sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Capela Sistina

A Capela Sistina é uma capela situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa na Cidade do Vaticano. É famosa pela sua arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, sua decoração em afrescos, foi pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Raphael, Bernini e Sandro Botticelli.

A capela tem o seu nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que restaurou a antiga Capela Magna, entre 1477 e 1480. Durante este período, uma equipe de pintores que incluiu Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio criaram uma série de painéis de afrescos que retratam a vida de Moisés e de Cristo, juntamente com retratos papais e da ancestralidade de Jesus. Estas pinturas foram concluídas em 1482, e em 15 de agosto de 1483, Sisto IV consagrou a primeira missa em honra a Nossa Senhora da Assunção.

Desde a época de Sisto IV, a capela serviu como um lugar tanto para religiosos, como funcionários para atividades papais. Hoje é o local onde se realiza o conclave, o processo pelo qual um novo Papa é escolhido.

A virada do Quattrocento para o Cinquecento foi um dos momentos mais marcantes para a História da arte ocidental. A Itália, com epicentro em Florença, deu ao mundo uma tal gama de geniais artistas que parece milagrosa. "Não há como explicar a existência do gênio. É preferível apreciá-lo", diz Gombrich, tentando entender por que tantos grandes mestres nasceram no mesmo período.

A Capela Sistina é um dos locais mais propícios para aquilatar a dimensão desta explosão criativa. Para a sua feitura concorreram os maiores nomes de que dispunha a Itália no momento.

Sisto IV, como parte da política que empreendia para o restabelecimento do prestígio e fortalecimento do papado, convocou a Roma os maiores artistas da Itália. Florença era o centro de excelência até então. De lá e da Úmbria vieram os maiores nomes, fato que deslocaria para Roma a capitalidade cultural, que atingiria o zênite algumas décadas depois, com a eleição de Júlio II para ocupar a Cátedra de São Pedro. Para a história da cultura o significado do projeto e construção da Sistina é imenso, juntamente com as demais obras encomendadas por Sisto IV. Não somente porque marca o deslocamento da capitalidade cultural para Roma, mas por se tratar do ciclo pictórico de maior relevo da Itália no final do século XV, "constituindo além disso um documento inapreciável para observar as virtudes e os limites da pintura do Quattrocento".

Com exceção de Ghirlandaio, os pintores que nela assinalaram seus talentos avançam com a sua obra o século seguinte e os gênios que mudaram os rumos da pintura no período estão todos estreitamente relacionados com eles:
  • Ghirlandaio fora mestre de Michelangelo;
  • Rafael aprendiz de Perugino; e
  • no atelier de Verrocchio passaram: Leonardo, Perugino e Botticelli.

Mais que um liame entre o Quattrocento e o Cinquecento, esta geração de artistas "representa um ponto final, a constatação de uma crise. Algo que ficará manifesto pelo fato de que tanto Leonardo como Michelangelo construírem em boa medida suas respectivas linguagens sobre a negação da deles".


Arquitetura e decoração
Baccio Pontelli foi o autor do projeto arquitetônico para a construção da capela. Este florentino era um dos responsáveis pela reformulação e revitalização urbanística que Sisto IV efetuava em Roma, tendo realizado dezenas de obras públicas. No projeto, construído com a supervisão de Giovannino de Dolci entre 1473 e 1484, emprestaram seus dons: Perugino, Botticelli, Ghirlandaio, Rosselli, Signorelli, Pinturicchio, Piero di Cosimo, Bartolomeo della Gatta, Rafael e outros. Coroando este festival, alguns anos depois, um dos maiores gênios artísticos de todos os tempos: Michelangelo Buonarroti.

As dimensões do projeto de Baccio Pontelli tiveram como inspiração as descrições contidas no Antigo Testamento relativas ao Templo de Salomão. A sua forma:
  • retangular,
  • 40,93 m de longitude,
  • 13,41 m e largura e
  • 20,70 m de altura.

Os numerosos artistas vestiram o seu interior, esculpindo e pintando as suas paredes, transformando-a em um estupendo e célebre lugar conhecido em todo o mundo pelas maravilhosas obras de arte que encerra. Uma finíssima transenna de mármore, em que trabalharam Mino de Fiesole, Giovanni Dálmata e Andréa Bregno, divide a capela em duas partes desiguais. Os mesmos artistas levaram a cabo a construção do coro.

Internamente, as paredes, divididas por cornijas horizontais, apresentam 3 níveis:
  1. o primeiro nível, junto ao chão em mármore - que, em alguns setores, apresenta o característico marchetado cosmatesco - simula refinadas tapeçarias. No lado direito, próximo à transenna está o coro;
  2. o intermediário é onde figuram os afrescos narrando os episódios da vida de Cristo e de Moisés. A cronologia inicia-se a partir da parede do altar, onde se encontravam, antes da feitura do Juízo Final de Michelangelo, as primeiras cenas e um retábulo de Perugino representando a Virgem da Assunção, a quem foi dedicada a capela;
  3. o nível mais alto, onde estão as pilastras que sustentam os pendentes do teto. Acima da cornija estão situadas as lunettes, entre as quais foram alocadas as imagens dos primeiros papas.


Afrescos inspirados em cenas do Velho e do Novo Testamento decoram as paredes laterais, assim como o teto.

