sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Gemäldegalerie - Museu de Arte



A Gemäldegalerie é um museu de arte localizado na Kulturforum Potsdamer Platz em Berlim, na Alemanha, sendo um dos mais importantes do mundo por sua excelente coleção de arte européia dos séculos XIII ao XVIII.





História
A primeira idéia para a constituição de uma coleção de arte pública e de caráter educativo em Berlim surgiu por volta de 1797 através do arqueólogo Aloys Hirt. Ele advogava ainda que a coleção deveria ser formada exclusivamente sobre uma base cultural e científica, diferentemente das outras coleções principescas que existiam, e deveria gerir a si mesma com autonomia. Seu projeto logo encontrou apoio do rei Frederico Guilherme III, o qual logo disponibilizou parte de sua coleção privada, com cerca de 650 obras.

Com o retorno das tropas da Prússia após as Guerras Napoleônicas, outros 133 itens confiscados pelos franceses voltaram ao seu país de origem, aumentando a coleção. Contudo, o grupo reunido não perfazia um perfil adequado da arte européia, segundo os critérios estabelecidos, e logo considerou-se necessário adquirir-se obras complementares. A primeira oportunidade para tal ofereceu-se em 1815, quando o rei adquiriu cerca de 150 peças da Coleção Giustiniani em Paris, com arte italiana, e que logo foram integradas ao museu. Em 1819 outro incremento veio com a aquisição da coleção de Edward Solly, um inglês residente em Berlim, com trabalhos italianos dos séculos XIII ao XVI, alemães, holandeses e alguns itens de outros países.

Nesta altura iniciaram os planos para a construção de um prédio especial para abrigar a crescente quantidade de pinturas, formando-se uma comissão para definir o projeto, e para organizar a estrutura de funcionamento e o sistema de futuras exposições. Com a aquisição de um outro lote de obras, em 1830 o museu, então denominado Altes Museum, foi considerado pronto para ser entregue ao público, contando com 1198 pinturas e outros objetos da antiguidade, sendo instalado no pavimento superior do edifício.

A coleção foi organizada em três departamentos, dois com peças mostradas segundo critérios históricos e estilísticos, e outra seção fechada ao público em geral, contendo peças mantidas à parte por exibir uma moral incomum, às quais somente convidados tinham acesso. A entrada para as seções livres era gratuita, mas o público deveria anunciar sua visita com antecipação. A criação de um fundo para suprir os recursos necessários foi concedido pelo rei em um montante de 20 mil táleres anuais, suplementado por verbas extras quando fosse o caso de surgirem no mercado obras de especial interesse. Em 1841, para realizar aquisições diretamente da Itália, de igrejas e acervos principescos privado o apoio do novo rei, Frederico Guilherme IV veio, e partiu ele para lá com uma verba de 100 mil táleres, e conseguiu coletar um lote de obras muitos significativas, que incluía trabalhos de Fra Bartolomeo, Domenico Veneziano, Lorenzo Lotto, Giovanni Battista Moroni, Palma il Vecchio, Rafael, Tintoretto, Ticiano e Veronese.

Em 1871 Berlim se tornou a capital do Império Alemão, recentemente instituído. A mudança no status e o crescente senso de orgulho nacional tornou uma obrigação para os berlinenses equiparar sua galeria de arte com as melhores coleções de outras importantes capitais da Europa e sobrepujar os centros culturais de Dresden e Munique, então mais brilhantes. A competição entre os museus e colecionadores privados, e a procura por obras de arte, cresciam sem cessar, elevando drasticamente seus preços, o que atraiu muitos nobres a se desfazerem de suas coleções privadas.

A Gemäldegalerie se tornou uma das mais importantes reuniões de pintura européia. Entretanto, em 1887 a coleção foi reorganizada, e cerca de mil obras pouco exibidas ou de atribuição duvidosa foram leiloadas. Uma atitude discutível sob o ponto de vista atual, na época era comum.

A crescente falta de espaço no antigo edifício foi a grande dificuldade e logo iniciou planos para a construção de um novo, agora concebido para funcionar segundo uma nova sistemática de exposição, com peças de vários gêneros integradas num mesmo espaço a fim de reconstituir com maior fidelidade e coerência de cada época ou estilo, seguindo uma idéia de inspiração renascentista. Encontrou oposição de início, mas o apoio do casal imperial bastou para que em 1896 fossem iniciados os trabalhos.

A seção de arte antiga permaneceu no prédio do Altes Museum e as pinturas e esculturas mais recentes foram deslocadas para a nova sede, inaugurada em 18 de outubro de 1904. Nesta ocasião o museu recebeu a importante doação das coleções privadas de Alfred Thiem e James Simon, e passou a se denominar oficialmente Kaiser-Friedrich-Museum (mais tarde renomeado Museu Bode), em homenagem ao Imperador Frederico I.

