domingo, 8 de novembro de 2009

A loucura dos reis – Jorge III, o louco

Jorge III do Reino Unido (nome de batismo: George William Frederick; 4 de junho de 1738 – 29 de janeiro de 1820), da Casa de Hanôver, foi Rei da Grã-Bretanha de 1760 até 1801. A partir do Ato de União de 1800, Jorge III passou a ser Rei do Reino Unido. Jorge III recebeu o cognome de o Louco devido à instabilidade mental causada pela doença crônica que sofria (porfíria). Era filho de Frederico, Príncipe de Gales e da princesa Augusta de Saxe-Gota, e sucedeu ao avô Jorge II. No reinado de Jorge III deu-se a independência dos Estados Unidos da América, até então 13 colônias britânicas.



No 60 anos de reinado de Jorge III, houve curtos períodos em que o equilíbrio de sua mente ficou evidentemente perturbado:
  • entre meados de outubro de 1788 e março de 1789;
  • fevereiro-maio de 1801;
  • fevereiro-junho de 1804 e
  • outubro de 1810;
daí em diante caiu num estado de aparente demência senil para qual é possível que sua perturbação mental anterior o tivesse predisposto.

Ainda que Jorge III tivesse fundamentalmente uma índole nervosa, há poucos indícios de que tenha sido vítima de fragilidade mental durante os primeiros 28 anos de seu reinado. O início de sua vida não revelou nunhuma debilidade física ou mental, embora já em 1758, dois anos antes de sua subida ao trono, lorde Waldegrave tenha feito um comentário sobre sua personalidade neurótica:
"uma espécie de infelicidade em seu temperamento... sempre que está insatisfeito... torna-se mal-humorado e silencioso, e se recolhe em seu gabinete, não para apaziguar sua mente pelo estudo ou pela contemplação, mas sobretudo para se entregar ao melancólico desfrute de seu mau humor. Mesmo depois que o acesso termina, sintomas negativos podem retornar frequentemente".


Depois de coroado, Jorge teve alguns curtos períodos de doença. Em 1762, teve resfriados estranhos. Três anos depois, em 1765, sofreu de uma doença semelhante. Vinte e três anos depois, teve a mesma doença: um forte resfriado, febre e rouquidão. Nesse intervalo, revelou-se um dos mais conscienciosos monarcas britânicos. Ocorreram 2 grandes guerras: Guerra dos Sete Anos com a França e a Guerra da Independência Americana. Teve problemas em encontrar um primeiro-ministro confiável e competente que seria resolvido só em 1784 com o jovem William Pitt.

O rei teve na rainha Carlota uma esposa afetuosa e solícita, mas seus filhos, especialmente Jorge, príncipe de Gales, haveriam de lhe causar ansiedade em razão de sua extravagância e dissipação.

O dr. Willis submeteu o rei a um regime severo, que envolveu o uso de camisa-de-força e de uma cadeira especial para a contenção do paciente, que o rei chamava de de sua "cadeira da coroação". Ocasionalmente mandava amarrar seu paciente ao leito. A recuperação do rei foi motivo de grandes celebrações em toda a nação em 1789. Os antigos sintomas reapareceram em 1801, e os Willis foram chamados de volta, mas em 1804 já estava melhor. Em 1810 sua filha predileta, Amelie, ficou doente e morreu. Depois de sua acessão ao trono em 25 de outubro de 1810, a doença voltou. Viveu em um outro mundo solitário pelo resto de sua vida. A regência tornou-se permanente. A rainha Carlota, morreu em novembro de 1818. Jorge morreu em 29 de janeiro de 1820.


