sábado, 27 de junho de 2009

A loucura dos reis – O rei cisne


Luís II de Wittelsbach – Nymphenburg, 1845 - Berg, 1886; o último monarca europeu cuja loucura causaria um impacto na herança cultural e política do mundo moderno. Uma cruz singelamente fincada nas águas rasas do lago Starnberg, onde ele se afogou ou foi afogado em junho de 1886, celebra esse extravagante monarca. O seu comportamento excêntrico tornou-se uma lenda em seu próprio tempo.




Família e infância
A família Wilttelsbach uma das mais antigas famílias reinantes da Europa, governava desde a Idade Média o grande reino da Baviera, no sul da Alemanha; em 1806, seus príncipes, que muito tempo foram intitulados eleitores, tornaram-se reis. Em 1871 a Baviera torna-se, com relutância, parte do império alemão, mas seus soberanos conservaram o título de reis até o fim da Primeira Guerra Mundial, que derrubou todos os príncipes alemães de seus tronos. Muitos bávaros ainda cultuam a memória do passado. O pai de Luís tornou-se rei da Baviera em 1848, após a abdicação de Luís I.

Não havia nada na parentela de Luís II, ou em sua ancestralidade para sugerir o que o futuro lhe reservava, mas desde menino ele foi muito sensível. Raramente era visto pelos pais, e foi criado por amas e governantas. Parece ter sido em geral uma criança solitária, que vivia muito por conta própria, entregue à sua imaginação, e a dele provou-se intensamente vívida. Suas fantasias eram especialmente atraídas pela imagem do cisne, um emblema que haveria de obsedá-lo ao longo de toda a sua vida. O castelo real em Hohenschawangau, "a casa elevada do cisne" situado nos Alpes bávaros, muito acima dos lagos Schwansee e Alpsee, que cintilam entre as montanhas havia sido reconstruído por Maximiliano, pai de Luís, e foi dedicado à lenda de Lohengrin. Os profusos afrescos que adornavam suas paredes representavam um cisne puxando um barco em que viajava Lohengrin, o cavaleiro do Santo Graal com quem Luís se identificaria.

Ainda adolescente desenvolveu intensa admiração pelo compositor Richard Wagner, uma paixão que dominaria sua vida. A música do compositor haveria de gerar uma série de fantasia que Luís procurou converter em realidade, às vezes com resultados trágicos. Desde menino, Luís teve uma visão romântica de si mesmo, como um rei que conduziria o povo alemão por caminhos ideais, e por acaso as composições de Wagner simplesmente vieram ao encontro dessa visão num momento crítico e com enorme impacto. O próprio Wagner apelidou o rei de Parsifal "meu filho no Espírito Santo", simples e sábio, chamado pelo destino para suceder à monarquia do Graal.

Depois da súbita morte de seu pai em 1864, o jovem e imaturo príncipe teve a oportunidade de converter sua visão em realidade. Luís era muito alto e irradiava enorme encanto. Tinha abundantes cabelos crespos, regularmente grandes, que usava longos, talvez para cobrir suas orelhas muito grandes, traços de um bigode e olhos extraordinariamente expressivos.
"Ele era mentalmente bem-dotado no mais alto grau, mas os conteúdos de sua mente estavam armazenados de maneira totalmente desorganizada. Fiquei impressionado pela maneira como volta e meia, exatamente quando sua expressão e conduta geral pareciam mostrar contentamento, ele se retesava de repente e – olhando à sua volta com uma expressão séria, até severa – revelava algo de sombrio em si mesmo que contrastava por completo com o encanto juvenil de um instante antes. Eu pensava comigo mesmo: 'Se duas naturezas diferentes estão germinando neste rapaz', como me pareceu desde minhas primeiras conversas com ele, 'queira Deus que a boa seja vitoriosa'. " (Ministro da Justiça Eduard von Bomhard de Luis II)
Casamento
O casamento de Luís logo se tornou uma matéria de urgência. O rei apreciava a companhia feminina, principalmente e especialmente a imperatriz da Áustria Elisabete (Sissi), que a via como a reencarnação de sua heroína Maria Antonieta. Luís anunciou seu noivado com Sophie, irmã da imperatriz Elisabete.

Quanto mais se aproximava o casamento mais temia o passo planejado. Escreveu para noiva, dizendo que o amor que sentia por ela não era o amor necessário para uma união matrimonial. A família da noiva ficou escandalizada. E Luís apenas anotou em seu diário: "Livrei-me de Sophie... Agora volto a viver após o torturante pesadelo." A verdadeira natureza de Luís era homossexual. Seus amigos íntimos eram rapazes e o principal deles foi por muitos anos o príncipe Paul von Thurn und Taxis.

Reinado
Apesar dos eventos dramáticos que estavam rondando a Alemanha, Luís era indiferente nessa época ao futuro da Alemanha, basicamente indiferente à política, embora algumas circunstâncias exigissem sua participação.

Na Guerra de Sete Semanas entre a Prússia e a Áustria, os bávaros lutaram ao lado dos austríacos e sofreram revés nas mãos dos prussianos. Luís obcecado por idéias de cavalaria medieval, pela guerra moderna, teve tão pouco entusiasmo, que chegou a pensar em abdicar em favor do irmão Otto. Quatro anos depois, a Baviera estava novamente em guerra, dessa vez os prussianos contra os franceses. Com relutância, como se ao preço de um subsídio, o rei aceitou o império que resultou na proclamação do rei prussiano Guilherme I como imperador alemão em Versalhes.

Assim Luís, passou a viver cada vez mais num mundo criado por ele mesmo, empenhado em patrocinar Wagner e o teatro e em construir palácios decorativos que, embora não tenham todos sido concluídos, permaneceram como seu legado mais substancial para a posteridade. E na raiz de sua vida fantasiosa, estavam as lendas medievais encarnadas nas óperas de Wagner.

Luís era cruelmente intolerante com quem lhe parecia feio, e só tinha olhos para rapazes e moças bonitos. Mesmo as relações de Wagner com o rei não foram livres de atrito, por mais forte que fosse o vínculo entre eles, porque o compositor era capaz de ser trapaceiro e desonesto, ao passo que Luís era exigente e temperamental.

Havia na Baviera uma onda crescente de críticas as extravagâncias de Wagner, uma irritação agravada pelas intervenções pouco sutis do compositor na política bávara. Entristecido, Luís ordenou a Wagner que partisse de Munique para a Suíça. Em novembro de 1880 quando os bávaros celebraram os setecentos anos do governo Wittelsbach, Wagner foi a Munique para assistir a uma apresentação privada de Lohengrin. Foi a última vez que o rei e o compositor se viram, pois Luís não foi a estréia de Parzival em 1882, por estar doente; só assistiu à ópera em 1884, quando o próprio Wagner já estava morto.

Os Castelos
Depois de construir o castelo Neuschwanstein , Luís planejou construir um outro palácio real, diferente em função da aparência, o Linderhof, este deveria ser em homenagem a seu grande herói Luís XIV da França, a quem ele procurava imitar como patrono das artes; às vezes, copiava também suas roupas e maneira de andar, conversava em francês com convidados imaginários. Linderhof foi um palácio pequeno, revestido de pedra branca, estilo barroco e cheio de fantasias decorativas, colorido e encantador. O mais suntuoso de todos os castelos foi Herrenchiemsee, situado na ilha de Herren, foi inspirado pelos palácio de Luís XIV, construção horizontal de grande beleza moldada em Versalhes. Sua galeria de espelhos chegava a suplantar a original, com mais 27 m de comprimento.

Reformou e construiu outros edifícios, todos exóticos e simbólicos. Falkenstein teria sido o mais espetacular, como Neuschwanstein, uma fábula gótica, uma majestosa estrutura de pináculos e torres, à maneira da Disneylândia, situada no topo de uma montanha a sobranceira ao mundo, um tributo ao reino da fantasia que o rei passou a viver cada vez mais.

Fim do reinado
Cada vez mais ele foi se furtando ao olhar público e se restringindo a um mundo privado e cada vez mais se tornava um animal noturno. Seu comportamento excêntrico estava chegando ao limiar da insanidade. Parecia haver dois Luises:
  1. encantador e sociável, ativo e até politicamente sensato, preocupado com o bem estar de seu povo;
  2. sonhador, rabugento, desatencioso e retraído, cada vez mais mergulhado num mundo de fantasia – e esse dominava cada vez mais.
Seu herdeiro, o irmão Otto, estava louco havia vários anos, era preciso de uma regência, assim foi escolhido o tio Leopoldo de 65 anos, que deixou-se convencer, com alguma relutância a assumir esse papel.

Morte
Em 12 de junho de 1886 às 18.45h, o rei e o médico partiram para uma caminhada às margens do lago. Quando às 20hs não havia retornado um grupo de busca saiu a procura e por voltas 22h, foram encontrados nas águas rasas da beira do lago, o paletó e o sobretudo do rei; seu guarda-chuva estava próximo. O corpo do rei foi encontrado na água, de bruços, seu relógio estava parado às 18.45h. O médico estava a alguns passos de distância, flutuando na água barrenta da borda do lago.

Assim o corpo do rei foi sepultado em 19 de junho de 1886, na cripta de St. Michael; mais tarde, um vaso contendo seu coração foi depositado junto com as outras relíquias de sua antiga família na Capela Votiva de Alt-Otting.

