quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Museu da Acrópole – Grécia

O Museu da Acrópole foi fundado por um decreto de 1863, emitido por Kyriakos Pittakis. A construção, um projeto de Panagis Kalkou, iniciou um ano mais tarde, sob o Eforado de Panayiotis Eustratiades no local sugerido por Pittakis e T. Hansen, sobre a Acrópole de Atenas, onde antes existiu um santuário dedicado a Pandion. Nas escavações preparatórias já foram encontradas esculturas que hoje são expostas nas salas do museu.

O antigo prédio foi concluído em 1874, sendo o primeiro museu grego a ser instalado em um edifício construído especialmente para uso como museu. Tem externamente 800 m², distribuídos em oito salas de exposição, e foi concebido para permanecer pouco perceptível em meio ao conjunto arquitetônico da Acrópole, estando incrustado na rocha e adentrando o subsolo. Os trabalhos de instalação do acervo se prolongaram até 1888, mas com os constantes novos achados arqueológicos no local, novas alas foram acrescentadas já em 1888, e novamente após a I Guerra Mundial.

Entre 1946 e 1947 foram executadas novas obras, o pequeno edifício inicial foi demolido e as alas mais modernas foram expandidas para o sul, com a criação das salas da Gigantomaquia e da Alcova e novos depósitos. Todo o sistema de exposição foi reorganizado, sendo reinaugurado em dezembro de 1964. Em 1998 o museu foi outra vez remodelado, adicionando-se duas novas unidades temáticas e reorganizando-se os itens expostos.

Em junho de 2007 o museu foi fechado e sua coleção começou a ser transferida para novas instalações localizadas a cerca de 300 metros da Acrópole, reaberto ao público em junho de 2009. A nova sede possui cerca de 25 mil m² e foi projetada para resistir a terremotos. O custo da obra está orçado em 129 milhões de euros e foi necessária a demolição de diversas residências do local. As escavações para os alicerces revelaram vestígios de construções pavimentadas de mosaicos, que serão mantidos in situ para visitação.

A coleção do Museu da Acrópole, como seu nome sugere, consiste basicamente dos achados arqueológicos da própria Acrópole. O acervo começou a ser reunido com as escavações levadas a cabo no século XIX, que recolheram algumas esculturas clássicas e objetos votivos dedicados ao culto de Atena.

Desde então, com o prosseguimento das pesquisas, novos itens têm sido continuamente incorporados ao acervo. As peças, nas antigas instalações que ora estão em mudança para a nova sede, estavam organizadas em ordem cronológica em nove salas temáticas, um esquema estabelecido em 1960 por Yannis Miliadis e que vinha sendo mantido, com algumas adaptações para acomodar novas aquisições.

A partir de 1975 o programa de conservação dos monumentos da Acrópole (o Partenon, o templo de Atena Niké e o Erecteion) decidiu que as esculturas originais que ainda existiam nas ruínas começassem a ser transferidas para o museu, sendo substituídas por réplicas.

Em 1999 foi exposto o Cavaleiro arcaico e o friso do templo de Atena Niké, removido de seu local de origem. Recentemente novos itens foram acrescentados, como a cabeça de Artemis Brauronia e artefatos em terracota e miniaturas arcaicas.

– Até 2006:
  • salas I, II e V – estavam expostos pedimentos e outros elementos arquitetônicos do período arcaico, oriundos do primeiro Partenon estabelecido no local (o Hekatompedos) e de outros edifícios menores. As images que estes elementos mostram incluem uma apoteose de Hércules, leões e leoas, seres tricéfalos e cenas da Gigantomaquia.
  • salas II a VI – se mostravam algumas das peças mais importantes da arte grega dos períodos arcaico e severo, como a série de cavaleiros e o grupo de korai e kouroi, e estátuas de Atena.
  • salas V, VII, VIII e IX – com a decoração escultórica do Partenon, do Erecteion e do templo de Atena Niké, onde se incluem as famosas cariátides do Erecteion, além de cópias dos relevos e frisos levados para a Inglaterra por Lord Elgin.
  • lobby e nas salas menores – estavam os achados dos períodos clássico, helenístico e antigo tardio, com bustos, relevos e estatuária. Destaques destes espaços são a estátua de Procne (possivelmente obra de Alcamenes), a cabeça de Alexandre, o grande, e o afamado Relevo Lenormant, representando uma trirreme ateniense.

Está prevista a reformulação de todo o sistema expositivo quando terminar a transferência das obras para a nova sede.


As cariátides originais do Erecteion...............................................Estátua monumental de Atena em combate

Novo edifício
O novo edifício tem três andares, vistas panorâmicas da Acrópole e abriga cerca de 350 objetos e esculturas que anteriormente podiam ser vistas num pequeno espaço situado no alto do monte.

  • primeiro andar: encontram-se cerâmicas e esculturas, enquanto as famosas cariátides, colunas esculpidas na forma de mulheres, que sustentavam o pórtico sul do templo de Erecteion, agora decoram a rampa que leva ao segundo andar.
  • segundo andar: pode-se ver as esculturas dos templos de Atena e o propileu na entrada da Acrópole.
  • terceiro andar: está uma reconstrução dos mármores do Partenon – frisos do Partenon, painéis esculpidos em mármore que circundavam esse que era um dos principais templos da Acrópole, construído no século V aC. A maioria desses painéis encontra-se hoje no Museu Britânico, e a Grécia reivindica sua devolução há décadas.



O museu terá o piso em vidro, permitindo que os visitantes vejam, o subsolo, as escavações arqueológicas realizadas no local. (ao lado foto da entrada do museu com vista para as escavações)



Origem: Wikipédia

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Grécia Antiga

Grécia Antiga é o termo geralmente usado para descrever, em seu período clássico antigo, o mundo grego e áreas próximas: Chipre, Anatólia, sul da Itália, da França e costa do mar Egeu, além de assentamentos gregos no litoral de outros países como o Egito.

Não existe uma data fixa ou sequer acordo quanto ao período em que se iniciou e terminou a Grécia Antiga. O uso comum situa toda história grega anterior ao império romano como pertencente a esse período. Alguns escritores incluem o período minóico e o período micênico (entre 1600 e 1100 aC) dentro da Grécia Antiga, enquanto que outros argumentam que essas civilizações eram tão diferentes das culturas gregas posteriores que, mesmo falando grego, devem ser classificadas à parte. (Zeus na foto ao lado)

Tradicionalmente, a Grécia Antiga abrange desde os primeiros Jogos Olímpicos em 776 aC (alguns historiadores estendem o começo para 1000 aC) até à morte de Alexandre "o Grande" em 323 aC. O período seguinte é o do helenismo.

Estas datas são convenções dos historiadores e alguns autores chegam mesmo a considerar a Grécia Antiga como um período presente até o advento do cristianismo, no terceiro século da era cristã. Os antigos gregos autodenominavam-se helenos, e a seu país chamavam Hélade. Nunca chamaram a si mesmos de gregos nem à sua civilização Grécia, pois ambas essas palavras são latinas, tendo sido-lhes atribuídas pelos romanos.

A área ocupada pela antiga civilização grega não se identifica completamente com a área da Grécia contemporânea. Além disso, não existiu um estado politicamente unificado entre os Gregos antigos.

Localização
Situada na porção sul da Península Balcânica, o território da Grécia continental caracteriza-se pelo seu relevo montanhoso. A cordilheira dominante é a dos Montes Pindo que separa a costa oriental, banhada pelo mar Egeu, da costa ocidental, banhada pelo mar Adriático. Na Grécia central, entre o golfo de Corinto e o mar da Eubéia, situa-se a Beócia, cuja principal cidade na antiguidade era Tebas. Os Montes Citéron separavam a Beócia da península da Ática, onde se encontram as cadeias do Himeto, do Pentélico e do Parnes. No Peloponeso distinguiam-se também várias regiões. Ao centro, situa-se a Arcádia, uma planície rodeada por montanhas. A Lacônia situa-se na região sudeste, compreendendo o vale do Rio Eurotas, delimitado a oeste pelo Monte Taígeto e a oriente pelo Monte Párnon. No sudoeste do Peloponeso está a Messênia.

Grécia insular
No mar Egeu encontram-se várias ilhas, que recebem o nome genérico de Espórades. As Espórades compreendem dois grupos, o das ilhas do norte e as ilhas do sul. As Cíclades, que receberam esta designação por se disporem em círculo em torno da ilha de Delos, são ilhas de pequena dimensão. Do grupo de ilhas do Dodecaneso (Dhodhekánisos, "doze ilhas", apesar de serem cerca de 160), destaca-se a ilha de Rodes.

Origem
Os gregos originaram-se de povos que migraram para a península balcânica em diversas ondas, com início no terceiro milênio aC. Entre os invasores, merecem destaque os pioneiros: os aqueus, os jônicos, os dóricos e os eólios; todos indo-arianos provenientes da Europa Oriental. As populações invasoras são em geral conhecidas como "helênicas", pois sua organização de clãs fundamentava-se, no que concerne à mística, na crença de que descendiam do deus Heleno – filho de Deucalião e Pirra. A última das invasões foi a dos dóricos, já em fins do segundo milénio aC .

