sábado, 21 de março de 2009

Maria Antonieta da França





Maria Antônia Josefina Joana nasce em 2 novembro de 1755, 15ª filha de Maria Teresa, a Grande e de Francisco de Lorena, soberanos do Sacro Império Romano Germânico. Recebe o primeiro nome Maria como todas as arquiduquesas austríacas.







É levada para a ala do Palácio Hofburgo reservado aos filhos do casal imperial. Juntou-se a seus irmãos e irmãs:
  • Joana com quase 5 anos
  • Josefina com 4 anos
  • Carolina de 2 anos
  • Ferdinando 1 ano
Os irmãos mais velhos residiam em outro pavimento:
  • a frágil Maria Anna de 17 anos
  • José de 14 anos
  • Maria Cristina nascida em 1742
  • Elisabete nascida em 1743
  • Carlos José
  • Amália
  • Leopoldo
Numa época em que a mortalidade infantil dizimava todas as famílias, o casal imperial era uma exceção, havia perdido só 3 filhos na primeira infância. E ainda teria em 1756, Maximiliano Francisco, futuro arcebispo de Colônia.

Prometida a Luis Augusto, futuro Luis XVI da França, o casamento foi acertado e pousou para um quadro que seria enviado à França para ser conhecida pela família real. Em abril de 1769, o pastelista Ducreux que veio direto de Paris e teve dificuldade em reproduzir o resplendor de sua pele transparente que brilhava à luminosidade. Rosto oval, grandes olhos azuis, boca pequena e levemente desdenhosa, cabelo empoado erguido em ondas e preso com pérolas, a adolescente parece já saber quem é e o que lhe é devido. Sua expressão ainda infantil e a suavidade que emana de seu corpo franzino pedem clemência. Ela pousou com o objetivo de projetar uma imagem e não como era na realidade.

A data da cerimônia foi marcada para 16 de maio de 1770. Antônia teria 14 anos e meio e o dauphin não teria comemorado o seu 16º aniversário.

O noivo – Luís Augusto, neto de Luís XV rei da França, herdeiro do trono francês. Simples e de nenhuma sensibilidade. De boa estatura, havia crescido muito rapidamente e sua aparência não era imponente, não era corpulento e seu andar oscilante. Rosto de traços regulares, olhos azuis suaves e míopes. Voz sumida e nasal e seu riso gutural. Triste, tímido, cheio de sentimentos de inferioridade. Sem ter o amor dos pais, que haviam preferido o irmão mais velho, que falecera com 10 anos de idade, Luís Augusto acreditava ser indigno de seu destino real, como se estivesse usurpando o lugar do irmão.

A partida de Viena – em 21 de abril de 1770 Antônia, agora Marie Antoinette, a dauphine, partiu para a França em uma carruagem que parecia uma caixa de jóias. A viagem seria longa. Em 6 de maio a princesa dormiu pela última vez em solo alemão, em um pavilhão construído e projetado para assemelhar-se a um pequeno castelo. Antes de recolher-se ao quarto despediu-se de todas as pessoas que a haviam acompanhado. Despiu os trajes de viagem e envergou um vestido protocolar de tecido dourado. A princesa não foi obrigada a desnudar-se em público, como afirmaram alguns historiadores. Emocionada Maria Antonieta foi conduzida a um salão para uma majestosa poltrona colocada sob um dossel, enquanto os discursos de boas vindas se sucediam. Para comemorar sua chegada, as mais belas tapeçarias pendiam das sacadas, orquestras tocavam, cascatas de vinho corriam pelas ruas. Era de fato para qualquer pessoa esquecer a fadiga de dias de viagem. Por toda a parte as pessoas exultavam e aclamavam a jovem princesa.

O encontro – se deu e o príncipe intimidado deu um beijinho no rosto daquela desconhecida que em três dias estaria dormindo no mesmo leito que ele. Na carruagem real entre os dois soberanos, Maria Antonieta se expressava com facilidade e sorria desinibida, Luís XV ficou encantado com sua neta austríaca e sentiu grande afeição por ela.

O jovem casal vivia separado, como dois parentes bem-humorados que tivessem gostos diferentes. Eles se sentiam muito só. Luís por necessidade de afeto e Maria Antonieta por sentir saudades de seu lar.

Rainha
Luís XV faleceu em 10 de maio de 1774, e Luís Augusto torna-se Luís XVI, ao lado de sua rainha Maria Antonieta.

Enquanto Maria Antonieta saboreava as delícias de seu novo poder – o rei acabava de presenteá-la com o Petit Trianon, a casa de prazeres de proporções perfeitas que havia sido construída para Madame Pompadour, mas ela morrera antes que o prédio ficasse pronto e Luis XV a inaugurou com Madame du Barry – seu marido afundava em profunda perplexidade. Sua insolente juventude, seu visível desprezo pela etiqueta já haviam provocado dúvidas sobre sua conduta futura. Convencida de que por ser a rainha seus caprichos deveriam prevalecer sobre quaisquer outras considerações, Maria Antonieta recusava-se a ver os perigos que a cercavam. Adotou uma atitude de criança mimada sem perceber que seus inimigos estavam à espreita e sem dúvida aproveitariam os erros que ela cometesse. Era propensa a estado de depressão e melancolia. Tinha saudades da terra natal.