Luís II, não seria o último rei da longa linhagem Wittelsbach, pois ironicamente, foi sucedido por Otto, seu irmão louco havia tanto tempo, que continuou sendo o soberano, pelo menos nominalmente até 1913, quando foi destronado pelo primo Luís III, o último monarca bávaro. Sob muitos aspectos, Luís II foi sem dúvida o mais trágico e talvez o mais criativo membro de sua antiga família.



Castelos da Baviera

Hohenschawangau

Herrenchiemsee

Linderhof

Neuschwanstein

ruínas de Falkenstein

residência de Monique




Origem: 'A Loucura dos Reis' de Vivian Green

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sábado, 20 de junho de 2009

Museu do Ipiranga – São Paulo

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido como Museu do Ipiranga, é um museu brasileiro localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência.

Poucos meses após a proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, surgiu a primeira proposta, seguida de inúmeras outras de erigir um monumento à Independência do Brasil no próprio local onde ela havia sido proclamada: às margens do riacho do Ipiranga. Por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo de monumento a ser erigido, é somente após 68 anos da proclamação que a idéia se concretiza, com a inauguração do edifício-monumento, em 1890.



Em 1884 é contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi. O estilo arquitetônico adotado – o eclético – estava em curso na Europa e viria marcar, a partir do final do século XIX, a transformação arquitetônica de São Paulo. Bezzi utilizou, de forma simplificada, o modelo de palácio renascentista para projetar o monumento.

Projeto
O projeto inicial previa um retângulo alongado e dois braços laterais, partindo da fachada principal, voltada para a cidade, na forma de um E. Abandonadas as alas, por razões de economia, restou o retângulo pontuado por trás com corpos salientes. O essencial do edifício se desenvolve:
  • em 2 andares,
  • um 3º nas torres,
  • além do subsolo, desaterrado posteriormente.
No térreo há o Saguão de Entrada, onde estão dispostas 24 colunas. Dali parte a Escadaria Central que, em dois lances, e após um patamar, desemboca no Salão Nobre. Tanto no térreo quanto no 2º andar, corredores laterais servem a uma sequência de salas. O edifício tem 123m de comprimento e 16m de profundidade. O corredor superior é aberto, em forma de loggia (arcos).

Chama atenção a presença abundante de elementos decorativos arquitetônicos, como ornatos sobrepostos, entablamentos completos, palmetas, nichos, brasões e até mesmo a imitação, ao longo das paredes em alvenaria de tijolos do térreo, de revestimento externo em arquitetura de pedra.

Durante o período de sua construção (1885-90), várias características já faziam deste edifício referência excepcional naquela pequena cidade de São Paulo, com apenas 70.000 habitantes: o modelo de palácio, a decoração neo-renascentista, o grande porte e o fato de ser um volume isolado no espaço, visível de todos os lados.

Construção
A monumentalidade do edifício demandou soluções originais no encaminhamento dos trabalhos: a mão-de-obra contratada era, muito provavelmente, italiana, visto não existirem, em São Paulo, nessa época, trabalhadores familiarizados com execução de ornatos. A técnica do tijolo também constituía uma novidade; em São Paulo ainda predominavam as construções em taipa, de dois tipos – a taipa de pilão e a taipa de mão, conforme a maneira de socar o barro. Mas havia já olarias na região de São Caetano, próxima do Ipiranga, de onde vieram os tijolos do edifício. A distância dificultava em muito o transporte dos materiais construtivos. Para minimizar esses problemas, foi criada a estação de trens do Ipiranga, na linha S. Paulo Railway, nas proximidades do Rio Tamanduateí. A partir dali os materiais subiam as colinas, provavelmente em carretas. Em 1890, as obras foram dadas por encerradas, embora houvesse ainda razoável soma de tarefas por completar, como a implantação dos jardins. A inauguração foi celebrada no dia 15 de novembro 1890, no primeiro aniversário da República.

Jardins
Os primeiros jardins em torno do edifício, formados entre 1908 e 1909, foram projetados pelo paisagista belga Arsenius Puttemans e reproduzem concepções paisagísticas inspiradas nos jardins barrocos franceses, como os de Versailles. Em 1922, esses jardins foram ampliados em 1500 m2, passando a atingir o início da Av. D.Pedro I e na década de 30, sofreram novas intervenções, com o rebaixamento da área em frente à fachada principal.

Acervo
O Museu Paulista conta com um acervo:
  • de mais de 125.000 unidades,
  • objetos,
  • iconografia e
  • documentação arquivística, do seiscentismo até meados do século XX
Eixo para a compreensão da sociedade brasileira, a partir do estudo de aspectos materiais da cultura, com especial concentração na História de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para a análise de problemáticas pertinentes às três linhas de pesquisa a que o Museu se dedica: 1. Cotidiano e Sociedade; 2. Universo do Trabalho; 3. História do Imaginário.

É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo, "Independência ou Morte".


Um dos principais objetivos do museu é mostrar aos visitantes o protagonismo do povo paulista na História do Brasil.

O acervo do Museu Paulista tem sua origem em uma coleção particular reunida pelo coronel Joaquim Sertório, que em 1890, foi adquirida pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que a doou, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao Governo do Estado. Em 1891, o presidente do Estado, Américo Brasiliense de Almeida Melo, deu a Albert Löfgren a incumbência de organizar esse acervo, designando-o diretor do recém-criado Museu do Estado.
As coleções, ao longo dos mais de cem anos do museu, sofreram uma série de modificações com o desmembramento de parte de seus acervos e incorporações. O acervo do museu se encontra tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

A escadaria – tem um imenso valor simbólico ao povo paulista. A escadaria propriamente dita representa o Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. E no corrimão estão colocados esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e o Rio Amazonas. Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhangüera com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, que se localizam nos atuais estados desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo precedida pelas duas estátuas maiores no salão principal dos dois principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência.


Junto as estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. E no teto pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio.

A Biblioteca – instalada no dia 07.09.1895, a Biblioteca do Museu Paulista sofreu um primeiro desmembramento em 1938, quando parte de seu acervo foi transferido para o atual Museu de Zoologia. Em 1989, a USP unificou seus acervos de Arqueologia e Etnologia, resultando em novo desmembramento. Essa longa existência possibilitou a inclusão de obras preciosas em seu acervo. Adquiriu um perfil especializado na área de História, mais particularmente, no campo de estudos da Cultura Material. Como centro de apoio à pesquisa científica dentro de um museu histórico, contempla sobretudo as várias tipologias do acervo museológico - como Indumentária, Porcelanas, Fotografias, Pinturas, Mobiliário, Armas, Sociologia dos Objetos, Iconologia e Iconografia, Museologia, Conservação e Restauro, Educação em Museus, entre outros assuntos.

Em seu acervo, encontram-se:
  • 26.466 livros,
  • 2.300 títulos de periódicos,
  • 2.892 separatas,
tendo ainda como extensão a Biblioteca do Museu Republicano "Convenção de Itu", especializada no estudo da República Brasileira, entre 1889 e 1930.

Integra o o Sistema de Bibliotecas da USP (SIBI/USP) e o SIBINet, estando disponível pelo Dedalus - Banco de Dados Bibliográficos da USP.




Origem: MUSEU PAULISTA DA USP e Wikipédia

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Muralha da China

– A chamada Muralha da China, ou Grande Muralha, estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial – 

Consiste em diversas muralhas, construídas por várias dinastias ao longo de cerca de dois milênios. No passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma atração turística. As suas diferentes partes distribuem-se entre: 

  • o Mar Amarelo (litoral nordeste da China) e 
  • o deserto de Góbi e a Mongólia (a noroeste)


Começou a ser erguida por volta de 220 a.C  por determinação do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang. Embora a Dinastia Qin (ou Ch'in) não tenha deixado relatos sobre as técnicas construtivas que empregou e nem sobre o número de trabalhadores envolvidos, sabe-se que a obra aproveitou uma série de fortificações construídas por reinos anteriores, os muros constituídos por grandes blocos de pedra, ligados por argamassa feita de barro. Com aproximadamente 3000 quilômetros de extensão à época, a sua função era a de conter as constantes invasões dos povos ao norte.

Com a morte do imperador Ch'in, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, e os trabalhos ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 205 a.C , reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até ao seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu as atuais feições e uma extensão de cerca de 7000 quilômetros, estendendo de: 
  • Shanghai, a leste, 
  • Jiayu, a oeste, 
  • atravessando quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu) e 
  • 2 regiões autônomas (Mongólia e Ningxia)

Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada. No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping priorizou a Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos que foi questionada. A requalificação do monumento para o turismo sem normas para o seu adequado uso, aliado à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, conduzindo ao desabamento de uma torre de 630 anos), gerou várias críticas por parte de preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas.



Por não se tratar de uma estrutura única, as características da Grande Muralha variam, de acordo com a região: 
  • perto de Beijing, os muros foram construídos com blocos de pedras de calcário; 
  • em outras regiões, podem ser encontrados o granito ou tijolos no aparelho das muralhas; 
  • nas regiões mais ocidentais, de desertos onde os materiais são mais escassos, os muros foram construídos com vários elementos, entre os quais (galhos de plantas enfeixados) 
Em geral os muros apresentam uma largura média de 7 m na base e de 6 m no topo, de uma altura média de 7,5 m. Segundo anunciaram cientistas chineses em abril de 2009, o comprimento total da muralha é de 8.850 km.

Além dos muros, em posição dominante sobre os terrenos, a muralha compreende ainda elementos como portas, torres de vigilância e fortes.

As torres – cujo número é estimado em cerca de 40.000, permitiam a observação da aproximação e movimentação do inimigo. 