Precisamente, na parede esquerda, a partir do altar, estão as cenas do Velho Testamento:
1 – Moisés a caminho do Egito e a circuncisão de seus filhos, obra de Pinturicchio;
2 – Cenas da Vida de Moisés, de Botticelli;
3 – Passagem do Mar Vermelho, de Cosimo Rosselli;
4 – Moisés no Monte Sinai e a Adoração do Bezerro de Ouro, de Rosselli;
5 – A Punição de Korah, Natan e Abiram, de Botticelli;
6 – A Morte de Moisés, de Lucas Signorelli.

Na parte direita, também a partir do altar, as cenas do Novo Testamento:
1 – O Batismo de Jesus, de Pinturicchio;
2 – Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso, de Botticelli;
3 – Vocação dos Apóstolos, de Ghirlandaio;
4 – Sermão da Montanha, de Rosselli,
5 – A Entrega das Chaves a São Pedro, de Perugino;
6 – A Última Ceia, de Rosselli.

Entre as janelas, seis de cada lado, figuram 24 retratos de papas, pintados por Botticelli, Ghirlandaio e Fra Diamante. Na abóbada estão os famosos afrescos de Michelangelo, pintados entre 1508 e 1512. O mesmo artista realizaria entre os anos de 1535 e 1541, na parede do altar, o Juízo Final. Rafael realizou uma série de tapeçarias que, em ocasiões especiais, vestem as paredes.


– As cenas de Botticelli
Botticelli, o talentoso discípulo de Filippino Lippi, exercia seu ofício em Florença. Chamado a Roma por Sisto IV para a decoração da capela, ali executou entre 1481 e 1482 alguns afrescos:
  • A Punição de Korah, Dathan e Abiram;
  • Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso;
  • Cenas da Vida de Moisés .
Cenas da Vida de Moisés, afresco medindo 348 cm x 558 cm, é a obra mais complexa. Botticelli teve que se empenhar para entrelaçar os diversos episódios que ali figuram numa narrativa bem articulada. O quadro tem certas irregularidades. É mais apreciado em virtude de detalhes isolados do que pelo conjunto. Os episódios estão narrados no Livro do Êxodo, capítulos II, III e XIII.

A Punição de Korah, medindo 348,5 cm x 570 cm, é a representação da narrativa contida no Livro dos Números, capítulo XVI, onde Korah, subleva 250.000 hebreus contra a autoridade de Moisés e de seu irmão Aarão.

Tentação de Cristo e a Purificação do Leproso, medindo 345,5 cm x 555 cm, ilustra as 3 tentações de Cristo no deserto e a cura do leproso narradas no Evangelho de Mateus, capítulos IV e VIII. No centro do quadro vê-se o edifício do Hospital do Santo Espírito mandado construir por Sisto IV.


– O Teto da Capela Sistina (Michelangelo)
Na realização desta grandiloquente obra concorreram amor e ódio. Michelangelo teria feito este trabalho contrariado, convencido que era mais um escultor que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho de Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado a Roma: o mausoléu do Papa. Mas dedicou-se à tarefa e o fez com tanta mestria que praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os afrescos no teto da Capela Sistina são, de fato, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade.

É difícil acreditar que tenha sido obra de um só homem, pois dispensara os assistentes que havia contratado inicialmente, insatisfeito com a produção destes, e que o mesmo ainda encontraria forças para retornar ao local, duas décadas depois, e pintar na parede do altar, sacrificando, inclusive, alguns afrescos de Perugino, o Juízo Final, entre 1535 e 1541, já sob o pontificado de Paulo III.

A superfície da abóbada foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de maneira que resultasse numa articulação do espaço entremeado por pilares. Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Gênesis. Para entender estas últimas deve-se atentar para as que tocam a parede do fundo:
  • Deus separando a Luz das Trevas;
  • Deus criando o Sol e a Lua;
  • Deus separando a terra das águas;
  • A Criação de Adão;
  • A Criação de Eva;
  • O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso;
  • O Sacrifício de Noé;
  • O Dilúvio Universal;
  • Noé Embriagado.
Assim como ocorre com parte da obra de Leonardo da Vinci, Benjamin Blech e Roy Doliner sugerem no seu livro Segredos da Capela Sistina que Michelangelo teria usado de criptografia para inscrever mensagens atacando o papado. O artista teria usado seus conhecimentos dos textos judaicos e cabalísticos, antagônicos à doutrina cristã estabelecida, para transmitir em sua pintura aquilo em que verdadeiramente acreditava.


– O Juízo Final (Michelangelo)
A parede do altar foi destinada a conservar a maior pintura na qual Michelangelo dedicou, desde 1534, todo seu engenho e força: o Juízo Final. O afresco ocupa inteiramente a parede atrás do altar. Para sua execução, duas janelas foram fechadas e algumas pinturas da época de Sisto IV apagadas: os primeiros retratos de papas; a primeira cena da vida de Cristo e a primeira da vida de Moisés. Uma imagem da Virgem da Assunção de Perugino, e os afrescos das duas lunettes, onde o próprio Michelangelo havia pintado os ancestrais de Cristo.

A grandiosidade da personalidade do grande mestre se revela aqui, com toda sua potência, devido sobretudo à concepção e a força de realização da obra. Michelangelo expressa vigorosamente o conceito de Justiça Divina, severa e implacável em relação aos condenados. O Cristo, parte central da composição, é o Juiz dos eleitos que sobem ao Céu por sua direita, enquanto os condenados, abaixo de sua esquerda esperam Caronte e Minos. A ressurreição dos mortos e os anjos tocando trombetas completam a composição.


