sábado, 17 de outubro de 2009

Museu Hermitage, S. Petersburgo – Rússia

Complexo principal, edifícios do Hermitage ao longo do rio Neva. Da esquerda para direita: O Teatro, a ponte sobre o Canal de Inverno, o Grande Hermitage, o Pequeno Hermitage e o Palácio de Inverno


O museu Hermitage localiza-se às margens do rio Neva, em São Petersburgo, na Rússia.
Fundado em 1764, tem como prédio principal o Palácio de Inverno, antiga residência dos czares russos, que foi projetada por Francesco Bartolomeo Rastrelli.

A disposição básica do museu ocupa 365 salas no complexo de prédios da instituição, que inclui 10 edifícios, 7 deles monumentos da cultura russa dos séculos XVIII e XIX. Desse total, 6 fazem parte do complexo principal do museu, que abriga exposições e recebe visitantes.

O museu é herdeiro da coleção de pinturas holandesas e flamengas da Imperatriz Catarina, a Grande. Seu acervo foi ampliado ao longo de dois séculos e meio e é composto por mais de 3 milhões de itens, que representam o desenvolvimento da cultura e da arte no mundo, desde a Idade da Pedra até o século XX.

  1. a maior coleção do museu é a de medalhas, brasões e insígnias, composta por cerca de 1,1 milhão de peças
  2. a ala de monumentos arqueológicos é a próxima em tamanho, com 734 mil objetos
  3. as pinturas são mais de 16 mil
  4. as esculturas mais de 12 mil peças
A coleção compreende peças da Antiguidade Clássica, Europa Ocidental, Rússia e outros países do Oriente.

O Hermitage também possui salas de exibição em Amsterdã, na Holanda, em Ferrara, na Itália, e em Londres, no Reino Unido.


______________O Museu________________
Em 1852, o primeiro museu da Rússia abriu suas portas para os visitantes no edifício Novo Hermitage. A tradição de colecionar peças de arte, que começou com Catarina, a Grande, tornou-se assunto do Estado.

Leo von Klenze, arquiteto responsável pelo projeto do Museu Hermitage, caracterizou o estilo do prédio como austero, mas de aparência monumental. O edifício é adornado com estátuas e baixos-relevos que aludem a artistas, arquitetos e escultores do passado. A larga fachada é repleta de motivos renascentistas e barrocos. O piso inferior foi projetado para abrigar as coleções de arte antiga, as esculturas modernas, desenhos, gravuras e a biblioteca. O piso superior foi designado para exibir as pinturas.

No acabamento das galerias, a arquitetura é clássica. Colunas de mármore e granito, paredes revestidas com estuque imitando mármore e grandes murais ornamentais. A escada principal, com sua colunata, cria um sentimento de grandeza nos visitantes.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas invadiram a Rússia e as ordens de Hitler sobre São Petersburgo diziam que a cidade deveria ser banida da face da Terra e que não havia interesse em preservar nenhuma parcela de sua população. As obras do Hermitage foram preservadas por seus funcionários, que evacuaram cerca de 1,2 milhão de obras e transportaram as que eram grandes demais para serem evacuadas para o subsolo, protegendo-as com sacos de areia. Os funcionários passaram a morar no museu junto com suas famílias, artistas e intelectuais. O prédio sofreu danos consideráveis, mas o acervo foi preservado.


______________As Obras________________
Uma grande quantidade de pinturas, aquarelas, gravuras e desenhos da época do último czar russo, Nicolau II, podem ser vistas no museu, inclusive objetos que pertenceram ao czar e à sua família.

A morte precoce de Alexander III, pai de Nicolau II, foi um baque para a família imperial. O acontecimento foi ilustrado em uma série de 11 aquarelas produzidas pelo artista húngaro Mikhai Zichy.

Posteriormente, o jovem Imperador casou-se com a Princesa Alice, de Hesse-Darmstadt e o evento teve a sua importância retratada pela obra do pintor dinamarquês Laurits Tuxen.

A coroação de Nicolau II também foi tema de várias obras que retrataram o jovem rei recebendo sua coroa no Kremlin, fortaleza que sedia o governo russo. Todas as camadas da sociedade celebraram o evento e compraram objetos para imortalizá-lo, como ícones de prata, porcelana e objetos de pedra produzidos pelas manufaturas imperiais ou medalhas com o retrato de Nicolau II e da princesa Alice.

A arte sacra também está representada no Museu Hermitage. A religião católica ortodoxa foi central na cultura russa. Todos os membros da família real eram muito religiosos e os aposentos reais eram adornados com muitos ícones, crucifixos e evangelhos que, depois da Revolução Socialista de 1917, passaram a fazer parte do acervo da instituição.