As sentinelas – que as guarneciam serviam-se de um sistema de comunicações que empregava bandeiras coloridas, sinais de fumaça e fogos. De planta quadrada, atingiam até 10 m de altura, divididas internamente. No pavimento inferior podiam ser encontrados alojamentos para os soldados, estábulos para os animais e depósitos de armas e suprimentos.

Os fortes – guarneciam posições estratégicas, como espaços entre as montanhas. Eram dotados de escadas para a infantaria e de rampas para a cavalaria, funcionando como bases de operação. Eram dominados por uma torre de planta quadrada, que se elevava a até 12 m de altura, e defendiam grandes portões de madeira.

Principais portas
Dentre suas passagens mais importantes destacam-se:
  • Porta Shanhai (山海關)
  • Porta Juyong (居庸關)
  • Porta Niángzi (娘子關)

Curiosidades
  1. Afirma-se que a Grande Muralha é a única estrutura construída pelo homem a ser vista da lua. Porém não é verdade, leia: Projeto Ockham - A Grande Muralha
  2. Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão-de-obra de cerca de um milhão de homens (250.000 teriam perecido durante a sua construção), entre soldados, camponeses e cativos.
  3. Calcula-se que a Grande Muralha tenha empregado cerca de trezentos milhões de metros cúbicos de material, o suficiente para erguer 120 pirâmides de Quéops ou um muro de 2 m de altura em torno da Linha do Equador.


Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Catarina de Aragão, a eterna rainha da Inglaterra

Catarina de Aragão – Princesa de Espanha (16 dezembro 1485, Alcalá de Henares — 7 janeiro 1536, Castelo de Kimbolton, Huntingdonshire) foi a primeira rainha consorte de Henrique VIII de Inglaterra. Foi ainda a mãe da rainha Maria I. Catarina, durante a juventude, foi efusivamente aclamada pela beleza e inteligência.

Conversava tanto em seu espanhol nativo, quando em latim, francês e mais tarde o inglês. Quando rainha, seu tempo foi majoritariamente empenhado em obras de caridade, o que lhe conferiu o amor do povo inglês, até hoje, a rainha consorte mais amada por eles. Seu túmulo em Peterborought nunca está sem flores, apesar de passados quase cinco séculos desde sua morte.


Catarina nasceu em Alcalá de Henares e foi a filha mais nova dos reis católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Em 1501, Catarina casou com Arthur Tudor, Príncipe de Gales, como contratado desde a infância dos dois. O rei Henrique VII , pai de Artur , ofereceu uma grande cerimônia de casamento. O casal foi viver no País de Gales mas pouco tempo depois Arthur morreu repentinamente de malária. Catarina tornou-se viúva aos 16 anos. A sua determinação em ser rainha da Inglaterra a levou a afirmar que o casamento não fora consumado devido a pouca idade de ambos, o que foi a base da dispensa concedida pelo Papa Júlio II para uma nova união. Catarina estava determinada a ficar noiva de Henrique, seu cunhado de apenas 11 anos , e que com a morte do irmão mais velho, seria agora Príncipe de Gales e herdeiro do trono. O rei Henrique VII, porém o achava muito jovem para comprometê-lo, e o noivado teria que lhe render muitos benefícios, o que Catarina não poderia oferecer no momento. A situação de Catarina na Inglaterra ficou complicada, pois seus pais não queriam que ela voltasse para a Espanha sem os direitos de viuvez, o que o rei não concedia por não ter recebido a segunda parte do dote. 

Após um ano da morte de Arthur, Henrique VII ficou viúvo e propôs casamento a Catarina, que primeiramente aceitou, vendo dessa maneira a forma de realizar o seu sonho de ser rainha. Porém, quando soube que seus herdeiros não teriam preferência na coroa sobre Henrique, ela recusou a proposta, o que deixou o rei enfurecido. O rei então promoveu o noivado de Catarina e Henrique VIII, sem nenhuma intenção de honrar o compromisso. Apenas manteria Catarina sem nenhum pretendente. Catarina então passou a viver afastada da corte, empenhando suas jóias para se manter e contando com seu séquito de leais serviçais espanhóis. Após 6 anos, o rei morreu, e surpreendentemente Henrique quis imediatamente se casar com Catarina.

O casamento ocorreu em 11 de junho de 1509 depois da ascensão ao trono de Henrique VIII. Catarina era extremamente popular junto da população, quer como rainha, quer como princesa de Gales. Em 1513 chegou mesmo a servir como regente da coroa durante uma ausência de Henrique VIII que comandava a guerra com a França, sendo vitoriosa na Batalha de Flodden, quando defendeu a Inglaterra da invasão escocesa. 

Após perder alguns filhos, Catarina deu à luz um varão, Henrique, que morreu pouco tempo depois. A sua última gravidez em 1516 resultou numa filha, a futura Maria I de Inglaterra. Depois de Maria, Catarina não voltou a conceber, o que deixou Henrique preocupado com a sucessão. A Guerra das Rosas como consequência de instabilidade dinástica estava ainda bem presente na memória coletiva. Particularmente preocupante para Henrique, um estudioso de questões teológicas, era a afirmação contida no Levítico de que se um homem casar com a mulher do irmão, o casamento será estéril. Convencido de que Catarina teria mentido quanto à consumação do casamento com Arthur, Henrique VIII começou a procurar a anulação do casamento em 1527. Ao mesmo tempo, arrancara de Ana Bolena a promessa de que ela seria sua amante e futura mulher. No Vaticano a tomada de decisão arrastou-se por sete anos. As gestões de Thomas Wolsey não foram bem sucedidas. O Papa Clemente VII não parecia disposto a conceder a anulação por duas razões: 
  1. primeiro esta sempre foi a doutrina da Igreja e o comportamento do papado e depois poderia também ser visto como uma admissão do equívoco da Igreja quando concedera validamente a dispensa do casamento de Catarina com Arthur;
  2. segundo porque Clemente era uma marioneta política nas mãos do Imperador Carlos V, sobrinho de Catarina, a quem não convinha o fim da união.

Cansado de esperar, Henrique separou-se de Catarina em 1531 e em 23 de maio de 1533, o Arcebispo da Cantuária Thomas Cranmer anulou a união sem aprovação do Vaticano. A implementação do Ato de Supremacia e a separação da Igreja Anglicana da Igreja de Roma, consumou a anulação.

Catarina foi separada da filha, a princesa Maria, e exilada da corte para viver na província, embora com todos os privilégios de uma Princesa de Gales. Mas jamais aceitou o divórcio e continuou a assinar a correspondência como 'Catherine the Queen'. Catarina morreu em 7 de Janeiro de 1536, vítima de uma doença prolongada,  foi sepultada na Catedral de Peterborough com as honras de uma Princesa de Gales.



Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

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sábado, 13 de junho de 2009

Castelos


Um castelo (diminutivo de castro) é uma estrutura arquitetônica de fortificação, com funções defensiva e residencial. De tipo permanente, era geralmente erguido em posição dominante no terreno, próximo a vias de comunicação (terrestres, fluviais ou marítimas), o que facilitava o registo visual das forças inimigas e as comunicações a grandes distâncias.

Embora sejam popularmente associados à Idade Média europeia, estruturas com funções semelhantes vêm sendo empregadas desde a Idade da Pedra por todo o planeta. Como exemplos mais recentes temos os castelos do Japão e as fortificações dos Incas.



Antecedentes na Europa
As origens mais remotas dos castelos no continente europeu são os castros proto-históricos, que à época da expansão romana evoluíram para um reduto ("castellum"), dominado por uma torre de vigilância, cercado por um fosso ("fossa") e por uma muralha ("vallum").

Os castelos, em sua concepção clássica, começaram a surgir no século IX, quer em resposta às incursões Normandas e Magiares ao norte e ao centro, quer às lutas da reconquista cristã na península Ibérica, mas de forma geral como uma manifestação do poder político descentralizado dos senhores feudais. Do século IX ao século XV, milhares de castelos foram erguidos pelo continente. Durante este período os senhores feudais eram a lei e as suas torres, e depois os castelos – a garantia da segurança e da ordem para as populações locais, as suas colheitas e o seu gado. Essa situação manteve-se até ao surgimento da artilharia.

As torres defensivas
Na transição da Alta para a Baixa Idade Média, difundiu-se o emprego de torres defensivas, erguidas em pontos elevados, empregando os materiais mais abundantes em cada região: madeira, taipa e, posteriormente, pedra, em aparelho de menor ou maior perfeição. Típicamente, estas torres apresentavam planta circular ou quadrangular, divididas internamente em até 3 pavimentos que se comunicavam entre si por escadas. De forma geral, o pavimento inferior não apresentava portas, janelas ou quaisquer aberturas, sendo utilizado como depósito, cisterna ou prisão. Em época posterior, este pavimento inferior passou a abrigar o corpo da guarda. O pavimento intermediário conservou a função social e o pavimento superior passou a ser utilizado para a vida privada. No topo, o terraço manteve a função defensiva. Ao abrigo e ao redor destas torres, que combinavam as funções de atalaia, aviso, depósito de víveres e residência senhorial, os habitantes da região iam erguendo as suas residências.

Durante a Baixa Idade Média, este tipo de estrutura foi complementado por uma cerca dos mesmos materiais, normalmente de planta ovalada, adaptada ao terreno, e mais tarde, por fossos. As defesas foram progressivamente sendo aperfeiçoadas e dotadas, externamente, de barbacãs e torres albarrãs, e internamente, de cisternas e poços. O topo dos muros e das torres, também progressivamente, foi recebendo caminhos de ronda (adarves), ameias e merlões, seteiras e troneiras, palanques defensivos e balcões com matacães.