Períodos:
  1. Pré-Homérico (1900-1100 aC) — Período antes da formação do homem grego e da chegada cretense e fenícia. Nessa época, estavam se desenvolvendo as civilizações Cretense ou Minóica (ilha de Creta) e a Micênica (continental).
  2. Homérico (1100-700 aC) — Quando acontece a chegada de Homero, que foi considerado marco na história por suas obras, Odisséia e Ilíada. Período que iniciou a ruralização e comunidade gentílica (comunidade na qual um ajuda o outro na produção e colheita). Só plantavam o que iriam consumir (quando a terra não estava fértil saíam em busca de terra).
  3. Obscuro (1150-800 aC) — Chegada dos aqueus, dóricos, eólios e jônicos; formação dos génos; ausência da escrita.
  4. Arcaico (800-500 aC) — Formação da pólis; colonização grega; aparecimento do alfabeto fonético, da arte e da literatura além de progresso econômico com a expansão da divisão do trabalho, do comércio, da indústria e processo de urbanização. É neste período onde os vários modelos das pólis vão se constituindo, definindo assim a estrutura interna de cada cidade-Estado.
  5. Clássico (500-338 aC) — O período de esplendor da civilização grega, ainda que discutível. As duas cidades consideradas mais importantes desse período foram Esparta e Atenas, além disso outras cidades muito importantes foram Tebas, Corinto e Siracusa. Neste momento a História da Grécia é marcada por uma série de conflitos externos (Guerras Médicas) e interno (Guerra do Peloponeso).
  6. Helenístico (338-146 aC) — Crise da pólis grega, invasão macedônica, expansão militar e cultural helenística, a civilização grega se espalha pelo Mediterrâneo e se funde a outras culturas.

Religião
Os gregos praticavam um culto politeísta antropomórfico, em que os deuses poderiam se envolver em aventuras fantásticas, tendo, também, a participação de heróis (Hércules, Teseu, Perseu, Édipo) que eram considerados divinos. Não havia dogmas e os deuses possuíam tanto virtudes quanto defeitos, o que os assemelhava aos mortais no aspecto de personalidade. Para relatar os feitos dos deuses e dos heróis, os gregos criaram uma rica Mitologia. Normalmente, as cerimônias públicas, mesmo de cunho político, eram antecedidas por práticas religiosas, o que reflete a importância da religião entre os gregos antigos. Mas essa religião foi superada pela Filosofia.

Monte Olímpo (morada dos deuses)

Apesar da autonomia política das cidades-estados, os gregos estavam unificados em termos religiosos. Entre as divindades cultuadas estavam:
  • Zeus (senhor dos deuses),
  • Deméter (deusa da terra),
  • Poseidon (deus do mar),
  • Afrodite (deusa do amor),
  • Apolo (deus da luz e das artes),
  • Dionísio (deus do vinho),
  • Atena (deusa da sabedoria),
  • Artêmis (deusa da caça),
  • Hermes (deus das comunicações),
  • Hera (protetora das mulheres) e muitas outras.

Além dos grendes santuários como os de Delfos, Olímpia e Epidauro, os oráculos também recebiam grandes multidões, pois lá se acreditava receber mensagens diretamente dos deuses. Um exemplo claro estava no Oráculo de Delfos, onde uma pitonisa (sacerdotisa do templo de Apolo) entrava em transe e pronunciava palavras sem nexo que eram interpretadas pelos sacerdotes, revelando o futuro dos peregrinos.

Jogos Olímpicos
A partir de 776 aC, de quatro em quatro anos, os gregos das mais diversas cidades reuniam-se em Olímpia para a realização de um festival de competições. Os jogos olímpicos eram realizados em honra a Zeus (o mais importante deus grego) e incluíam provas de diversas modalidades esportivas: corridas, saltos, arremesso de disco, lutas corporais. Além do esporte havia também competições musicais e poéticas.

Os Jogos Olímpicos eram anunciados por todo o mundo grego 10 meses antes de sua realização. Os gregos atribuíam tamanha importância a essas competições que chegavam a interromper guerras entre cidades (trégua sagrada) para não prejudicar a realização dos jogos. Havia, entretanto, proibição à participação das mulheres, seja como esportistas, seja como espectadoras.

Os atletas que participavam das competições eram respeitados pelos gregos em geral. O prêmio para os vencedores era apenas uma coroa feita com ramos de oliveira colhidos num bosque consagrado a Zeus. Poetas, como Píndaro, faziam poemas em sua homenagem, e o governo erguia-lhes estátuas.

Os Jogos Olímpicos da Idade Antiga foram celebrados até 393 dC, quando o imperador romano Teodósio, que era cristão, mandou fechar o templo de Zeus em Olímpia, para combater cultos não-cristãos. Quinze séculos depois o educador francês Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin (1836-1937), empreendeu esforços para restaurar os Jogos Olímpicos. Em 1896, foram realizados em Atenas os primeiros Jogos Olímpicos da época contemporânea. As atuais Olimpíadas, também realizadas de quatro em quatro anos, reunindo atletas de diversos países do mundo, procuram preservar o ideal de unir os povos por meio do esporte.

Legado
A cultura da Grécia Antiga é considerada a base da cultura da civilização ocidental. A cultura grega exerceu poderosa influência sobre os romanos, que se encarregaram de repassá-la a diversas partes da Europa. A civilização grega antiga teve influência na linguagem, na política, no sistema educacional, na filosofia, na ciência, na tecnologia, na arte e na arquitetura moderna, particularmente durante a renascença da Europa ocidental e durante os diversos reviveres neoclássicos dos séculos XVIII e XIX, na Europa e Américas.

Conceitos como cidadania e democracia são gregos, ou pelo menos de pleno desenvolvimento na mão dos gregos. Qualquer história da Grécia Antiga requer cautela na consulta a fontes. Os historiadores e escritores políticos cujos trabalhos sobreviveram ao tempo eram, em sua maioria, atenienses ou pró-atenienses, e todos conservadores. Por isso se conhece melhor a história de Atenas do que a história das outras cidades; além disso, esses homens concentraram seus trabalhos mais em aspectos políticos (e militares e diplomáticos, desdobramentos daqueles), ignorando o que veio a se conhecer modernamente por história econômica e social. Toda a história da Grécia antiga precisa dar atenção à condução parcial pelas fontes.

Origem: Wikipédia

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Maria Teresa da Áustria


Maria Teresa (Maria Theresia em alemão e Mária Terézia em húngaro), nasceu em 13 maio 1717 e faleceu em 29 novembro 1780, a primeira e única mulher a chefiar a Casa de Habsburgo. Arquiduquesa da Áustria, rainha da Hungria e da Boêmia e soberana de outros territórios de 1740 até a sua morte. Tornou-se a Sacra Imperatriz Romano-Germânica quando seu marido foi eleito Sacro Imperador. Chefiou um dos Estados mais importantes de seu tempo, governando grande parte da Europa Central.



  • Sua Alteza Imperial e Real Maria Teresa,
  • Princesa Imperial,
  • Arquiduquesa da Áustria,
  • Princesa Real da Hungria e da Boêmia,
foi a filha mais velha de Carlos VI, cujo único herdeiro varão - seu filho Leopoldo João - morreu na infância em 1716. Em 1713, Carlos promulgou a Pragmática Sanção, que garantia a sua filha o direito de sucedê-lo no trono austríaco e de herdar o conjunto do território imperial após a morte do pai. De início, muitos monarcas europeus concordaram com a Sanção Pragmática; entretanto, após a subida de Maria Teresa ao trono com a morte de Carlos, em 20 de outubro de 1740, a Guerra de Sucessão Austríaca começou.

Casamento – casou-se com Francisco Estêvão, Duque da Lorena, o que o fez Sacro Imperador. No total, tiveram 16 filhos - 11 filhas (todas chamadas Maria) e 5 filhos. Sua filha mais moça era Maria Antonieta, que se casaria com o futuro Luís XVI de França. Após a morte de seu marido, Maria Teresa tornou seu filho José co-regente dos territórios austríacos, mas ela manteve o poder nas mãos.

Maria Teresa não havia sido preparada para governar (seu pai presumiu que ela deixaria ao marido esta tarefa) e encontrou um país com um exército fraco e o tesouro vazio.

Guerras – a guerra da Sucessão Austríaca começou quando Frederico II da Prússia invadiu e ocupou a Silésia. Embora a Baviera e a França também houvessem invadido territórios austríacos a oeste, foi Frederico (mais tarde conhecido como Frederico, "o Grande") que se tornou seu principal adversário. Portanto, concentrou-se em derrotar a Prússia e retomar as terras austríacas perdidas.

Em 1748, a França devolveu os Países Baixos austríacos que havia tomado da Áustria. Em troca, Maria Teresa cedeu Parma, Piacenza e Guastalla para o Infante Filipe de Espanha.

A Imperatriz aumentou o exército em 200% e reformou os impostos de maneira a garantir uma renda anual constante para financiar o governo e as forças armadas. Centralizou o governo ao fundir as chancelarias austríaca e boêmia. Criou uma suprema corte com a função de distribuir justiça e estabeleceu academias militar e de ciências da engenharia. Suas reformas fortaleceram a economia.

Quando se preparava para atacar a Prússia em 1756, Frederico II atacou primeiro, invadindo a Saxônia, aliada da Áustria, o que começou a Guerra dos Sete Anos. O conflito terminou em 1763, com o Tratado de Hubertusberg, que reconheceu o domínio prussiano sobre a Silésia.

Reformas civis – nos últimos anos de seu reinado, Maria Teresa concentrou-se em reformar as leis, o que fez com que muitos a vejam como uma monarca relativamente avançada para a época. Em 1771, promulgou a Patente Robot, uma reforma que regulava o pagamento pelo trabalho dos servos. Outras reformas importantes incluem a proibição de queimar bruxas na fogueira e da tortura e a abrogação da pena de morte no código penal, substituída por trabalhos forçados (a pena capital foi posteriormente reincluída no código). O ensino obrigatório foi aprovado em 1774.



Morte – Maria Teresa morreu em 1780, a única mulher a reinar em toda a história de 650 anos da dinastia dos Habsburgos. Foi sepultada na tumba no. 56 da Cripta Imperial em Viena (foto ao lado). Seu filho José II sucedeu-a.






