A rainha Cristina I da Suécia nasceu em Estocolmo a 8 de dezembro de 1626 e faleceu em Roma a 19 de abril de 1689. Monarca da Suécia de 1632 a 1654. Era filha de Gustavo II Adolfo e de Maria Eleonora de Brandemburgo-Hohenzollern. Foi protetora das artes e mecenas de artistas escandinavos. Abdicou do trono sueco para converter-se ao catolicismo, enquanto os monarcas de seu país deveriam ser forçosamente protestantes. Deixou seu país e morreu em Roma aos 63 anos de idade.
Rainha reinante
Em sua autobiografia, em 1681, Cristina escreveu: "Em minha opinião, as mulheres nunca devem reinar." Ela escreveu isto apesar de ter governado a Suécia por mais de uma década, com uma boa dose de sucesso.
O Conselho Nacional sugeriu que Cristina participasse do governo, quando ela tinha 16 anos, mas ela pediu para esperar até que ela tivesse 18 anos, como seu pai havia esperado até então. Em 1644, ela assumiu o trono. Sua primeira missão importante foi à conclusão da Paz com a Dinamarca. Fez tanto sucesso que, a Dinamarca entregou as ilhas de Gotland e Ösel (hoje Saaremaa em Estónia) a Suécia, a Noruega perdeu os distritos de Jämtland e Härjedalen , que até hoje se mantém com a Suécia.
O Chanceler Oxenstierna logo descobriu que Cristina tinha visões políticas diferentes das suas. Para o Congresso da Paz na Alemanha, em 1645, ele enviou seu filho Johan Oxenstierna, apresentando a visão de que seria melhor para o interesse da Suécia, se a Guerra dos Trinta Anos continuasse. Cristina, no entanto, queria a paz a qualquer custo e enviou seu próprio delegado, Johan Adler Salvius. Pouco antes da celebração do acordo de paz, ela admitiu Sálvio para o Conselho Nacional, contra a vontade do chanceler Oxenstierna e para espanto geral, pois Cristina queria a oposição à atual aristocracia.
Ela sabia que era esperado dela, proporcionar um herdeiro para o trono sueco. Seu primo Carlos era apaixonado por ela, e eles ficaram noivos em segredo, antes de ele deixar em 1642, a Suécia para fazer o serviço militar por três anos na Alemanha. Cristina revela em sua autobiografia que sentia “uma aversão intransponível para o casamento”.
Em 26 de fevereiro de 1649, Cristina tornou público sua decisão de não se casar, mas queria seu primo Carlos – filho da Princesa Catarina da Suécia, filha do Rei Carlos IX da Suécia – como herdeiro ao trono. A nobreza se opôs a isso, outros três estados: clero, burgueses e camponeses, aceitaram.
A Coroação aconteceu em outubro de 1650. Cristina foi para o castelo de Jacobsdal, hoje conhecido como Ulriksdal, onde entrou em um carro desenhado com coroação preto de veludo bordada em ouro, puxado por seis cavalos brancos.
Legado
Seu legado à Suécia foi desastroso: após a abdicação, as mulheres foram excluídas da linha de sucessão - lei revogada somente em 1980, para admitir a princesa Victória como sucessora do atual rei Carlos Gustavo.
Mistério
Surgiram rumores sobre pretendentes, mas o objeto de seus suspiros era a Duquesa Ebba Sparre, ”bed fellow” e dama da Corte. Na gélida Suécia no século 17, dos candelabros e das sombras, era comum que pessoas do mesmo sexo compartilhassem a cama, apenas para se manterem aquecidas e confortáveis, mas a atração física de Cristina por Ebba ficou evidente nas cartas de amor que lhe escreveu.
Em 19 de abril de 1689, Cristina morreu em Roma aos 62 anos, após pequena enfermidade. Contrariando seu desejo, o Papa Inocêncio XII mandou realizar uma elaboradíssima cerimônia, com cortejo de cardeais, clérigos e noviços até a Basílica de São Pedro, onde está sua sepultura. (foto)
Segundo a biógrafa Linda Rapp, o embaixador português Antonio Pimentel foi um de seus inúmeros amores masculinos e femininos. As especulações sobre a sexualidade de Cristina ainda estão bem presentes desde o dia em que, ao nascer, foi confundida com um menino. Existe a possibilidade de ela ter sido hermafrodita. Em 1965, o corpo foi exumado e examinado. O esqueleto parecia ser de uma mulher, mas o tempo e a retirada das vísceras e de alguns órgãos internos prejudicaram as análises de laboratório.
Linda Rapp acha que Cristina permanece um “mistério, na morte como na vida.”
Fonte: Wikipédia e Textos de Thereza Pires