Descendência:
Jorge III casou em 8 de setembro de 1761 com a princesa alemã Sofia Carlota de Mecklenburg-Strelitz. O casal teve os seguintes filhos:
  1. Jorge IV do Reino Unido, Rei de Inglaterra (12 de agosto de 1762 - 26 de junho de 1830) casou com Carolina de Brunswick-Wolfenbüttel; sucedeu ao pai.
  2. Frederico, Duque de York (16 de agosto de 1763 - 5 de janeiro de1827) casou com Frederica, Princesa da Prússia.
  3. Guilherme IV do Reino Unido (21 de agosto de 1765 - 20 de junho de 1837) casou com Adelaide de Saxe-Meiningen; sucedeu ao seu irmão.
  4. Carlota, Princesa Real (29 de setembro de1766 - 6 de outubro de 1828) casou com Frederico, Rei de Württemberg.
  5. Eduardo Augusto, Duque de Kent e Strathearn (2 de novembro de 1767 - 23 de janeiro de 1820) casou com a Princesa Vitória de Saxe-Coburg-Saalfeld; pai da Rainha Vitória
  6. Augusta Sofia (8 de novembro de 1768 - 22 de setembro de 1840)
  7. Isabel (22 de maio de 1770 - 10 de janeiro de 1840) casou com Frederico, Landgrave de Hesse-Homburg.
  8. Ernesto Augusto I de Hanôver, Rei de Hanôver (5 de junho de 1771 - 18 de novembro de 1851) casou com a Princesa Frederica de Mecklenburg-Strelitz.
  9. Augusto Frederico, Duque de Sussex (27 de janeiro de 1773 - 21 de abril de 1843) casou primeiro com Lady Augusta Murray, de quem teve filhos; após a anulação deste casamento casou com Lady Cecilia Buggins.
  10. Adolfo, 1º Duque de Cambridge (24 de fevereiro de 1774 - 8 de julho de 1850) casou com Augusta de Hesse-Cassel.
  11. Maria (25 de abril de 1776 - 30 de abril de 1857) casou com o Príncipe Guilherme, Duque de Gloucester
  12. Sofia (3 de novembro de 1777 - 27 de maio de 1848) nunca casou; teve um filho ilegítimo do General Sir Thomas Garth.
  13. Otávio (23 de fevereiro de 1779 - 3 de maio de 1783)
  14. Alfredo (22 de setembro de 1780 - 20 de agosto de 1782)
  15. Amélia (7 de agosto de 1783 - 2 de novembro de 1810)
Origem : 'A loucura dos Reis' de Vivian Green

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Arco do Triunfo – Paris

O Arco do Triunfo (francês: Arc de Triomphe) é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, que ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de:

  • 128 batalhas e
  • 558 generais.
Em sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs-Élysées.



Iniciado em 1806, após a vitória napoleônica em Austerlitz, o Arc de Triomphe representa, em verdade, o enaltecimento das glórias e conquistas francesas, sob a liderança de Napoleão Bonaparte – seja este oficial das forças armadas, ou dotado da eminente insígnia imperial. A obra, foi somente finalizada em 1836, dada a interrupção propiciada pela derrocada do Império (1815). Com 50 m de altura, o monumental arco tornou-se, ponto de partida ou passagem das principais paradas militares, manifestações e, visitas turísticas.

– Diversos elementos arquitetônicos são dignos de observação:
  1. 30 medalhões, localizados sob a bela cornija, fazem, cada qual, referência a importantes batalhas travadas pelo exército francês, dentre as quais Aboukir, Ulm, Austerlitz, Iena, Friedland e Moscou.
  2. O friso, retrata a partida (fachada leste) e o retorno (fachada oeste) das tropas imperiais, visto que estas conflitaram em diversas regiões do continente europeu.
  3. Na fachada leste, os baixo-relevos aludem à batalha de Aboukir e à morte do general Marceau.
  4. À esquerda, situa-se o Triunfo de Napoleão. Este belo alto-relevo, de Cortot, representa a paz e a conquista napoleônica, alcançados pela celebração do Tratado de Viena (1810).
  5. Na alegoria, o imperador francês é coroado pela Vitória e reverenciado pela extinta Monarquia.
  6. À direita, situa-se a Partida dos Voluntários de 1792 (obra de François Rude), aptos a defender a recém-instaurada e revolucionária República.
  7. A liberdade, aqui, é representada pela guerreira e valente mulher, a comandar e a incitar o povo francês.
  8. Na fachada oeste, os alto-relevos impressionam pela intensa carga emotiva. Verifica-se a submissão do povo ao Estado e a crença, pelos populares, na vitória das forças armadas.


No interior dos arcos menores – encimados por interessantes alegorias à marinha, à infantaria e a outras guarnições, constam gravados inúmeros nomes de importantes oficiais franceses, assim como diversas localidades nas quais se travaram decisivas batalhas no âmbito do expansionismo francês, (Toulouse, Lille, Luxemburgo, Düsseldorf, Maastricht, Nápoles, Madrid, Porto, foz do rio Douro e Cairo) .

No solo – situa-se o memorável Túmulo do Soldado Desconhecido (“Ici repose un soldat français mort pour la patrie”). As cinzas do incógnito combatente francês, morto durante os sangrentos conflitos da I Guerra Mundial, ali repousam desde 1920.


Projetado por Jean Chalgrin, o Arco do Triunfo é, ainda e desde sempre, símbolo do patriotismo e orgulho francês.

"Um arco do triunfo é um tipo de monumento introduzido pela arquitetura romana originalmente utilizado como um símbolo da vitória em uma determinada batalha. Cada arco do triunfo romano, portanto, remete-se a uma batalha e a um imperador específicos na história romana e sua memória era celebrada através desta construção. Nem todos os arcos do triunfo da Antiguidade sobreviveram, mas durante a Idade Moderna, principalmente com o Neoclassicismo, eles foram usados como modelo para a construção de novos monumentos urbanos, em um contexto diferente do original."


Origem: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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