Os castelos "motte and bailey"
Os primeiros castelos na região da atual Grã-Bretanha eram de um tipo conhecido como "motte and bailey". O chamado "motte" constituía-se em um monte de terra, largo e nivelado, normalmente com 50 pés de altura, em cujo topo uma larga torre de madeira era erguida. Abaixo do monte dispunha-se uma área cercada com uma paliçada, também de madeira, envolvida por um fosso inundado, chamada de "bailey". Ao abrigo dessa cerca eram erguidos depósitos, currais e choupanas. Uma ponte dava acesso ao recinto e um estreito caminho dava acesso à torre no alto do monte, último reduto defensivo em caso de ataque.

A partir do século XI, a torre de madeira deu lugar a uma torre (ou torreão) de planta circular, em alvenaria de pedra, e a cerca de madeira, uma muralha também de alvenaria de pedra, ainda envolvida por um fosso inundado. A entrada passou a ser defendida por um portão e uma ponte levadiça.

As Cruzadas
A experiência adquirida à época das Cruzadas conduziu à evolução do traçado dos castelos europeus. As estruturas passaram a desenvolver-se de forma concêntrica, onde uma torre de menagem passava a ser cercada por dois ou mais anéis concêntricos de muralhas. Castelos concêntricos foram então projetados para que uma torre de menagem central fosse cercada por dois ou mais anéis de muralhas. As muralhas passaram a ser reforçadas por torres quadradas e, posteriormente, circulares, menos vulneráveis. Ameias foram dispostas no alto das torres e dos muros, visando a proteção dos defensores.

Os castelos nas Idades Moderna e Contemporânea
Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, registraram-se novos e importantes progressos na arquitetura militar, devido nomeadamente:
  • à introdução da artilharia nos campos de batalha - à medida em que o seu poder de fogo e precisão de tiro se aperfeiçoaram, as altas muralhas perpendiculares foram sendo substituídas por muralhas mais baixas e inclinadas;
  • à centralização do poder monárquico, que retirou parcelas de poder do clero e da nobreza. Um dos caminhos foi o de desmilitarizar os antigos castelos feudais e, desse modo, já no século XIII era necessário pedir a autorização real para erguer um novo castelo ou reforçar um já existente. Ao mesmo tempo, as principais vilas e os burgos, espaços da burguesia em ascensão, passaram a ser fortificados.
Nesse período, muitos castelos foram adaptados às funções de palácios, tendência que se acentuou na passagem para a Idade Contemporânea, quando a evolução dos meios ofensivos conduziu à perda do seu valor estratégico, substituídos pelas fortalezas abaluartadas, melhor adaptadas aos tiros da artilharia.

A construção de um castelo – poderia demorar menos de um ano até mais de vinte para ser concluída. A arquitetura de fortificações, por muitos séculos, constituiu-se em importante atividade econômica, levando a uma grande demanda por mestres-de-obras e grupos de artífices especializados. Na Idade Média, as cidades que pretendiam erguer catedrais tinham que competir por essa mão-de-obra especializada com a nobreza que estava a construir castelos. Um exemplo foi a construção do Castelo Beaumaris, no norte de Gales, iniciada em 1295 e jamais concluída. Em seu auge os trabalhos ocuparam 30 ferreiros, 400 pedreiros e 2000 trabalhadores. O Castelo de Conway, também em Gales, erguido por determinação de Eduardo I de Inglaterra, levou quarenta meses para ser concluído.

– Em sua concepção clássica, um castelo compunha:
  • um pátio ou praça de armas, cercado pelas edificações, adossadas às muralhas
  • topo das muralhas era percorrido por um adarve, protegido por ameias
  • o acesso de entrada era feito pelo Portão de Armas (principal), havendo ainda uma chamada "Porta Falsa", "Poterna" ou "Porta da Traição", prevendo uma eventual retirada dos defensores
  • as muralhas, amparadas ou reforçadas por torres, entre estas últimas, destacava-se a chamada torre de menagem, que se constituía em um pequeno castelo dentro do castelo
  • muralhas e torres eram encimadas por matacães e ameias
  • a defesa era ampliada pela presença de barbacãs e pela abertura de fossos e valas, secos ou inudados, visando a aproximação dos atacantes
  • pontes levadiças
  • uma grade que deslizava nas ombreiras do portão, bloqueando a passagem








Origem: Wikipédia

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Mântua - Lombardia - Itália

Mântua (em italiano Mantova) é uma comuna italiana da região da Lombardia, província de Mântua, com cerca de 46.372 habitantes. Estende-se por uma área de 63 km², tendo uma densidade populacional de 736 hab/km². É uma grande planície atravessada pelo rio Pó. A região é uma das mais férteis da Itália, sendo intensamente cultivada e densamente povoada. Cidade de origem romana, sendo a terra natal de Virgilio, famoso escritor romano. Foi construída em uma ilha no meio de um lago formado pelo rio Mincio. Mântua ocupa um dos primeiros lugares na Itália em relação à renda per capita e qualidade de vida. A riqueza da região provém da agricultura, graças às terras férteis da planície do Pó. Está a 40km de Verona, 130km de Milão, 150km de Veneza e 100 km de Bolonha.


– Em termos artísticos, é uma das jóias do Renascimento italiano, podendo-se destacar entre seus monumentos:


Monumentos

Palácio Te

Palácio Ducale

Basílica de S. Andrea




_____História______
Mântua surgiu sobre duas pequenas ilhas criadas pelo rio Mincio, o qual circunda a cidade por três lados, tendo os nomes de: 1. Lago Superior 2. Lago do Meio 3. Lago Inferior.

A cidade foi fundada por volta de 2.000 a.C e mais tarde por volta de 600 a.C desenvolveu-se no local uma cidade etrusca, a qual seu nome está relacionado, Mantus – divindidade etrusca.

Passou ao domínio romano, mas sem se tornar um centro importante. Após a queda do Império Romano (476 d.C), a cidade sofreu invasões dos bárbaros, sendo dominadas pelos godos, bizantinos, longobardos e francos. Por volta do ano 1000 passou a ser posse dos Canossa, cuja última representante foi a condessa Matilde, falecida em 1115. Após a sua morte, Mântua tornou-se uma cidade independente, resistindo contra as forças imperiais. Em 1198, Alberto Pitentino controlou o curso do Mincio, criando os quatro lagos que durante séculos constituíram a proteção natural da cidade. Em 1273 Pinamonte Bonacolsi assumiu o poder. Durante seu breve governo, Mântua se enriqueceu de monumentos e palácios. Em 1328, o último dos Bonacolsi foi assassinado durante uma revolução popular e o domínio passou à família Gonzaga. No período 1707-1797, teve um grande desenvolvimento sob o domínio austríaco. Em 1866, Mântua passou a fazer parte do Estado Italiano.

Fonte: Wikipédia e bergamaschi.20m.com

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Carlos VI Imperador do Sacro Império Romano Germânico

  • Carlos nasceu em 1º de outubro de 1685 e morreu em 20 de outubro de 1740, 
  • imperador do Sacro Império Romano de 1711 a 1740,  
  • 2º filho de Leopoldo I da Germânia e de sua 3ª esposa Leonor Madalena de Pfalz-Neuburg 
  • casado com Elisabeth Christine de Brunswick-Wolfenbuttel

Assumiu o trono como Carlos III de Aragão e Castela, sendo coroado em Madri, mas abandonou a pretensão ao assumir o trono austríaco. Não consta na lista de reis espanhóis, pois Filipe duque de Anjou finalmente obteve o trono como Filipe V de Espanha.

Educado por Anton Florian de Liechtenstein, foi o herdeiro dos Habsburgos espanhóis, ramo em extinção. Carlos II da Espanha fez seu herdeiro o duque de Anjou, que subiu ao trono espanhol como Filipe V, violando o contrato. A guerra pela coroa levou à Guerra da Sucessão Espanhola, nos anos finais do século XVII.




____Reinado____
O irmão, imperador José I da Germânia morreu subitamente, Carlos retornou à Austria e assumiu o trono austríaco. Em 1711 foi eleito sacro imperador romano em Frankfurt.  Embora com pouco talento político, em sua monarquia a Áustria atingiu sua maior expansão. Talvez em consequência dos anos que passou na Espanha, introduziu na corte em Viena: 
  • o cerimonial espanhol, ou Spanisches Hofzeremoniell,  
  • constuiu a famosa Escola Espanhola de Equitação, 
  • construiu o Reichskanzlei "chancelaria do Estado"  
  • a Biblioteca Nacional, 
  • agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler. 

Muito do que foi construído em seu reinado são os prédios que hoje mostram em Viena o estilo barroco.

Tinha ambições musicais, quando menino, recebeu lições de Johann Joseph Fux de modo que compunha e tocava cravo e piano e por vezes se animou a reger a orquestra real.

____Sucessão____
Tendo apenas duas filhas e não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a «Pragmática Sanção» em 1713, pela qual declarou que seu reino não poderia ser dividido e filhas mulheres poderiam também herdar o trono paterno. Mesmo assim quando morreu teve lugar a Guerra da Sucessão Austríaca. Por fim, a «Pragmática Sanção» predominou e uma filha o sucedeu – Maria Teresa, como Rainha da Hungria e da Boêmia, Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não fosse eleita para o Sacro Império Romano, eleito então Carlos VII da Baviera. Depois de Carlos VII, porém, o marido de Maria Teresa, Francisco da Lorena, foi eleito imperador como Francisco I da Lorena assegurando a continuação da linha dos Habsburgo.