Descendência – do seu casamento com Francisco Estêvão, Duque da Lorena, o futuro Francisco I da Germânia, teve os seguintes filhos:
  1. Maria Isabel, Arquiduquesa da Áustria (1737-1740) herdeira aos títulos de Rainha da Hungria e Boêmia de 1737 a 1740.
  2. Maria Ana, Arquiduquesa da Áustria (1738-1789) herdeira aos títulos de Rainha da Hungria e Boêmia de 1740 a 1741.
  3. Maria Carolina, Arquiduquesa da Áustria (1740-1741).
  4. José II (1741-1790) Arquiduque da Áustria, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico desde 1765, Rei da Hungria e Boêmia desde 1780. Sucedeu à mãe.
  5. Maria Cristina, Arquiduquesa da Áustria (1742-1798), casou com Alberto de Saxe-Teschen (1738-1822).
  6. Maria Isabel, Arquiduquesa da Áustria (1743-1808)
  7. Carlos José Manuel, Arquiduque da Áustria (1745-1761)
  8. Maria Amália, Arquiduquesa da Áustria (1746-1804), casou com Fernando, Duque de Parma (1751-1802).
  9. Leopoldo II (1747-1792), Arquiduque da Áustria, Grão-duque da Toscana de 1765 a 1790, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico e Rei da Hungria e Boêmia desde 1790. Sucedeu ao irmão.
  10. Maria Carolina, Arquiduquesa da Áustria (1748)
  11. Maria Joana Gabriela, Arquiduquesa da Áustria (1750-1762)
  12. Maria Josefa, Arquiduquesa da Áustria (1751-1767)
  13. Maria Carolina, Arquiduquesa da Áustria (1752-1814), casou com o rei Fernando IV de Nápoles e Sicília (1751-1825).
  14. Fernando, Arquiduque da Áustria, Duque de Breisgau (1754–1806), casou com Maria Beatriz d'Este, herdeira de Breisgau e de Modena;
  15. Maria Antonieta (Maria Antónia), Arquiduquesa da Áustria (1755-1793) casou com Luís XVI de França.
  16. Maximiliano Francisco, Arquiduque da Áustria (1756-1801), Arcebispo-Eleitor de Colônia desde 1784.


Fonte: Wikipédia

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Zoé, imperatriz de Bizâncio



Zoé (em grego: Ζωή, Zōē, "vida"), (c. 978-1050) – imperatriz de Bizâncio partilhando o poder de 15 novembro 1028 a 1050, e única imperatriz de 19 abril a 11 junho 1042. Zoé era a filha de Constantino VIII; que se tornara co-imperador em 962, e único imperador em 1025; e de Helena. Constantino reinou apenas três anos, entre 15 dezembro 1025 e 15 novembro 1028.




Preocupado com a perspectiva de associar outro homem ao trono imperial, Constantino VIII impedira as suas filhas de se casarem até ao final da sua vida. Antes de falecer, Constantino casara Zoé com o seu herdeiro designado Romano III Argiro, prefeito (eparca) de Constantinopla, a 21 de novembro de 1028, Zoé com 50 anos de idade e, apesar de diversas tentativas, não conseguira gerar um herdeiro para o trono. Romano III sucedeu no trono apenas três dias depois do seu casamento, e a questão sucessória aprofundou as divergências entre o casal. Romano dificultou ainda mais a convivência ingonrando a sua esposa e impondo-lhe cortes nas despesas. Zoé se apaixona pelo cortesão Miguel.

A 11 de abril de 1034 Romano III foi encontrado morto no banho, e correram rumores de que fora ou envenenado ou afogado a mando de Zoé e de Miguel. Zoé casou-se com o seu amante nesse mesmo dia e este reinou como Miguel IV até à sua morte em 1041. Embora Miguel fosse um marido mais atencioso, Zoé continuou excluída da política pelo monopólio imposto pelo irmão de Miguel, João, o Eunuco. A imperatriz chegou mesmo a conspirar contra o cunhado em 1037 ou 1038.

Pouco antes da morte de Miguel IV em dezembro de 1041, os esposos adotaram um sobrinho, filho de uma irmã de Miguel IV. Meses depois de ter subido ao trono, Miguel V encerrou a sua mãe adotiva num convento. A população de Constantinopla, leal a Zoé, o obrigou a libertar rapidamente a imperatriz e a sua irmã mais nova Teodora em abril de 1042. As irmãs depuseram Miguel V, cegaram-no e exilaram-no num mosteiro, onde aquele morreu nesse mesmo ano. Zoé partilhou o poder com Teodora durante dois meses até conseguir encontrar um novo marido, o terceiro e último de acordo com as regras da Igreja. Escolheu Constantino IX (reinou entre 1042 e 1055), que lhe sobreviveu apenas quatro anos. Zoé morreu em 1050.

Pelas crônicas da época, Zoé era senhora de uma beleza espantosa, e um cronista relata mesmo que "tal como uma galinha bem assada, todas as partes nela eram firmes". Tinha noção dos seus encantos e usou-os enquanto pôde: diz-se que transformou parte dos seus aposentos em laboratórios onde investigava unguentos e óleos de forma a conservar a sua pele sem rugas até aos 60 anos de idade.

Origem: Wikipédia

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Os Bourbons




A Casa de Bourbon ou Burbom (Borbón em castelhano e Borbone em italiano) é uma importante casa real europeia. Durante o século XVI, os reis Bourbon governaram Navarra e França. Já no século XVIII, membros da dinastia Bourbon detiveram tronos na Espanha e no sul da Itália. Outros Bourbon detiveram importantes ducados. A Espanha é atualmente uma monarquia governada pelos Bourbon.




Os monarcas Bourbon começaram a governar Navarra em 1555. Na França, por sua vez, a dinastia Bourbon inicia-se em 1589 com Henrique IV e estende-se até 1792, quando a monarquia é derrubada durante a Revolução Francesa, com a prisão de Luís XVI e estabelecimento da Primeira República. Restaurada brevemente em 1814 e definitivamente em 1815 após a queda do Primeiro Império Francês, a dinastia Bourbon é finalmente derrubada na França durante a Revolução de Julho de 1830. Uma ramificação da Casa de Bourbon, a Casa de Bourbon-Orléans, governou a França por 18 anos.

Filipe V de Espanha foi o primeiro da dinastia Bourbon a governar a Espanha, iniciando o seu reinado em 1700. A dinastia Bourbon na Espanha foi derrubada e restaurada inúmeras vezes reinando:
  • de 1700 a 1808,
  • de 1813 a 1868,
  • de 1875 a 1931, e
  • de 1975 até o presente.
Da linha de sucessão espanhola originaram-se a linha do Reino das Duas Sicílias (1734-1806 e 1815-1860, e na Sicília apenas no período de 1806-1816), a família Bourbon da Sicília e os governantes Bourbon do Ducado de Parma. Em 1919, a Grã-Duquesa Charlotte de Luxemburgo casou-se com o caçula da linhagem Bourbon de Parma, e assim, consequentemente, os seus sucessores, que governaram em Luxemburgo desde a sua abdicação em 1964, pertenceram, tecnicamente, à Casa de Bourbon.


______________Origem da Casa de Bourbon_________________
Henrique III de Navarra foi o primeiro da dinastia dos Bourbon na França, vindo a se tornar Henrique IV de França. A nobreza da família dos Bourbon data, do início do século XIII, quando o patrimônio dos Bourbon foi assumido por um lorde que era vassalo do Rei da França. Em 1268, Roberto, Conde de Clermont, 6º filho do Rei Luís IX de França, casou-se com Beatriz da Borgonha, herdeira do senhorio de Bourbon. Seu filho, Luís, tornou-se Duque de Bourbon em 1327. A linhagem de seus herdeiros foi desapossada do ducado em 1523 em função da traição do Duque Carlos III, mas a linhagem de La Marche-Vendôme adquiriu o Ducado de Vendôme. A ramificação Bourbon-Vendôme tornou-se a casa real governante primeiro do Reino de Navarra em 1555 e da França em 1589, quando Henrique III de Navarra tornou-se Henrique IV, Rei da França.


  • Lista de governantes Bourbon
– Monarcas da França (data dos reinados)
Henrique IV, o Grande (1589–1610);
Luís XIII, o Justo (1610–1643);
Luís XIV, o Rei Sol (1643–1715);
Filipe de Orléans (Regente) (1715–1723);
Luís XV, o Bem-Amado (1715–1774);
Luís XVI (1774–1793);
Luís XVII (1793–1795) (não reinou de fato);
Luís XVIII (1814–1824);
Carlos X (1824–1830);
Luís XIX (1830) (não reinou de fato);
Henrique V (1830) (não reinou de fato).

– Monarcas da Espanha (data dos reinados)
Felipe V, 1700–1724 e 1724–1746 (neto do Rei Luís XIV de França)
Luis I, 1724 (reinou em menos de um ano)
Fernando VI, 1746–1759
Carlos III, 1759–1788
Carlos IV, 1788–1808
Fernando VII, El Deseado 1813–1833
Isabel II, La Chata 1833–1868
Alfonso XII, 1875–1885
Alfonso XIII, 1886–1931
Juan Carlos I, 1975 – Presente

– Outros títulos importantes exercidos pelos Bourbons
Reis das Duas Sicílias
Grãos-Duques de Luxemburgo
Duques de Bourbon
Duques de Montpensier
Duques de Vendôme
Duques de Orléans
Duques de Parma
Príncipes de Condé
Príncipes de Conti
Príncipes d'Orléans-Bragança

Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Istambul – Turquia

Istambul (em turco İstanbul) é a maior cidade da Turquia, e uma das maiores da Europa e da Ásia, com 8.803.468 habitantes na cidade e 10.018.775 em sua região metropolitana (censo de 2000). Segundo as últimas estimativas do censo (20 de julho de 2005) a população da aglomeração é de aproximadamente 11.322.000 habitantes, constituída, em sua imensa maioria, por muçulmanos, e uma minoria de cristãos (68.000) e de judeus (20.000).

