sexta-feira, 8 de maio de 2009

Nicolau II da Rússia



Nicolau II, (Nicolau Alexandrovich Romanov; russo Николáй Алексáндрович Ромáнов) nasceu no Palácio de Catarina, em Tsarskoye Selo, próximo de São Petersburgo, em 18 de maio (6 de maio no calendário juliano) de 1868. Foi o último Imperador da Rússia, Rei da Polônia e Grão Duque da Finlândia. Ele é também conhecido como São Nicolau o Portador da Paz pela Igreja Ortodoxa Russa. Quanto ao seu título oficial, era chamado Nicolau II, Imperador e Autocrata de Todas as Rússias.

Filho de Alexandre III, governou desde a morte do pai, em 1 de Novembro de 1894, até à sua abdicação em 15 de Março de 1917, quando renunciou em seu nome e no nome de seu herdeiro, passando o trono para seu irmão, o Grão-Duque Miguel Alexandrovich Romanov.


Estilo de Vida
A família era um valor fundamental para Nicolau. Suas cartas transbordam de adoração pela esposa, os filhos, a mãe e os parentes, essa intimidade com a família manteve até o fim da vida. Ele gostava de repetir o provérbio russo: "É bom fazer visitas, mas melhor ainda ficar em casa."

O fato de Nicolau preferir remover com uma pá a neve de trilhas ou desfrutar a companhia da mulher e dos filhos a governar o país tem sido habitualmente interpretado como prova de seu desinteresse pela função de czar.

Religião
A preocupação de Nicolau com a conduta moral era modelada por suas atitudes religiosas. Essas foram formadas, por pessoas bem próximas a ele, a mãe Maria Fiodorovna (ex princesa Dagmar da Dinamarca), protestante convertida a igreja ortodoxa que se esforçou em inculcar nos filhos uma fé profunda e estimular a prática regular dos rituais.Um de seus preceptores e mais tarde conselheiro muito próximo ( Konstantin Pobedonostesev), constantemente lhe lembrava – o czar era ungido por Deus e era uma fonte divinamente inspirada de sabedoria e ordem. A esposa Aleksandra, protestante convertida à ortodoxia, estimulava o misticismo do marido e sua fé na onipotência e orientação pessoal de Deus.

Nicolau e Aleksandra acreditavam que era possível, fora da igreja e sem a ajuda de bispos e sacerdotes regularmente ordenados, manter comunhão com Deus e com Seu Espírito. Acreditavam que haviam homens a quem Deus concedera poderes místicos de cura e profecia. Gregori Rasputin, curandeiro e místico laico, conquistou a confiança do casal imperial; chamado por eles de "nosso Amigo". Embora a influência de Rasputin seja habitualmente atribuída à sua notória capacidade de aliviar os sofrimentos de Aleksei, causados pela hemofilia e à promessa de que o rapaz seria curado. Rasputin foi assassinado em dezembro de 1916, uma conspiração que uniu um político direitista importante, um príncipe aparentado por casamento à família do imperador e um dos primos de Nicolau II.

Sucessão
Nicolau deu ao filho e herdeiro, nascido em 1904, o nome do ancestral que mais admirava: o 1º czar Aleksei (reinou de 1645 a 1676), pai de Pedro, o Grande( de quem menos apreciava).

Em 1913 na celebração do tricentenário da dinastia Romanov, com entusiamo Nicolau refez a jornada do primeiro czar Romanov, Mikhail, através do centro da Rússia.

Nicolau II assinou a abdicação dia 2 de março de 1917, em nome do filho Aleksei e do irmão Mikhail – que rejeitou a proposta, pois ninguém podia lhe garantir a segurança, se aceitasse a coroa, e assinou a abdicação dia 3 de março de 1917. Mikhail foi assassinado em junho de 1918. Apenas 4 anos após a comemoração do tricentenário da dinastia Romanov, ela extinguiu-se silenciosamente.

Descendência
casado com Aleksandra, neta da rainha Vitória da Inglaterra, tiveram 5 filhos:
  1. Olga – nascida em 15 de novembro de 1895
  2. Tatiana – nascida em 10 de junho de 1897
  3. Maria – nascida em 26 de junho de 1899
  4. Anastácia – nascida em 18 de junho de 1901
  5. o herdeiro Aleksei – nascido em 12 de agosto de 1904 (hemofílico)

Depois dos Romanov
Depois da queda dos Romanov a economia continuava a se desintegrar, em parte porque o governo liberal estava ainda menos disposto do que a autocracia a controlar os preços e a assegurar a produção pela força. A reforma agrária continuava a ser apenas uma promessa.

O Fim dos Romanov
O amanhecer, no dia 1º de agosto de 1917, o antigo czar e sua família deixaram o palácio de Tsarkoe Tselo pela última vez, e sob forte escolta, tomaram um trem para a Sibéria.
A profusão de planos reais ou imaginários para libertar os prisioneiros se refletiram em rumores de fuga e em exigências ainda maiores por uma prisão mais rigorosa.

Morte em Iekaterinburg
Nicolau foi transferido primeiro para Iekaterinburg, chegou em 30.04.1918 e o resto da família chegou no fim de maio.

Se os indícios sugerem, com algum grau de coerência e confiabilidade, uma única versão, essa não é a que foi repetida com maior frequência: que Moscou – na verdade, Lenin, pessoalmente – deu a ordem para executar o ex czar, a família e os serviçais. Todas as respostas à pergunta sobre quem deu a ordem – baseiam-se em um bom volume de deduções e especulação imaginosa.

  • Todos foram assassinados, em uma sala forrada de madeira, no andar térreo da casa, baleados por soldados, em 17 de jullho de 1918.
  • Em 30 de setembro de 2008 a Suprema Corte da Rússia reabilitou a Família Real Russa e o czar Nicolau II, 90 anos após sua morte. A Suprema Corte russa declarou que sua execução foi ilegal e que a família real russa foi vítima de um crime.

leia: Assassinato da Família Imperial Romanov

(Origem: Wikipédia e 'A queda dos Romanov' a história documentada do cativeiro e execução do último czar russo e sua família, de: Mark Steinberg e Vladimir Khustalev)

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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