As fotos: 1• Cézanne – Maçãs, peras e uvas, 1879; 2• Van Gogh – Barcos em Saintes Marie, 1853; 3• Rembrandt – Saskia como Flora, 1634; 4• Canova – Eros e Psiquê, 1808



Origem: grandesmuseus.folha.com.br e Wikipédia

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D. Maria II rainha de Portugal

D. Maria II de Portugal ( Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga); nasceu no Rio de Janeiro em 4 de abril de 1819 e morreu em Lisboa, 15 de novembro de 1853. Filha do imperador D. Pedro I (Pedro IV de Portugal) e da imperatriz Leopoldina de Habsburgo. "A Educadora" ou "A Boa Mãe", chamada por virtude da aprimorada educação que dispensou ao seus muitos filhos. A princesa era loira, de pele muito fina, olhos azuis como a mãe austríaca. Foi a 31ª Rainha de Portugal e dos Algarves quando da abdicação do pai de 1826 a 1828 e de 1834 a 1853.



Reinado
D. Maria II era Rainha de Portugal depois da abdicação de seu pai, Pedro I (D. Pedro IV de Portugal) em 1826. Deixou o Rio de Janeiro a 5 de julho de 1828, sob o título de Duquesa do Porto, sendo reconhecidos os seus direitos à coroa de Portugal por algumas potências europeias.

D. Miguel de Bragança, seu tio, chegara a Lisboa a 9 de fevereiro de 1828 e desembarcara no dia 22, recebendo das mãos de D. Isabel Maria a regência, e ratificando a 26 o juramento que prestara à Carta Constitucional perante as cortes que a infanta havia convocado. Não tardou a mudar de resolução. A 13 de março dissolveu as cortes, convocando em 3 de maio o conselho dos três Estados para decidir a quem pertencia a coroa, segundo a antiga forma das cortes do país, quando se tratava de graves pontos de direito.

O conselho reuniu-se a 21 de junho e a 25, proclamando D. Miguel rei absoluto, em precipitada resolução, em vista do ato de reconhecimento do herdeiro da coroa prestado pela regência e real câmara dos pares, instituída pela Carta Constitucional, acerca da sucessão da Casa de Bragança nas duas coroas de Portugal e Brasil, e particularmente na de Portugal, já indicada nas conferências realizadas em Londres em agosto de 1823.

Reconhece a Independência do Brasil, onde a tal respeito foi apresentado na conferência de 9 de agosto o seguinte Artigo Secreto: «Como por causa da aceitação da renúncia pessoal do imperador do Brasil, D. Pedro, à Coroa de Portugal, as Cortes de Portugal devem determinar qual dos filhos do imperador será chamado à sucessão daquela coroa por morte do presente rei: entende-se que as ditas Cortes podem chamar à sucessão o filho mais velho do dito imperador do Brasil, ou a filha mais velha, na falta de descendência masculina.» (Lido em Biker, Supplemento).

D. Pedro, depois de proclamado Rei de Portugal, resolveu abdicar a coroa portuguesa para a filha D. Maria da Glória em 3 de maio, tendo em 29 de abril outorgado aos portugueses uma constituição livre, a Carta Constitucional. A abdicação era condicional:
  • a princesa casaria com seu tio Dom Miguel, e enquanto se não realizasse o consórcio, e o novo regime não dominasse em Portugal, continuaria a regência de Dona Isabel Maria em nome de D. Pedro IV.

A 31 de julho de 1826 foi jurada a Constituição em Portugal. D. Miguel, em Viena, também a jurou em 4 de outubro, pronto a obedecer às vontades do irmão D. Pedro, e efetuou, por procuração, seus esponsais com a sobrinha perante a corte de Viena, a 29 de outubro. Foi dispensado o impedimento de consanguinidade por breve do papa Leão XII, estando a rainha representada no ato, em virtude do alvará que para tal fim fora conferido em 28 de abril de 1826, pelo barão de Vila Seca, enviado extraordinário e ministro plenipotenciário do Império do Brasil junto à corte do imperador Francisco I, como participado às cortes pela infanta regente.

Em vista do procedimento do infante D. Miguel no ato de jurar a Carta Constitucional, quando tempos depois, no meio da agitação dos partidos que se gladiavam, dos tumultos e das revoltas, D. Isabel Maria adoeceu, D. Pedro não hesitou em nomear, em nome da rainha D. Maria II, D. Miguel seu lugar-tenente e regente do reino, por decreto de 3 de setembro de 1827, resolvendo enviar a filha para Viena a completar a educação na corte de seu avô.

O reinado foi interrompido pelo levantamento absolutista liderado por seu tio, noivo e regente D. Miguel I, que se proclamou rei de Portugal a 23 de junho de 1828. Começaram então as Guerras Liberais que se prolongam até 1834, ano em que Maria foi reposta no trono e D. Miguel exilado para a Alemanha.

O Marquês de Barbacena, chegando a Gibraltar com a princesa em 3 de setembro de 1828, teve conhecimento por um emissário do que se passava em Portugal. Teve a perspicácia de compreender que D. Miguel viera de Viena resolvido a pôr-se à frente do movimento absolutista, sendo assim perigoso a jovem rainha ir para Viena, e partiu para Londres, onde chegou a 7 de outubro. A política inglesa nada favorecia seus intuitos. O gabinete de lorde Wellington patrocinava abertamente D. Miguel, de sorte que o asilo que o Marquês procurara não era seguro.