Foi também a capital administrativa da Província de Istambul na chamada Rumelia ou Trácia Oriental. Era denominada Bizâncio até 330 dC, e Constantinopla até 1453, nome bastante difundido no Ocidente até 1930. Durante o período otomano, os turcos chamavam-na de Istambul, nome oficialmente adotado em 28 de março de 1930.

Foi sucessivamente a capital do Império Romano do Oriente, do Império Otomano e da República da Turquia até 1923. Atualmente, embora a capital do país seja Ancara, Istambul continua sendo o principal pólo industrial, comercial, cultural e universitário (abriga mais de uma dezena de universidades). É a sede do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, sede da Igreja Ortodoxa. As zonas históricas de Istambul foram declaradas patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1985, pelos seus importantes monumentos e ruínas históricas.

O atual nome da cidade em turco, İstanbul (AFI: [isˈtambul] ou, coloquialmente, [ɨsˈtambul]) vem sendo usado para descrever a cidade, nas diversas de suas variações, desde pelo menos o século X; vem sendo o nome comum da cidade no turco falado desde a Queda de Constantinopla, em 1453, e sua subsequente conquista pelos otomanos. Etimologicamente o nome é derivado da frase grega medieval "εἰς τὴν Πόλιν" [istimˈbolin] ou, no dialeto egeu, "εἰς τὰν Πόλιν" [istamˈbolin] (em grego moderno: "στην Πόλι" [stimˈboli]), que significa "na cidade", "à cidade" ou "centro da cidade".

Bizâncio é o primeiro nome da cidade, e foi dado por colonos da cidade-Estado de Megara em homenagem e seu rei, Bizas, quando fundaram a cidade em 667 aC. Quando o imperador romano Constantino, "o Grande" fez da cidade a nova capital oriental do Império Romano, em 11 de maio de 330, ele a concedeu o nome de Nova Roma. Constantinopla (Cidade de Constantino) foi o nome que a cidade acabou se tornando mais conhecida; apareceu pela primeira vez em uso oficial durante o reinado do imperador Teodósio II (408-450). Este permaneceu o principal nome oficial da cidade por todo o período bizantino, e o nome mais comumente usado no Ocidente para se referir a ela até o início do século XX.

A cidade também foi apelidada de "Cidade dos Sete Montes", pois a península que historicamente forma a parte mais antiga da cidade seria formada por sete montes (como Roma), cada qual com uma mesquita histórica sobre ele. Os montes estão representados no emblema da cidade como sete triângulos, sobre os quais se elevam quatro minaretes. Duas de outras das muitas outras alcunhas de Istambul são:
  1. Vasilevousa Polis ("Rainha das Cidades", em grego), que surgiu a partir da importância e riqueza da cidade durante a Idade Média, e
  2. Dersaadet (originalmente Der-i Saadet, "Porta para a Felicidade") que foi usado pela primeira vez no fim do século XIX e ainda é utilizado hoje em dia.
Com a Lei do Serviço Postal Turco, de 28 de março de 1930, as autoridades turcas pediram oficialmente às nações estrangeiras que adotassem Istambul como o único nome em seus próprios idiomas.



Pré-história
Em 2008, durante as obras de construção da estação de metrô Yenikapı e do túnel Marmaray, na península situada no lado europeu, encontrou-se um assentamento neolítico até então desconhecido, datado como sendo de cerca de 6500 aC. O primeiro povoamento no lado anatólio e o monte Fikirtepe, que data da Era do Cobre, com artefatos que vão de 5500 a 3500 aC.

Na vizinha Chalkedon (Calcedônia) um povoado que data do período fenício foi descoberto. O cabo de Moda, na Calcedônia, foi o primeiro local onde colonos gregos de Megara se estabeleceram, em 685 aC, antes de fundarem Byzantion (Bizâncio) no lado europeu do Bósforo, em 667 aC. Byzantion, por sua vez, foi fundada sobre o local de um antigo povoamento portuário chamado Lygos, fundado por tribos trácias entre os séculos XIII e XI aC, juntamente com a vizinha Semistra, mencionada por Plínio, o Velho em seus relatos históricos. Apenas algumas muralhas e estruturas de Lygos sobreviveram até hoje, próximo ao Cabo do Serralho (em turco: Sarayburnu), onde está atualmente o famoso Palácio Topkapı, no mesmo local onde a acrópole da cidade de Bizâncio foi erguida.

Bizâncio
Bizâncio (em grego antigo: Βυζάντιον, transl. Byzántion) recebeu o nome do soberano destes colonos gregos de Megara, o rei Bizas. Esta cidade esteve em mãos dos persas, que a ocuparam e a destruíram no século V aC, e foi reconstruída pelo espartano Pausânias, em 479 aC. Mais tarde Esparta teve que disputar seu controle com os atenienses, que a tomaram em 409 aC, mas foram expulsos em 405 aC. Em 390 aC, no entanto, a cidade voltou às mãos atenienses.
Entre os anos de 336 e 323 aC. Bizâncio esteve em mãos dos macedônios, durante o reinado de Alexandre Magno. Depois deste, a cidade recuperou certa independência, mas quando em 279 aC os celtas conquistaram a Trácia, impuseram um tributo a Bizâncio.

Império Romano
Em 191 aC a cidade passou a ser aliada de Roma, que a reconheceu como cidade livre. No entanto, posteriormente passou a ser posse direta da República (século I aC). No ano 194, Bizâncio se viu envolta em uma disputa entre o imperador romano Septímio Severo e o usurpador Pescênio Níger; após tomar partido pelo último, a cidade foi sitiada pelas forças romanas em 196, e sofreu danos extensos. Foi reconstruída por Severo de Antióquia, e rapidamente alcançou sua antiga prosperidade - e chegou a ser renomeada como Augusta Antonina pelo imperador, em homenagem a seu filho.

Império Bizantino
A posição estratégica de Bizâncio atraiu o imperador romano Constantino I, "o Grande", que no ano 330, fundou de novo a cidade como Nova Roma ou Constantinopolis em sua honra (Constantinopla, em grego: Konstantinoupolis, Κωνσταντινούπολη ou Κωνσταντινούπολις) e a converteu na capital do Império Romano. Em 395, com a divisão deste, passou a ser a capital do Império Romano do Oriente, que se denominava agora de Império Bizantino. O nome de Nova Roma nunca se utilizou com freqüência e foi o nome de Constantinopla que prevaleceu até à queda do Império em 1453 e foi usado até o século XX, na Europa, no lugar de Istambul (todavia se usa na Grécia).

A combinação do imperialismo e a posição estratégica desempenhariam um papel importante, como encruzilhada entre dois continentes (Europa e Ásia), e mais tarde como um caminho para a África e outros territórios a sua vez, em termos de comércio, cultura, diplomacia e estratégia. Em um enclave tão valioso, Constantinopla era capaz de controlar a rota entre a Ásia e Europa, assim como a passagem do Mar Mediterrâneo ao Mar Negro. Embora a parte ocidental do Império Romano tivesse entrado numa crise econômica, comercial, política e demográfica, Constantinopla manteve a sua posição durante séculos, convertendo-se na grande metrópole européia medieval.

Do primeiro período de esplendor do Império destaca a Igreja de Santa Sofia, obra mestra da arte bizantina que mandou construir o Imperador Justiniano. Trouxe uma pequena crise nos séculos VII e VIII, voltaria outra etapa de renascimento no IX e X, com o Cisma do Oriente, trouxe a decadência do Império com as cruzadas, a divisão em vários estados como o Império Latino, e a constante ameaça turca. Não obstante a cidade manteria a sua importância como centro cultural e comercial do Mediterrâneo, contando com consulados e colônias de mercadores de diversos países. O último imperador bizantino foi Constantino XI que morreu na defesa da cidade.

Império Otomano
A conquista de Constantinopla em 29 de maio de 1453 pelos turcos, foi um impacto para a sociedade européia da época, marca a destruição do Império Romano no oriente, e o final da Idade Média. A cidade caiu depois de uma grande cerco de anos de conflitos com os turcos, que haviam conquistado o resto do Império Bizantino, o sultão Mehmet II, chamado de sazão Fatih, em turco «o Conquistador» e formou parte do Império Otomano até sua dissolução oficial o 1 de novembro de 1922. Os otomanos denominaram a cidade İstanbul ou Istambul.

Durante o período otomano a cidade franqueou um câmbio cultural completo, e passou de ser uma cidade bizantina imperial e cristã ortodoxa, e também otomana e islâmica. Hagia Sophia, a Igreja da Divina Sabedoria, foi convertida em uma mesquita como aconteceu com algumas outras igrejas na cidade (sobre todas as igrejas dos bairros que puseram mais empenho em defender a cidade frente Mehmet II). Muitas igrejas se conservaram e novas mesquitas foram construídas ao redor da cidade; cada Sultão havia construído uma magnífica mesquita para comemorar seu reinado. Entre estas mesquitas, as mais extraordinárias são:
  • a Mesquita de Beyazid,
  • a Mesquita de Süleymaniye (a maior de Istambul),
  • a Mesquita do Sultão Ahmed (o primeiro sermão ao sexto o «Jutba» nesta Mesquita foi lido pelo Jelveti Sufí Jeque Aziz Mahmud Hudayi) e
  • a Mesquita de Fatih.
As esposas e mães dos Sultões também contribuíram na construção de mesquitas, tanto no lado europeu como no lado asiático da cidade.