Restauracão
No último quartel do século XX, obras empreendidas no teto da Capela Sistina no intuito de recuperar o brilho original do tempo de Michelangelo foram motivo de inúmeras controvérsias.

Restaurações vinham sendo feitas ao longo dos anos, e desde a década de 1960 já se trabalhava nos afrescos mais antigos. O projeto mais audacioso, a cargo do restaurador Gianluigi Colalucci, iniciou-se em 1979 com a limpeza da parede do altar: o Juízo Final, de Michelangelo. Durante este período a capela esteve fechada ao público que visita o Museu do Vaticano (cerca de 3.000.000 pessoas por ano) só voltando a ser reaberta em 8 de abril de 1994.




Fonte: Wikipédia

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Carlos V, imperador do Sacro Império Romano


Carlos de Habsburgo (Gante, 24 de fevereiro de 1500 — Cáceres, 21 de setembro de 1558) foi Rei de Espanha (Carlos I) e Imperador do Sacro Império Romano (Carlos V). Arquiduque de Áustria, Duque de Milão e da Duque de Suábia, conde de Flandres, Rei de Nápoles e Sicília como Carlos IV de 1516 a 1555, Príncipe dos Países Baixos de 1516 até abdicar em outubro de 1555 no palácio dos duques de Brabante. Abdicou em 1556 e passou o governo a seu filho, Filipe II, exceto o Império e suas terras austríacas, que entregou ao irmão Fernando.




Família
Era filho de Joana "a Louca" e de Filipe "o Belo". Neto de Maximiliano I da Germânia ou de Habsburgo e de sua esposa Maria de Borgonha por via paterna e dos Reis Católicos por via materna. Duque da Borgonha em 1506, aos seis anos. Com a subida ao trono do primogênito de Filipe e Joana surgia na Espanha e na Alemanha a dinastia dos Áustrias. Carlos conseguiu unificar em sua pessoa o conjunto dos territórios da Coroa de Castela (herança de sua avó a rainha Isabel I), da Coroa de Aragão (herança do avô Fernando II) e as terras vindas por herança paterna (os Países Baixos, o Franco Condado) e do avô paterno (Áustria, Estíria, Tirol).

Irmãos:
  1. Catarina d´Áustria ou Habsburgo (filha póstuma, nascida em Torquemada 14 de janeiro de 1507 e morta em Lisboa em 12 de dezembro de 1578), casou-se em 1525 com o rei D. João III de Portugal, filho de D. Manuel I o Venturoso e de Maria de Castela, sua tia.
  2. Ferdinando ou Fernando I de Habsburgo ou Áustria (Alcalá de Henares, 10 de março de 1503 — Viena, 27 de julho de 1564) Rei dos romanos de 1531 a 1558, Rei da Boêmia e Hungria em 1526, Imperador germânico de 1558 a 1564 quando abdicou em favor dele. Educado na Espanha. Maximiliano, seu avô paterno, lhe obteve a sucessão dupla da Boêmia e Hungria.
  3. Isabel de Habsburgo nascida em 18 de julho de 1501 em Bruxelas e morta em Gante em 1526, casou em 1514 com Cristiano II rei da Dinamarca.
  4. Maria de Habsburgo ou da Hungria nasceu em 1505 e morreu em 1558. Foi regente dos Países Baixos. Casou em 1522 com Luís II Jagellon, Rei da Hungria e da Boêmia. Quando Margarida da Áustria morreu, em 1 de dezembro de 1530, Maria foi nomeada governadora das terras borgonhesas, os futuros Países Baixos.
  5. a irmã primogênita foi D. Leonor de Áustria ou de Habsburgo, nascida em Lovaína, no Brabante, em 15 de novembro de 1498 e morta em 25 de fevereiro de 1558 em Taraveruella, nos arredores de Badajoz. Arquiduquesa da Áustria, foi Rainha de Portugal e Rainha da França.


Primeiros anos
Nasceu em Gante, onde sua mãe estava acompanhando o marido, governador dos Países Baixos como primogênito do imperador Maximiliano I e de Maria da Borgonha. Durante muitos anos foi chamado Carlos de Gante. Espanhol pela mãe, alemão pelo avô, borgonhês pelo pai e pela avó Maria, filha de Carlos o Temerário, duque da Borgonha.

Morto seu pai em 1506, incorporou os Países Baixos e o Franco Condado, feudos do Império.
Passou a infância e a adolescência em terras da Borgonha (Flandres, atual Bélgica e Holanda). Estiveram encarregados de sua educação Margarida de Áustria, sua tia, a regente em seu nome, e o cardeal Adriano de Utrecht, humanista e professor de teologia em Lovaína, mais tarde Papa Adriano VI. Em 1515, foi declarado maior de idade, encarregando-se do governo de Flandres. Morto seu avô Maximiliano, em 1516, incorporou os territórios austríacos dos Habsburgos: a Alta e Baixa Áustria, ducados da Estíria, Carniola e Caríntia, condado do Tirol, landgraviato da Alta Alsácia.

Rei
Na Espanha, seu avô Fernando II de Aragão continuava como regente da filha Joana de Castela até morrer em 23 de janeiro de 1516. Em detrimento de sua mãe, Joana, encerrada num castelo, Carlos passou a possuir os reinos de Castela, Aragão, Nápoles e Sicília e as enormes colônias americanas. Assim, uma série de heranças , preparadas pela política matrimonial do avô Maximiliano, reuniu em Carlos um império imenso em que se dizia que o sol jamais se punha. A 30 de Maio de 1516, ao falecer o seu avô materno Fernando II de Aragão e com o apoio economico dos banqueiros da família Fugger (conhecidos em Espanha como os Fúcares), foi proclamado rei de Espanha em Madrid. Graças à recente descoberta do Novo Mundo, por Cristóvão Colombo, muito em breve a Espanha seria senhora de um imenso império transatlântico.

