segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Casa d' Orleães


Duque d' Orleães é um dos mais importantes títulos da nobiliarquia francesa, remontando pelo menos ao século XIV. Era sempre atribuído a príncipes da família real francesa. Freqüentemente na história da França, o duque d' Orleães teve importante papel político. Os Orleães subiram ao trono com Luís XII (século XV) e Luís Filipe I (século XIX). Os descendentes constituem os pretendentes orleanistas do trono francês, sendo o título ostentado por diversos membros da Casa d' Orleães, e é utilizado pelo primogênito do conde de Paris.




Por muitos séculos a Casa d' Orleães foi uma das mais importantes famílias nobres da França, sendo o duque d' Orleães tradicionalmente bem próximo ao rei.

Após A Revolução de julho de 1830, a Casa d' Orleães se tornou a casa reinante na medida em que o monarca Carlos Bourbon (Carlos X rei da França) fora substituído por Luís Filipe I, filho de Luís Filipe José, duque d' Orleães. Luís Filipe instituiu uma monarquia constitucional, e foi cognominado Rei dos franceses. Seu reinado durou até a Revolução francesa de 1848, quando abdicou ao trono e refugiou-se em Inglaterra. Mesmo após sua abdicação, muitas facções orleanistas permaneceram ativas, apoiando o retorno da Casa d' Orleães ao poder, caso volte a monarquia na França.


– Duques d' Orleães, primeira criação (1344)
  1. Filipe de Valois (1336–1376), filho de Filipe VI de França.

– Duques d' Orleães, segunda criação (1392)
  1. Luís I de Valois (1372–1407), filho de Carlos V de França.
  2. Carlos I de Valois (1391–1464).
  3. Luís II de Valois (1462–1515), sendo posteriormente coroado como Luís XII em 1498.

– Duques d' Orleães, terceira criação (1540)
  1. Carlos II de Valois (1522–1545), filho de Francisco I de França.

Duques d'Orleães da Casa de Valois-Angoulême:
  1. Luís III de Valois (1549–1550), filho de Henrique II de França.
  2. Carlos Maximiliano de Valois (1550–1574), filho de Henrique II de França, sendo posteriormente coroado como Carlos IX em 1560.
  3. Henrique de Valois (1551–1589), filho de Henrique II de França, sendo posteriormente coroado como Henrique III em 1574; criou o título duque d'Anjou em 1566.

Duques d' Orleães da Casa de Bourbon:

– Duques d' Orleães, quarta criação (1607)
  1. Luís Nicolau Henrique de França (1607–1611), filho de Henrique IV de França.

– Duques d' Orleães, quinta criação (1626)
  1. Gastão João Batista d' Orleães (1608–1660), filho de Henrique IV de França, anteriormente tendo sido duque d'Anjou.

– Duques d' Orleães da Casa d' Orleães, sexta criação (1661)
  1. Filipe I d' Orleães (1640–1701), filho de Luís XIII de França.
  2. Filipe II d' Orleães (1674–1723), filho do anterior.
  3. Luís d' Orleães (1703–1752).
  4. Luís Filipe I d' Orleães (1725–1785).
  5. Luís Filipe José d' Orleães (1747–1793), cognominado Philippe Égalité.
  6. Luís Filipe II d' Orleães (1773-1850), sendo posteriormente coroado como Luís Filipe I em 1830.
  7. Fernando Filipe d' Orleães (1810–1842), filho do anterior.
  8. Luís Filipe Roberto d' Orleães (1869–1926) filho mais velho de Luís Filipe, conde de Paris
  9. Francisco Gastão Miguel Maria d' Orleães (1935–1960) segundo filho de Henrique, conde de Paris.
  10. Jacques Jean Jaroslaw Marie d'Orléans (1941) quarto filho de Henrique, conde de Paris.


Origem: Wikipédia

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sábado, 17 de outubro de 2009

Museu Hermitage, S. Petersburgo – Rússia

Complexo principal, edifícios do Hermitage ao longo do rio Neva. Da esquerda para direita: O Teatro, a ponte sobre o Canal de Inverno, o Grande Hermitage, o Pequeno Hermitage e o Palácio de Inverno


O museu Hermitage localiza-se às margens do rio Neva, em São Petersburgo, na Rússia.
Fundado em 1764, tem como prédio principal o Palácio de Inverno, antiga residência dos czares russos, que foi projetada por Francesco Bartolomeo Rastrelli.

A disposição básica do museu ocupa 365 salas no complexo de prédios da instituição, que inclui 10 edifícios, 7 deles monumentos da cultura russa dos séculos XVIII e XIX. Desse total, 6 fazem parte do complexo principal do museu, que abriga exposições e recebe visitantes.

O museu é herdeiro da coleção de pinturas holandesas e flamengas da Imperatriz Catarina, a Grande. Seu acervo foi ampliado ao longo de dois séculos e meio e é composto por mais de 3 milhões de itens, que representam o desenvolvimento da cultura e da arte no mundo, desde a Idade da Pedra até o século XX.

  1. a maior coleção do museu é a de medalhas, brasões e insígnias, composta por cerca de 1,1 milhão de peças
  2. a ala de monumentos arqueológicos é a próxima em tamanho, com 734 mil objetos
  3. as pinturas são mais de 16 mil
  4. as esculturas mais de 12 mil peças
A coleção compreende peças da Antiguidade Clássica, Europa Ocidental, Rússia e outros países do Oriente.

