Entre os anos 592 e 770, o Japão foi governado sete vezes por seis imperatrizes 1. Suiko, 2. Saimei ou Kogyoku, 3. Jitô, 4. Gemmei, 5. Gensho e 6. Koken, em um total de 89 anos, um período fascinante.
Imperatriz Suiko
A primeira imperatriz, nasceu em 554, e era filha do imperador Kinmei, do clã Soga. Depois da morte do imperador Shushun provocada por um assassino enviado pelo próprio clã da futura imperatriz, Suiko tornou-se o 33º regente e a primeira mulher a ocupar tal cargo, sendo uma representante muito forte na dinastia Yamato – que criou muitas leis, tais como a Constituição de 17 artigos, e enviou diversas missões à China para aumentar o prestígio japonês. Morreu com 74 anos.
Imperatriz Kogyoku
Catorze anos mais tarde, a imperatriz Kogyoku tornou-se regente e abdicou do cargo três anos mais tarde para que seu irmão, o imperador Kotoku, assumisse. Dez anos depois, com a morte de Kotoku, a imperatriz voltou ao trono, agora sob o nome Saimei, permanecendo até sua morte em 661. Foi a primeira a ocupar tal cargo duas vezes (como 35º e 37º regente). Era neta do imperador Bidatsu e nasceu como princesa Takara. Foi casada com o imperador Jomei e teve três filhos: Naka-no-Oe (imperador Tenji), Oama (imperador Temmu) e princesa Hashihito.
Imperatriz Jitô
Filha do imperador Tenji, 41º regente subiu ao trono em 687, após a morte de seu marido, o imperador Temmu, que era também seu tio, a fim de assegurar a eventual sucessão de seu neto, o imperador Mommu. Depois de dez anos, abdicou em favor de Mommu, mas se manteve no poder mesmo reclusa em um templo, tendência essa que persistiu na política japonesa.
Imperatriz Gemei
Foi imperatriz em 707. Em 710, mudou a capital para Nara, inaugurando uma nova era, além de ordenar a redação das narrativas históricas conhecidas como Kojiki.
Imperatriz Genshô ou Yoro
Foi o 44º regente imperial do Japão e provou ser uma governante de raro talento. Seu nome era princesa Hidaka. Era irmã mais velha do imperador Mommu e filha do príncipe Kusakabe e de sua esposa e antiga imperatriz Gemmei, conseqüentemente neta do imperador Temmu e da imperatriz Jitô por parte de pai e neta do imperador Tenji por parte de mãe. Ela criou a primeira moeda de cobre e pediu que os calígrafos escrevessem sobre as tradições antigas, a fim de que essas não fossem perdidas. Em seu governo, a edição do Nihonshoki, o primeiro livro de história japonês, foi finalizada em 720. A organização do sistema de leis foi mantida até sua morte. Mais tarde, esses códigos e leis foram editados e utilizados por Fujiwara-no-Nakamaro e publicados como Yoro Ritsuryo, datado de 718. O sistema de taxação que tinha sido introduzido pela imperatriz Jitô no século VII começou a falhar. Para compensar a diminuição no rendimento dos impostos, com a iniciativa do príncipe Nagaya, o “Ato de Possessão em Três Gerações” foi editado em 723. Com este ele, as pessoas teriam terras para cultivo por até três gerações, no máximo. Na quarta geração, o direito de posse desapareceria, e o campo voltaria ao governo. Este ato tinha como finalidade motivar novos cultivos, mas seu uso durou cerca de 20 anos. Em 724, ela abdicou em favor de Shomu. Jitô não se casou e não teve filhos.
Imperatriz Shotoku
A regente Koken, conhecida também como Shotoku foi a última imperatriz, que governou o Japão até o século XVII, ocupando duas vezes o trono (749-758 e 764-770). Houve um número considerável de mulheres antes de Koken, mas o poder conquistado pelo monge budista Dokyo durante seu segundo reinado fez com que o Conselho dos Ministros impossibilitasse a sucessão feminina ao poder depois disso. Koken era a filha do imperador Shomu e subiu ao trono em agosto de 749, como imperatriz Koken, quando seu pai abdicou. Nove anos depois, abdicou em favor do príncipe Oi, que governou como imperador Junnin. Em 761, tentou sua reclusão para ficar com Dokyo, suspeito amante, declarando guerra ao ministro favorito de Junnin, o poderoso Oshikatsu. Em 764, o conflito virou uma guerra civil: Oshikatsu foi morto e Junnin deposto. Koken voltou ao trono como imperatriz Shotoku. Embora Dokyo tenha conquistado o controle virtual do governo, sua tentativa de transformar-se em imperador com a morte de Koken resultou em seu banimento da capital.
Imperatriz Meisho
Em 1629, Meisho tornou-se imperatriz após seu pai, o imperador Go-Mizunô abdicar depois de um grave incidente. Por conta disso, transformou-se na primeira mulher a ocupar o trono desde a imperatriz Shotoku, que morreu em 770.
Imperatriz Go-Sakuramachi
Foi a 117º regente do Japão e a última imperatriz que governou até abdicar em favor de seu neto, o imperador Go-Momozono. Seu nome era Toshiko, e seu título original era Isa-no-miya e depois Ake-no-miya. Go-Sakuramachi pode perder seu posto de última mulher regente do Japão, assim que a decisão da Dieta (Câmara dos Deputados japonês) for tomada.
Origem: Cultura Tradicional Japonesa
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Imperatrizes do Japão
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Benção
"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)