quarta-feira, 10 de junho de 2009

A loucura dos reis – Pantomima dinamarquesa




Cristiano VII – Copenhague, 29 de janeiro de 1749 - Rendsburg, 13 de março de 1808, foi rei da Dinamarca e da Noruega de 1766 a 1808. Era o segundo filho de Frederico V da Dinamarca e da Noruega e de sua primeira esposa Luísa da Grã-Bretanha. Casou-se em 1 de outubro de 1765 com a prima Caroline Matilde da Grã-Bretanha, irmã do rei da Grã-Bretanha Jorge III. Doente mental, assumiram o governo e o exército o seu médico Struensee e Peter Bernstorff, que realizaram diversas reformas liberais.






_____________Infância____________
A doença o perseguiu durante a maior parte de seu reinado, embora tivesse seus períodos lúcidos. As casas reais dinamarquesa e hanoveriana (Grã-Bretanha) eram intimamente relacionadas, a mãe de Cristiano era filha de Jorge II. Quando Cristiano visitou a Inglaterra, em 1768, as pessoas comentavam sua grande semelhança com os membros da família real britânica. Sua mãe morreu quando ele tinha 2 anos e sua relação com a madrasta nunca foi estreita. Tinha um meio irmão Frederico, um príncipe fraco e deformado. Cristiano teve uma infância muito difícil, carente de afeto, deixado com preceptores, como Ditlev Reventlow – um bruto que não exitava em aterrorizá-lo, surrando-o tanto que as vezes o menino era encontrado espumando no chão. A situação melhoraria com a chegada em 1760 de um tutor suiço de 28 anos, Elie-Salomon François Reverdil, que tentou construir seu pupilo em filosofia e nos princípios da benevolência. Cristiano era bom em línguas, falava dinamarquês, francês e alemão, mas um estudante difícil e atrasado. Apresentava um profundo sentimento de insegurança e inadequação. O medo sempre foi uma característica de sua personalidade.

Fracote, baixo e de constituição delgada, tentava compensar suas deficiências criando uma imagem de valentão. Seu físico franzino talvez tenha sido um ingrediente importante no desenvolvimento de sua personalidade perturbada. Loiro de olhos azuis, de aparência agradável.

_____________Casamento__________
Quando Cristiano estava com 16 anos iniciaram as negociações para seu casamento com uma prima de 13 anos – Carolina Matilda –  irmã de Jorge III , era atraente, ingênua, loira de olhos azuis. Casaram em outubro de 1765 e o primeiro filho, o herdeiro Frederico VI nasceu em 28 de janeiro de 1768.

_____________Reinado____________
A monarquia dinamarquesa era uma autocracia pela lex regia de 1665. Lançado pela morte do pai a uma posição de poder absoluto, Cristiano, lembrando as humilhações a que fora sujeito criança, decidiu ser "senhor absoluto de seus negócios". Conservou por algum tempo os serviços do competente conde Bernstorff e demitiu os demais ministros de seu pai. Confiou também seu reino a cargo de seu médico Struensee – um homem cheio de contradições, politicamente ambicioso e de racionalismo iluminista que conseguiu muitos inimigos, não apenas entre os cortesãos, mas especialmente entre os que invejavam o poder que detinha e se ressentiam das reformas que fizera no governo da Dinamarca. A rainha estava completamente apaixonada pelo médico. O rumor de que Struensee pretendia conseguir a abdicação e até a morte do rei, para poder se casar com a rainha e assumir o poder, deu início a já esperada revolução dinamarquesa. Em janeiro de 1772, os principais conspiradores se reuniram no apartamento da rainha viúva Juliana e seu filho Frederico, e rumaram para  conseguir a assinatura do rei para as ordens mandando prender Struensee e sua própria mulher.

A rainha depois de ser declarada divorciada do rei, foi setenciada à prisão perpétua no castelo Aalborg. Devido aos apelos de Jorge III ela foi tranferida e se refugiou em Celle, Hanover e faleceu em 11 de maio de 1775.

Depois da revolução, Cristiano exerceu apenas um poder nominal, viveu em reclusão, fazendo aparições simbólicas. Cedera às pressões da rainha viúva e seu filho, mas se ressentia do que elas haviam feito.

Em 1784 seu filho o príncipe herdeiro Frederico, desgostoso com o governo reacionário e impopular da rainha viúva e de seu filho, convenceu o pai a comparecer ao conselho de Estado para assinar um documento que demitia o ministério.

Cristiano tinha mais 20 anos de vida, mas viveu recluso e seus aparecimentos públicos foram raros. A Dinamarca, apesar da loucura do rei e com Andreas Bernstorff como seu principal ministro, gozou de um longo período de governo liberal, com certo aumento da prosperidade e da paz, até a declaração das Guerras Napoleônicas.

A sombria existência de Cristiano terminou em março de 1808, quando estava em Holsten, extremamente apavorado com o avanço das tropas auxiliares espanholas. Embora o príncipe herdeiro Frederico VI, exercesse o poder real e o tenha feito durante um quarto do século, nunca foi oficialmente o regente.

_____________Descendência________
  1. Frederico VI – 28 janeiro 1768-3 dezembro 1839. Rei da Dinamarca e da Noruega.
  2. Luisa Auguste – 7 junho 1771-13 janeiro 1843. Duquesa de Schleswig-Holstein


Origem: 'A Loucura dos Reis' de Vivian Green   e   Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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