O Hermitage também possui salas de exibição em Amsterdã, na Holanda, em Ferrara, na Itália, e em Londres, no Reino Unido.


______________O Museu________________
Em 1852, o primeiro museu da Rússia abriu suas portas para os visitantes no edifício Novo Hermitage. A tradição de colecionar peças de arte, que começou com Catarina, a Grande, tornou-se assunto do Estado.

Leo von Klenze, arquiteto responsável pelo projeto do Museu Hermitage, caracterizou o estilo do prédio como austero, mas de aparência monumental. O edifício é adornado com estátuas e baixos-relevos que aludem a artistas, arquitetos e escultores do passado. A larga fachada é repleta de motivos renascentistas e barrocos. O piso inferior foi projetado para abrigar as coleções de arte antiga, as esculturas modernas, desenhos, gravuras e a biblioteca. O piso superior foi designado para exibir as pinturas.

No acabamento das galerias, a arquitetura é clássica. Colunas de mármore e granito, paredes revestidas com estuque imitando mármore e grandes murais ornamentais. A escada principal, com sua colunata, cria um sentimento de grandeza nos visitantes.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas invadiram a Rússia e as ordens de Hitler sobre São Petersburgo diziam que a cidade deveria ser banida da face da Terra e que não havia interesse em preservar nenhuma parcela de sua população. As obras do Hermitage foram preservadas por seus funcionários, que evacuaram cerca de 1,2 milhão de obras e transportaram as que eram grandes demais para serem evacuadas para o subsolo, protegendo-as com sacos de areia. Os funcionários passaram a morar no museu junto com suas famílias, artistas e intelectuais. O prédio sofreu danos consideráveis, mas o acervo foi preservado.


______________As Obras________________
Uma grande quantidade de pinturas, aquarelas, gravuras e desenhos da época do último czar russo, Nicolau II, podem ser vistas no museu, inclusive objetos que pertenceram ao czar e à sua família.

A morte precoce de Alexander III, pai de Nicolau II, foi um baque para a família imperial. O acontecimento foi ilustrado em uma série de 11 aquarelas produzidas pelo artista húngaro Mikhai Zichy.

Posteriormente, o jovem Imperador casou-se com a Princesa Alice, de Hesse-Darmstadt e o evento teve a sua importância retratada pela obra do pintor dinamarquês Laurits Tuxen.

A coroação de Nicolau II também foi tema de várias obras que retrataram o jovem rei recebendo sua coroa no Kremlin, fortaleza que sedia o governo russo. Todas as camadas da sociedade celebraram o evento e compraram objetos para imortalizá-lo, como ícones de prata, porcelana e objetos de pedra produzidos pelas manufaturas imperiais ou medalhas com o retrato de Nicolau II e da princesa Alice.

A arte sacra também está representada no Museu Hermitage. A religião católica ortodoxa foi central na cultura russa. Todos os membros da família real eram muito religiosos e os aposentos reais eram adornados com muitos ícones, crucifixos e evangelhos que, depois da Revolução Socialista de 1917, passaram a fazer parte do acervo da instituição.


As fotos: 1• Cézanne – Maçãs, peras e uvas, 1879; 2• Van Gogh – Barcos em Saintes Marie, 1853; 3• Rembrandt – Saskia como Flora, 1634; 4• Canova – Eros e Psiquê, 1808



Origem: grandesmuseus.folha.com.br e Wikipédia

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D. Maria II rainha de Portugal

D. Maria II de Portugal ( Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga); nasceu no Rio de Janeiro em 4 de abril de 1819 e morreu em Lisboa, 15 de novembro de 1853. Filha do imperador D. Pedro I (Pedro IV de Portugal) e da imperatriz Leopoldina de Habsburgo. "A Educadora" ou "A Boa Mãe", chamada por virtude da aprimorada educação que dispensou ao seus muitos filhos. A princesa era loira, de pele muito fina, olhos azuis como a mãe austríaca. Foi a 31ª Rainha de Portugal e dos Algarves quando da abdicação do pai de 1826 a 1828 e de 1834 a 1853.



Reinado
D. Maria II era Rainha de Portugal depois da abdicação de seu pai, Pedro I (D. Pedro IV de Portugal) em 1826. Deixou o Rio de Janeiro a 5 de julho de 1828, sob o título de Duquesa do Porto, sendo reconhecidos os seus direitos à coroa de Portugal por algumas potências europeias.

D. Miguel de Bragança, seu tio, chegara a Lisboa a 9 de fevereiro de 1828 e desembarcara no dia 22, recebendo das mãos de D. Isabel Maria a regência, e ratificando a 26 o juramento que prestara à Carta Constitucional perante as cortes que a infanta havia convocado. Não tardou a mudar de resolução. A 13 de março dissolveu as cortes, convocando em 3 de maio o conselho dos três Estados para decidir a quem pertencia a coroa, segundo a antiga forma das cortes do país, quando se tratava de graves pontos de direito.

O conselho reuniu-se a 21 de junho e a 25, proclamando D. Miguel rei absoluto, em precipitada resolução, em vista do ato de reconhecimento do herdeiro da coroa prestado pela regência e real câmara dos pares, instituída pela Carta Constitucional, acerca da sucessão da Casa de Bragança nas duas coroas de Portugal e Brasil, e particularmente na de Portugal, já indicada nas conferências realizadas em Londres em agosto de 1823.

