domingo, 2 de agosto de 2009

D. Pedro I – o 1º imperador brasileiro

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon


Imperador do Brasil e Rei de Portugal - nasceu em Lisboa no dia 12 de outubro de 1798. Herdeiro da coroa portuguesa, filho de D. João VI e D. Carlota Joaquina. Em 1808 veio para o Brasil com a família real, com apenas 9 anos, quando houve a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte.


Em março de 1816, com a elevação de seu pai a rei de Portugal, recebeu o título de príncipe real e herdeiro do trono em virtude da morte do irmão mais velho, Antônio. No mesmo ano casou-se com Carolina Josefa Leopoldina, arquiduquesa da Áustria – D. Leopoldina, com quem teve 7 filhos.


A família real retornou à Europa em 26 de abril de 1821, ficando D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou então um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal. Essa decisão provocou um grande desagrado popular e D. Pedro resolveu permanecer no Brasil. Isso desagradou às Cortes Portuguesas, que em vingança suspenderam o pagamento de seus rendimentos. Mesmo assim resistiu, naquele que ficou conhecido como o "Dia do Fico" (09 jan 1822).

Quando ia de Santos para a capital paulista, recebeu uma correspondência de Portugal, comunicando que fora rebaixado da condição de regente a mero delegado das cortes de Lisboa. Revoltado, ali mesmo, em 7 de setembro de 1822, junto ao riacho do Ipiranga, o herdeiro de D. João VI resolveu romper definitivamente contra a autoridade paterna e declarou a independência do Império do Brasil, rompendo os últimos vínculos entre Brasil e Portugal.

De volta ao Rio de Janeiro, foi proclamado, sagrado e coroado imperador e defensor perpétuo do Brasil. Impulsivo e contraditório, logo abandonou as próprias idéias liberais:
  1. dissolveu a Assembléia Constituinte,
  2. demitiu José Bonifácio e
  3. criou o Conselho de Estado que elaborou a constituição (1824)
Em meio a dificuldades financeiras e várias e desgastantes rebeliões localizadas, instalou a Câmara e o Senado vitalício (1826). Com a morte de D. João VI, decidiu contrariar as restrições da constituição brasileira, que ele próprio aprovara, e assumir como herdeiro do trono português, o poder em Lisboa como Pedro IV – o 27º rei de Portugal.

Foi a Portugal e, constitucionalmente não podendo ficar com as duas coroas, instalou no trono português a filha primogênita, Maria da Glória - então com sete anos - como Maria II, e nomeou regente seu irmão, Dom Miguel. Contudo, sua indecisão entre o Brasil e Portugal contribuiu para minar a popularidade e, somando-se a isto:
  • o fracasso militar na Guerra da Cisplatina (1825-1827),
  • os constantes atritos com a assembléia,
  • o seu relacionamento extraconjugal (1822-1829) com Domitila de Castro Canto e Melo - a quem fez viscondessa e depois marquesa de Santos,
  • o constante declínio de seu prestígio e
  • a crise provocada pela dissolução do gabinete,
após quase nove anos como Imperador do Brasil, abdicou do trono em favor de seu filho Pedro (1830) então com cinco anos de idade.

Voltando a Portugal, com o título de duque de Bragança, assumiu a liderança da luta para restituir à filha Maria da Glória o trono português, que havia sido usurpado pelo irmão, D. Miguel, travando uma guerra civil que durou mais de dois anos. Inicialmente criou uma força expedicionária nos Açores (1832), invadiu Portugal, derrotou o irmão usurpador e restaurou o absolutismo.

No entanto, voltara tuberculoso da campanha e morreu no palácio de Queluz, na mesma sala onde nascera, com apenas 36 anos de idade, em 24 de setembro de 1834. Foi sepultado no panteão de São Vicente de Fora como simples general, e não como rei. No sesquicentenário da Independência do Brasil (1972), seus restos mortais foram trazidos para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo. Atualmente, os restos mortais do imperador repousam ao lado de sua primeira esposa, a Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa, Imperatriz Amélia. O corpo de D. Maria Amélia só foi trasladado para o Brasil, em 1982. Durante todo o tempo que esteve em Portugal, o corpo de D. Maria Amélia repousava ao lado do irmão de D. Pedro I, D. Miguel, no Panteão dos Braganças en Lisboa.