Carlos foi para a Espanha aos 17 anos, em setembro de 1517, sem falar espanhol, com seu grupo de conselheiros flamengos, que cedo se indispuseram com os espanhóis. Em 1518, foi formalmente reconhecido Rei, como a mãe, pelas cortes de Castela e depois de Aragão. Em 1519, Carlos I jurou como conde de Barcelona (título que implicava ser rei dos reinos da confederação catalã-aragonesa). Durante sua estada em Espanha, seu avô Maximiliano I morreu e herdou as terras dos Habsburgos.

Tornou a Espanha no centro de seus domínios, e partiu para lá em 1522. Afastado da Alemanha e de seus estados herdados dos Habsburgo, reservando para si próprio a Espanha e a política geral do Império como um todo, deu suas possessões austríacas a seu irmão Fernando em 1522, tornando-o também seu representante na chefia do governo imperial. Governou a Espanha como governara os Países Baixos, ambos compostos originalmente de vários Estados independentes, gradualmente unidos sob um só soberano, amarrados a seus antigos interesses, leis, costumes.

Imperador do Sacro Império Romano Germânico
Morto seu avô Maximiliano I de Áustria, obteve os territórios austríacos dos Habsburgo e foi eleito imperador do Sacro Império Romano-Germânico como Carlos V, 1519. O título tinha reminiscências do Império Romano, de Carlos Magno e dos imperadores medievais e impunha a missão divina de guardar a paz e a justiça na cristandade e defendê-la do infiel: o infiel era, naquela época, o Império Otomano e o Islão. Não foi eleição fácil, pois tinha como rival Francisco I de França, contava com oposição do Papa Leão X, e havia a corrupção dos eleitores. Foi eleito, a despeito de Roma e da França, em 28 de junho de 1519.

O Papa Leão X não lhe pôs dificuldades, e com isso preparou a base para seu império universal. Durante sua estada de alguns meses nos Países Baixos, depois de voltar da Espanha, e ao chegar na Alemanha em 1520, tinha tomadas as rédeas do Governo. Estava na Alemanha para fazer valer a sua proclamação de imperador. Ficaria ausente da Espanha até 1522. Como fazia seu avô Maximiliano, viajou constantemente durante seu reinado, sem passar muito tempo na Espanha.
A cristandade estava ameaçada internamente por divisões políticas e religiosas. Lutero combatia a Igreja de Roma, os turcos avançavam sobre os Bálcãs e o Mediterrâneo.



Eleito Imperador, foi visitar na Inglaterra Henrique VIII e sua rainha, sua tia Catarina de Aragão. Fez-se sagrar imperador em Aquisgrão em 23 de outubro de 1520. O movimento de Lutero se espalhara pela Alemanha e o legado papal na Corte imperial pedia sua supressão. Chegou a um esquema intitulado o Reichsregiment — para decidir como os gastos seriam cobertos, como os Estados forneceriam assistência militar ao Imperador na guerra. Em abril de 1521, Lutero foi convocado à Dieta e não se retratou. No dia seguinte Carlos o recebeu nos Estados e expressou sua opinião de modo enfático. Em 8 de maio de 1521, preparou o banimento de Lutero, efetivo no dia seguinte.





Abdicação
em 16 de janeiro de 1556, transferiu para o filho a coroa da Espanha, suas colônias, terras na península Itálica e nos Países Baixos. No Sacro Império, Carlos pediu aos eleitores para aceitarem sua abdicação, e eleger Fernando como seu sucessor, o que foi feito em 28 de fevereiro de 1558. Carlos V deixou ao irmão as propriedades dos Áustria na Alemanha.
Mesmo assim, permaneceu preso a questões políticas e só em setembro de 1556, com suas duas irmãs (Leonor de Áustria e Maria da Hungria) viajou para a Espanha. Mesmo em seu retiro, ao lado do mosteiro em Yuste, chegavam-lhe mensageiros com despachos, embora não mais tomasse parte ativa no governo.


Casamento e descendência
Desde 1504, comprometido com a filha de Luís XII de França , Cláudia de França, que mais tarde terminaria casada com Francisco I de Valois.