Reconhece a Independência do Brasil, onde a tal respeito foi apresentado na conferência de 9 de agosto o seguinte Artigo Secreto: «Como por causa da aceitação da renúncia pessoal do imperador do Brasil, D. Pedro, à Coroa de Portugal, as Cortes de Portugal devem determinar qual dos filhos do imperador será chamado à sucessão daquela coroa por morte do presente rei: entende-se que as ditas Cortes podem chamar à sucessão o filho mais velho do dito imperador do Brasil, ou a filha mais velha, na falta de descendência masculina.» (Lido em Biker, Supplemento).

D. Pedro, depois de proclamado Rei de Portugal, resolveu abdicar a coroa portuguesa para a filha D. Maria da Glória em 3 de maio, tendo em 29 de abril outorgado aos portugueses uma constituição livre, a Carta Constitucional. A abdicação era condicional:
  • a princesa casaria com seu tio Dom Miguel, e enquanto se não realizasse o consórcio, e o novo regime não dominasse em Portugal, continuaria a regência de Dona Isabel Maria em nome de D. Pedro IV.

A 31 de julho de 1826 foi jurada a Constituição em Portugal. D. Miguel, em Viena, também a jurou em 4 de outubro, pronto a obedecer às vontades do irmão D. Pedro, e efetuou, por procuração, seus esponsais com a sobrinha perante a corte de Viena, a 29 de outubro. Foi dispensado o impedimento de consanguinidade por breve do papa Leão XII, estando a rainha representada no ato, em virtude do alvará que para tal fim fora conferido em 28 de abril de 1826, pelo barão de Vila Seca, enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Império do Brasil junto à corte do imperador Francisco I, como participado às cortes pela infanta regente.

Em vista do procedimento do infante D. Miguel no ato de jurar a Carta Constitucional, quando tempos depois, no meio da agitação dos partidos que se gladiavam, dos tumultos e das revoltas, D. Isabel Maria adoeceu, D. Pedro não hesitou em nomear, em nome da rainha D. Maria II, D. Miguel seu lugar-tenente e regente do reino, por decreto de 3 de setembro de 1827, resolvendo enviar a filha para Viena a completar a educação na corte de seu avô.

O reinado foi interrompido pelo levantamento absolutista liderado por seu tio, noivo e regente D. Miguel I, que se proclamou rei de Portugal a 23 de junho de 1828. Começaram então as Guerras Liberais que se prolongam até 1834, ano em que Maria foi reposta no trono e D. Miguel exilado para a Alemanha.

O Marquês de Barbacena, chegando a Gibraltar com a princesa em 3 de setembro de 1828, teve conhecimento por um emissário do que se passava em Portugal. Teve a perspicácia de compreender que D. Miguel viera de Viena resolvido a pôr-se à frente do movimento absolutista, sendo assim perigoso a jovem rainha ir para Viena, e partiu para Londres, onde chegou a 7 de outubro. A política inglesa nada favorecia seus intuitos. O gabinete de lorde Wellington patrocinava abertamente D. Miguel, de sorte que o asilo que o Marquês procurara não era seguro.

O golpe de Estado de D. Miguel não passara sem protestos. As revoltas foram sufocadas. Deu-se então a batalha de 11 de agosto na vila da Praia, em que os miguelistas foram derrotados. A jovem rainha voltava para o Brasil. Na verdade, a situação de D. Maria II na corte inglesa, ao lado do ministério no poder, tornava-se embaraçosa e humilhante. A rainha saiu de Londres para ir encontrar com sua futura madrasta, D. Amélia de Leuchtenberg. Partiram juntas em 30 de agosto de 1829 para o Rio, chegando a 16 de outubro.

Em 1831, D. Pedro I abdicou (7 de abril) a coroa do Brasil em nome do seu filho D. Pedro II, irmão de D. Maria II, e veio para a Europa com a filha e a segunda mulher, sustentar os direitos da filha à coroa de Portugal. Tomou o título de Duque de Bragança, e de Regente em seu nome.

D. Pedro desembarcava em França, sendo acolhido com simpatia pelo novo governo e por Luís Filipe I. O governo de D. Miguel desacatara as imunidades dos súbditos franceses, não satisfizera de pronto as reclamações do governo francês, que mandara uma esquadra comandada pelo almirante Roussin forçar a barra de Lisboa e impor humilhantes condições de paz.

D. Pedro deixou a filha em Paris para acabar a sua educação, entregue à madrasta, com bons mestres, e partiu para os Açores à frente duma expedição organizada na ilha de Belle-Isle, reunindo seus partidários. Chegando aos Açores a 3 de março de 1832, formou novo ministério, juntou pequeno exército, cujo comando entregou ao Conde de Vila Flor, meteu-o a bordo duma esquadra que entregou ao oficial inglês Sartorius, e partiu para Portugal continental. Seguiu-se o cerco do Porto e uma série de combates. Porto e Lisboa, as principais cidades, estavam no poder dos liberais. D. Pedro veio para Lisboa, e mandou vir sua filha de Paris.

  • O Teatro Nacional D. Maria II, no Rossio (zona central de Lisboa), tem o seu nome por ter sido inaugurado no dia de aniversário da rainha.



Casamento
Com dispensa papal, por procuração, em 29 de outubro de 1826 casou-se com seu tio, o Infante D. Miguel (1802-66). O casamento foi dissolvido ou anulado em 1 de dezembro de 1834.