O golpe de Estado de D. Miguel não passara sem protestos. As revoltas foram sufocadas. Deu-se então a batalha de 11 de agosto na vila da Praia, em que os miguelistas foram derrotados. A jovem rainha voltava para o Brasil. Na verdade, a situação de D. Maria II na corte inglesa, ao lado do ministério no poder, tornava-se embaraçosa e humilhante. A rainha saiu de Londres para ir encontrar com sua futura madrasta, D. Amélia de Leuchtenberg. Partiram juntas em 30 de agosto de 1829 para o Rio, chegando a 16 de outubro.

Em 1831, D. Pedro I abdicou (7 de abril) a coroa do Brasil em nome do seu filho D. Pedro II, irmão de D. Maria II, e veio para a Europa com a filha e a segunda mulher, sustentar os direitos da filha à coroa de Portugal. Tomou o título de Duque de Bragança, e de Regente em seu nome.

D. Pedro desembarcava em França, sendo acolhido com simpatia pelo novo governo e por Luís Filipe I. O governo de D. Miguel desacatara as imunidades dos súbditos franceses, não satisfizera de pronto as reclamações do governo francês, que mandara uma esquadra comandada pelo almirante Roussin forçar a barra de Lisboa e impor humilhantes condições de paz.

D. Pedro deixou a filha em Paris para acabar a sua educação, entregue à madrasta, com bons mestres, e partiu para os Açores à frente duma expedição organizada na ilha de Belle-Isle, reunindo seus partidários. Chegando aos Açores a 3 de março de 1832, formou novo ministério, juntou pequeno exército, cujo comando entregou ao Conde de Vila Flor, meteu-o a bordo duma esquadra que entregou ao oficial inglês Sartorius, e partiu para Portugal continental. Seguiu-se o cerco do Porto e uma série de combates. Porto e Lisboa, as principais cidades, estavam no poder dos liberais. D. Pedro veio para Lisboa, e mandou vir sua filha de Paris.

  • O Teatro Nacional D. Maria II, no Rossio (zona central de Lisboa), tem o seu nome por ter sido inaugurado no dia de aniversário da rainha.



Casamento
Com dispensa papal, por procuração, em 29 de outubro de 1826 casou-se com seu tio, o Infante D. Miguel (1802-66). O casamento foi dissolvido ou anulado em 1 de dezembro de 1834.

Casou em Munique por procuração em 5 de novembro de 1834 e em pessoa em Lisboa em 26 de janeiro de 1835 com o príncipe D. Augusto de Beauharnais. Batizado Augusto Carlos Eugênio Napoleão de Beauharnais, nascera em Milão 9 de dezembro de 1810 e morreria em 8 de março de 1835 de difteria, no Paço Real das Necessidades, em Lisboa. Segundo duque de Leuchtenberg, Príncipe de Eichstadt, feito Príncipe de Portugal pelo casamento, 1° Duque de Santa Cruz no Brasil, feito em 5 de novembro de 1829 por seu sogro e cunhado D. Pedro I. Era filho de Eugênio de Beauharnais e da princesa Augusta da Baviera, e irmão mais velho da imperatriz D. Amélia, madrasta de Maria II.


O sobrinho do rei Leopoldo I dos belgas: o Príncipe D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, baptizado Fernando Augusto Francisco Antônio de Saxe-Coburgo-Gotha, nascido em Viena em 29 de outubro de 1816 e falecido em Lisboa a 15 de dezembro de 1885 no Paço Real das Necessidades, estando sepultado em mosteiro de São Vicente de Fora. Casamento em Lisboa em pessoa na Sé patriarcal em 8 de abril de 1836. Rei Consorte como Fernando II em 16 de setembro de 1837, após o nascimento de um filho varão. Regente do reino durante a menoridade do filho Pedro V e depois até a chegada a Portugal do filho Luís I. Tiveram 12 filhos. D. Maria tinha sido muito avisada pelos médicos dos riscos de ter um filho por ano, ao que terá respondido:
Se tiver que morrer, morro no meu posto.
Foi o que sucedeu, morre vítima do seu 11º parto (príncipe Eugênio) em 1853.

  • Jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.



Descendência
– De D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota:
  1. Pedro V, rei de Portugal (1837-1861) – sucedeu a mãe
  2. Luís I, rei de Portugal (1838-1889) – sucedeu o irmão
  3. Maria (1840)
  4. João, Duque de Beja (1842-1861)
  5. Maria Ana (1843-1884) casou com o rei Jorge I da Saxônia
  6. Antônia (1845-1913), casou com o príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen
  7. Fernando (1846-1861)
  8. Augusto, Duque de Coimbra (1847-1889)
  9. Leopoldo (1849)
  10. Maria da Glória (1851)
  11. Eugênio (1853)


Origem: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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