terça-feira, 17 de agosto de 2010

Museu Nacional - Rio de Janeiro

Ao longo do tempo, o Paço de São Cristóvão, que abriga hoje o Museu Nacional, sofreu diversas transformações, como a ampliação do palácio feita por D. Pedro II a partir de 1850. Lá ele viveu em um período de longa duração, tornando este edifício testemunha de diversos momentos importantes na História do Brasil.

O objetivo das alterações arquitetônicas era o palácio ser solidificado como lugar que emana o poder imperial durante o Segundo Reinado, visando reforçar a construção do Estado Nação. Para isso, D. Pedro II contou com seus súditos, em especial com segmentos da nobreza brasileira, que acompanharam e apoiaram o monarca nos usos dos símbolos e rituais de fortalecimento do poder monárquico. Para desempenhar essas ações, utilizou como palco privilegiado a sua residência.

Moradia do imperador era dividida em três pavimentos:
  • o primeiro era destinado a serviços gerais e primeiras recepções;
  • o segundo era um pavimento mais ornamentado que tinha como função receber os visitantes; e
  • o terceiro era constituído de dormitórios e demais áreas da família.

Museu Nacional hoje dispõe de uma área útil de 13.616,79 m² distribuída pelos seus três pavimentos, contendo um total de 122 salas, assim distribuídas:
  • 63 salas do primeiro pavimento,
  • 36 no segundo e
  • 23 no terceiro.
Após as reformas de adaptação do palácio ocorridas em 1910, muitas salas foram modificadas. Esse processo de transformação ocorre até os dias de hoje.

Infelizmente não se tem atualmente uma perspectiva detalhada do uso de todos os ambientes deste edifício à época do Império.



O Quarto do Imperador
O quarto de D. Pedro II foi constituído com uma concepção moderna da necessidade do soberano ter seu espaço próprio como lugar privativo. Até o século XIX, ainda não havia uma grande preocupação com a questão da privacidade: era normal os reis serem visto sem as vestes pelos seus serviçais. Portanto, podemos considerar o conceito dos aposentos do segundo imperador do Brasil como algo novo.

Os aposentos ficavam no terceiro pavimento, onde, hoje em dia, estão localizadas as seções administrativas da direção, sendo que o do monarca estava exatamente no mesmo local onde atualmente funciona a diretoria do Museu Nacional. (Foto: Vista parcial da ambientação do gabinete da direção do Museu Nacional até o ano de 2001)



Biblioteca Particular de Sua Majestade Imperial
Também no terceiro pavimento, encontrava-se a “Biblioteca Particular de sua Majestade Imperial”, um dos lugares preferidos do imperador. Para fortalecer a imagem de erudito, a preocupação com a aquisição de livros tornou-se algo constante em sua vida.

A Biblioteca de D. Pedro II foi iniciada com as obras da Real Bibliotheca Portuguesa trazidas para o Brasil por D. João VI, desenvolvida por sua mãe, Dona Leopoldina, e ampliada pelo próprio e por Thereza Cristina. Inclusive, os livros faziam parte obrigatória de algumas de suas imagens fotográficas ou em pinturas para compor a imagem do monarca-cidadão, associado à cultura e às ciências.

No período entre 1938 e 1989, a Biblioteca do Museu Nacional utilizou o mesmo espaço que no passado foi utilizado para abrigar a Biblioteca Imperial. Ainda hoje encontramos a gravação em vidro da palavra “Sala de Leitura” em um ponto do terceiro andar, como o único vestígio da utilização desse ambiente como o lugar da guarda dos livros tanto do imperador quanto da instituição científica. (Foto: Destaque da gravação em vidro - Sala de Leitura)


O Museu Nacional reúne os maiores acervos científicos da América Latina, laboratórios de pesquisa e cursos de pós-graduação. As peças que compõem as exposições abertas ao público, (cerca de três mil atualmente) são parte dos 20 milhões de itens das coleções científicas conservadas e estudadas pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Invertebrados, Vertebrados, Geologia e Paleontologia.




Fonte: Museu Nacional - Rio de Janeiro - Brasil

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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