Casou em Munique por procuração em 5 de novembro de 1834 e em pessoa em Lisboa em 26 de janeiro de 1835 com o príncipe D. Augusto de Beauharnais. Batizado Augusto Carlos Eugênio Napoleão de Beauharnais, nascera em Milão 9 de dezembro de 1810 e morreria em 8 de março de 1835 de difteria, no Paço Real das Necessidades, em Lisboa. Segundo duque de Leuchtenberg, Príncipe de Eichstadt, feito Príncipe de Portugal pelo casamento, 1° Duque de Santa Cruz no Brasil, feito em 5 de novembro de 1829 por seu sogro e cunhado D. Pedro I. Era filho de Eugênio de Beauharnais e da princesa Augusta da Baviera, e irmão mais velho da imperatriz D. Amélia, madrasta de Maria II.


O sobrinho do rei Leopoldo I dos belgas: o Príncipe D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, baptizado Fernando Augusto Francisco Antônio de Saxe-Coburgo-Gotha, nascido em Viena em 29 de outubro de 1816 e falecido em Lisboa a 15 de dezembro de 1885 no Paço Real das Necessidades, estando sepultado em mosteiro de São Vicente de Fora. Casamento em Lisboa em pessoa na Sé patriarcal em 8 de abril de 1836. Rei Consorte como Fernando II em 16 de setembro de 1837, após o nascimento de um filho varão. Regente do reino durante a menoridade do filho Pedro V e depois até a chegada a Portugal do filho Luís I. Tiveram 12 filhos. D. Maria tinha sido muito avisada pelos médicos dos riscos de ter um filho por ano, ao que terá respondido:
Se tiver que morrer, morro no meu posto.
Foi o que sucedeu, morre vítima do seu 11º parto (príncipe Eugênio) em 1853.

  • Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.



Descendência
– De D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota:
  1. Pedro V, rei de Portugal (1837-1861) – sucedeu a mãe
  2. Luís I, rei de Portugal (1838-1889) – sucedeu o irmão
  3. Maria (1840)
  4. João, Duque de Beja (1842-1861)
  5. Maria Ana (1843-1884) casou com o rei Jorge I da Saxônia
  6. Antônia (1845-1913), casou com o príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen
  7. Fernando (1846-1861)
  8. Augusto, Duque de Coimbra (1847-1889)
  9. Leopoldo (1849)
  10. Maria da Glória (1851)
  11. Eugênio (1853)


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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O arquipélago de Malta

A República de Malta é um pequeno país europeu, composto por um arquipélago de cinco ilhas muito próximas, situadas a 93 km ao sul da ilha da Sicília, a sudoeste da Itália, e a 290 km ao norte da Líbia, na África. O arquipélago maltês está encravado no centro do Mediterrâneo. As terras mais próximas são todas sicilianas (italianas).


– a grande ilha da Sicília a norte,
– as ilhas Pelágias a oeste e
– a ilha de Pantelleria a noroeste.

Capital: situada na ilha de Malta - é La Valetta
As cinco ilhas do arquipélago maltês são: Malta, Gozo, Comino e duas ilhotas desabitadas Cominotto e Filfla
Superfície total: 316 km²
População estimada: 400 214 habitantes (agosto 2006)

  • Malta passou a fazer parte da UE a partir de 2004


História:
Malta está habitada desde cerca de 5200 aC, durante o Neolítico. Os primeiros achados arqueológicos datam aproximadamente de 3800 aC . Existiu nas ilhas uma civilização pré-histórica significativa antes da chegada dos fenícios, que batizaram a ilha principal de Malat, o que significa "refúgio seguro". Os agricultores neolíticos viveram sobretudo em cavernas e produziram uma cerâmica similar à encontrada na Sicília. Entre 2400 e 2000 aC, desenvolveu-se um elaborado culto aos mortos, possivelmente influenciado pelas culturas das ilhas Cíclades e de Micenas (idade do bronze). Essa cultura foi destruída por uma invasão, provavelmente vinda do sul da Itália.

Por volta do ano 1000 aC, as ilhas eram uma colônia fenícia. Em 736 aC, foram ocupadas pelos gregos e posteriormente passaram a ser domínio dos cartagineses (400 aC) e depois dos romanos (218 aC), quando recebeu o nome Melita. Segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, no ano 60 da era cristã, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes. A partir desta data, os malteses aderiram ao Cristianismo e permanecem-lhe fiéis até hoje.

Com a divisão do Império Romano em 395 dC, a zona leste da ilha foi cedida ao domínio de Constantinopla (Império do Oriente). O Império Bizantino controlou-a até 870, quando foi conquistada pelos árabes muçulmanos, que influenciaram seu idioma e cultura. Após a conquista árabe, Malta foi convertida ao islamismo. A influência árabe pode ser encontrada na «moderna língua maltesa» uma língua fortemente romanizada que originalmente deriva do árabe vernacular.

Em 1090, o conde Rogério (ou Roger) da Sicília conquistou Malta e submeteu-a às suas leis até ao século XVI. Foi nesta época que foi criada a nobreza maltesa. Esta ainda permanece hoje em dia, e há 32 títulos que ainda são usados, sendo o mais antigo: Barões de Djar il Bniet e Buqana. Após a conquista pelos normandos da Sicília, Malta voltou a ser cristã. Depois de ser anexada ao reino da Sicília, Malta foi recuperada por forças muçulmanas. Em 1245, Federico II de Hohenstaufen expulsou os árabes e em 1266 as ilhas, junto com a Sicília, passaram ao domínio de Carlos I de Anjou, que as cedeu em 1283 a Pedro III de Aragão.