– casou com sua prima a Infanta Isabel de Portugal (1503-1539), filha de D. Manuel I.
De Isabel de Portugal (1503-1539), filha de Manuel I, nasceram sete filhos:
  1. Filipe II de Espanha (21 de maio de 1527-1598)
  2. Maria de Habsburgo ou Maria da Hungria (Madri, junho de 1528 - fevereiro de 1603). Foi imperatriz do Sacro Império Romano e Rainha da Boêmia, da Hungria e da Croácia pois casou em 13 de setembro de 1548 com Maxmiliano II de Habsburgo (1527-1576), seu primo, filho de seu tio Fernando I e de Ana Jagellon da Boêmia e Hungria.
  3. Isabel (nascida e morta em 1529)
  4. Fernando, nascido e morto em 1530.
  5. Joana de Habsburgo (Madri, junho de 1537 - setembro de 1573) casada em 11 de janeiro de 1552 em Toro com o infante João de Portugal quarto filho de D. João III e de D. Catarina da Áustria, pais do rei D. Sebastião) "o desejado".
  6. João, nascido e morto em 1538
  7. Fernando, nascido e morto em 1539.
– teve sete filhos ilegítimos:
  1. João de Áustria. Batizado Jerônimo, nasceu em Ratisbona, em 24 de fevereiro de 1547 e morreu de peste ou tifo em Bourges, na vizinhança de Namur, Flandres, em 1 de outubro de 1578.
  2. Isabel (20 de agosto de 1518 - depois de 1538), filha de sua madrasta Germana de Foix, viúva de seu avô Fernando II de Aragão. Educada pelo Inquisidor Josep Corretger, em Perpignan, morreu pouco depois da mãe e segundo o confessor de ambas, foi envenenada por ordem de Carlos V.
  3. Margarida de Parma, de Espanha ou de Áustria, filha de uma flamenga de Oudenarde, chamada Margarida ou Joana.
  4. Joana de Áustria (1522-1524), filha de uma jovem dama de aristocracia, pertencente aos círculos do Conde de Nassau. Foi transferida com a mãe para o convento de Madrigal de las Altas Torres.
  5. Tadea (nasceu em 1522), filha de Ursolina della Pena, de Perugia, que se achava em Bruxelas com o marido. O imperador a viu em Roma, em 1536, ao retornar da campanha em Túnis. A mãe morreu, e Tadea teve que conviver com irmãos violentos. Casou sem consultar o pai, e escreveu-lhe em 1562 solicitando reconhecimento. Passou o resto da vida no retiro de um convento.
  6. Joana, filha de uma dama cujo nome permaneceu no anonimato. Viveu sempre reclusa no convento de las Angustias em Madrid e morreu aos oito anos.
  7. Joana de Áustria, filha de Diana de Talanga, senhora de Sorrento. Casada com o Príncipe de Butera, morreu em 1650.



Fonte: Wikipédia

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Independência ou Morte!

7 de setembro de 1822

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Rainha Cristina da Suécia


A rainha Cristina I da Suécia nasceu em Estocolmo a 8 de dezembro de 1626 e faleceu em Roma a 19 de abril de 1689. Monarca da Suécia de 1632 a 1654. Era filha de Gustavo II Adolfo e de Maria Eleonora de Brandemburgo-Hohenzollern. Foi protetora das artes e mecenas de artistas escandinavos. Abdicou do trono sueco para converter-se ao catolicismo, enquanto os monarcas de seu país deveriam ser forçosamente protestantes. Deixou seu país e morreu em Roma aos 63 anos de idade.




Rainha reinante
Em sua autobiografia, em 1681, Cristina escreveu: "Em minha opinião, as mulheres nunca devem reinar." Ela escreveu isto apesar de ter governado a Suécia por mais de uma década, com uma boa dose de sucesso.

O Conselho Nacional sugeriu que Cristina participasse do governo, quando ela tinha 16 anos, mas ela pediu para esperar até que ela tivesse 18 anos, como seu pai havia esperado até então. Em 1644, ela assumiu o trono. Sua primeira missão importante foi à conclusão da Paz com a Dinamarca. Fez tanto sucesso que, a Dinamarca entregou as ilhas de Gotland e Ösel (hoje Saaremaa em Estónia) a Suécia, a Noruega perdeu os distritos de Jämtland e Härjedalen , que até hoje se mantém com a Suécia.

O Chanceler Oxenstierna logo descobriu que Cristina tinha visões políticas diferentes das suas. Para o Congresso da Paz na Alemanha, em 1645, ele enviou seu filho Johan Oxenstierna, apresentando a visão de que seria melhor para o interesse da Suécia, se a Guerra dos Trinta Anos continuasse. Cristina, no entanto, queria a paz a qualquer custo e enviou seu próprio delegado, Johan Adler Salvius. Pouco antes da celebração do acordo de paz, ela admitiu Sálvio para o Conselho Nacional, contra a vontade do chanceler Oxenstierna e para espanto geral, pois Cristina queria a oposição à atual aristocracia.

Ela sabia que era esperado dela, proporcionar um herdeiro para o trono sueco. Seu primo Carlos era apaixonado por ela, e eles ficaram noivos em segredo, antes de ele deixar em 1642, a Suécia para fazer o serviço militar por três anos na Alemanha. Cristina revela em sua autobiografia que sentia “uma aversão intransponível para o casamento”.

Em 26 de fevereiro de 1649, Cristina tornou público sua decisão de não se casar, mas queria seu primo Carlos – filho da Princesa Catarina da Suécia, filha do Rei Carlos IX da Suécia – como herdeiro ao trono. A nobreza se opôs a isso, outros três estados: clero, burgueses e camponeses, aceitaram.

A Coroação aconteceu em outubro de 1650. Cristina foi para o castelo de Jacobsdal, hoje conhecido como Ulriksdal, onde entrou em um carro desenhado com coroação preto de veludo bordada em ouro, puxado por seis cavalos brancos.

Legado
Seu legado à Suécia foi desastroso: após a abdicação, as mulheres foram excluídas da linha de sucessão - lei revogada somente em 1980, para admitir a princesa Victória como sucessora do atual rei Carlos Gustavo.