República da Turquia
Quando a República da Turquia foi estabelecida por Mustafá Kemal Atatürk em 29 de Outubro 1923, a capital foi transferida de Constantinopla para Ancara. Istambul foi adotado como nome oficial em 1930. A cidade, um dia contou com uma numerosa e próspera comunidade grega, herdeiros das origens gregas da cidade, diminuiu depois dos sofridos acontecimentos dos dias 6 e 7 de setembro de 1955, no que uma turma enlouquecida atacou e assaltou as comunidades armênias, gregas e judia da cidade, sem contar com os muitos danos pessoais, aonde um grande número de gregos abandonaram seus lugares e viajaram a velha Grécia.

Nos anos 1960 o governo de Adnan Menderes procurou desenvolver ao país um conjunto de obras, novas estradas e redes rodoviárias assim como fábricas foram construídas em todo o país. Uma moderna rede viária foi construída em Istambul, mas em alguns casos, lamentavelmente, teve de ocorrer à demolição de edifícios históricos no interior da cidade.

Em 1963 se firmou o Acordo de Ancara, que constitui, no primeiro passo do país em seu processo de integração na atual União Européia.

Durante os anos 1970 a população de Istambul começou a aumentar rapidamente no momento que pessoas da Anatólia emigraram para a cidade para encontrar emprego em muitas das novas fábricas construídas nos arredores da cidade. Este brusco e repentino aumento da população provocou uma explosão imobiliária, a construção de edifícios não se deteve (alguns de má qualidade que sofreu muitos danos com os freqüentes terremotos que golpearam a cidade). Durante este crescimento descontrolado muitos povos situados antes na periferia da cidade foram absorvidos pela grande metrópole de Istambul.

O Bósforo
É um estreito que divide em duas partes a cidade de Istambul, conectando o Mar de Mármara com o Mar Negro e separa fisicamente a Europa e a Ásia.

Há duas pontes sobre esse estreito:
  1. A Ponte do Bósforo de 1074 m de comprimento foi completada em 1973.
  2. A Ponte Fatih Sultão Mehmet possui 1014 m de comprimento, foi completada em 1988 e se encontra a cinco quilômetros ao norte da primeira ponte.
Estas pontes unem Istambul com as cidades asiáticas de Üsküdar (em grafo Crisopólis), Kadikov (em grego Calcedônia). Um túnel ferroviário de 13,5 km está sendo construído e se estima sua inauguração para 2009. Aproximadamente 1.400 km do túnel estão abaixo do estreito, mediante a técnica de imersão de conduto, e se prevê que será o mais profundo túnel executado por esse método (com um máximo 56 m abaixo o nível da água). O projeto contempla a construção de um metrô de 13,3 km com quatro estações, que unirá o centro de Istambul com a parte oriental e ocidental da metrópole.

Terremotos
Istambul está situada próximo a falha da Anatólia do Norte, uma falha geologicamente ativa que havia sido responsável por vários terremotos mortais na história contemporânea da cidade. Os estudos demonstram que há um risco elevado de que nas próximas décadas se produza um terremoto devastador aos arredores de Istambul. As dificuldades para estabelecer e impor convenientes normas de cautela na construção dos edifícios provavelmente causarão um enorme número de desmoronamentos e travamentos, especialmente nas habitações baratas de alvenaria como "gecekondu" nos subúrbios de Istambul.

Clima
Quentes e úmidos verões, invernos frios, chuvosos e com nevascas ocasionais que podem ser abundantes. O clima da cidade é o temperado continental. As temperaturas médias durante os meses de inverno variam entre 3 aos 8 graus centígrados, e inclusive pode baixar aos 5 graus centígrados abaixo de zero. Ao contrário da crença comum, as grandes precipitações em forma de neve são comuns, podendo cair entre os meses de novembro à abril. Os meses de verão de junho à setembro tem temperaturas diurnas médias de 28 graus centígrados. Apesar do que o verão é a temporada mais seca, a chuva é comum e as inundações semelhantes a uma monção acontecem nesta época do ano.


Origem: Wikipédia

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sábado, 12 de setembro de 2009

Inverdades na Proclamação da República do Brasil

Inverdades e até triângulo amoroso na proclamação da República

* Paulo Gomes Lacerda

Há 117 anos, num dia de 15 de novembro, sem qualquer participação popular e sequer o apoio de grande parte da elite da época, proclamava-se a República, um fato político que deixou marcas profundamente trágicas na história brasileira.

Relatos históricos hoje melhor conhecidos contam que, naquele confuso dia de 1889, comandando algumas centenas de soldados pelas ruas do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, o marechal Deodoro da Fonseca, tido como fiel a D.Pedro II, pretendia com sua movimentação apenas derrubar o então chefe do Gabinete Imperial (equivalente hoje ao cargo de primeiro-ministro), o Visconde de Ouro Preto, que, por sua postura liberal, desagradava aos militares conservadores. Tanto assim que, à frente da tropa, sua primeira saudação em alta voz foi "Viva sua majestade, o Imperador", e não uma saudação à república, instituição que surgiria oficialmente poucas horas depois.

Segundo farta documentação a respeito desse episódio, a decisão final dos conspiradores de derrubar o Imperador D. Pedro II aconteceu tão-somente na madrugada do dia 15 de novembro, quando um oficial republicano, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, comandante das tropas que cercavam o Paço Imperial, convenceu Deodoro a proclamar a República, relatando-lhe nada menos que inverdades. Conforme se sabe hoje, esse militar teria dito a Deodoro que o novo Presidente do Conselho de Ministros, supostamente indicado pelo Imperador e que ocuparia o posto no dia 20 de Novembro, quando também os deputados eleitos tomariam posse, seria Silveira Martins, inimigo mortal do Marechal.

Deodoro e Silveira se rivalizavam na disputa amorosa pela Baronesa do Triunfo, viúva muito bonita e elegante, de acordo com os registros da época e que sempre preferiu Silveira Martins ao marechal. Na verdade, o novo Presidente do Conselho de Ministros seria o Conselheiro José Antônio Saraiva, diplomata de renome que já chefiara o Gabinete Imperial duas vezes, entre 1880 e 1882 e por um curto período no ano de 1885.

Disse-lhe também o major Sólon que uma suposta ordem de prisão contra seu chefe havia sido expedida pelo governo imperial, versão que convenceu finalmente o velho marechal a proclamar a República no dia 16 e a exilar a Família Imperial sob as sombras da noite. Assim se evitaria que a expulsão de D. Pedro II, da Imperatriz Teresa Cristina, da Princesa Isabel e de seu marido, o Conde d´Eu fosse impedida pela população mais empobrecida, em cujo meio a família imperial era muito estimada por seus atos de caridade.

Nada houve de heróico nesse trágico acontecimento, considerando-se que a República só veio por pressão de alguns fazendeiros escravocratas, insatisfeitos com a Lei Áurea e com as propostas não aceitas pelo governo imperial para que eles fossem indenizados pela alforria de seus escravos, entre outros acontecimentos relevantes. Para deixar isto mais claro, basta mencionar que entre os deputados eleitos em 1889, que tomariam posse no dia 20 de novembro, só havia dois republicanos, o que evidencia bem o caráter de golpe militar e até entreguista da proclamação da República.

O fato foi saudado com euforia pelo enviado extraordinário do Departamento de Estado Norte Americano, Robert Adams Jr., que, ao escrever relatório sobre os acontecimentos, deixou isto bem patente: "A família imperial partiu hoje. O Governo de facto com o ministério foram estabelecidos, perfeita ordem mantida, importante reconhecermos a república primeiro. Adams" ("Imperial family sailed today. Government de facto with ministry established perfect order maintained, important we acknowledge republic first. Adams." - In SILVA, Hélio: "1889: A República não esperou o amanhecer", Porto Alegre: LP&M, p.371). Nesse mesmo dia, navios norte-americanos navegavam pelas águas territoriais brasileiras, para auxiliar o governo provisório da nova República na "imposição da ordem", numa provocação agressiva à Marinha do Brasil.

E mais: o primeiro hino nacional do Brasil republicano foi a Marselhesa, copiado da França; e sua primeira bandeira da nova ordem foi uma réplica auriverde da bandeira norte-americana. Até hoje o Brasil paga o preço por copiar outros países imaginadamente "mais desenvolvidos" ao invés de implantar seu próprio modelo nacional, que se desenhava sob a bandeira do Império, dentro da Monarquia parlamentarista!

No contraponto dessa nada heroicidade dos golpistas, D. Pedro II, pouco depois de chegar a Portugal a bordo da fragata Alagoas, da Marinha Brasileira e no início de seu exílio, como homem de princípios morais e éticos incomuns recusava-se a aceitar os termos de um decreto do governo provisório republicano que incluía a transferência à sua pessoa de cinco mil contos de réis (equivalente hoje a 4,5 toneladas de ouro ou aproximadamente R$ 2 bilhões). Enfatizando que esse dinheiro pertencia ao povo brasileiro, em seu lugar ele pediu que o substituíssem por apenas um travesseiro cheio de terra brasileira, onde poderia repousar sua cabeça, quando dormisse e também quando morresse.

