terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Roma

Na Eneida, de Virgílio, Enéias filho da deusa Vênus, foge de Tróia derrotada , com o pai Anquise e o filho Ascânio, enquanto a mulher Creúsa, filha do rei Príamo, morre no incêndio da cidade. Enquanto Enéias se dirige à Itália , uma tempestade atinge o navio, por desejo de Juno, e o obriga a aportar em Cartago, onde foi recebido por Dido, rainha da cidade. Num banquete em sua homenagem, começa a contar as suas aventuras: a queda de Tróia, o estratagema do cavalo e a fuga com seu pai e seu filho. Ao fim de sua narrativa, Dido estava apaixonada por Enéias, porque Vênus havia substituído o filho de Enéias por Cupido, que acertou Dido com uma de suas flechas. Dido pede a Enéias que permaneça com ela e reine em Cartago. Enéia e seus companheiros, depois de ficarem um ano em Cartago por ordem de Júpiter, partiram para o Lácio. Dido, vendo ao longe os navios de Enéias, maldiz a estirpe troiana e se suicida.

Depois de várias peregrinações no Mediterrâneo, Enéias aporta no Lácio, como havia sido dito por sua mãe, que depois de uma previsão lhe havia dito que fundaria uma cidade na pátria de Dardano (seu antepassado que segundo a lenda era o fundador de Tróia). No Lácio, Enéias foi amavelmente acolhido pelo rei Latino, que o apresenta à sua filha Lavínia. Enéias se apaixona perdidamente por ela mas vem a saber que latino já a havia prometido a Turno, rei dos rutulianos. O pai de Lavínia sabe da intenção de Enéias, mas temendo uma vingança por parte de Turno se opõe ao seu desejo. A disputa pela mão da jovem torna-se uma verdadeira guerra, da qual participam as várias populações itálicas. Enéias alia-se com algumas populações gregas provenientes de Argos e estabelecidas na cidade de Pallante, sobre o monte Palatino, reino do árcade Evandro e seu filho Pallente. A guerra é sangrenta (logo Pallante morre atingido por Turno] e, para evitar mais vítimas, a disputa entre Enéias e Turno deverá resolver-se em um combate entre os dois comandantes e pretendentes. Enéias mata Turno, casa-se com Lavínia e funda a cidade de Lavínio (a atual Pratica di Mare).

Rômulo e Remo
Depois de trinta anos, Ascânio funda uma nova cidade, Alba Longa, sobre a qual reinaram seus descendentes. Muito tempo depois o filho e legítimo herdeiro do rei Proca de Alba Longa, Numitor, foi deposto pelo irmão Amúlio, que obriga a princesa Réia Sílvia a tornar-se Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada à deusa Vesta), e a fazer voto de castidade. Porém o Deus Marte se enamora da jovem que engravida e tem dois gêmeos Rômulo e Remo. O rei Amúlio ordena que os gêmeos sejam mortos, mas o servo encarregado da tarefa não tem coragem de fazê-lo e os abandona na corrente do rio Tibre. A cesta com os gêmeos vai por fim para nas margens do rio em Velabro, entre os montes Palatino e Capitolino, onde foram encontrados e cuidados por uma loba (provavemente uma prostituta, chamada na época de lupa, da qual se encontram traços na palavra lupanar). Depois o pator Fáustulo os encontra e, com sua mulher, Aca Larência os cria como filhos. Uma vez adultos e conhecida sua origem, Rômulo e Remo retornam a Alba Longa, matam Amúlio e repõem no trono seu avô Numitor.
Rômulo e Remo obtêm então permissão para fundar uma nova cidade, no local onde haviam crescido. Rômulo queria chamá-la Roma e edificá-la sobre o Palatino, enquanto Remo a quer batizá-la Remora e fundá-la sobre o Aventino. É o próprio Tito Lívio quem se refere às duas mais críveis versões dos fatos:

"Como eram gêmeos e o respeito à progenitura não podia funcionar como critério eletivo, cabia aos que protegiam aqueles lugares indicar, através dos auspícios, quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação. Assim, para interpretar os auspícios, Rômulo escolhe o Palatino e Remo escolhe o Aventino. O primeiro presságio teria cabido a Remo. Do momento que Rômulo estava afastado quando o presságio fora anunciado, os respectivos grupos haviam proclamado como rei um e outro ao mesmo tempo. Uns sustentavam que tinham direito ao poder com base à prioridade no tempo, outros com base no número de pássaros vistos. Nasceu assim uma discussão e da raivosa luta de palavras se passou ao sangue: Remo, golpeado na cabeça, cai por terra. É mais notável a versão segundo a qual Remo, para surpreender o irmão, teria escalado os muros recém construídos (provavelmente o Pomério), e Rômulo com raiva teria ameaçado com estas palavras: ‘Assim, de agora em diante, morra quem escalar os meus muros’. Deste modo, Rômulo se apossou sozinho do poder e a cidade fundada tomou o nome do fundador." Lívio

Assim a cidade foi fundada sobre o Palatino e Rômulo tornou-se o primeiro Rei de Roma.

A data da fundação de Roma
Durante a República Romana, muitas datas foram atribuídas à fundação da cidade, no intervalo entre 758 a.C. e 728 a.C.. Finalmente, no Império Romano, a data sugerida por Marco Terêncio Varrão (116 a.C. - 27 a.C.) foi considerada a oficial, mas no Fasti Capitolini o ano é 752 a.C.. Embora o ano varie, todas as versões concordam que o dia é 21 de abril, dia do festival de Pales, deusa do pastoreio. O calendário romano ab urbe condita, porém, começa com a data de Varrão (753 a.C.)

O nome de Roma
O nome da cidade é geralmente considerado com referência a Rômulo, mas há outras hipóteses.
  • Alguns sugeriram uma palavra etrusca "rhome", com o significado de "duro", cognata com a palavra grega "ρώμη, rhōmē'’, força, vigor.
  • Outros se referem à Mitologia Romana, onde supõe-se que se refere ao filho de Enéias ou Evandro.
  • O estudioso basco Manuel de Larramendi pensa que a origem é a palavra basca "orma" (basco moderna "horma" = muro).
  • Roma é também Urbs, e este nome, que (no Latim tardio geralmente significa qualquer cidade) veio de urvus, uma vala cavada por uma enxada - neste caso aquela cavada por Rômulo para marcar os limites da cidade.
– No monte Capitolino, na noite de 21 de abril todo ano, um sino especial chamado Patarina toca do Campidoglio para comemorar a fundação de Roma. naquela ocasião, o famoso canhão do Janículo permanece silencioso, o único dia do ano em que ele não soa. –
(fonte: Wikipédia)

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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