Em 1910 as obras foram novamente reorganizadas e o espaço, já ficando outra vez exíguo, levou à elaboração de planos para mais uma ampliação do edifício, e ao mesmo tempo decidiu-se adquirir muitas obras de arte alemã. Para financiar os gastos a entrada ao museu passou a ser cobrada. Contudo, na seqüência da I Guerra Mundial, parte do acervo da instituição teve de ser alienado, sendo entregue à França por força dos termos do Tratado de Versalhes.

Nos anos 30 nova reorganização: foi criado o Museu Alemão, para onde foram transferidas as peças de arte alemã, holandesa e francesa, junto com esculturas dos períodos correspondentes, perda compensada em 1936 com a incorporação de cerca de metade do grande acervo do Banco de Dresden.

Durante a II Guerra Mundial o museu foi fechado, a coleção foi removida de sua sede e abrigada em bunkers em locais protegidos, e o prédio foi severamente danificado por bombas. Como resultado dos transtornos de guerra mais de 400 obras importantes se perderam para o museu, sendo destruídas, roubadas ou vendidas ilegalmente. Mais de 200 delas foram capturadas pelo Exército Vermelho e levadas à União Soviética. Após a divisão da cidade pelo Muro de Berlim a coleção foi novamente prejudicada por sua separação em dois centros de exposição. A primeira etapa da reorganização do museu perdurou até 1963, abrindo apenas 10 salas com cerca de 91 pinturas em exposição. Nesta altura a pinacoteca foi reinstalada precariamente no agora chamado Museu Bode, que entretanto não dispunha de espaço de exposição para muitas obras. Nas comemorações dos 750 anos da fundação de Berlim, em 1987, o museu pôde abrir 26 salas com cerca de 350 peças, sem contar as miniaturas, expostas desde 1979.

Com a reunificação da cidade em 1992, iniciaram-se acirrados debates sobre o destino da coleção de arte dispersa em locais diferentes e em grande parte oculta há anos em depósitos, sem poder ser apreciada pelo público. Por suas dimensões, a coleção não poderia ser levada integralmente para o Museu Bode, e organizou-se a elaboração de um projeto para uma nova sede própria. Em 1995 foi feito um levantamento das perdas sofridas pelo acervo em todas as últimas décadas desde antes da II Grande Guerra, agrupadas nas seguintes classes:

  1. Perdas no incêndio da antiga sede,
  2. Containers perdidos nas transferências da coleção,
  3. Obras levadas à União Soviética e nunca devolvidas,
  4. Perdas avulsas anteriores a 1945,
  5. Peças roubadas e destruídas,
  6. Peças faltantes com paradeiro ou destino ignorado.


Somente em 1998 as mais de 3.600 obras dispersas voltaram a ser reunidas, em um prédio especialmente construído para tal, desenhado por Heinz Hilmer, Thomas Albrecht e Christoph Sattler, com cerca de 7 mil m² de área expositiva e uma seqüência de 18 salas e 41 gabinetes que perfazem uma extensão de quase 2 km. Desde 2006 mantém ainda uma seção no Museu Bode, principalmente com esculturas, mas também com pinturas menores e outras que não eram vistas pelo público desde 1939.


O Museu
A galeria principal contém 1.000 obras-primas, mais 400 telas que ficam no piso inferior. A Gemäldegalerie possui uma das melhores coleções de arte europeia produzida entre o século 13 e o 18.

Duas das maiores seções são formadas por pinturas italianas do século XIII ao XVI e por pinturas de artistas holandeses do século XV ao XVI. Mestres alemães do período gótico e da Renascença estão representados por obras de Konrad Witz, Albrecht Dürer, Baldung Grien, Cranach e Holbein.

A sala octogonal de Rembrandt ocupa uma posição central na estrutura do museu. Os 16 trabalhos em exposição formam uma das maiores e melhores coleções do artista em todo o mundo. Elas são expostas junto com outras obras-primas holandesas e flamengas do século XVII: retratos, pinturas de gênero, de interior, paisagens e naturezas-mortas que ilustram o estilo e a preferência dos pintores por determinadas temáticas.

Pinturas italianas, francesas, alemãs e inglesas do século XVIII são exibidas em 6 salas. Canaletto, Watteau, Pesne e Gainsborough estão entre os grandes nomes da ala.




1ª foto: Madonna Terranuova de Rafael; 2ª foto: Amor Vitorioso de Caravaggio


Origem: Wikipédia e Coleção Folha Grandes Museus

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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