sexta-feira, 30 de julho de 2010

O casamento de D.Pedro e D.Leopoldina

D. Pedro tinha 19 anos quando seu casamento com D. Leopoldina, 20 anos, foi abençoado na Capela Real, no Rio de Janeiro. O enlace foi um arranjo político de D. João para estreitar os laços com a Casa Habsburgo – no epicentro do poder na Europa após o Congresso de Viena, em 1815, que restabeleceu a força das velhas dinastias, passada a tormenta napoleônica.

O casamento foi negociado meticulosamente entre o premier austríaco, príncipe de Metternich, e o Marquês de Marialva, ministro plenipotenciário português, que entrou em Viena com um cortejo de 41 carruagens e uma comitiva de 77 pessoas. Entre outros "argumentos", uma fortuna inestimável em joias, diamantes e barras de ouro convenceu o rei da Áustria a mandar a filha para os trópicos.

O contrato do casamento, feito por procuração, previa um vultoso dote à noiva e uma pensão anual de 60 mil florins. D. João pagou caro, mas conquistou um lugar de destaque entre as monarquias restauradas da Europa.

O casamento trouxe nova vibração à Corte do rio de Janeiro. Os meses entre a chegada triunfal da arquiduquesa, a 5 de novembro de 1817, a coroação e aclamação de D. João VI, a 6 de fevereiro, e as comemorações do seu aniversário, em 13 de maio de 1818, foram os mais festivos da permanência da Corte no Brasil.

Além do alemão, Maria Leopoldina Josefa Carolina falava francês, inglês, italiano e logo aprendeu o português. Interessava-se por belas artes, literatura e música, conhecia botânica e mineralogia. Trouxe ao Brasil uma importante missão científica, que incluía o paisagista Thomas Ender e os naturalistas Spix e Martius. Convidou também o músico austríaco Sigismundo Neukomm, discípulo de Haydn, que ficou aqui até 1821 como mestre de música e professor de D. Pedro e de D. Leopoldina.

No campo político, D. Leopoldina ajudou D. Pedro a manter o equilíbrio entre as facções que disputavam o poder. No final de 1826, aos 29 anos, ela sofreu um aborto espontâneo, seguido por uma série de "ataques de nervos" e foi submetida a "pós medicinais, massagens, ventosas, banhos, laxantes, antiespasmódicos e vomitórios". Morreu – não se sabe se da doença ou do tratamento – na manhã de 11 de dezembro. Enquanto viveu, cumpriu plenamente o papel a que fora destinada.



Fonte: nossa História, o jeito novo de conhecer o Brasil - A construção do Brasil - 2006

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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