«Pragmática Sanção» é a designação tradicionalmente dada a toda a norma ou disposição legal promulgada de forma solene por um soberano absoluto que disponha sobre aspectos fundamentais do Estado, regulando questões como a sucessão no trono, as matérias de religião de Estado e outras. Na história do Sacro Império Romano-Germânico refere-se mais especificamente a um édito emitido pelo Imperador.

Origem: Wikipédia

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quarta-feira, 10 de junho de 2009

A loucura dos reis – Pantomima dinamarquesa




Cristiano VII – Copenhague, 29 de janeiro de 1749 - Rendsburg, 13 de março de 1808, foi rei da Dinamarca e da Noruega de 1766 a 1808. Era o segundo filho de Frederico V da Dinamarca e da Noruega e de sua primeira esposa Luísa da Grã-Bretanha. Casou-se em 1 de outubro de 1765 com a prima Caroline Matilde da Grã-Bretanha, irmã do rei da Grã-Bretanha Jorge III. Doente mental, assumiram o governo e o exército o seu médico Struensee e Peter Bernstorff, que realizaram diversas reformas liberais.






_____________Infância____________
A doença o perseguiu durante a maior parte de seu reinado, embora tivesse seus períodos lúcidos. As casas reais dinamarquesa e hanoveriana (Grã-Bretanha) eram intimamente relacionadas, a mãe de Cristiano era filha de Jorge II. Quando Cristiano visitou a Inglaterra, em 1768, as pessoas comentavam sua grande semelhança com os membros da família real britânica. Sua mãe morreu quando ele tinha 2 anos e sua relação com a madrasta nunca foi estreita. Tinha um meio irmão Frederico, um príncipe fraco e deformado. Cristiano teve uma infância muito difícil, carente de afeto, deixado com preceptores, como Ditlev Reventlow – um bruto que não exitava em aterrorizá-lo, surrando-o tanto que as vezes o menino era encontrado espumando no chão. A situação melhoraria com a chegada em 1760 de um tutor suiço de 28 anos, Elie-Salomon François Reverdil, que tentou construir seu pupilo em filosofia e nos princípios da benevolência. Cristiano era bom em línguas, falava dinamarquês, francês e alemão, mas um estudante difícil e atrasado. Apresentava um profundo sentimento de insegurança e inadequação. O medo sempre foi uma característica de sua personalidade.

Fracote, baixo e de constituição delgada, tentava compensar suas deficiências criando uma imagem de valentão. Seu físico franzino talvez tenha sido um ingrediente importante no desenvolvimento de sua personalidade perturbada. Loiro de olhos azuis, de aparência agradável.

_____________Casamento__________
Quando Cristiano estava com 16 anos iniciaram as negociações para seu casamento com uma prima de 13 anos – Carolina Matilda –  irmã de Jorge III , era atraente, ingênua, loira de olhos azuis. Casaram em outubro de 1765 e o primeiro filho, o herdeiro Frederico VI nasceu em 28 de janeiro de 1768.

_____________Reinado____________
A monarquia dinamarquesa era uma autocracia pela lex regia de 1665. Lançado pela morte do pai a uma posição de poder absoluto, Cristiano, lembrando as humilhações a que fora sujeito criança, decidiu ser "senhor absoluto de seus negócios". Conservou por algum tempo os serviços do competente conde Bernstorff e demitiu os demais ministros de seu pai. Confiou também seu reino a cargo de seu médico Struensee – um homem cheio de contradições, politicamente ambicioso e de racionalismo iluminista que conseguiu muitos inimigos, não apenas entre os cortesãos, mas especialmente entre os que invejavam o poder que detinha e se ressentiam das reformas que fizera no governo da Dinamarca. A rainha estava completamente apaixonada pelo médico. O rumor de que Struensee pretendia conseguir a abdicação e até a morte do rei, para poder se casar com a rainha e assumir o poder, deu início a já esperada revolução dinamarquesa. Em janeiro de 1772, os principais conspiradores se reuniram no apartamento da rainha viúva Juliana e seu filho Frederico, e rumaram para  conseguir a assinatura do rei para as ordens mandando prender Struensee e sua própria mulher.

A rainha depois de ser declarada divorciada do rei, foi setenciada à prisão perpétua no castelo Aalborg. Devido aos apelos de Jorge III ela foi tranferida e se refugiou em Celle, Hanover e faleceu em 11 de maio de 1775.

Depois da revolução, Cristiano exerceu apenas um poder nominal, viveu em reclusão, fazendo aparições simbólicas. Cedera às pressões da rainha viúva e seu filho, mas se ressentia do que elas haviam feito.

Em 1784 seu filho o príncipe herdeiro Frederico, desgostoso com o governo reacionário e impopular da rainha viúva e de seu filho, convenceu o pai a comparecer ao conselho de Estado para assinar um documento que demitia o ministério.

Cristiano tinha mais 20 anos de vida, mas viveu recluso e seus aparecimentos públicos foram raros. A Dinamarca, apesar da loucura do rei e com Andreas Bernstorff como seu principal ministro, gozou de um longo período de governo liberal, com certo aumento da prosperidade e da paz, até a declaração das Guerras Napoleônicas.

A sombria existência de Cristiano terminou em março de 1808, quando estava em Holsten, extremamente apavorado com o avanço das tropas auxiliares espanholas. Embora o príncipe herdeiro Frederico VI, exercesse o poder real e o tenha feito durante um quarto do século, nunca foi oficialmente o regente.

_____________Descendência________
  1. Frederico VI – 28 janeiro 1768-3 dezembro 1839. Rei da Dinamarca e da Noruega.
  2. Luisa Auguste – 7 junho 1771-13 janeiro 1843. Duquesa de Schleswig-Holstein


Origem: 'A Loucura dos Reis' de Vivian Green   e   Wikipédia

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Petrópolis – Rio de Janeiro



Petrópolis é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Ocupa uma área de 774,606 km², contando com uma população de 312.766 habitantes (2008). O clima ameno, as construções históricas e a abundante vegetação são grandes atrativos turísticos. Além disso, a cidade possui um movimentado comércio e serviços, além de produção agropecuária (com destaque para a fruticultura) e industrial. Fundada por iniciativa de Dom Pedro II, é constantemente chamada de Cidade Imperial. Petrópolis é a sede do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.






História
A história da cidade começa a figurar-se mais propriamente em 1822, quando Dom Pedro I, a caminho de Minas Gerais pelo Caminho do Ouro hospedou-se na fazenda do padre Correia e ficou encantado com a região. Tentou comprar as terras, porém sem sucesso. Por fim, adquiriu uma fazenda vizinha, a fazenda do Córrego Seco, que renomeou Imperial Fazenda da Concórdia, onde pretendia construir o Palácio da Concórdia. Hoje, a propriedade corresponde, com alguns acréscimos, à área do primeiro distrito de Petrópolis.

Os planos do primeiro imperador não foram concluídos, mas Dom Pedro II continuou com os planos e em 1843 assinou um decreto pelo qual determinava o assentamento de uma povoação e a construção do sonhado palácio de verão, que ficou pronto em 1847. A partir de então, durante o verão, a cidade tornava-se a capital do Império com a mudança de toda a corte. Pedro II governou por 49 anos, e em pelo menos 40 verões permaneceu em Petrópolis, eventualmente por até cinco meses.

Independentemente da época do ano, era em Petrópolis que moravam os representantes diplomáticos estrangeiros. Entre 1894 a 1903 foi capital do Estado do Rio, em substituição a Niterói, devido a Revolta da Armada. Também neste período, foi eleito o único vice-governador fluminense cuja base política era Petrópolis – Hermogênio Silva. O sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado seu primeiro prefeito em 1916.

A importância política da cidade perdurou por décadas, mesmo depois do fim do Império. Todos os presidentes da república, de Prudente de Morais a Costa e Silva, passaram pelo menos alguns dias na cidade imperial durante seus mandatos. O mais assíduo dentre eles foi Getúlio Vargas, cujas estadias, durante o Estado Novo, duravam até três meses. Como consequência da transferência da capital do Brasil para Brasília, Petrópolis perdeu consideravelmente sua importância no contexto político do país.

O planejamento
Petrópolis é um notável exemplo dos esforços de imigração européia para o Brasil no Segundo Reinado, é tida como a primeira cidade projetada do Brasil, composta de um núcleo urbano - a cidade (hoje o Centro), onde se concentravam o Palácio Imperial, prédios públicos, comércio e serviços. O Centro seria rodeado por "quarteirões imperiais", que receberam famílias de agricultores, principalmente alemãs, que hoje compõem bairros do primeiro distrito. Outros estrangeiros, como açorianos e, posteriormente, italianos, viriam somar-se ao contingente de imigrantes, sobretudo para trabalhar nas indústrias de tecidos e comércio.
O pitoresco do projeto de Koeler foi o fato de batizar os quarteirões com nomes de cidades e acidentes geográficos das regiões (Reihnland-Westphalen) de onde vinham os colonos alemães: Kastelaum (Castelânea), Mosel (Mosela), Bingen, Nassau, Ingelheim, Woerstadt, Darmstadt e Rheinland (Renânia). As terras foram arrendadas para Koeler e, através dele, aos imigrantes, resultando em um sistema de foro e laudêmio (enfiteuse) pago aos herdeiros de Dom Pedro II até hoje.

