sua supressão. Chegou a um esquema intitulado o Reichsregiment — para decidir como os gastos seriam cobertos, como os Estados forneceriam assistência militar ao Imperador na guerra. Em abril de 1521, Lutero foi convocado à Dieta e não se retratou. No dia seguinte Carlos o recebeu nos Estados e expressou sua opinião de modo enfático. Em 8 de maio de 1521, preparou o banimento de Lutero, efetivo no dia seguinte.





Abdicação
em 16 de janeiro de 1556, transferiu para o filho a coroa da Espanha, suas colônias, terras na península Itálica e nos Países Baixos. No Sacro Império, Carlos pediu aos eleitores para aceitarem sua abdicação, e eleger Fernando como seu sucessor, o que foi feito em 28 de fevereiro de 1558. Carlos V deixou ao irmão as propriedades dos Áustria na Alemanha.
Mesmo assim, permaneceu preso a questões políticas e só em setembro de 1556, com suas duas irmãs (Leonor de Áustria e Maria da Hungria) viajou para a Espanha. Mesmo em seu retiro, ao lado do mosteiro em Yuste, chegavam-lhe mensageiros com despachos, embora não mais tomasse parte ativa no governo.


Casamento e descendência
Desde 1504, comprometido com a filha de Luís XII de França , Cláudia de França, que mais tarde terminaria casada com Francisco I de Valois.

– casou com sua prima a Infanta Isabel de Portugal (1503-1539), filha de D. Manuel I.
De Isabel de Portugal (1503-1539), filha de Manuel I, nasceram sete filhos:
  1. Filipe II de Espanha (21 de maio de 1527-1598)
  2. Maria de Habsburgo ou Maria da Hungria (Madri, junho de 1528 - fevereiro de 1603). Foi imperatriz do Sacro Império Romano e Rainha da Boêmia, da Hungria e da Croácia pois casou em 13 de setembro de 1548 com Maxmiliano II de Habsburgo (1527-1576), seu primo, filho de seu tio Fernando I e de Ana Jagellon da Boêmia e Hungria.
  3. Isabel (nascida e morta em 1529)
  4. Fernando, nascido e morto em 1530.
  5. Joana de Habsburgo (Madri, junho de 1537 - setembro de 1573) casada em 11 de janeiro de 1552 em Toro com o infante João de Portugal quarto filho de D. João III e de D. Catarina da Áustria, pais do rei D. Sebastião) "o desejado".
  6. João, nascido e morto em 1538
  7. Fernando, nascido e morto em 1539.
– teve sete filhos ilegítimos:
  1. João de Áustria. Batizado Jerônimo, nasceu em Ratisbona, em 24 de fevereiro de 1547 e morreu de peste ou tifo em Bourges, na vizinhança de Namur, Flandres, em 1 de outubro de 1578.
  2. Isabel (20 de agosto de 1518 - depois de 1538), filha de sua madrasta Germana de Foix, viúva de seu avô Fernando II de Aragão. Educada pelo Inquisidor Josep Corretger, em Perpignan, morreu pouco depois da mãe e segundo o confessor de ambas, foi envenenada por ordem de Carlos V.
  3. Margarida de Parma, de Espanha ou de Áustria, filha de uma flamenga de Oudenarde, chamada Margarida ou Joana.
  4. Joana de Áustria (1522-1524), filha de uma jovem dama de aristocracia, pertencente aos círculos do Conde de Nassau. Foi transferida com a mãe para o convento de Madrigal de las Altas Torres.
  5. Tadea (nasceu em 1522), filha de Ursolina della Pena, de Perugia, que se achava em Bruxelas com o marido. O imperador a viu em Roma, em 1536, ao retornar da campanha em Túnis. A mãe morreu, e Tadea teve que conviver com irmãos violentos. Casou sem consultar o pai, e escreveu-lhe em 1562 solicitando reconhecimento. Passou o resto da vida no retiro de um convento.
  6. Joana, filha de uma dama cujo nome permaneceu no anonimato. Viveu sempre reclusa no convento de las Angustias em Madrid e morreu aos oito anos.
  7. Joana de Áustria, filha de Diana de Talanga, senhora de Sorrento. Casada com o Príncipe de Butera, morreu em 1650.



Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
© 2008 Templates e Acessórios por Elke di Barros