sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fernando VII - rei da Espanha


Fernando VII da Espanha (San Ildefonso ou Escorial, 13 de outubro de 1784 – Madri, 29 de setembro de 1833), rei espanhol, filho de Carlos IV e de Maria Luísa de Parma. Fernando Maria Francisco de Paula Domingo Vicente Ferrer Antonio José Joaquin Pascual Diego Juan Nepomuceno Januario Francisco Javier Rafael Miguel Gabriel Calixto Cayetano Fausto Luís Raimundo Gregorio Lorenzo Geronimo de Borbón y Borbón, como foi batizado, foi rei de Espanha em 17 de março de 1808 quando da abdicação forçada do pai.





Reinado
Príncipe das Astúrias, procurou o apoio de Napoleão para preservar os seus direitos ao trono. Mergulhou a Espanha na anarquia e guerra civil, em março de 1808 a rebelião de Aranjuez fez dele rei, as tropas de Napoleão, comandadas por Murat, ocuparam Madrid e o Imperador mandou que a família real fosse para Bayonne, obteve a abdicação de Carlos IV, obrigou Fernando a assinar a sua própria abdicação e prendeu-o no confortável castelo de Valençay até dezembro de 1813.

Napoleão Bonaparte colocou no trono seu irmão, José I. Tal situação provocou a Guerra da Independência. Quando o conflito terminou, o monarca foi reposto no cargo pelo Tratado de Valença (1814) e regressou a Espanha. Voltando a Espanha em março de 1814, aboliu a Constituição liberal, perseguiu os seus adversários, mudou constantemente os ministros. As colônias americanas tornaram-se independentes, o exército de Cadiz rebelou-se. Fernando teve que restabelecer a Constituição em 1820, depois da revolta de Riego, ficando virtualmente preso até 1823, quando foi levado para Cádiz. Retomou o poder absoluto com o apoio da França. Passou o resto da vida combatendo os apostólicos, a direita do partido que o apoiava. Revogou a lei sálica introduzida por Filipe V, de modo a poder deixar o trono à filha primogênita.

Em 1823, Luís XVIII ajudou-o a restabelecer o poder absoluto, que marcou a primeira etapa do seu governo (1814-1820). Quando caiu Napoleão, os Bourbons voltaram ao poder na França e na Espanha. Fernando VII, autoritário e teimoso, concedeu, contrariado, uma constituição liberal. Chateaubriand, também Ministro dos Negócios Estrangeiros de Luís XVIII, aproveitou a ocasião para oferecer ao exército francês uma vitória fácil e aos Bourbons a revanche sobre a Revolução. Assim a Santa Aliança entregou à França o cuidado de dar uma lição aos liberais espanhóis. O corpo expedicionário foi colocado sob o comando do Duque de Angoulême, sobrinho de Luís XVIII.

As colônias espanholas da América (México, Argentina, Chile e outras), entretanto, emanciparam-se. Outras, como o Paraguai, já eram independentes e outras como Cuba e Porto Rico permanecerem colônias. O império colonial espanhol estava desintegrado em 1814. Durante os anos em que os Bourbons estavam presos na França, o Novo Mundo governara-se sozinho sem interferência de Madrid. Em 1810 muitas das possessões coloniais tinham-se declarado independentes. A volta dos Bourbons em 1814 não ajudou a interromper a tendência.

Fernando VII era um reacionário, opositor a qualquer conceito de liberalismo político, e um incompetente, que esperava que as colônias se submetessem ao desejo real. Quando isso não aconteceu, entrou em combate contra os súditos. No final, recursos preciosos foram gastos combatendo os revolucionários na América, sem recuperar qualquer uma das colônias. Esse primeiro período absolutista foi seguido pelo Triênio Liberal ou Constitucional (1820-1823), no qual foi dada continuidade à obra reformista iniciada em 1810. Contudo, a contra-revolução surgida na corte e a entrada na Espanha das tropas francesas enviadas pelo duque de Angoulême ("os Cem Mil Filhos de São Luís") permitiram a restauração do absolutismo.

