Alexandre Nikolaevich Romanov (Alexandre II da Rússia), filho de Nicolau I da Rússia e Alexandra Feodorovna (Carlota da Prússia). Nasceu em Moscou a 29 de abril de 1818 e faleceu em São Petersburgo a 13 de março de 1931. Seu reinado foi de março de 1855 a março de 1881.
- Decretou o fim da escravatura no Império Russo em 1861, o que lhe deu o cognome de "Czar Libertador".
- Abertura do regime com o objetivo de aproximar mais do ideal europeu ocidental. Tinha a consciência da precariedade da sua posição como autocrata em relação com o aumento dos movimentos radicais, por isso foi distribuindo o seu poder entre ministros e conselhos.
- Durante o seu reinado lidou com a Guerra da Crimeia e com a Guerra Russo-Turca que, embora não totalmente desastrosas, deixaram o Império numa situação complicada.
- Reformas profundas em todos os setores, (principalmente nos primeiros anos de reinado) iniciando-se no exército e marinha, passando pela educação e leis. A pena de morte foi abolida e foi adotado o sistema jurídico francês mais simplificado. Com o aumento dos movimentos revolucionários, Alexandre II achou que as reformas políticas não seriam a solução, por isso iniciou um movimento de repressão dos detratores. A repressão por ele criada levaria ao seu assassinato em 1881.
Embora o início do casamento tivesse sido romântico, Alexandre cansou-se rapidamente da sua esposa conservadora e foi procurar conforto por entre a corte. Acabaria por formar uma nova família com a plebeia Catarina Dolgorukov com quem se casaria pouco depois da morte de Maria em 1881.
– Filhos:
- Alexandra Alexandrovna Romanova: Nascida a 30 de agosto de 1842, Alexandra foi a primeira filha do Czar. Não atingiu a idade adulta devido a uma meningite fatal que a atingiu quando ela tinha 6 anos de idade. É talvez mais conhecida pelos rumores de que o seu fantasma apareceu durante uma sessão espirita realizada pelo seu pai.
- Nicolau Alexandrovich Romanov: Segundo filho do Imperador, teria sucedido ao pai se tivesse resistido a um fatal ataque de tuberculose quando tinha 21 anos. Foi o primeiro noivo da Princesa Maria da Dinamarca, mas no leito de morte expressou o desejo de a ver casada com o seu irmão mais novo, Alexandre.
- Alexandre III da Rússia
- Vladimir Alexandrovich Romanov: Conhecido principalmente durante o reinado do sobrinho, Nicolau II, por ser o Grão-duque mais velho da família. Juntamente com a sua esposa, Maria Pavlovna, opôs-se seriamente às suas políticas. Fundador do ramo "Vladimirovich" da família imperial, a sua bisneta, a Grã-duquesa Maria Vladimirovna, reclama atualmente o direito de chefe da família Romanov.
- Alexei Alexandrovich Romanov: Banido da Rússia pelo seu irmão Alexandre após o seu casamento "ilegal" com uma plebeia, passou grande parte da sua idade adulta em Paris. Antes era um importante membro da Marinha Imperial.
- Maria Alexandrovna Romanova: A única filha sobrevivente do Czar, casou-se com o Príncipe Alfredo do Reino Unido, filho da Rainha Vitória. Entre os seus filhos incluem-se a Rainha Maria da Romênia e a Princesa Vitória Melita, primeira esposa do Grão-duque Ernesto Luís de Hesse e, mais tarde, do Grão-duque Cyril Vladimirovich da Rússia.
- Sergei Alexandrovich Romanov: Uma das principais figuras do reinado do Czar Nicolau II, foi Governador-geral de Moscovo e grande opressor das minorias da cidade, o que lhe valeu o ódio dos seus habitantes. Casou-se com a Princesa Isabel de Hesse-Darmstadt, irmã mais velha da futura Czarina Alexandra Feodorovna, de quem não teve filhos. Acabou por ser assassinado em 1905.
- Paulo Alexandrovich Romanov: O filho mais novo do Czar, casou-se em primeiro lugar com a Princesa Alexandra da Grécia e Dinamarca de quem teve dois filhos, a Grã-duquesa Maria Pavlovna e o Grão-duque Dmitri Pavlovich. Mais tarde apaixonou-se pela esposa de um dos guardas do seu regimento, Olga Paley. Os dois iniciram um romance que levou ao divórcio dela e à expulsão do casal e do filho da Rússia. Mais tarde chegaria ao quarto lugar na linha de sucessão, o que levou ao perdão do Czar e o regresso à Rússia. Foi nomeado o porta-voz da família para avisar o seu sobrinho Nicolau II sobre Rasputine, sendo ignorado. Acabaria mesmo por cortar relações com o sobrinho quando ele rejeitou a petição escrita pela esposa de Paulo para que o seu filho Dmitri pudesse permanecer na Rússia após o assassinato do monge siberiano. Acabaria por ser assassinado em janeiro de 1919 pelos bolcheviques.
Fonte: romanov.blogs.sapo.pt