A coroação – enquanto o marido meditava sobre o significado e os compromissos que ela representava para um monarca cristão, Maria Antonieta via essa grandiosa cerimônia como a oportunidade para ser aclamada e admirada. Desde o século XVI, nenhuma soberana comparecera a essa solenidade, pois os três reis anteriores: Luís XIII, Luís XIV e Luís XV, haviam ascendido ao trono ainda tão jovens que nem tinham casado. A coroação foi em 11 de junho de 1775 em Reims, como de costume.

O herdeiro – Luís XVI havia compartilhado regularmente o leito de sua esposa, mas suas relações não haviam sido coroadas de sucesso, só em meados de abril de 1778, Maria Antonieta ficou grávida.

Para as rainhas de França, o parto era um cerimonial bárbaro e uma horrível provação: davam à luz em público, pois era de primordial importância que não pairasse dúvidas sobre a legitimidade da criança. O recém-nascido tinha que ser visto ainda ligado à mãe pelo cordão umbilical. Em 19 de dezembro de 1778 nasce uma menina, Maria Teresa e o título de madame royale. Maria Antonieta chorou muito quando lhe disseram o sexo da criança.

Mês de fevereiro começava, e Maria Antonieta estava grávida de novo. Em 22 de outubro de 1781, nasce o tão esperado dauphin. Foi batizado com o nome de Luís José Xavier. Criança fraca que sofreu de febres constantes, morre em 4 de junho de 1789.

Em 27 de março de 1785 nasce Luís Carlos, futuro Luís XVII. E em 9 de julho de 1786, nasce Sofia Helena Beatriz, que viveria somente 9 meses.

O começo da queda – na madrugada de 14 de julho de 1789, depois de grande confusão durante dias, a população ainda percorria as ruas. Os soldados tomaram partido dos insurgentes. A multidão sem controle , tomou 12 canhões e todas as 40 mil armas guardadas no porão do depósito de armas. Os parisienses estavam armados, precisavam de munição, invadiram a Bastilha, onde se dizia encontrariam a munição. Versalhes ficou em silêncio, a corte estava assustada, com as notícias de Paris. Em Versalhes e Paris só se falava em complô e conspirações. Em 5 de outubro de 1789, o povo de Paris, marchava sobre Versalhes!
  • primeiro uma procissão de mulheres, sob o comando de um dos conquistadores da Bastilha, as mulheres queriam protestar contra o desemprego e o alto custo do pão
  • a população inteira que marchava contra a monarquia gritando ameaças à rainha
O povo os obrigou a partir para Paris. Luís XVI, Maria Antonieta, os filhos, madame Elisabete e madame Tourzel entraram na mesma carruagem, a caminho da capital. Foram levados ao castelo de Tulherias, onde ocupariam um pequeno apartamento. Luís XVI já não era mais "rei da França pela graça de Deus", como seus predecessores, e sim "rei do povo francês pela graça de Deus e pela lei constitucional do Estado". Mas agora era prisioneiro do povo.

A Fuga – mais decidida do que nunca a deixar a prisão das Tulherias, Maria Antonieta prosseguia ativamente em seus preparativos para a fuga, marcada para 20 de junho 1791. Chegando o dia, nada no comportamento do rei e da rainha faria com que alguém suspeitasse de que haveria uma fuga. Todos de roupas simples partiram para a grande aventura. Farsen havia executado um golpe de mestre – a fuga da família real através de Paris. Mas dias depois, reconhecidos, caminharam todos de novo à Paris com a mesma carruagem, que já tinha sido sua esperança de liberdade. Veio a prisão, as humilhações, as mortes.

A morteLuís XVI morreu em 20 de janeiro de 1793. Maria Antonieta foi decapitada em 16 de outubro de 1793. Elisabete, a irmã do rei, foi guilhotinada em 10 de maio de 1794. A jovem Maria Teresa, continuou na prisão, e durante um ano não viu uma única pessoa. Em dezembro de 1795, França e Áustria negociaram uma troca de prisioneiros, ela foi libertada e levada para Viena. Oficialmente, segundo um registro de sua morte, o pequeno Luís XVII faleceu em 8 de junho de 1795. Muitas lendas surgiram sobre a morte do pequeno rei.

Hoje, a última rainha da França já não é considerada uma das grandes criminosas da história. Ao contrário, suscita interesse e compaixão. Após sua morte no cadafalso, entrou para o mundo da lenda e se tornou figura mítica.


Origem: 'Maria Antonieta, a última rainha da França' de Evelyne Lever.

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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