Em mãos dos espanhóis de Aragão e Castela, foi submetida então à Espanha. Em 1518, sob o império de Carlos V, foi concedida aos cavaleiros de Rodes. Em 1530, as ilhas foram cedidas pela Espanha à Ordem Hospitalar de São João de Jerusalém - uma ordem religiosa e militar pertencente à Igreja Católica - que tinham sido expulsos de Rodes pelo Império Otomano. Esta ordem monástica militante, hoje conhecida como "Ordem de Malta", foi sitiada pelos turcos otomanos em 1565, após o que acrescentaram as fortificações, especialmente na nova cidade de Valetta. Os Cavaleiros de São João de Jerusalém governaram as ilhas até o século XIX.

Em 1798, Napoleão Bonaparte invadiu e tomou Malta, e a Grã-Bretanha aí se instalou desde 1800, quando o comandante francês, o general Claude-Henri Belgrand de Vaubois, se rendeu. Os britânicos instalaram uma base estratégica na região que teve importância vital durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1814, como parte do Tratado de Paris, Malta tornou-se oficialmente parte do Império Britânico como colônia e passou a ser usada como porto de escala e quartel-geral da frota até meados da década de 1930. Desempenhou um papel importante durante a Segunda Guerra Mundial devido à sua proximidade às linhas de navegação do Eixo e a coragem do seu povo, que resistiu ao assédio de alemães e italianos, levou à atribuição da George Cross, que hoje pode ser vista na bandeira do país.

O arquipélago passou a ser autonomamente governado em 1947. Em 1955 Dom Mintoff (Dominic Mintoff), líder do Partido Trabalhista de Malta (PTM), tornou-se no primeiro-ministro. Em 1956 o PTM propôs uma nova integração no Reino Unido, proposta que viria a ser aceita em referendo, mas com a oposição do Partido Conservador, liderado por Giorgio Borg Olivier.
  • Em 1959 revogaram a autonomia, mas voltaram a restaurá-la em 1962. Em 21 de setembro de 1964, Malta se tornou totalmente independente e se converteu em membro das Nações Unidas.

Aderiu à Commonwealth e celebrou uma aliança com o Reino Unido de ajuda econômica e militar. Segundo a constituição de 1964, Malta manteve como soberano a rainha Elizabeth II, e um governador-geral exercia autoridade executiva em seu nome.

De 1964 a 1971 foi governada pelo Partido Nacionalista. Adotou, em 13 de dezembro de 1974, o regime republicano dentro da Commonwealth, com o Presidente como chefe de estado.

Embora Malta seja inteiramente independente desde 1964, os serviços britânicos permaneceram no país e mantiveram um controle total sobre os portos, aeroporto, correios, rádio e televisão. Em 1979, Malta rompeu a aliança com o Reino Unido e os britânicos evacuaram sua base militar, pondo fim a 179 anos de presença na ilha. Isso aconteceu depois de o governo britânico se ter recusado a pagar uma renda mais elevada, o que era pretendido pelo governo maltês do tempo (trabalhista), para permitir que as forças britânicas permanecessem no país. Nesse momento Malta ficou livre de bases militares estrangeiras pela primeira vez na história. Este acontecimento é hoje celebrado como o "Dia da Liberdade".

Em 1971, o Partido Trabalhista regressou ao poder. Desenvolveu uma política de amizade com a China e com a Líbia. A década de 1970 caracterizou-se pelo enfraquecimento das relações com o Ocidente e pela aproximação com os regimes comunistas. A política de aproximação com os regimes comunistas sofreu mudança substancial em 1985, com o estabelecimento de um acordo com a Comunidade Econômica Europeia. Em 1987, o Partido Nacionalista, mais voltado para o Ocidente e com uma política de aproximação à União Europeia, venceu as eleições para a Câmara de Representantes, pondo fim a 16 anos de domínio do Partido Trabalhista. Em Outubro de 1990, o país solicitou formalmente a adesão à União Europeia. A política governamental continuou a ser de liberalização, e foram realizadas diversas reformas de ordem econômica, com vistas a tornar o país um membro da União Europeia.

Geografia:
Malta tem um clima mediterrâneo, com invernos amenos (temperatura média de janeiro +12°C), verões quentes e secos (temperatura média de agosto +26°C), e chuvas de 510 mm em média. Cerca de 40% da terra é cultivada, principalmente com trigo, batata, tomate e vinhas. O turismo é uma das principais fontes de renda.


População:
A população de Malta está estimada em 419 285 pessoas (est. 2008) que são, na sua grande maioria, habitantes das áreas urbanas. Etnicamente, 95% são naturais de Malta e os restantes são ingleses ou descendentes de italianos, além de alguns italianos e espanhóis. Malta é um dos países com maior densidade populacional do mundo, com cerca de 1 265 habitantes por quilometro quadrado. As línguas oficiais são o inglês e o maltês.



Origem: Wikipédia

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O castelo de Fontainebleau

– Triunfo da harmonia e da medida francesa –


Fontainebleau foi construído por reis da Casa de Valois e foi habitado pelos Bourbons. Depois foi conspurcado pelos Bonapartes.