Mistério
Surgiram rumores sobre pretendentes, mas o objeto de seus suspiros era a Duquesa Ebba Sparre, ”bed fellow” e dama da Corte. Na gélida Suécia no século 17, dos candelabros e das sombras, era comum que pessoas do mesmo sexo compartilhassem a cama, apenas para se manterem aquecidas e confortáveis, mas a atração física de Cristina por Ebba ficou evidente nas cartas de amor que lhe escreveu.

Em 19 de abril de 1689, Cristina morreu em Roma aos 62 anos, após pequena enfermidade. Contrariando seu desejo, o Papa Inocêncio XII mandou realizar uma elaboradíssima cerimônia, com cortejo de cardeais, clérigos e noviços até a Basílica de São Pedro, onde está sua sepultura. (foto)

Segundo a biógrafa Linda Rapp, o embaixador português Antonio Pimentel foi um de seus inúmeros amores masculinos e femininos. As especulações sobre a sexualidade de Cristina ainda estão bem presentes desde o dia em que, ao nascer, foi confundida com um menino. Existe a possibilidade de ela ter sido hermafrodita. Em 1965, o corpo foi exumado e examinado. O esqueleto parecia ser de uma mulher, mas o tempo e a retirada das vísceras e de alguns órgãos internos prejudicaram as análises de laboratório.

Linda Rapp acha que Cristina permanece um “mistério, na morte como na vida.”

Fonte: Wikipédia e Textos de Thereza Pires

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Museu do Vasa

O Museu do Vasa (Vasa Museet) é um museu histórico temático localizado em Estocolmo, na Suécia. O Vasa foi um navio de guerra sueco, do início do século XVII, afundado quando deixava o porto em sua primeira viagem, o que causou uma comoção nacional à época. Atualmente é o museu mais visitado dos países escandinavos, com uma média de 800.000 pessoas por ano.



O Vasa
Construído por determinação do Rei Gustavo Adolfo da Suécia, com o desafio de se constituir no mais potente navio de guerra de seu tempo, os seus três mastros principais elevavam-se a mais de 50 m de altura, suportando uma dezena de velas. Estava equipado com 64 peças de artilharia de diversos calibres, magnificamente decorado com esculturas entalhadas em madeira. A sua tripulação era de 400 homens.

No dia 10 de agosto de 1628, poucos minutos após ter soltado ferros para a sua viagem inaugural, completamente carregado, uma rajada de vento fez o navio inclinar para esquerda, deixando entrar água pelas portas de arma inferiores, causando o seu naufrágio ainda no porto, um acidente que envergonhou o país.

O achado arqueológico submarino
Trezentos e trinta e três anos mais tarde, na década de 1950, o navio foi encontrado imerso no lodo do fundo do porto, que teve a virtude de conservar relativamente intacta a estrutura da embarcação.

Iniciou-se assim um dos mais importantes trabalhos de resgate e restauração do nosso tempo, apresentado ao público em um museu histórico temático, onde os visitantes podem observar os diversos aspectos construtivos e de resgate, limpeza, preservação e restauração da embarcação, assim como aspectos da vida cotidiana da Suécia no início do século XVII.

Veja : Vasamuseet


Fonte: Wikipédia

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domingo, 5 de setembro de 2010

Sevilha - Espanha

Sevilha é uma cidade espanhola situada a sudoeste da Península Ibérica e a capital da província homônima, na Comunidade Autônoma da Andaluzia, é a quarta maior cidade espanhola (703.206 habitantes) e a quarta maior área metropolitana por número de habitantes (1 493 416 na área metropolitana, de um total de 1 900 224 na província - dados de 2009).



História
  • A época tartésica
Não há certeza, porém pensa-se que foi fundada pelos tartessos, concretamente os turdetanos, cerca do século XIII aC, com o nome de "Hispal". Depois foi ocupada pelos fenícios e cartagineses.

  • A época romana
As tropas romanas entram no ano 206 aC, comandadas pelo general Escípio, derrotam os cartagineses, que habitavam e defendiam a região, e convertem-se nos seus sucessores no sul peninsular. O general não tinha confiança na cidade pelo carácter agressivo e violento dos cartagineses, e decidiu fundar uma cidade num local próximo e ao mesmo tempo afastado para evitar beligerâncias, e é assim que nasce Itálica, atualmente em ruínas. Os romanos latinizaram o nome da cidade e chamaram-lhe Híspalis. Durante este período foi um dos conventos jurídicos da Bética, o Hispalense.

  • A época visigoda
Em 426 foi tomada pelos vândalos com Gunderico como dirigente, um século depois foram substituídos pelos visigodos, e com Recaredo alcançou Sevilha o máximo apogeu da época. Depois da invasão muçulmana a Espanha, Sevilha converteu-se junto com Córdoba numa das cidades mais importantes do ocidente europeu.

  • A época moura
Em 712 Musa, acompanhado pelo seu filho Abd al-Aziz ibn Musa e com um exército de 18.000 homens, cruzou o estreito e procedeu à conquista do resto do território visigodo. Ocupou Medina-Sidonia, Carmona e Sevilha e, seguidamente, atacou Mérida que após um ano de sitiada a conquistou. A cidade passou a ser território mouro. Desde Mérida, Musa, dirigiu-se a Toledo. Foram os mouros que lhe deram o nome de Ishbiliya (árabe أشبيليّة) que derivou depois em Shbiya para terminar no nome atual. Nesta época a sua riqueza cultural cresceu enormemente pela cultura árabe, em tanto que tinha dependência do Califado de Córdoba convertendo-se na mais importante de Al-Andalus. Foi capital dum dos reinos de taifas mais poderosos desde 1023 até 1091 governado pela família dos abádidas. Na época almóada construíram-se a Giralda, o Alcázar e a Igreja de São Marcos. Entre finais do século XI e até meados do século XII assentaram-se os almorávides na cidade, uma época muito boa para os negócios e a arquitetura. Os cristãos reconquistaram a cidade em 1248 durante o reinado de Fernando III de Castela.