Arquitetura
A cidade possui um conjunto arquitetônico sem igual, dos quais o símbolo mais conhecido é o Palácio Imperial, hoje Museu Imperial. O palácio é a principal construção do chamado "centro histórico", onde se destaca a Avenida Koeler, ladeada por casarões e palacetes do século XIX. A via é perpendicular à fachada da Catedral de São Pedro de Alcântara e, no outro sentido, à praça Ruy Barbosa e à fachada da Universidade Católica - constituindo-se, assim, em um dos mais belos cenários da cidade.


No chamado "centro histórico" encontram-se também construções curiosas como:
  • a casa de verão de Santos Dumont;
  • o palácio de Cristal;
  • a "Encantada" – Museu Casa de Santos Dumont;
  • o palácio Amarelo – Câmara de Vereadores;
  • o palácio Rio Negro, fronteiriço à sede da prefeitura (palácio Sergio Fadel);
  • o "castelinho" do auto-denominado "duque de Belfort", na esquina da Koeler com a praça Ruy Barbosa;
  • a antiga casa da família Rocha Miranda, na Avenida Ipiranga - mesmo endereço de outra residência da mesma família, em estilo sessentista
  • linhas modernas também estão presentes na casa de Lúcio Costa, no bairro de Samambaia.

Petrópolis foi palco de acontecimentos e episódios diversos da história do Brasil, como:
  1. A inauguração da primeira rodovia pavimentada do Brasil, a União e Indústria (1861), ligando a cidade a Juiz de Fora (MG);
  2. A primeira sessão de cinema (1897), com a exibição, através de "cinematógrapho", dos primeiros filmes dos irmãos Lumière;
  3. A assinatura do tratado que incorporou o Acre ao Brasil (1903);
  4. A morte de Ruy Barbosa (1923);
  5. O suicídio do escritor austríaco Stefan Zweig (1942).

Geografia
Petrópolis localiza-se no topo da Serra da Estrela, pertencente ao conjunto montanhoso da Serra dos Órgãos, a 838 metros acima do nível do mar. Situa-se a 68 km do Rio de Janeiro.
O clima da cidade é o tropical de altitude com verões úmidos e invernos secos. A média anual da cidade é de 18°C (típica de uma cidade serrana fluminense). A média de julho é 15°C, sendo a máxima da temperatura média neste mês de 22°C e a mínima de 10°C. Em janeiro a temperatura média é de 21°C, sendo a máxima da temperatura média de 27°C e a mínima de 18°C.

Subdivisão
  1. Petrópolis (distrito sede)
  2. Cascatinha
  3. Itaipava
  4. Pedro do Rio
  5. Posse

Econômia
A econômia de Petrópolis é baseada no turismo e no setor de serviços. Também merece destaque o comércio de roupas, sobretudo nos pólos da Rua Teresa e Itaipava, que atraem compradores (atacadistas e varejistas) de todo o país.

Turismo
Casa da Ipiranga ("Casa dos Sete Erros")
Casa de Joaquim Nabuco
Casa da Princesa Isabel
Casa do Barão e Visconde de Mauá
Castelo do Barão de Itaipava
Catedral de São Pedro de Alcântara com o Mausoléu Imperial
Estação Itaipava
Parque Municipal de Itaipava
Florália
Morro Açu (Parque Nacional da Serra dos Órgãos)
Palácio de Cristal
Palácio Grão Pará
Palácio Quitandinha
Palácio Rio Negro
Trono de Fátima
Casa do Barão e Visconde do Arinos
Casa de Rui Barbosa
Casa do Visconde de Caeté

Cultura
Museu Casa de Santos Dumont
Museu Imperial de Petrópolis
Teatro Municipal Paulo Gracindo

Personalidades Ilustres:
Santos Dumont, aviador;
Fausto Fanti, humorista;
Nair de Tefé, caricaturista e primeira-dama do Brasil;
Guilherme Fontes, ator;
Eduardo Gomes, patrono da Força Aérea;
Roberto Jefferson, ex-deputado federal;
Raul de Leoni, poeta;
Camila Morgado, atriz;
Sir Peter Brian Medawar, Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1960;
Julio Cezar Melatti, antropólogo;
Marco Aurélio de Oliveira, o Marcão, jogador de futebol;
Rodrigo Santoro, ator;
Gil Brother, ator e comediante;
Gualter Salles, piloto.

Visitantes famosos
  • Maximiliano da Áutria – primo de Pedro II, foi um dos primeiros estrangeiros famosos a visitar Petrópolis, ainda em 1863 (pouco antes de assumir o trono do México).
  • Balduíno I, da Bélgica – também passaria por Petrópolis durante sua visita ao Brasil, em 1920.
  • Rainha Sofia da Noruega – visitou Petrópolis em 1981.

Mas, além de cabeças coroadas, a cidade ainda receberia inúmeros outros nomes reconhecidos internacionalmente, como:
  • Einstein, em 1926.
O maior número de visitantes célebres, porém, concentrou-se entre 1944 e 1946, tempo de vida do Hotel-cassino Quitandinha:
  • Orson Welles, Errol Flynn, Maurice Chevalier, Greta Garbo, Carmen Miranda, Walt Disney, Bing Crosby e até um rei destronado (Carol I, da Romênia) foram alguns de seus hóspedes.
Com o fechamento dos cassinos no país, determinado pelo presidente Dutra (1946-1950), o Quitandinha começou a entrar em decadência. Antes, porém, seria a sede da Conferência Interamericana de 1946, na qual destacou-se a chefe da delegação argentina, Eva Perón.
A poetisa Gabriela Mistral exercia a função de consulesa do Chile em Petrópolis quando foi agraciada com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945. Outro Nobel, o britânico Peter Medawar (Medicina, 1954) nasceu e viveu em Petrópolis até os 14 anos. Na década de 1970, a cantora norte-americana Sarah Vaughan também visitou a cidade.

Refúgio de importantes nomes da cultura nacional, figura nas páginas de Machado de Assis e de Stanislaw Ponte Preta, e lá Jorge Amado concluiu seu "Gabriela Cravo e Canela".

Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Villa-Lobos e Alceu Amoroso Lima tinham casas de veraneio em Petrópolis. Como centro do poder nacional, foi o endereço de veraneio de importantes vultos do império e da república, como os barões de Mauá e Rio Branco ou, mais tarde, Santos Dumont e Rui Barbosa.






Fonte:Wikipédia

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Monarquia



Monarquia é uma forma de governo em que um indivíduo governa como chefe de Estado, geralmente de maneira vitalícia ou até sua abdicação, e "é totalmente separado de todos os outros membros do Estado". A pessoa que encabeça uma monarquia é chamada de monarca.


Não há definição consensual de monarquia. Deter poderes políticos ilimitados no Estado não é a característica mais recorrente, haja vista as muitas monarquias constitucionais, como as do Reino Unido, Austrália, Suécia, Noruega, Dinamarca, Canadá, Japão, etc.

Chefia do Estado hereditária é a característica mais comum das monarquias, apesar de haver monarquias eletivas, tais como a do Vaticano e da antiga República Unida dos Países Baixos, não sendo tidas como repúblicas.

Das 44 nações que têm monarcas como chefes de Estado, dezesseis são Reinos da Commonwealth – que reconhecem Isabel II (Elisabete) do Reino Unido como sua chefe de Estado.

A palavra monarca vem do grego μονάρχης (monarkhía, de μόνος, "um/singular," e ἀρχων, "líder/chefe"), posteriormente do latim monarchìa, referindo-se a um soberano único, nominalmente absoluto. Com o tempo, a palavra foi sendo utilizada para designar outras formas de governo, como a ditadura. O uso moderno da palavra monarca é geralmente usada para se referir a um sistema hereditário tradicional de governo, sendo que monarquias eletivas são consideradas, no geral, exceções.


Papel e características
Atualmente, a extensão dos poderes reais do monarca varia:

Monarquia absoluta – o monarca governa como um autocrata, com poder absoluto sobre o Estado e governo, por exemplo, o direito para governar por decreto, promulgar leis, e impor punições. Monarquias absolutas não são necessariamente autoritárias; os absolutistas esclarecidos do Iluminismo eram monarcas que permitiam diversas liberdades.

Monarquia constitucional – o monarca é quase em sua totalidade uma figura decorativa sujeita à Constituição. A soberania reside formalmente e é empregada em nome da Coroa, mas politicamente reside no povo (eleitorado), representado pelo parlamento ou outra legislatura. Monarcas constitucionais possuem pouco poder político real, e são constituídos pela tradição, opinião popular, ou por códigos legais e estatutos. Eles servem como símbolos de continuidade e de Estado e atuam em funções praticamente cerimoniais. Ainda assim, muitos monarcas constitucionais mantiveram reservas de poderes, tais como: a prerrogativa para demitir o primeiro-ministro, recusar-se a dissolver o parlamento, negar-se a conceder a permissão real para legislação, efetivamente vetando-a.

Monarquia hereditáriao monarca é chefe de Estado por nascimento e durante o tempo de sua vida. Um dos princípios da legitimidade que podem fundar uma monarquia hereditária é o direito divino, a ideia de que Deus escolhe a pessoa do rei pela regra da sucessão. A história e a tradição também desempenham um grande papel na legitimidade das monarquias em vigor.

Quase todos os Estados possuem um único monarca num determinado momento, apesar de existir casos de monarcas que governaram simultaneamente em alguns países (diarquia). Um regente pode governar enquanto um monarca é menor, ausente ou debilitado.