Nasceu a República, além da conspiração urdida por grupos prejudicados, entre outros fatos, por causa da abolição da escravatura, também pelas invencionices de um major, a espada de um marechal, e por que não dizer, em meio à disputa de egos feridos por amores mal correspondidos. Lembramo-nos de sábias e proféticas frases do escritor Monteiro Lobato em texto onde ele expõe os descalabros republicanos que principiavam a fincar suas raízes no Brasil, que "tinha um rei. Tem sátrapas. Tinha dinheiro. Tem dívidas. Tinha justiça. Tem cambalachos de toga. Tinha Parlamento. Tem ante-salas de fâmulos. Tinha o respeito do estrangeiro. Tem irrisão e desprezo. Tinha moralidade. Tem o impudor deslavado...". Um discurso absolutamente atual esse de Monteiro Lobato!

Passaram-se décadas antes que os despojos da Família Imperial pudessem retornar ao Brasil e seus descendentes aqui colocassem seus pés. Os restos mortais de D. Pedro II, falecido em 3 de dezembro de 1891, num singelo hotel de Paris; da então Imperatriz Teresa Cristina, que morreu pouco depois de chegar à cidade do Porto, em Portugal, no começo de seu exílio; e da Princesa Isabel, que partiu deste mundo em Paris em 14 de novembro de 1921, bem como de seu marido, o Conde d´Eu, falecido em 1922 a bordo do navio que o trazia de volta ao Brasil, repousam hoje no Panteão da Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ).

Deodoro, nascido na cidade de Alagoas (atualmente Marechal Deodoro, AL) em 5 de agosto de 1827, morreu em 23 de agosto de 1892 na cidade do Rio de Janeiro. Como sua última vontade pediu que o sepultassem em trajes civis, no que não foi atendido e seu enterro teve toda a pompa e honras militares. Os motivos para seu derradeiro desejo ele os guardou para sempre.

Em 15 de novembro, o que temos para comemorar?

* Paulo Gomes Lacerda é ensaista
Contato: news@brasilimperial.org.br

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D. Teresa Cristina última imperatriz brasileira

Dona Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias (Nápoles, 14 de março de 1822 — Porto, 28 de dezembro de 1889) foi a terceira e última imperatriz do Brasil, esposa do imperador D. Pedro II. Foi a mãe das princesas Isabel e Leopoldina. Era filha de Francisco de Bourbon, na época príncipe herdeiro do Reino das Duas Sicílias, mais tarde Francisco I (Frascesco Gennaro Guiseppe Saverio Giovanni Battista di Borbone - Due Sicilie), e de Maria Isabella de Bourbon no 2º casamento, Infanta de Espanha (D. María Isabel de Borbón y Borbón). Como princesa real, teve uma educação esmerada: belas artes, música, canto, bordado, francês e religião. Possuía natureza sensível, inteligência apurada e inclinada naturalmente ao culto da arte, tendo sido educada e instruída pelo professor Monsenhor Olivieri.

Estudiosa da cultura clássica, interessou-se especialmente pela arqueologia e as descobertas que estavam sendo realizadas, na sua época, em Pompéia e Herculano. A jovem princesa financiou e conduziu as escavações em Veio, um sítio Etrusco, 15 km ao norte de Roma. Não sabemos a razão do fato de Teresa Cristina ser levemente claudicante (manca). Pode ser que a causa tenha sido uma queda no sítio arqueológico, ou um problema congênito pré existente. O certo é que, devido a sua deficiência, ela ocupava a maior parte do tempo com seus estudos, a literatura e as artes, ao contrário de outras princesas, que apreciavam os bailes e as danças. Os biógrafos comentam a sua existência modesta, sem nenhum aparato, no velho Palácio Chiaramonti.

Casamento
Em 1842, assim que D. Pedro II atingiu 18 anos, o influente Pedro de Araújo Lima, ministro do Império, enviou à Europa seu subordinado direto, que foi o encarregado de tratar do casamento de Dom Pedro II.

Várias tentativas foram realizadas em busca de uma esposa, tendo sido cogitadas:
  1. D. Maria, arqueduquesa de Saxe,
  2. princesa Alexandrina, filha do rei da Baviera,
  3. infanta Luíza, prima da rainha da Espanha,
  4. na Áustria e
  5. até na Rússia,
mas não haviam muitas princesas a quem fosse permitido morar no Brasil. Além do mais, para os padrões da época, o imperador era considerado "pobre" (o Brasil havia gasto muito dinheiro com a Guerra da Cisplatina e as agitações do Período Regencial), não podendo almejar casamento com uma princesa de primeira linhagem.

Após uma grande procura e negociações diplomáticas, no dia 20 de maio de 1842 foi assinado em Viena o contrato de casamento entre a Princesa Teresa Cristina Maria e D. Pedro II. A noiva era 4 anos mais velha que o imperador e vinha de um Estado sem grande expressividade. A celebração do matrimônio deu-se por procuração, em Nápoles 30 de maio de 1843. Em 1º de julho do mesmo ano, na Capela Palatina do Palácio Chiaramonti, sua mão foi entregue ao Imperador D. Pedro II na pessoa do embaixador brasileiro, o Sr. José Alexandre Carneiro Leão (Visconde de São Salvador de Campos), pelo príncipe de Cila, ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, na qualidade de delegado de Sua Majestade o rei das Duas Sicílias.

Ainda em 1842, D. Pedro enviou a Nápoles uma frota que deveria trazer a imperatriz. Durante a viagem, Teresa Cristina demonstrou suas virtudes, pois além de acompanhar com atenção um doente a bordo, estipulou que, a cada dia, um dos navios da frota destacasse um de seus oficiais para jantar com ela.

Chegou ao Brasil no dia 3 de setembro de 1843, às 5 horas e 35 minutos, com o céu escuro devido a chuvas e ventos fortes, a bordo da fragata Constituição na Fortaleza de São João (no atual Bairro da Urca - Rio de Janeiro), acompanhada pelo irmão, o príncipe Luís, Conde de Áquila, que se casaria com Dona Januária, irmã do Imperador. O desembarque ocorreu em 4 de setembro sendo que a fragata Constituição foi precedida pela Corveta Euterpe, que anunciou aos brasileiros a chegada da imperatriz. Entraram no porto, logo depois a Corveta Dois de Julho, e mais uma nau e três fragatas napolitanas.

Há quem afirme que, ao conhecer a esposa, com quem casara por procuração, D. Pedro teria cogitado em pedir a anulação do matrimônio por conta de seus minguados atributos físicos: era baixa, manca e feia. Alguns cronistas relatam que o casamento só teria se consumado um ano depois e que o imperador só não remeteu a esposa de volta à sua terra natal graças à intervenção de D. Mariana Carlota de Verna Magalhães, Condessa de Belmonte e ama do jovem monarca.

Apesar destes percalços iniciais, o casamento duraria 46 anos. D. Teresa era dotada de raro senso de cordialidade. Discreta, caridosa e inteligente, conquistou a estima do marido graças ao interesse comum em assuntos culturais. Na frota que a trouxe ao Brasil fez embarcar artistas, músicos, professores, botânicos e outros estudiosos. Aos poucos, enriqueceria a vida cultural e científica brasileira, mandando vir de sua terra as primeiras preciosidades artísticas recuperadas de Herculano e Pompeia, enviadas por seu irmão, Fernando II. Boa cantora e boa musicista, alegrava o palácio com saraus constantes. Delicada e submissa, foi uma mãe dedicada às duas filhas que vingaram.

A imperatriz possuía dotes artísticos que nem todos conheciam e hoje são pouco comentados. Enquanto cuidava de suas filhas em um dos jardins do Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, denominado então Jardim das Princesas, Dona Teresa Cristina demonstrou o seu conhecimento e talento para o mosaico. Utilizou-se de conchas, recolhidas nas praias do Rio de Janeiro, e cacos das peças de serviço de chá da Casa Imperial que ela utilizou com argamassa para recobrir os bancos, tronos, fontes e paredes do Jardim das Princesas. Pouco utilizado entre nós, o mosaico é denominado Arte Musiva (tanto mosaico quanto museu e música vêm do latim musa). Teresa Cristina foi precursora deste tipo de arte, coisa pouquíssimo divulgada pelos historiadores e especialistas. Muitos anos depois Antoni Gaudí e Josep Maria Jujol "revolucionaram" o mundo das artes com um trabalho semelhante ao que Dona Teresa Cristina já realizava em São Cristóvão, tendo, no entanto, muito mais reconhecimento do que ela. Atualmente é muito difícil ver esses trabalhos, pois esta área do museu está fechada ao público devido a atos de vandalismo perpetrados por visitantes que recolhiam pedaços, lascas e até cacos inteiros como lembrancinhas do passeio a Quinta da Boa-Vista.

Pedro II foi um marido cordial, embora tenha sido infiel em várias ocasiões, especialmente por conta de seu longo romance com Luísa Margarida de Portugal e Barros, Condessa de Barral e Pedra Branca. Apesar das aventuras extra-conjugais, bastante comuns no meio aristocrático da época, onde os casamentos eram tratados como assunto de Estado, o casal imperial viveu sempre em harmonia doméstica, a qual ficava mais patente quando estavam no Palácio de Petrópolis, construído entre os anos de 1845 e 1862.

Em sua residência de verão, os soberanos podiam dar-se ao luxo de levar uma existência prosaica, onde o protocolo estava suspenso e o cotidiano era virtualmente idêntico ao das grandes famílias de fazendeiros da época:
  1. acordavam cedo,
  2. almoçavam às dez horas
  3. jantavam às dezesseis
  4. banhavam-se, cada um na própria alcova, às dezessete horas, e
  5. ceavam entre as dezenove e as vinte

A imperatriz cuidava ela mesma de parte dos jardins, especialmente as roseiras e, algumas vezes, cozinhava. Teresa Cristina era napolitana e, em assim sendo, acredita-se que tenha sido ela a responsável pela introdução das massas no cardápio da família imperial.