  • A baixa Idade Média
Depois da reconquista uma nova cultura tomou a cidade, os judeus, vinham desde todos os lugares, principalmente de Toledo e com certeza os que um século anterior tinham sido fugidos do rio Betis a Tejo, alguns dos mais influentes foram beneficiados com o reparto da cidade. Nunca foram bem vistos, pela sua destreza econômica e pela rivalidade que tinham com alguns clérigos. Entre os anos 1354 e 1391 a alfama foi continuamente assaltada e saqueada. A partir de então a falsa conversão de alguns praticantes de outras religiões, permitem-se atos inquisitivos na cidade, e é assim como celebrou-se o primeiro auto de fé em Sevilha a 6 de fevereiro de 1483, no que foram queimadas vivas seis pessoas. Um decreto de 1483 anunciou que começava-se a expulsar da região andaluza em geral os judeus que não foram batizados, em 1492 foram desterrados os judeus de todo o país.

  • O descobrimento das Américas
O descobrimento do Novo Mundo em 1492 foi muito significativo para a cidade, que se converteria no primeiro porto de saída europeu até a América. Sevilha era em finais do século XVI um dos principais portos castelhanos no comércio com a Inglaterra, Flandres e Génova fundamentalmente.

Os reis fundaram a "Casa de Contratación" (atualmente é o Arquivo de Indias), desde Sevilha dirigia-se e contratavam as viagens, controlando as riquezas que entravam da América, e era o principal porto de ligação. Nesta época teve uma grande expansão urbana superando os 100.000 habitantes, convertendo-se na maior cidade da Espanha. Mesmo assim converteu-se numa metrópole com consulados de todos os países da Europa, e comerciantes vindos de todo o continente que ficavam estabelecidos em Sevilha para realizar as suas empresas. Isto foi o que converteu a cidade num centro multicultural, com um forte florescimento das artes, em especial da arquitetura, escultura, pintura e literatura, jogando um papel importante no Século de Ouro espanhol. Nesse século terminaram as obras de construção da Sé, e outros edifícios novos como a Casa Pilatos, o Palácio de las Dueñas, e a Colegiata do Salvador. Também, como Sevilha era porto de América, foi residência de geógrafos e cartógrafos, como Américo Vespucio que faleceu nesta cidade a 22 de fevereiro de 1512.

  • O século XVII
A partir do século XVII e século XVIII a sorte de Sevilha começa a mudar, a principal causa é que a Casa da Contratação, passou a ser controlada desde o porto de Cádiz com o que a cidade tinha rivalidade. Também sofreu a crise econômica que afetou toda a Europa além das habituais inundações e outras calamidades como foi a epidemia com a que foi atingida em 1649, com mais de 60.000 mortos, aproximadamente 46% da população existente, passando Sevilha de 130.000 para 70.000 habitantes. Nem tudo foram desgraças para a cidade, já que foi o início de uma boa época para as artes em todas as manifestações. Sevilha, empolgada pelo espírito contra-reformista transformou-se numa cidade convento. Em 1671 havia 45 mosteiros de frades e 28 de freiras. Franciscanos, dominicanos, agostinhos e jesuítas instalaram-se nela.
  • O século XVIII
A invasão francesa também afetou Sevilha. Foi o Marechal Víctor com as suas tropas acompanhado do rei José Napoleão (José I), quem ocupou a cidade, sem disparar um único tiro, desde 1 de fevereiro de 1810 até 27 de agosto de 1812 quando tiveram de retirar devido aos contra-ataques desferidos pelas tropas anglo-espanholas.
  • O século XIX
Durante o século XIX chegou o comboio. Para a sua construção foi necessário derrubar as milenárias muralhas que circundavam a cidade, que, assim, começou a expandir-se.
  • O século XX
A Guerra Civil Espanhola também afetou à capital andaluza (onde o general Gonzalo Queipo de Llano se apoderou do comando da 2ª Divisão Orgânica), quando caiu nas mãos dos sublevados ao mesmo tempo que Cádis, Granada e Córdoba. Foi também sede da "Exposição Iberoamericana" em 1929 e da Exposição Mundial de 1992. Da primeira, o monumento mais destacado que permanece é a Praça de Espanha. Da Expo'92, permanecem parte das instalações que foram reconvertidas no parque tecnológico mais importante da Andaluzia, o parque temático "Isla Mágica" e a monumental ponte do Alamillo sobre o rio Guadalquivir do arquiteto Santiago Calatrava. Destaca-se na atualidade a realização das obras do Metro de Sevilha.


Clima
O clima de Sevilha é mediterrânico, com influências continentais. A temperatura media anual é de 18,6 °C, o que faz desta cidade uma das mais quentes de Europa. Os invernos são suaves. Janeiro é o mês mais frio, com médias entre 5,2 °C e 15,9 °C e os verões são muito quentes. Julho possui as médias mais altas, entre 19,4 °C e 35,3 °C e todos os anos superam-se os 40° em varias ocasiões. As temperaturas extremas registadas na estação meteorológica do Aeroporto de Sevilha foram de -5,5 °C, em 12 de fevereiro de 1956 e 46,6 °C, em 23 de julho de 1995. Há um recorde não homologado pelo Instituto Nacional de Meteorología que é de 47,2 °C em 1 de agosto de 2003. As precipitações são de 534 mm por ano, concentradas de outubro a abril. Dezembro é o mês mais chuvoso, com 95 mm. Há 52 dias de chuva por ano, 2.898 horas de sol e 4 dias de leve possibilidade de gelo.