A fachada lateral de Fontainebleau dá uma certa idéia do castelo. Ela é luminosa. O teto não é inteiramente horizontal, mas de vez em quando é interrompido por altos corpos de edifícios. A fachada tem uma sucessão de janelas com painéis.

Na fachada principal de Fontainebleau vê-se o gosto pela harmonia e pela medida francês. Há uma harmonia extraordinária entre o primeiro e o segundo andar. As mansardas do segundo andar fazem arco para o andar térreo. O inefável, a proporção está em tudo.

Há uma variedade que ainda lembra o variado gótico. O fer-à-cheval é a escadaria mais famosa do mundo. Ela é chamada de ferradura, porque a parte central corresponde vagamente ao esquema de uma ferradura. Há um movimento extraordinário da escadaria. Ela se desenvolve, fecha-se, abre-se numa reta, volta atrás um pouco, abre-se mais de novo, e depois repentinamente muda de direção. Enquanto isso, o corrimão de um lado faz movimentos que não são análogos, mas que são de uma agradável proporção com o movimento do outro lado. Há uma elegância de vai-e-vem.

Embaixo há uma porta de entrada que não é a porta nobre. O andar térreo não era nunca o andar nobre. O andar nobre era sempre o primeiro. Ali está a porta nobre e o busto de um personagem que se quis glorificar. O princípio monárquico e o aristocrático estão fortemente representados com a maior distinção.

História
O velho castelo que se erguia neste local já era usado no final do século XII pelo Rei Luis VII, para quem Thomas Becket consagrou a capela. Fontainebleau foi uma das residências favoritas de Filipe II e de Luis IX. O criador do atual edifício foi Francisco I, para quem o arquiteto Gilles le Breton erigiu a maior parte das construções do Cour Ovale (Pátio Oval), incluindo a Porte Dorée, a sua entrada Sul. Este rei também convidou para França, Sebastiano Serlio e Leonardo da Vinci. A Galeria de Francisco I, com os seus afrescos feitos em estuque por Rosso Fiorentino, foi construida entre 1522 e 1540, sendo a primeira grande galeria decorada construída na França. De um modo geral, em Fontainebleau o Renascimento foi introduzido na França. A Salle des Fêtes, no reinado de Henrique II, foi decorada pelos pintores Maneiristas italianos, Francesco Primaticcio e Niccollo dell Abbate. A "Ninfa de Fontainebleau", de Benvenuto Cellini, encomendada para o palácio, está no Louvre.

Outra campanha de extensas construções foi levada a cabo por Henrique II e Catarina de Médici. Ao Fontainebleau de Francisco I e Henrique II, Henrique IV adicionou o pátio que carrega o seu nome, e ainda o Cour des Princes, com a adjacente Galerie de Diane de Poitiers e a Galerie des Cerfs, usada como biblioteca. Uma "segunda escola de decoradores de Fontainebleau", menos ambiciosa e original que a primeira, esteve envolvida nestes projetos adicionais. Henrique IV perfurou o parque florestal com um canal de 1200 m (onde se pode pescar atualmente) e ordenou a plantação de pinheiros, olmeiros e árvores de fruta.

Três séculos depois o palácio entrou em decadência; durante a Revolução Francesa muito do mobiliário original foi vendido, no decurso das vendas revolucionárias do conteúdo de todos os palácios reais, concebidas como uma forma de conseguir dinheiro para a nação e assegurar que os Bourbons não poderiam voltar aos seus confortos. Uma década depois o Imperador Napoleão Bonaparte, começou a transformar o Château de Fontainebleau num símbolo da sua grandeza, como uma alternativa ao vazio Palácio de Versailles, com as suas conotações Bourbon. Em Fontainebleau, Napoleão:
  1. assinou a sua abdicação, com o Tratado de Fontainebleau,
  2. despediu-se da sua Velha Guarda e foi para o exílio, em 1814.
Com modificações à estrutura do palácio, incluindo a entrada de cantaria suficientemente larga para a sua carruagem, Napoleão ajudou a fazer do palácio o local que os visitantes conhecem atualmente. Fontainebleau foi o cenário da Corte do Segundo Império, do seu sobrinho Napoleão III.

Filipe IV, Henrique III e Luís XIII nasceram neste palácio, e o primeiro destes reis também morreu aqui. Hóspedes Reais dos Reis Bourbon foram instalados em Fontainebleau:
  • Pedro I da Rússia,
  • Cristiano VII da Dinamarca
– na época de Napoleão:
  • o Papa Pio VII — em 1804 quando veio consagrar Napoleão como Imperador, e entre 1812 e 1814, quando foi seu prisioneiro.
Atualmente, parte do palácio alberga as "Écoles d'Art Américaines", uma escola de arte, arquitetura e música para estudantes dos EUA. Preservado nos campos está o jeu de paume (quadra de tênis real) de Henrique IV. É a maior quadra de tênis deste gênero no mundo, e uma das poucas de propriedade pública.

Em 1981, o Château de Fontainebleau foi classificado Património Mundial pela UNESCO.

Fonte: Wikipédia e Castelos medievais

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sábado, 10 de outubro de 2009

Rebeldia Real



Seu sangue é de um azul cristalino. Por parte de pai descende de Luís Felipe, o último rei dos franceses. Pelo lado materno é Orléans e Bragança, bisneta da princesa Isabel e tataraneta de D. Pedro II, imperador do Brasil. Diane é a 4ª mulher dos 11 filhos dos condes de Paris, Henri e Isabelle, que teriam sido reis da França caso a monarquia não tivesse caido.