Os anos finais de seu reinado foram dedicados à questão sucessória: a luta entre os partidários da candidatura ao trono por seu irmão, D. Carlos Maria Isidro de Bourbon, conde de Molina, e de sua herdeira e filha primogênita Isabel (Isabel II), em cujo reinado foi iniciada a primeira Guerra Carlista.

Casamentos e Filhos
Mesmo infeliz na política, foi ainda mais infeliz nos 4 casamentos.

  1. Casou pela primeira vez em 6 de outubro de 1802 em Barcelona com sua prima tísica Maria Antônia Teresa (Caserta 1784-1806 morta de tuberculose em Aranjuez) de Bourbon-Sicilia, Bourbon-Lorena ou Bourbon-Nápoles. Era princesa de Bourbon-Duas Sicílias, filha de Fernando IV de Nápoles mais tarde Fernando I das Duas Sicílias e de sua esposa a arquiduquesa Maria Carolina de Habsburgo-Lorena. O casamento foi duplo, pois o príncipe herdeiro das Duas Sicílias casava também com a irmã de Fernando, a infanta Maria Isabel. A noiva entrou em Madrid em grandes festas. Eram alianças para unir a Espanha e as Duas Sicílias no panorama internacional, quando o poder da França napoleônica aumentava. Teve vários maus partos e morreu sem herdeiros.
  2. Casou em Madrid em 29 de setembro de 1816 com sua sobrinha a Infanta de Portugal Maria Isabel Francisca de Bragança (Queluz 1797-1818 de cesariana num parto em Madrid) filha do rei D. João VI com sua irmã Carlota Joaquina. Eram outra vez bodas duplas, pois o Infante Don Carlos Maria Isidro, irmão do rei, casava com outra infanta de Portugal, Maria Francisca. Chegaram a Cádiz vindas do Brasil, onde a corte estava exilada. Isabel tinha físico decepcionante, era gorda e sem dote. No entanto muito culta e detentora de extrema bondade. Foi a fundadora do Museu do Prado. Tiveram duas filhas, mas apenas uma sobreviveu: Maria Luísa Isabel (1817-1818).
  3. Casou outra vez em Madri em 20 de outubro de 1819 com Maria Josefa Amália de Saxe Wettin (nascida em Dresde em 1803 e morta em 1829 em Aranjuez, aos 25 anos). Tinha 16 anos e era filha de Maximimiliano I (1759-1838) rei de Saxe, e de Carolina Maria de Parma. Casava de novo aos 34 anos, tinha gota, abusava do consumo do tabaco, a coroa não tinha herdeiro direto. Recém saída do convento, viveram afastados. Mas ela demorou dez anos para morrer, e no final da década de 1820 o rei ainda não tinha um herdeiro direto. Seu irmão o Infante Don Carlos Maria Isidro, mais reacionário ainda do que ele, já se sentia sobre o trono. Frustrou-se, e seus partidários, quando Fernando VII aos 45 anos, velho e achacoso, decidiu casar de novo.
  4. Casou em Madri em 11 de dezembro de 1829 com sua sobrinha a princesa de Bourbon-Duas Sicílias Maria Cristina de Bourbon-Nápoles, nascida em Palermo em 1806 e morta em 1878, filha de seu cunhado Francisco I e de sua irmã, a Infanta Maria Isabel de Espanha - a que tinha uma indecente semelhança a Manuel Godoy. Era irmã da Infanta Carlota de Nápoles, casada com seu irmão o Infante D. Francisco. Nasceu afinal uma filha e depois nasceu outra e por conselho da esposa, em 1830 o rei promulgou a Pragmática Sanção, para que a filha primogênita pudesse herdar - e não seu irmão, o conde de Molina. A Sanção confirmava a revogação, por Carlos IV, da Lei Sálica introduzida na Espanha por Filipe V. Maria Cristina seria regente a partir de 1830. Filhas: Maria Isabel II (1830-1904) e Luísa Fernanda (1832-1897)




Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
© 2008 Templates e Acessórios por Elke di Barros