O Monumento do Ipiranga ou Monumento à Independência do Brasil, é um monumento situado no Parque da Independência, na cidade de São Paulo, Brasil, no bairro do Ipiranga. Feito em homenagem a Independência do Brasil, o monumento, de autoria do italiano Ettore Ximenes, teve sua construção iniciada em 1884 e concluída em 1926. Em sua cripta está instalada a Capela Imperial, onde repousam os restos mortais de D. Pedro I, de sua primeira esposa D. Leopoldina e também de sua segunda esposa Amélia de Leuchtenberg.

Descendência:

– De D. Leopoldina a 1ª Imperatriz do Brasil
  1. Maria da Glória (1819-1853) (Maria II, rainha de Portugal), casada respectivamente com os príncipes Augusto de Leuchtenberg e Fernando de Saxe-Goburgo-Ghota;
  2. Miguel (1820, falecido logo após o nascimento);
  3. João Carlos (1821-1822);
  4. Januária (1822-1897), casada com o príncipe Luís de Bourbon das Duas Sicílias, Conde de Áquila;
  5. Paula Mariana(1823-1833);
  6. Francisca Carolina (1824-1898), casada com o príncipe Francisco de Orleans da França, Príncipe de Joinville;
  7. Pedro de Alcântara (1825-1891) (Pedro II Imperador do Brasil), casado com Teresa Cristina de Bourbon, princesa das Duas Sicílias

– De sua 2ª esposa – D. Amélia de Leuchtenberg, imperatriz do Brasil (1829–1831), duquesa de Leuchtenberg e de Bragança
  1. D. Maria Amélia de Bragança (1831–1853), princesa do Brasil

– De sua amante, Domitília de Castro e Canto Melo, marquesa de Santos
  1. rapaz (1823), menino natimorto;
  2. Isabel Maria de Alcântara Brasileira (1824–1898), duquesa de Goiás, casada com Ernesto José João Fischler von Treuberg, conde de Treuberg;
  3. Pedro de Alcântara Brasileiro (1825–1826);
  4. Maria Isabel de Alcântara Brasileira (1827–1828), duquesa do Ceará;
  5. Maria Isabel II Alcântara Brasileira (1830–1896), que se casou com Pedro Caldeira Brant, conde de Iguaçu

– Com a francesa Noémi Thierry
  1. Pedro, falecido antes de completar um ano
  2. Menina, falecida antes de completar um ano

– Com Maria Benedita de Castro Canto e Melo, baronesa de Sorocaba, irmã da marquesa de Santos
  1. Rodrigo Delfim Pereira

– Com a uruguaia María del Carmen García
  1. uma criança natimorta

– De sua amante francesa Clémence Saisse
  1. Pedro de Alcântara Brasileiro

– Com a monja portuguesa Ana Augusta
  1. menino de nome Pedro

Apesar das possíveis aparências, muitos biógrafos consideram D. Pedro um pai zeloso pelo menos com a maior parte de sua prole, fosse ela legítima ou não. Procurou, na medida do possível, cuidar pessoalmente da educação de todos, chegando inclusive a se indispor com D. Leopoldina quando exigiu que a duquesa de Goiás fosse educada juntamente com as princesas imperiais. Já exilado em Paris, fez com que a duquesa de Goiás viesse a viver juntamente com D. Maria da Glória e Amélia de Leuchtenberg - que finalmente a aceitara após uma primeira rejeição, ainda no Brasil.

De acordo com Isabel Lustosa, D. Pedro costumava brincar com os filhos e lhes ministrar pessoalmente remédios e outros cuidados médicos. Otávio Tarqüinio relata como o ex-imperador ficara consternado com a morte de cada um de seus filhos. O corpo da menina que tivera com Noémi Thierry foi, a seu mando, embalsamado e trasladado para a Quinta da Boa Vista, onde ali permaneceria velado pelo regente até sua partida do Brasil. Maior tristeza lhe abateu quando da morte do Príncipe da Beira, D. João Carlos de Bragança, a quem, em seu leito de morte, deu-lhe o "último beijo" e a "derradeira bênção paterna". Mesmo no exílio, manteve constante comunicação com D. Pedro de Alcântara, futuro Pedro II do Brasil, por cartas enviadas mesmo durante as Guerras Liberais.

Fonte: E-Biografia.net; Wikipédia

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(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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