Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança nasceu no Rio de Janeiro em 29 de julho de 1846, filha de D. Pedro II e de D. Teresa Cristina. No ano seguinte morreria o primogênito da casa, D. Afonso, com apenas dois anos. D. Pedro Afonso, nascido em 1848, também não passou de dois anos. Um ano mais velha que a irmã, D. Leopoldina, Isabel passou a primeira da linha de sucessão e, já no dia 29 de julho de 1860 (ao completar 16 anos) prestava juramento no Senado como herdeira presuntiva da Coroa.
Estudos
A Lei Áurea foi o grande momento da princesa Isabel, saudada por José do Patrocínio como "Redentora". Outro líder abolicionista, André Rebouças, passou a chamá-la de Isabel I, antevendo o seu reinado. Entre as várias homenagens que a princesa recebeu, vale destacar a proteção da "Guarda-Negra da Redentora", uma milícia integrada por libertos que se definia como "uma associação que se dedica de corpo e alma, e em todos os terrenos, na defesa do Reinado da Excelsa Senhora que os fez cidadãos".
Na história
O papel histórico da princesa tem sido motivo de controvérsias ao longo dos 120 anos transcorridos desde a Lei Áurea, oscilando desde o papel de mera coadjuvante de um movimento histórico irreversível ao de agente ativo na libertação dos escravos. Joaquim Nabuco escreveu em A minha formação que ela não hesitou diante das ameaças das classes proprietárias de aderirem à República, atendendo a uma voz interior que a mandava desempenhar a sua missão.
Outra atitude importante da princesa para com a causa abolicionista foi o trabalho de arrecadação de fundos para a libertação de cativos e seu envolvimento com a campanha para o estabelecimento dos ex escravos em terras próprias, complementando à Abolição, que foi sepultado com o regime monárquico.
Morreu em Eu, na França em 14 de novembro de 1921 com 75 anos.
Fonte: a construção do Brasil - 2006
Estudos
Além do aprendizado normal das meninas:
Isabel fez estudos gerais com vários mestres:
- piano,
- pintura e
- trabalhos femininos,
Isabel fez estudos gerais com vários mestres:
- matemática,
- geografia,
- inglês,
- alemão,
- filosofia,
- história da literatura,
- música e
- desenho,
sob a supervisão de um pedagogo e também do culto pai.
Casamento
As princesas Isabel e Leopoldina tiveram seus noivos escolhidos à mesma época, entre os primos Gaston d'Orleans, conde d'Eu, e Augusto de Saxe-Coburgo Gotha. D. Pedro queria o duque de Saxe como marido de Isabel, mas os pretendentes chegaram ao Rio e prevaleceu a preferência das próprias noivas, e a princesa Isabel casou-se com o conde d'Eu.
Depois do casamento, em 15 de outubro de 1864, o casal partiu em viagem de núpcias pela Europa, interrompida em janeiro de 1865 pelo início da Guerra do Paraguai. Homem de formação militar, o conde d'Eu decidiu voltar ao Brasil para participar dos combates.
No Rio, Isabel e Gaston moravam numa chácara em Laranjeiras, o Paço Isabel – poucos sabem, mas os renques de palmeiras imperiais da rua Paissandu foram plantados para balizar o caminho da princesa e do conde até a praia do Flamengo. O casal também costumava passar muito tempo na casa da princesa em Petrópolis. Inicialmente o casamento parecia estéril e o primogênito,
seguido de mais 2 filhos:
Regência
A princesa exerceu a regência em três longos períodos, durante as viagens do pai:
Casamento
As princesas Isabel e Leopoldina tiveram seus noivos escolhidos à mesma época, entre os primos Gaston d'Orleans, conde d'Eu, e Augusto de Saxe-Coburgo Gotha. D. Pedro queria o duque de Saxe como marido de Isabel, mas os pretendentes chegaram ao Rio e prevaleceu a preferência das próprias noivas, e a princesa Isabel casou-se com o conde d'Eu.
Depois do casamento, em 15 de outubro de 1864, o casal partiu em viagem de núpcias pela Europa, interrompida em janeiro de 1865 pelo início da Guerra do Paraguai. Homem de formação militar, o conde d'Eu decidiu voltar ao Brasil para participar dos combates.
No Rio, Isabel e Gaston moravam numa chácara em Laranjeiras, o Paço Isabel – poucos sabem, mas os renques de palmeiras imperiais da rua Paissandu foram plantados para balizar o caminho da princesa e do conde até a praia do Flamengo. O casal também costumava passar muito tempo na casa da princesa em Petrópolis. Inicialmente o casamento parecia estéril e o primogênito,
- D. Pedro de Alcântara, só nasceu em 1875 (11 anos após o casamento),
seguido de mais 2 filhos:
- D. Luis 1878,
- D. Antônio 1881
Regência
A princesa exerceu a regência em três longos períodos, durante as viagens do pai:
- maio de 1871 a março de 1872 – governou com o ministério Rio Branco e assinou a Lei do Ventre Livre
- março de 1876 a setembro de 1877 – sob o ministério do duque de Caxias
- junho de 1887 a agosto 1888 – com os gabinetes do barão de Cotegipe e de João Alfredo, ela assinou em 13 de maio a lei nº 3.353, que abolia a escravatura
A Lei Áurea foi o grande momento da princesa Isabel, saudada por José do Patrocínio como "Redentora". Outro líder abolicionista, André Rebouças, passou a chamá-la de Isabel I, antevendo o seu reinado. Entre as várias homenagens que a princesa recebeu, vale destacar a proteção da "Guarda-Negra da Redentora", uma milícia integrada por libertos que se definia como "uma associação que se dedica de corpo e alma, e em todos os terrenos, na defesa do Reinado da Excelsa Senhora que os fez cidadãos".
Na história
O papel histórico da princesa tem sido motivo de controvérsias ao longo dos 120 anos transcorridos desde a Lei Áurea, oscilando desde o papel de mera coadjuvante de um movimento histórico irreversível ao de agente ativo na libertação dos escravos. Joaquim Nabuco escreveu em A minha formação que ela não hesitou diante das ameaças das classes proprietárias de aderirem à República, atendendo a uma voz interior que a mandava desempenhar a sua missão.
Uma nova luz foi lançada sobre a personalidade da princesa Isabel, com a divulgação de uma carta datada do Paço Isabel, 11 de agosto de 1889 ( 3 meses antes da Proclamação da República) e endereçada ao amigo Visconde de Santa Vitoria. Essa carta mostra uma princesa Isabel defensora da indenização dos ex-escravos, da reforma agrária e do sufrágio feminino. Escreve ela, a certa altura:
"Pois as mudancas que tenho em mente, como o senhor já sabe, vão além da libertação dos captivos. Quero agora dedicar-me a libertar as mulheres dos grilhões do captiveiro doméstico, e isto só será possível atravéz do Sufrágio Feminino! Si a mulher pode reinar também pode votar!"
Outra atitude importante da princesa para com a causa abolicionista foi o trabalho de arrecadação de fundos para a libertação de cativos e seu envolvimento com a campanha para o estabelecimento dos ex escravos em terras próprias, complementando à Abolição, que foi sepultado com o regime monárquico.
Morreu em Eu, na França em 14 de novembro de 1921 com 75 anos.
Fonte: a construção do Brasil - 2006
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