Festas Populares
  1. A principal festa de Sevilha é a Semana Santa, na qual 59 irmandades desfilam pelas suas ruas, saindo dos diversos templos até à "Carrera Oficial" (percurso oficial obrigatório para todas), que começa na Campana e finaliza ao sair da Catedral, onde se realiza a estação de penitência. Um terço da população participa nas confrarias como irmãos da luz, "costaleros" ou membros de uma banda.
  2. A "Feria de Abril", festa de carácter folclórico que reúne cada ano milhares de pessoas vindas de toda Espanha no recinto "ferial". São típicas as "casetas" (barracas com forma de tendas) onde as pessoas se reúnem para cantar e dançar sevilhanas e flamenco. Durante a semana de "feria" realizam-se uma série de touradas de fama nacional, na conhecida praça de touros de Sevilha "La Maestranza".







Fonte: Wikipédia

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Castelo de Het Loo

Het Loo é um palácio dos Países Baixos localizado nas proximidades de Apeldoorn. A antiga residência Real começou a ser construída em 1684 para Guilherme III de Orange, e para a sua consorte, Maria II de Inglaterra, os quais se tornaram Rei e Rainha da Inglaterra em 1689. Durante mais de três séculos, Het Loo serviu de residência de Verão à Casa de Orange, cujos membros se tornaram na Família Real holandesa.


História
A arquitetura barroca holandesa de Het Loo toma providências para minimizar a grande extensão da sua construção, tão enfática no Château de Versailles, de forma a apresentar-se, apenas, como a elegante residência de um cavalheiro. Na sua carreira militar e diplomática, Guilherme de Orange foi o oponente europeu de Luís XIV de França, o comandante das forças combinadas contra o poder absoluto do Catolicismo Romano.

Het Loo não foi concebido como um mero palácio, mas sim como um refúgio, ou "casa de recreio". Todavia, está situado entre "entre pátio e jardim" como o Château de Versailles e os seus imitadores, e até mesmo como muitas casas particulares de Paris.

O pátio de honra, com pavimento seco e coberto de gravilha, levemente escondido da estrada por um gradeamento em ferro forjado, é domesticado por um tradicional relvado bordejado por buxos, o doce toque de uma cruz num círculo que se deseja encontrar num jardim burguês. Os volumes do palácio são ritmicamente quebrados na sua aglomeração. Estes desenvolvem-se simetricamente, expressando os papéis subordinados dos seus usos e ocupantes, ao ponto de os anexos finais, nos planos de Marot, se estenderem ao longo do caminho público, como uma estrada bem feita e deliciosamente regular.


Jardins
O "Grande Jardim" fica privadamente nas traseiras. Este Jardim Barroco holandês, quando chamado de Versailles da Holanda deixa em evidência mais diferenças que semelhanças com o modelo francês, embora ainda se mantenha na fórmula barroca geral estabelecida por André Le Nôtre:
  • perfeita simetria, esquema axial com passeios irradiantes cobertos de gravilha, parterres com fontes, tanques e estátuas.


O jardim principal, com conservadores canteiros retangulares em vez de outros com formas mais elaboradas, é um espaço fechado por passeios elevados, tal como um jardim renascentista, pregueado nos bosques para divertimento privado. Não é o jardim de um Rei, mas de um stathouder (governantes dos países baixos durante a ocupação espanhola). No seu extremo, uma sombreada passadeira de árvores esconde a vista central. As laranjeiras colocadas em caixas de madeira e abrigadas, durante o inverno, numa orangerie, um elemento presente em todos os jardins da época, têm um duplo significado para a Casa de Orange.

Fora do jardim existem algumas alamedas lineares, para permitir a perseguição da caça em carruagem ou, simplesmente, pelo aparato proporcionado por uma avenida deste gênero. O patrono dos jardins do Rei-Sol era Apolo. Pedro o Grande optou por Sansão saltando das garras do leão heráldico da Suécia. Guilherme III de Orange escolheu Hércules.

No século XVIII, o jardim barroco de Guilherme III foi varrido para dar lugar a um parque paisagístico ao gosto inglês.


Atualidade
Em 1960, a Rainha Guilhermina declarou que quando morresse o palácio iria para a posse do Estado. Isso aconteceu em 1962, quando Guilhermina morreu no interior do próprio palácio. Depois de um cuidado restauro, o palácio acolhe, atualmente, um museu nacional e biblioteca dedicados à Casa de Orange-Nassau na história dos Países Baixos. Het Loo também abriga o Museum van de Kanselarij der Nederlandse Orden (Museu da Chanceleria das Ordens de Cavalaria Neerlandesas). Livros e outro material relacionado com decorações e medalhas formam uma seção separada da biblioteca.

Os jardins perdidos de Het Loo foram totalmente restaurados a partir de 1970, a tempo de celebrar o tricentenário do palácio, em 1984. Os seus novos trabalhos de tijolo, rede e ornamentos encontram-se tão em bruto como devem ter estado em 1684, devendo amadurecer e suavizar com o passar do tempo.





Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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