Monarquia, especialmente a absoluta, é algumas vezes ligada a aspectos religiosos; muitos monarcas já reivindicaram o direito para governar segundo a vontade de Deus ("direito divino dos reis" ou "mandato do Céu"), uma especial conexão com Deus (rei sagrado) ou mesmo uma pretensa encarnação dos próprios deuses (culto imperial, rei divino). No islã, o califa é o chefe de Estado que é ao mesmo tempo um líder temporal (do califado, Estado Islâmico) e religioso (líder da Umma, comunidade dos crentes). Muitos monarcas se intitulam Fidei defensor ("Defensor da Fé"); alguns mantêm cargos oficiais relacionados à religião de Estado ou à Igreja estabelecida.

Monarcas possuem diversos títulos, incluindo os de rei ou rainha, príncipe ou princesa (Príncipe de Mônaco, por exemplo), imperador ou imperatriz (Imperador do Japão, Imperador do Brasil), ou mesmo duque ou grão-duque (Grão-Duque de Luxemburgo). Muitos monarcas também são distinguidos por tratamentos, como Sua Majestade, Alteza Real ou Pela Graça de Deus. Os títulos de monarcas soberanos (existem outros, intermediários, mas estes são os mais conhecidos) conforme a tradição ocidental, do mais alto para o mais baixo são:
  • Imperador
  • Rei
  • Grão-Duque
  • Príncipe
  • Duque
  • No Vaticano, o título atribuído ao monarca é Papa.
Abdicação é quando um monarca se demite. A verdadeira monarquia foi frequentemente oposta, por seus teóricos, à tirania que é um poder de forma monárquica, mas não fundamentado no direito. A soberania do monarca deve ser limitada por um conjunto normativo que a distingue do despotismo: seja as leis de Deus, seja as regras de justiça natural, seja as leis fundamentais do Estado. Para a maioria dos teóricos, a monarquia não é assim o governo de um só; ela supõe o respeito de normas superiores ou levar em conta o interesse geral, o bem comum. Não somente as atribuições dos monarcas, mas também sua sucessão, obedecem a normas.

Sucessão – As regras para a seleção dos monarcas variam de país para país. Em países cuja forma de governo é a:
  • monarquia constitucional as regras de sucessão são geralmente consubstanciadas em uma lei aprovada por um órgão de representação, como um Parlamento.
  • monarquia eletiva, os monarcas são eleitos ou nomeados por algum corpo (um colégio eleitoral) de forma vitalícia.
  • monarquia hereditária, a posição de monarca é herdada por um parente, de acordo com os costumes e as regras de ordem de sucessão, na qual usualmente se traça uma linha desde a família real até uma dinastia histórica pelo parentesco consanguíneo.
Às vezes a ordem de sucessão é afetada por regras em matéria de gênero. A regra de sucessão paterna proíbe sucessores do sexo feminino, e em alguns sistemas uma mulher só pode herdar quando, pela linha masculina, não há nenhum descendente que remonte a um ancestral comum. Em 1980, a Suécia se tornou a primeira monarquia a declarar iguais os direitos de primogenitura, o que significa que o filho mais velho do monarca, independentemente do sexo, ascende ao trono. Outros reinos (tais como os Países Baixos, em 1983, Noruega, em 1990, e Bélgica em 1991) tem seguido este exemplo. Às vezes a crença religiosa afeta a sucessão. Como exemplo, desde a Lei de Compensação de 1701, todos os católicos romanos são inelegíveis para ser o monarca britânico e são ignorados na ordem de sucessão. A primogenitura, em que o filho mais velho do monarca é primeiro na linha de se tornar monarca, é o sistema mais comum. No caso de ausência de filhos, o membro mais próximo na linha colateral (por exemplo, um irmão mais novo) torna-se monarca. Outros sistemas incluem tanistry, que é semi-eletivo e se baseia no mérito e na Lei sálica. Em algumas monarquias, como a da Arábia Saudita, a sucessão ao trono normalmente passa primeiro para irmão mais velho do monarca, e, só depois, aos filhos do monarca. A nomeação, feita pelo atual monarca é um outro sistema, utilizado na Jordânia. Neste sistema, o monarca escolhe o seu próprio sucessor, que pode ou não ser um parente.

– Ao longo da história têm existido diferentes tipos de monarquia.

Monarquia sagrada ou religiosa
A forma mais antiga que se conhece foi a sagrada ou a religiosa, que encontramos nas culturas primitivas. Neste tipo de monarquia, o rei era considerado como de origem divina e possuía um poder limitado pelo regulamento religioso. Tal modelo pode-se encontrar em Israel, na Roma Antiga, no Império asteca e no Antigo Egipto.

Monarquia patrimonial
A monarquia patrimonial, estabelece uma relação de preferência entre a família do monarca e o poder. Neste regime, o rei emana de uma simples extensão do seu poder privado, seja o da sua família ou dos seus meios. O reino pode ser tomado como propriedade privada do rei, e da sua família saem os conselheiros, os chefes militares, os seus servidores, os funcionários, etc. A diferença entre domínio público e privado quase desaparece. O poder é um atributo pessoal do monarca, que dispõe da sucessão, de acordo com as normas da família ou segundo a sua própria escolha. Esta forma de governo apareceu nos povos germânicos (Francos, Visigodos, etc.).

Monarquia feudal
Desde a Idade Média, o regime monárquico se espalhou por toda a Europa, normalmente pela necessidade de um dirigente forte, capaz de formar e comandar exércitos para defender o país. As monarquias feudais europeias eram assim dinásticas, o trono sendo geralmente transmitido ao filho mais velho ou ao descendente masculino mais próximo. Os soberanos medievais buscavam armas e soldados com os senhores feudais, e não se mantinham no poder que graça a fidelidade da nobreza. Assim, na monarquia feudal, apresenta-se a característica de uma limitação do poder do monarca, segundo a própria estrutura feudal do reino. O poder era entregue ao rei, com o acordo dos senhores feudais, e estava dependente da colaboração destes, sendo estabelecido segundo regras bem definidas e mútuas. O rei possuía um poder efetivo concedido pelos seus iguais, conservando estes um poder da mesma ordem nos seus domínios. Este tipo de monarquia caracterizou, com algumas variantes, a França dos séculos X ao XIV, o Japão do século XV ao XVIII, a China da dinastia Ming.

Monarquia absoluta
A monarquia absoluta designa os regimes em que o monarca exerce um poder sobre os seus súbditos, só limitado pelo direito natural, mas que, para além disso, iguala a sua vontade à lei e impõe sobre os seus domínios um poder em que o monarca figura como o responsável final ou exclusivo. Assim, o rei governa só, mas deve respeitar os privilégios dos corpos e das ordens que compõem o país, e ele deve tomar conselho. A monarquia absoluta é, por essência, centralizadora. Foram monarquias absolutas a maior parte dos estados europeus ocidentais, entre os séculos XVI e XVIII, sobretudo em França, Espanha, Áustria, Sabóia e Portugal, que se caracterizaram pela inexistência de qualquer outro poder político alternativo, exceto a lei e os costumes, sem prejuízo da identificação da vontade real com a lei. Luís XIV, rei da França (1643-1715), é o representante arquétipo e a mais perfeita ilustração do absolutismo. O princípio da relação entre o monarca e Deus (o rei como representação de Deus na Terra) dá ao monarca regras morais e de direito natural que não pode transgredir. No caso de Portugal, o essencial era garantir que o rei pudesse ser a última voz que resolvesse quaisquer diferendos internos. O absolutismo moderno começou a se desenvolver com o nascimento dos Estados-nação no século XVI, a fim de estabilizar o poder real em reacção ao feudalismo. Com o declínio da feudalidade, o poder é centralizado nas mãos dos soberanos. Estes dirigentes são apoiados por uma crescente classe média, ou burguesia, que se beneficia de um governo central forte, capaz de manter a ordem e criar um clima propício para o florescimento do comércio. O absolutismo, como sistema político, implica todos os poderes detidos por um monarca e se distingue da democracia pelo fato de que o poder encontra sua justificação essencial nele mesmo. A monarquia absoluta ocidental tinha fortes limites. Por um lado obedecia às leis fundamentais do reino (sucessão masculina, leis regionais, legitimidade, princípios de regência, etc.). Na Espanha, a monarquia absoluta nasceu com os reis católicos, os quais conseguiram a unidade religiosa e territorial. Em Portugal, a tendência para este sistema já era sensível no reinado de D. João I e tomou forma definitiva com D. João II. O seu sucessor, D. Manuel I, proveu-a de instrumentos burocráticos necessários para o seu exercício concreto. Uma série de revoluções, iniciadas com a segunda revolução da Inglaterra, levaram progressivamente os monarcas da Europa a ceder seus poderes a regimes parlamentares. Na Inglaterra, como depois na França, o princípio de um rei que governa só, é questionado pelos parlamentos, composto dessa burguesia, que pretende não somente ser consultada, mas também governar.

Monarquia constitucional
A monarquia constitucional, surgiu na Europa nos finais do século XVII, com a Revolução Gloriosa inglesa, em 1688. A sua característica principal reside no fato de o exercício da autoridade estatal do monarca estar na dependência de um Parlamento que está reunido de forma permanente. O monarca personifica a autoridade do Estado. A sucessão monárquica pode estar regulamentada pela legislação estatal ou por preceitos de ordem familiar. Desde meados do XIX, a monarquia constitucional apresenta com frequência uma forma democrática de estado, com as regras constitucionais daí decorrentes. A sucessão pode ser eletiva ou hereditária, conforme os países ou épocas. A Constituição deve emanar da nação e estabelecer as regras do governo. O parlamento, e especialmente a Câmara dos Comuns que representa a nação, personifica o direito face ao monarca. As monarquias francesas de 1790 a 1792 e, em seguida, a partir de 1815 a 1848, se baseiam neste princípio. Nestas formas de monarquia, ao passo que o sistema parlamentar se desenvolve gradualmente, a soberania passa do rei para a nação. No Brasil, dois anos após a declaração de independência em relação ao Império português, D. Pedro I outorgou, em 1824, a primeira Constituição Brasileira, que lhe deu amplos poderes. Esta manteve-se em vigor até à proclamação da República em 1889. Na Europa, após a Primeira Guerra Mundial foram derrubadas as monarquias da Rússia, Alemanha e Áustria, existindo atualmente monarquias constitucionais no Reino Unido, Países Baixos, Suécia, Dinamarca, Noruega, Espanha e Bélgica.

