sexta-feira, 9 de julho de 2010

A fuga de Luís XVI

Na noite de 20 de junho de 1791, Luís XVI, acompanhado da família, foge do Palácio das Tulherias, em Paris, onde se encontrava desde que fora expulso de Versalhes pelas pressões populares de 1789. Com seus poderes limitados pela Assembleia Constituinte e considerando-se prisioneiro naquele palácio úmido e frio, o rei decide se passar por um certo sr. Durand e dirige-se para Montmédy, praça forte na fronteira da França com os Países Baixos Austríacos (Bélgica).

A viagem, cheia de imprevistos, demora mais que o planejado, e a comitiva se detém no vilarejo de Varennes, onde o rei é reconhecido, obrigado a pernoitar na casa de um merceeiro e, na manhã do dia 22, forçado a voltar a Paris. Esse episódio nada heróico, sem turbulências, manifestações de massa, violência, sangue ou pavor foi, um dia fundamental na Revolução Francesa, um divisor de águas. Até então o rei era respeitado e representado como o protetor do povo contra a tirania dos senhores feudais.

Na verdade a Assembleia estava reunida para elaborar uma nova Constituição que lhe retirava muitos poderes, mas não se pensava em abolir a monarquia. O rei aceitava com relutância essas inovações, mas continuava sendo o "primeiro cidadão". Porém depois da fuga, dos disfarces e das mentiras, e da suspeita de que ele pretendia se unir a forças estrangeiras, tudo mudou.

A viagem de ida e volta a Varennes foi o primeiro passo dado pelo próprio rei para o fim do regime monárquico e para o cadafalso, onde sua cabeça rolaria 19 meses depois em 21 de janeiro de l793.

Essa viagem representa uma fratura na história francesa e teve consequências indeléveis: destruiu a imagem do Luís XVI paternal, lança sobre o monarca a suspeita de traição ao povo, abre espaço para a ideia republicana e renova a turbulência revolucionária que desembocou no Terror.


do livro 'Varennes a morte da realeza' de Mona Ozouf

Leia Mais…

Castelo Bodiam

Um castelo quadrangular localizado no East Sussex, Inglaterra. Foi construido em 1385 por Sir Edward Dalyngrigge, um antigo cavaleiro de Eduardo III, supostamente a pedido de Ricardo II para defender a área circundante, da invasão francesa. Recentes pesquisas sugerem que o castelo foi construido mais para exibição de poder que para defesa efetiva. Existem evidências que suportam esta pesquisa, uma vez que as suas muralhas têm apenas um par de pés de grossura. No seu interior encontrava-se um vasto edifício apalaçado, que viria a ser destruido pelas forças parlamentares em 1664, e do qual restam apenas vestígios.


Arquitetura
Bodiam Castle é completamente rodeado por um fosso alimentado por um manancial de água, com acesso pelo Norte e pelo Sul. O castelo em si tem uma forma retangular, sendo mais longo na direcção Norte-Sul. Possui grandes torres redondas em cada um dos quatro cantos e uma torre quadrada defendendo o centro de cada lado. O poço do castelo fica localizado numa das torres dos cantos e a capela numa outra.
A portaria principal fica localizada no centro da parede Norte do quadrângulo, enquanto que a torre quadrada do Sul possui um portão traseiro. Ambas as portarias tinham longas pontes que permitiam a passagem sobre o fosso. Isto providenciava uma defesa adicional ao portão principal, por obrigar qualquer atacante que se aproximasse pela ponte a expôr-se às setas (e, nesta época, às armas de fogo) dos defensores colocados na torre Noroeste.

No interior das muralhas ficam as ruínas dos edifícios domésticos, que eram provavelmente muito grandes. Para a direita da torre posterior fica o Grande Hall do palácio. A maior parte do interior do castelo foi destruido pelas forças parlamentares durante a Guerra Civil Inglesa, seguindo a sua política de anulação das fortalezas potencialmente ameaçadoras.

Bodiam Castle é um típico castelo do fim da era medieval, nos quais a atenção era colocada no conforto das áreas habitáveis, sendo duvidoso o seu valor como fortificação militar. Apesar de o fosso ser uma boa barreira, as muralhas do castelo são pouco grossas, e tem apenas uma linha de defesa. Quando foi construido, os primeiros canhões já estavam em uso, mas os castelos ainda tinham valor como base para as tropas, mesmo que estivessem de ficar mais vulneráveis ao ataque direto.


História
Na época da sua construção, a Inglaterra e a França combatiam na Guerra dos Cem Anos, que se disputava desde 1337. A costa Sul da Inglaterra, onde Bodiam seria construido, estava em constante ameaça de invasão por parte da França. O castelo defende o curso alto de um rio que era navegável até Rye, nos tempos medievais, quando os níveis do mar eram mais elevados. Nenhuma invasão foi levada a cabo e Bodiam Castle nunca se envolveu num cerco medieval. Ao longo dos séculos, desde que foi construido, o castelo foi possuido por uma sucessão de poderosas famílias do Sussex, incluindo a família Levett, em honra da qual o atual caminho em frente do castelo recebeu o nome. Depois da destruição de 1664, entrou em decadência até o século XX, a ponto de as suas pedras serem saqueadas pelos construtores locais.

No início do século XX, o castelo foi adquirido e restaurado por Lord Curzon, proprietário do Kedleston Hall e antigo Vice-Rei da Índia, que o legou por testamento ao "National Trust for Places of Historic Interest or Natural Beauty" (Instituto Nacional para Locais Históricos ou de Beleza Natural), em 1926.




Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
© 2008 Templates e Acessórios por Elke di Barros