Em 1864 um evento demonstra a relativa "liberalidade" do casal. O imperador havia tratado, através de seus ministros, o casamento da princesa Isabel, herdeira do trono, com o duque Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, o segundo filho de Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e da princesa Clementina de Orléans; ao mesmo tempo, o primo deste, Luís Filipe Maria Fernando Gastão de Orléans e Saxe-Coburgo-Gota (Louis Phillipe Marie Ferdinand Gaston d'Orléans et Saxe-Cobourg et Gotha), conde d'Eu, foi prometido à princesa Leopoldina. Quando da chegada dos dois jovens, as princesas perceberam que deveria ocorrer uma troca, pois cada uma delas havia se encantado pelo pretendente da outra, e imediatamente solicitaram aos pais que a troca fosse realizada. Tanto D. Pedro quanto D. Teresa Cristina, favoráveis a que os casamentos fossem motivados não apenas pelas questões dinásticas, mas também pelos afetos, até porque, no seu próprio caso, havia ocorrido um choque inicial, consentiram imediatamente.

Foram inúmeras as viagens que o casal imperial realizou, tanto nacionais quanto internacionais. No sentido de conhecer as províncias do Império, mesmo as mais distantes, estiveram em:
  • Santa Catarina,
  • Rio Grande do Sul (1845 e 1865),
  • São Paulo (1846, 1876 e 1886),
  • Pará, Maranhão,
  • Piauí (a cidade de Teresina recebeu este nome em homenagem à imperatriz),
  • Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
  • Pernambuco (o "Palácio do Campo das Princesas", em Recife, recebeu este nome em homenagem às jovens Isabel e Leopoldina),
  • Alagoas, Sergipe, Bahia e Espírito Santo,
  • Vila Rica (Ouro Preto-MG), em 1881, foram efusivamente comemorados pelo romancista Bernardo Guimarães, autor de 'A escrava Isaura'

Em 1871 faleceu em Viena, de febre tifóide (muito comum na Europa naquela época, devido às precárias condições de higiene), a princesa Leopoldina. Os avós foram então buscar os dois netos mais velhos, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo, que haviam mantido a nacionalidade brasileira, para serem criados no Brasil. Os dois mais novos, José Fernando e Luís Gastão, que não conservaram a nacionalidade brasileira, ficaram na Europa para serem criados pelo pai. O imperador e a imperatriz aproveitaram para viajar pela Europa e Oriente Médio (onde chegaram já em 1872 e visitaram o Egito e a Palestina).

Em 1876, viajaram à América do Norte (onde o monarca inaugura a Feira da Filadélfia, organizada para comemorar o Centenário da Independência dos EUA), novamente a Europa (regressaram também em 1888, para tratamento médico) e os seus locais favoritos no Oriente Médio. "A visita de D. Pedro II a Jerusalém, em 1876, foi um dos marcantes acontecimentos locais da época. Para só citar um exemplo, basta dizer que a Imperatriz Dona Teresa Cristina, conforme sublinham as crônicas, foi a primeira imperatriz, depois de Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, que pisou naquelas terras tão caras aos cristãos."

Morte
D. Teresa faleceu em condições dramáticas, vítima de uma síncope cardíaca poucos dias depois da Proclamação da República no Brasil, em 15 de novembro de 1889. O historiador Max Fleiuss afirma: “Costuma-se dizer que o dia 15 de novembro foi uma revolução incruenta, feita com flores. Houve, porém, pelo menos uma vítima: a Imperatriz”.

Durante toda a viagem marítima que conduziu a Família Imperial Brasileira rumo ao exílio, D. Teresa esteve em estado de choque, entorpecida pelo tratamento rude que os republicanos dedicaram à dinastia deposta. Ao embaixador da Áustria presente no embarque, perguntou: "Que fizemos para sermos tratados como criminosos?" No desembarque em Portugal retirou-se para um hotel simples, na cidade do Porto, onde sentiu-se mal. Um médico chamado às pressas nada pôde fazer. Suas últimas palavras teriam sido: "Brasil, terra abençoada que nunca mais verei". Foi sepultada no Panteão de São Vicente de Fora, de onde seus restos foram trasladados para o Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis.

Os jornais europeus comentaram a morte da Imperatriz. Le Figaro escreveu em 29 de dezembro de 1889: “A Europa saudará respeitosamente esta Imperatriz morta sem trono, e dir-se-á, falando-se dela: sua morte é o único desgosto que ela causou a seu marido durante quarenta e seis anos de casamento”. No mesmo dia o jornal Le Gaulois afirmou: “Era uma mulher virtuosa e boa, da qual a História fala pouco, porque nada há de mal a dizer-se”.

Em sua homenagem foram batizados os municípios brasileiros de Teresina (Piauí), Teresópolis (Rio de Janeiro), Cristina (Minas Gerais), Imperatriz (Maranhão), Cristinápolis (Sergipe) e Santo Amaro da Imperatriz (Santa Catarina).

Ao doar sua coleção iconográfica para a Biblioteca Nacional do Brasil, D. Pedro II fez uma única exigência: que a coleção ganhasse o nome de sua esposa (Coleção Teresa Cristina Maria). A coleção é hoje tombada pela Unesco como patrimônio mundial.

Dotado de vocação para a poesia, profundamente consternado com a morte da esposa, D. Pedro II escreveu em 1891:

À Imperatriz
Corda que estala em harpa mal tangida,
Assim te vás, oh doce companheira
Da fortuna e do exílio, verdadeira
Metade de minh'alma entristecida!
De augusto e velho tronco hastea partida
E transplantada em terra brazileira,
Lá te fizeste a sombra hospitaleira
Em que todo infortúnio achou guarida.
Feriu-te a ingratidão, no seu delírio;
Cahiste, e eu fico a sós, neste abandono,
Do seu sepulchro vacillante cirio!
Como foste feliz! Dorme o seu somno,
Mãe do povo, acabou-se o teu martyrio,
Filha de Reis, ganhaste um grande throno!
D. Pedro D'Alcantara

Seu nome completo era: Teresa Cristina Maria Giuseppa Gasparre Baltassarre Melchiore Gennara Rosalia Lucia Francesca d'Assisi Elisabetta Francesca di Padova Donata Bonosa Andrea d'Avelino Rita Liutgarda Geltruda Venancia Taddea Spiridione Rocca Matilde di Bragança e Borbone.

Descendência
D. Teresa Cristina foi mãe dos príncipes:
  • D. Afonso (1845-1847),
  • D. Isabel (1846-1921),
  • D. Leopoldina (1847-1871) e
  • D. Pedro (1848-1850)
Origem: Wikipédia

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cáiser


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Cáiser (do alemão kaiser) é título que significa "imperador". Vem do latim Cæsar, por empréstimo do cognome do imperador romano Júlio César, da mesma maneira que o título eslavo Tsar (por vezes grafado czar) e o húngaro Császár. Trata-se de um título monárquico soberano do mais alto nível, no popular kaiser era e é usado para nominar os chefes de família ou senhores de terras, nobres. (imagem ao lado de César)





Foi Carlos Magno que reviveu, em 25 de dezembro de 800, o título imperial romano no Reino Franco, hegemônico no Ocidente católico, para reivindicar tratamento igual ao do basileu do Império Bizantino e ao do califa muçulmano. Quando seu império foi partilhado, o título imperial ficou com o reino oriental (território germânico).





– Os sacro-imperadores romanos (962—1806) intitulavam-se cáiseres e viam-se como a continuação do Império Romano — o uso do nome de César pelos alemães refletia, portanto, esta suposta herança.

– Os soberanos do Império Austríaco (1806—1918, após 1867 Império Austro-Húngaro), da Casa de Habsburgo, que contava diversos sacro-imperadores ao longo dos séculos, também se intitulavam cáiser.

Em português, porém, da mesma maneira que em quase todas as línguas, o título não traduzido costuma ser associado exclusivamente ao Império Alemão unificado (1871—1918), cujo território correspondia ao centro do antigo Sacro-Império.

– O Império Alemão teve três cáiseres, todos da Casa de Hohenzollern, que governava também o Reino da Prússia:
  1. Guilherme I (1871—1888);
  2. Frederico III (1888) — o numeral III refere-se ao título de rei da Prússia);
  3. Guilherme II (1888—1918) - o papel deste na Primeira Guerra Mundial levou o Império Alemão ao fim.
Títulos derivados da forma alemã Kaiser são usados em línguas germânicas ou eslavônicas (diferentemente de línguas românicas, que derivam seus títulos da palavra latina Imperator):
  1. Kejser em dinamarquês
  2. Keizer em neerlandês
  3. Keiser em estoniano
  4. Keisari em finlandês
  5. Keisari em islandês
  6. Keser na língua letzeburg do Luxemburgo

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domingo, 6 de setembro de 2009

Castelo de Guimarães – Braga, Portugal

O Castelo de Guimarães localiza-se na freguesia de Oliveira do Castelo, cidade e Concelho de Guimarães, no Distrito de Braga, em Portugal. Em posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, este monumento encontra-se ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal, sendo designado popularmente como berço da nacionalidade. Classificado como Monumento Nacional, em 2007 foi eleito informalmente como uma das Sete maravilhas de Portugal.Marcado pelos episódios que deram origem a Nação Portuguesa, o Castelo de Guimarães terá assistido também ao nascimento do primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques.

A primeira estrutura militar construída em Vimaranes, (Guimarães) data provavelmente do século X, mandada edificar por Mumadona Dias, que herdara do seu marido o governo das terras de Portucale. Esta estrutura defensiva tinha como finalidade a segurança da população em caso de ataque e a defesa do mosteiro que Mumadona, também ali mandou edificar.