Monarquia eletiva
A monarquia eletiva, é a forma de governo em que o monarca desempenha o seu cargo por toda a vida e o seu sucessor é eleito por um conselho através de votação. Este sistema de sucessão foi praticado durante a Idade Média, representando uma evolução do modelo germânico. Na monarquia visigótica encontramos exemplos disso. O rei era eleito por um conselho composto pelos príncipes ou grandes responsáveis eleitores. Depois da escolha, o novo monarca devia jurar as capitulações governativas, que continham as condições impostas pelo conselho eleitoral para o monarca exercer o poder. Este sistema ainda vigora atualmente em alguns estados, como por exemplo, no Vaticano, onde o Colégio de Cardeais escolhe um novo Papa.

Monarquia hereditária
A monarquia hereditária, é a forma monárquica em que o soberano é estabelecido por sucessão hereditária. A ordem sucessória tanto pode apoiar-se no regime familiar da casa reinante (por exemplo, a dinastia de Avis, Hohenzollern, Hanôver, etc.), como na lei do reino (Espanha ou Reino Unido). As diversas regulamentações variam, sobretudo, quanto à sucessão feminina (exclusão das mulheres, igualdade destas com os herdeiros masculinos, o estabelecimento dos herdeiros masculinos por ordem de nascimento e do grau de parentesco, transmissão ou não transmissão pelas mulheres do direito sucessório aos seus descendentes varões, etc.). Atualmente, a maioria das monarquias modernas são hereditárias.


História
Monarquia é uma das mais antigas formas de governo, com ecos na liderança de chefes tribais. Desde 1800, a maior parte das monarquias do mundo têm sido abolidas, e a maior parte das nações que ainda a mantêm, são monarquias constitucionais. Entre os poucos Estados que mantêm aspectos da monarquia absoluta são o Brunei, o Omã, o Qatar, a Arábia Saudita, a Suazilândia e o Vaticano. O monarca também mantém um poder considerável na Jordânia e em Marrocos. A mais recente nação a abolir a sua monarquia foi o Nepal, que se tornou uma república em 2008.

África
Faraós governaram o Antigo Egito ao longo de três milênios (c. 3150 a.C. a 31 a.C.) até à altura em que o Egito foi anexado ao Império Romano. No mesmo período, vários reinos floresceram na região vizinha, Núbia. O Corno de África, desde o Império Aksumite (Séculos IV a.C. - I a.C.) e, posteriormente, o Império Etíope (1270-1974), foi governado por uma série de monarcas. Haile Selassie, o último imperador da Etiópia, foi deposto num golpe de Estado. O Império Kanem (700-1376) estava na África Central. Reinos como o Reino do Congo (1400-1914) existiam no sul da África. Com a Partilha de África, vários reinos europeus conquistaram e apoderaram-se de vastos territórios, fazendo deles colónias.

Europa
Dezenas de monarquias têm existido na História da Europa. Muitas monarquias foram abolidas: algumas monarquias dissolveram-se originando Estados independentes (Áustria-Hungria), outras foram desmanteladas pela revolução (Império Russo terminou após a Revolução Russa de 1917), e outras foram fundidas em uma única coroa (por exemplo, a Coroa de Aragão e a Coroa de Castela fundiram-se dando origem ao Reino de Espanha). A Noruega, ao tornar-se independente da Suécia, em 1905, optou pela monarquia. A Espanha, após o governo franquista, restabeleceu a monarquia ao transitar para a democracia. Hoje, na Europa, continuam a existir:
  • sete reinos – Espanha, Suécia, Dinamarca, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos (Holanda), Noruega;
  • três principados – Liechtenstein, Mônaco (que são Estados independentes) e Gales, incorporado no Reino Unido;
  • um ducado – Ilhas do Canal, do Ducado da Normandia;
  • um Grão-Ducado – Luxemburgo;
  • um Estado soberano – Vaticano como cidade-estado;
  • o caso peculiar de Andorra – em que o Bispo de Urgel e o Presidente da França são co-príncipes.

Ásia
Na China, "rei" é a tradução para o termo usual Wang (王), nome dado ao soberano antes da Dinastia Qin e durante o período dos Dez Reinos. Durante o início da Dinastia Han, a China tinha um número de pequenos reinos, cada um com o tamanho de um conselho e subordinado ao imperador da China. O Japão é hoje a única monarquia em que o monarca continua a usar o título de Imperador.

América
As monarquias existiram entre os povos indígenas das Américas, muito antes da colonização europeia. Os títulos utilizados no Novo Mundo incluíam Cacique (em Hispaniola e Porto Rico) Tlatoani (no Império Asteca), Ajaw (no Império Maia), Inca (no Império Inca), Morubixaba (na antiga Tupi para designar o "Chefe"). A época dos Descobrimentos e a colonização europeia trouxe extenso território aos monarcas europeus. Algumas colônias romperam com os seus impérios e declararam independência (como os Estados Unidos, na Revolução Americana e as guerras de independência hispano-americanas, na América Latina). O Canadá e outras colônias britânicas na América, tornaram-se autônomas, permanecendo sob a monarquia britânica no domínio da Commonwealth britânica ou como territórios ultramarinos. Estados monárquicos também emergiram:
  1. Agustín de Iturbide declarou-se Imperador do México, em 1822, depois da colonização. Maximiliano do México governou como imperador mexicano de 1863 a 1867.
  2. Dois membros da Casa de Bragança, Pedro I e Pedro II, governaram o Brasil como imperadores, de 1822 a 1889, separando-se do Império Português.
  3. O Haiti também conheceu diferentes períodos monárquicos após sua independência. Jean-Jacques Dessalines intitulou-se imperador e governou o país de 1804 a1806; foi sucedido por Henri Cristophe, mantido como rei de 1811 a 1820; posteriormente, vieram Faustin-Élie Soulouque, que governou de 1849 a 1859, e Fabre-Nicholas Geffrard, que se manteve no poder de 1859 a 1867.

A seguinte lista inclui 44 monarquias, das quais 43 são reconhecidas como Estados independentes pela Organização das Nações Unidas. O Vaticano também está incluído, haja vista que é um sujeito de direito internacional, mesmo não sendo membro da ONU (mas dispõe de um assento permanente como observador). Por conseguinte, cerca de 23,3% dos estados independentes são hoje reconhecidos como monarquias.

– A lista das monarquias independentes e soberanas atuais compreende os seguintes países:

Império (um) – imperador
Japão – Akihito – não tem qualquer poder político, monarquia mais antiga do mundo

Reinos (33) – reis e rainhas
Reino Unido – Isabel II (Elizabeth II) – Reinos da Commonwealth:
Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Salomão, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Santa Lúcia, São Cristovão e Névis, São Vicente e Granadinas, Tuvalu
Arábia Saudita – Abdallah – monarquia islâmica, reino unido desde 1932
Bahrein – Hamad bin Isa Al Khalifa – passou a reino em 2002
Bélgica – Alberto II
Butão – Jigme Khesar Namgyal Wangchuck – monarquia budista desde 1907
Camboja – Norodom Sihamoni – 1993 passou a ser monarquia novamente
Dinamarca – Margarida II – também chefe da Groelândia e Ilhas Feroé
Espanha – Juan Carlos I – monarquia restaurada em 1975
Jordânia – Abdullah I – união do reino em 1921
Lesoto – Letsie III – não tem poder executivo ou legislativo
Malásia – Mizan Zainal Abidin – monarquia eletiva
Marrocos – Mohammed VI
Noruega – Harald V
Países Baixos (Holanda) – Beatriz I – composto por 12 províncias e Aruba e Antilhas Neerlandesas, formando o Reino Unido dos Países Baixos
Suazilândia – Mswati III
Suécia – Gustavo XVI
Tailândia – Rama IX – budista, golpe militar em 2006, monarquia constitucional ditadura
Tonga – Taufa'ahau Tupou V – antes de 1865 pertencia ao Reino Unido

Grão-ducado (1) – grão duque
Luxemburgo – Henrique I

Principado (3) – príncipes
Andorra – Bispo Joan Enric Vives i Sicília e Nicolas Sarkosy da França – é uma diarquia, tendo 2 chefes de Estado, poder igual sobre o país, o Bispo de Urgel e o presidente da França
Liechtenstein – Hans-Adam II
Mônaco – Alberto II

Sultanato (2) – sultão
Brunei – Muda Hassanai Bolkiah
Omã – Qaboos bin Said Al Said

Emirados (3)
Emirados Árabes Unidos – Khalifa bin Zayid Nahyan – monarquia eletiva (presidente)
Kwait – Sabah al-Ahmad al-Dschabir as-Sabah (emir)
Qatar – Hamad bin Khalifa (sheikh)

Base territorial soberana da Santa Sé (1) – papa
Vaticano – Bento XVI – última monarquia absoluta europeia, única teocracia cristã em todo o mundo


Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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