Vida
Nasceu há 69 anos – 24 de março de 1940, em Petrópolis, um dos muitos exílios de sua família, banida da França pelos republicanos em 1886. Embora sua passagem pelo Brasil tenha sido breve, nunca esqueceu o português e costuma visitar o país, hóspede de amigos que colecionou na vida.

Diane nunca foi uma princesa como as outras, entre Marrocos, Brasil, Espanha e Portugal, onde morou com o clã na famosa Quinta do Anjinho, foi marcada pela relação distante e conturbada com o rígido pai, que passava boa parte do tempo sonhando com a restauração monárquica. A mãe submissa ao dever dinástico e a um catolicismo inabalável, calava-se ante os desmandos do marido. Desde cedo, os irmãos se dividiram entre os que se opunham e os que se subjugavam à tirania paterna. Ela se encaixa definitivamente no primeiro grupo. Tida como "selvagem" e "respondona", sempre dizendo e fazendo o que lhe vinha à cabeça. Desde cedo conhecida como a "princesa rebelde".

Sensibilidade de uma mulher apaixonada pela vida de modo geral e pelas artes em particular. Aos 14 anos iniciou-se na pintura em seda, madeira, vidro, serigrafias. Por tudo isso e sua independência, chamou a atenção em 1960 de Carl, duque de Wurttemberg (01 de agosto de 1936), então herdeiro (hoje chefe) de uma das casas reais mais poderosas da Alemanha e de toda a Europa. Em 2010 celebram bodas de ouro, tiveram 6 filhos:
  1. Frederico – 01.06.1961
  2. Matilde – 11.07.1962
  3. Everaldo – 20.06.1963
  4. Felipe – 01.11.1964
  5. Michel – 01.12.1965
  6. Fleur – 04.11.1977

e muitos netos.

Em seu castelo alemão de Altshausen, encontra-se um dos cofres mais cobiçados por colecionadores de peças únicas e de valor histórico – em mais de 1200 anos, os Wurttemberg nunca se desfizeram de uma joia sequer do acervo, que inclui, uma parure de 15 cm de largura que pertenceu à princesa Olga da Rússia, além de incríveis exemplares de art déco e da art nouveau. Pedras brasileiras também são paixão da duquesa.

No dia a dia Diane é vista de avental, em seus ateliês de Paris, Palma de Mallorca ou Altshausen. Nos anos 70 produzia 80 telas por ano, experimentando novos materiais. Depois disso descobriu uma nova paixão, a escultura em metal e bronze. A crítica especializada caiu de amores por sua arte, e a renda obtida com a venda de suas criações é toda revertida para obras de caridade, sobretudo as que se dedicam a crianças carentes.

Nos anos 90, ela e seus irmãos travaram uma batalha contra o pai que se desfazia do patrimônio da família, em vendas "ocultas". Ainda hoje, depois da morte do conde de Paris em 1999, os herdeiros tentam reaver as relíquias.

De dois em dois anos, a duquesa abre o parque de seu castelo para expor trabalho de jovens artistas. "Devem ter lhe contado que sou extravagante e talvez até um pouco louca. É que mulheres originais dão medo", disse numa entrevista nos anos 90. Por isso mesmo são fascinantes.

Origem: Vogue H. Stern

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Otávio César Augusto - Por: Suetônio

A família Otávia, segundo inúmeras testemunhas, era uma das primeiras de Velitris. Na parte mais movimentada da cidade havia um bairro chamado "Otávio" e nele se erguia um altar consagrado a certo Otávio que havia comandado numa guerra contra um povo vizinho. Avisado, em meio a um sacrifício que oferecia a Marte, de uma incursão súbita do inimigo, arrebatou do fogo as entranhas mal cozidas, cortou-as, correu ao combate e retornou vencedor. Existia, até, um decreto público que ordenava apresentar-se a Marte, daí por diante, todos os anos, as entranhas daquela mesma forma, e os restos deviam ser levados aos Otávios.


Essa família que o rei Tarquinio Prisco havia incluído no rol das famílias romanas, foi logo colocada entre as patrícias por Sérvio Túlio. Tornada em seguida, plebéia, viu-se depois de muito tempo, restabelecida no partido pelo divino Júlio. O primeiro desta família a obter uma magistratura pelo voto popular foi Caio Rufo. Depois de ter sido questor, teve dois filhos:
  1. Cnéio e
  2. Caio,
dos quais provieram dois braços da família dos Otávios, de condição muito diversa.

Cnéio: todos os seus descendentes desempenharam os mais altos cargos.
Caio: sua posteridade, restaram na ordem dos cavaleiros até o pai de Augusto. Seu bisavô serviu na Sicília, na segunda guerra Púnica, como tribuno dos soldados, sob as ordens do general-chefe Emílio Papo. O avô exerceu funções municipais e envelheceu na maior tranquilidade, nadando na opulência. Seu pai gozou sempre duma grande fortuna e de muita consideração, morreu de morte súbita voltando da Macedônia. Deixou com sua mulher Ancária, Otávio, seu primogênito e com Ácia, Otávia e Augusto. Ácia era filha de Marco Ácio Balbo e de Júlia, irmã de Caio César. Balbo do lado materno era um aricínio, com muitos senadores na família. Do lado materno, ficava muito perto de Pompeu, "o grande".