Este mosteiro viria a ser alvo de muitas doações de Mumadona, nomeadamente terras, gados, rendas, objetos de culto e livros religiosos e também o próprio castelo, que na época não devia ser mais do que uma estrutura simples.

Estas terras são doadas, por volta do ano de 1100, pelo rei Afonso VI de Leão, a D. Henrique de Borgonha, pelos serviços prestados na luta contra os árabes, formando o Condado Portucalense. O conde D. Henrique e sua esposa, D. Teresa de Leão, instalam-se em Vimaranes, supondo-se que terão erguido um novo castelo, nomeadamente a torre de menagem e melhorado as estruturas defensivas à sua volta, passando a ser a sua residência. Neste castelo terá nascido D. Afonso Henriques, nele resistiu, já na sua luta pela independência, ao ataque das forças do rei Afonso VII, de Leão, em 1127, e no campo de S. Mamede, nas imediações da fortaleza, derrotou, no ano seguinte, as forças de D. Teresa, sua mãe.

O castelo manteve a sua importância ao longo de vários séculos de disputas entre Portugal e Castela. Já no reinado de D. João I, em 1389, após mais um confronto com Castela, são executadas obras de reforço defensivo da cidade, que passou a designar-se Guimarães.

Com os progressos militares, as muralhas e os castelos perdem importância e no século XVI, o castelo de Guimarães funcionava como prisão, função que um grupo de vimaranenses, em 1836, usou como justificativa para pedirem a sua demolição, o que não seria aceito. Já no reinado de D. Luís, em 1881, o castelo é classificado como Monumento Histórico de Primeira Classe. Atualmente está classificado como Monumento Nacional.

Origem: guiadacidade e Wikipédia

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sábado, 5 de setembro de 2009

O santo padroeiro do Brasil império

São Pedro de Alcântara, o principal padroeiro do Brasil

Logo após a Independência, Dom Pedro I entendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo Papa, embora Dom Pedro I, já tivesse feito a consagração do Brasil à Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, em sua vinda de São Paulo para o Rio, logo após o 7 de Setembro. Solicitou ao Papa que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil, tendo o Papa concordado.



"Desde que Sua Majestade Real e Imperial recebeu, sob o nome de Pedro I, ... a missão de governar e dirigir este povo ... esteve convencido ... e se persuadiu de que não poderia reger e administrar os negócios desta Nação, sem que antes se interessasse em ter um Padroeiro celestial que, por sua intercessão junto de Deus, lhe assegurasse os meios de bem agir, de bem dirigir e de bem administrar. Não foi necessária longa reflexão. Já pela devoção especial que ele tinha por São Pedro de Alcântara ... já por trazer, como imperador, o próprio nome do santo, ele decidiu escolhê-lo como padroeiro principal de todo o Império ... (e) suplica a S.S. o Papa Leão XII que se digne com sua benevolência apostólica, confirmar a escolha". Isso foi feito a 31 de maio de 1826. (do livro "São Pedro de Alcântara, Patrono do Brasil", de Frei Estefânio José Piat, O.F.M.- Editora Vozes, Petrópolis, 1962)

Com a proclamação da República, São Pedro de Alcântara foi discretamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos imperadores e, além disso, mostrava o quanto havia de positiva ligação entre o Império e a religião. Porém, seu nome ainda continuou, por muito anos a ser lembrado nos missais mais tradicionais. E foi num destes missais, mais tradicionais, que se encontra a oração transcrita a seguir, a São Pedro de Alcântara, Padroeiro do Brasil, conforme consta no índice do missal citado ("Adoremus - Manual de Orações e Exercícios Piedosos" - Por Dom Frei Eduardo, O.F.M. - XX Edição Bahia - Tipografia de São Francisco - 1942)

Em nossos dias, somente o nome de Nossa Senhora Aparecida é lembrado na qualidade de padroeira do Brasil, embora até aí se faça sentir a influência republicana, já que não há empenho em se divulgar que a coroa de ouro de N.S. Aparecida foi ofertada pela Princesa Isabel (Manual do Devoto de Nossa Senhora Aparecida, pág.12, item "Coroação").


Oração a São Pedro de Alcântara, Padroeiro do Brasil (pág.284 do missal citado)

Ó grande amante da Cruz e servo fiel do divino Crucificado, São Pedro de Alcântara; à vossa poderosa proteção foi confiada a nossa querida Pátria brasileira com todos os seus habitantes. Como Varão de admirável penitência e altíssima contemplação, alcançai aos vossos devotos estes dons tão necessários à salvação. Livrai o Brasil dos flagelos da peste, fome e guerra e de todo mal. Restituí à Terra de Santa Cruz a união da fé e o verdadeiro fervor nas práticas da religião. De modo particular, vos recomendamos, excelso Padroeiro do Brasil, aqueles que nos foram dados por guias e mestres: os padres e religiosos. Implorai numerosas e boas vocações para o nosso país. Inspirai aos pais de família uma santa reverência a fim de educarem os filhos no temor de Deus não se negando a dar ao altar o filho que Nosso Senhor escolher para seu sagrado ministério. Assisti, ó grande reformador da vida religiosa, aos sacerdotes e missionários nos múltiplos perigos de que esta vida está repleta. Conseguí-lhes a graça da perseverança na sublime vocação e na árdua tarefa que por vontade divina assumiram. Lá dos céus onde triunfais, abençoai aos milhares de vossos protegidos e fazei-nos um dia cantar convosco a glória de Deus na bem-aventurança eterna. Assim seja.
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São Pedro de Alcântara - Data festiva: 19 de outubro (tradicional) - mas alguns registros hagiográficos indicam o dia 20 de outubro. Pedro Gavarito nasceu em Alcântara, Espanha, em 1499. Caracterizava-se pela extrema simplicidade, andava sempre descalço e realizava constantes jejuns e exercícios rigorosos. Foi o grande orientador de Santa Teresa D'Ávila. Além disso, era freqüentemente procurado pelos reis Carlos V, da Espanha e Dom João III, de Portugal. É considerado o padroeiro da família real portuguesa e da família imperial brasileira.

Fonte: Brasil Imperial

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Margarida I da Dinamarca





Margarida I (1353 - 28 de outubro de 1412) nasceu no Castelo Vordingborg, filha de Valdemar IV da Dinamarca. Casou aos 10 anos, com o rei Haakon VI da Noruega, o mais novo e o único filho sobrevivente de Magnus VII da Noruega e II da Suécia. Rainha da Noruega, Dinamarca e posteriormente regente da Suécia, fundadora da chamada «União de Kalmar» que unificou todos os reinos escandinavos num único país.







Rainha
A Dinamarca não tinha a tradição de permitir às mulheres reinarem e por isso quando seu filho morreu, ela foi rebatizada de "Senhora do Reino da Dinamarca". Teve o seu próprio tratamento de "Rainha da Dinamarca", durante o ano de 1375. Normalmente Margarida era referida como "Margarida, pela graça de Deus, filha de Valdemar da Dinamarca" e "Legítima herdeira da Dinamarca" quando se refere à sua posição na Dinamarca. Outros simplesmente referem-na como a "Senhora Rainha". O Papa Bonifácio IX escreveu para ela como "Rainha da Dinamarca" ou "Rainha da Dinamarca, Noruega e Suécia".

No que se refere à Noruega, ela era conhecida como Rainha (rainha-consorte, então rainha viúva) e regente. Na Suécia, ela era Rainha viúva e Regente geral. Quando ela casou com Haakon, em 1363, ele foi ainda co-rei da Suécia. Margarida, apesar de ser deposta, nunca abandonou o título. Quando os suecos expulsaram Alberto I da Suécia, em 1389, em teoria, Margarida simplesmente retomou a sua posição original.

Sucessão
Margarida forneceria aos três reinos um rei que era para ser um parente de todas as três dinastias, embora na Noruega, foi especificado que ela continuaria a reinar ao lado do novo rei. Em 1389, ela proclamou seu sobrinho-neto, Eric da Pomerânia (neto de Henrique de Mecklenburg), rei da Noruega. Eric era filho da única neta sobrevivente de Valdemar IV da Dinamarca e também um descendente de Magnus III da Suécia e Haakon V da Noruega (por parte do avô mterno). Em 1396 foi prestada homenagem a ele na Dinamarca e na Suécia da mesma forma, Margarida reservaria para si o cargo de regente durante a sua menoridade. Para solidificar os reinos unidos ainda mais estreitamente, Margarida convocou um congresso de três Conselhos do Reino de Kalmar em junho de 1397; e no Domingo da Trindade, em 17 de Junho, Eric foi solenemente coroado rei da Dinamarca, Noruega e Suécia. O ato proposto de união dividiu os três conselhos, mas a ação real que contém os termos da união nunca passaram da fase de um projeto não ratificados. Margarida insistiu em que cada país deve manter a posse exclusiva das suas próprias leis e costumes, e ser administrada por seus próprios dignitários, como tendência, na sua opinião para impedir a fusão completa da Escandinávia. Poucos anos depois da União de Kalmar, Eric, com 8 anos, foi declarado rei e foi prestada homenagem a ele em todos os seus três reinos. Mas durante a sua vida Margarida foi a verdadeira governante da Escandinávia.

Morte
Margarida faleceu subitamente a bordo de seu navio em Flensburg, em 28 de outubro de 1412. Seu sarcófago feito pelo escultor Lübeck Johannes Junge (1423) fica atrás do altar-mor da Catedral de Roskilde, perto de Copenhaga. Ela deixou a propriedade para a catedral, na condição de se celebrar regularmente missas à sua alma. A Reforma (1536) interropeu este ritual, no entanto, nesse dia um sino especial toca duas vezes em homenagem à Rainha. (ao lado sarcófago da rainha)

Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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