Vida e Reinado
Augusto nasceu, sob o consulado de Marco Túlio Cícero e de Antônio, em 9 outubro, no bairro do Palatino. Aos quatro anos de idade perdeu o pai. Aos doze pronunciou, em público, o elogio fúnebre da sua avó Júlia. Quatro anos mais tarde, tomou a toga viril. Por ocasião do triunfo de César na África, foram-lhe conferidas honras militares, ainda que sua idade não lhe permitisse ir à guerra. Seu tio partiu para as Espanhas, combater o filho de Cnéio Pompeu, não tardou em segui-lo. Depois da vitórias e da volta de seu tio, este lhe mandou para Apolônia, onde se entregou aos estudos. Foi lá que soube do assassinato do ditador, que o instituía seu herdeiro. Regressou a cidade e reinvidicou a sua herança, apesar da irresolução da sua mãe e dos vivos esforços do seu padrinho Marco Filipo, personagem consular, que queria dissuadi-lo de tal intento. E a partir desse momento, com o levante dos exércitos, governou a República, a princípio com Marco Antônio e Marco Lépido, depois com Antônio somente, durante cerca de 12 anos e finalmente, sozinho, durante 44 anos.

Fez 5 guerras civis:
  1. Módena – contra Marco Antônio
  2. Felipe – contra Bruto e Cássio
  3. Perúsia – contra Lúcio Antônio
  4. Sicília – contra Sexto Pompeu, filho de Cnéio
  5. Âncio – contra Marco Antônio e Cleópatra

Estas guerras tiveram por princípio e por causa, em que ele acreditava, de vingar a morte do tio e defender-lhe os atos.

Durante mais de 40 anos, tanto no inverno como no verão, dormiu no mesmo quarto. Os retiros que mais frequentou foram os vizinhos do mar, como as ilhas de Campânia ou as povoações situadas nas proximidades da Cidade, como Lanúvio, Prenete e Tíbur.

Comia pouquíssimo e sua nutrição era quase trivial. Gostava de pão caseiro, peixinhos, queijo de leite de vaca feito à mão, figos frescos. Alimentava-se sem esperar pela hora de refeições, a qualquer momento em qualquer lugar. Gostava pouco de vinho, tinha predileção pelos da Récia.

Era de uma beleza notável, cujo encanto extraordinário manteve em todas as fases de sua vida. Tinha os olhos claros e brilhantes. Na velhice, enxergava pouco com o olho esquerdo. Seus dentes eram falhados, pequenos e desiguais. Cabelos ligeiramente ondulados e quase louros. Supercílios unidos, orelhas medianas, nariz proeminente na parte superior e afilado na ponta. Tez entre morena e branca. Talhe pequeno.

Morreu no mesmo quarto que morrera seu pai, no décimo quarto dia das calendas de setembro, à nona hora do dia, faltando 35 dias para seus 66 anos de idade

Descendência
Na adolescência foi noivo da folha de Públio Servilho Isáurico. Depois de reconciliado com Antônio e à insistência dos dois partidos que desejavam estabelecer entre eles um laço de família, desposou a afilhada de Antônio Cláudia, filha de Fúlvia e de Públio Clódio e que tinha apenas atingido a idade para se casar. Depois da desavença com sua sogra, devolveu-lhe a filha ainda pura e virgem. Em pouco tempo casou-se com Escribônia, viúva de duas personagens consulares e que possuía filhos do segundo matrimônio, com quem teve uma filha – Júlia. Desgostoso divorciou-se dela, em virtude da desaprovação dos seus costumes e raptou, ao mesmo tempo, Lívia Drúsila, embora grávida do seu marido Tibério Nero, amando-a e estimando-a de maneira singular e constante, não teve filhos com esta. Casou sua filha primeiramente com Marcelo, filho de sua irmã Otávia, quando este faleceu, deu Júlia em casamento a Marco Agripa, que depois de sua morte, por longo tempo foram examinados numerosos pretendentes para a sua filha, até escolher Tibério, seu afilhado e filho de Lívia (sua esposa).

De Agripa e Júlia teve 5 netos:
  1. Caio – adotado por Augusto
  2. Lúcio – adotado por Augusto
  3. Agripa – adotado por Augusto depois da morte dos outros dois netos
  4. Júlia – casou com Lúcio Paulo, filho do censor
  5. Agripina – casou com Germânico, neto de Otávia (irmã de Augusto)
Educou sua filha e seus netos da maneira mais simples, a ponto de habituá-los ao trabalho da lã. A maior parte das vezes era ele quem ensinava a leitura, a escrita e outros conhecimentos elementares aos netos. Procurava, com singular cuidado, que lhe imitassem a caligrafia.. Fazia-os sentarem-se, às refeições, perto de seu leito. Quando viajava de carro, tinha-os sempre junto de si. Quando a cavalo, ao seu lado.

Repudiou as duas Júlias, a filha e a neta, maculadas por toda a espécie de infâmias. Perdeu no espaço de 18 meses, Caio e Lúcio, adotou seu terceiro neto Agripa, e ao mesmo tempo, seu afilhado Tibério. Bem cedo, renegou Agripa, em virtude de seu caráter baixo e feroz.

Fonte: livro 'A Vida dos Doze Césares' de Suetônio

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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