segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Dinastia de Bragança



A Dinastia de Bragança (ou Brigantina), também conhecida como Sereníssima Casa de Bragança, foi a 4ª dinastia de reis portugueses, que reinou entre 1640 e 1910 em Portugal, devendo o seu nome ao fato de os seus membros deterem, como título principal, o de Duques de Bragança. Foi também a dinastia que reinou no Império do Brasil entre 1822 e 1889.







Em Portugal a Casa de Bragança foi elevada à coroa através de D. João II de Bragança, 8.º Duque de Bragança, que se torna rei com o nome de D. João IV (figura ao lado) depois da Restauração da Independência em 1 de dezembro de 1640. A partir do reinado de D. João VI e das lutas entre liberais e absolutistas que seguiram, a Casa de Bragança ficou dividida em três ramos:




  1. Ramo Saxe-Coburgo-Gota Bragança (ou Bragança-Wettin) – descendência do Rei D. Pedro IV e que reinou em Portugal até ao fim da monarquia em 1910. O último rei, D. Manuel II, faleceu em 1932, sem deixar filhos. Leva este ramo devido ao fato dos seus membros descenderem do casamento da Rainha D. Maria II, da Casa de Bragança, com o Príncipe D. Fernando II, da Casa de Saxe-Coburgo-Gota.
  2. Ramo Miguelista – descendência do Rei D. Miguel I que, após ter sido derrotado na Guerra Civil, seguiu para o exílio, não reconhecendo a realeza da sua sobrinha, D. Maria II, continuando a reclamar para si e seus descendentes os seus direitos à coroa portuguesa. O neto, D. Duarte Nuno, acabou por vir a ser reconhecido como herdeiro do trono, pela maioria dos monárquicos, após a morte, sem herdeiros diretos, do Rei D. Manuel II. A chefia da Casa de Bragança, em Portugal, pertence atualmente ao representante deste ramo, D. Duarte Pio, embora exista alguma contestação por parte dos outros ramos da Casa de Bragança.
  3. Ramo Brasileiro (depois chamado de Orleães e Bragança) – descendência brasileira do Imperador D. Pedro I (Rei D. Pedro IV de Portugal). Este ramo reinou no Brasil até 1889, quando foi deposto o último imperador. A filha deste, Princesa Isabel, casou-se com o conde d'Eu, Luís Filipe de Orléans, pelo que os seus sucessores passaram a usar o nome de Orleães e Bragança.
A Casa de Bragança deixou de reinar em Portugal, com o golpe republicano de 5 de outubro de 1910. No Brasil, foi afastada do trono, também por um golpe militar republicano, ocorrido em 15 de novembro de 1889.

Os representantes atuais da Casa, em Portugal, são os Duques de Bragança. O atual chefe da Casa de Bragança, D. Duarte Pio, reúne dois dos ramos existentes – em virtude de ser fruto do casamento entre o chefe do Ramo Miguelista, D. Duarte Nuno, e uma princesa do Ramo Orleães e Bragança, D. Maria Francisca, bisneta do imperador D. Pedro II –

No passado, aos diversos membros da Família Real eram-lhes reconhecidos os seguintes títulos honoríficos:
  • Sua Majestade Fidelíssima (S.M.F.) era reservado ao Rei e à Rainha;
  • Sua Alteza Real (S.A.R.) era reservado ao herdeiro do trono (Príncipe Real) e ao primogénito deste (Príncipe da Beira);
  • Sua Alteza (S.A.) era reservado aos Infantes (filhos do Rei);
  • Sua Excelência (S.E.) era outorgado aos restantes membros da Família Real (bem como às pessoas que detivessem títulos de nobreza).

Após a implantação da República Portuguesa:
  • Sua Majestade Fidelíssima, El-Rei D. Manuel II
  • Sua Majestade, a Rainha D. Amélia de Orleães, rainha-mãe e mãe de D. Manuel II (desposou D. Carlos I)
  • Sua Majestade, a Rainha D. Maria Pia de Sabóia, avó de D. Manuel II (desposou D. Luís I)
  • Sua Alteza, o Infante D. Afonso de Bragança, Duque do Porto, tio de D. Manuel II.

Reivindicações posteriores:
  • Sua Alteza Real, o Infante D. Miguel II de Bragança, filho de D. Miguel I.
  • Sua Alteza Real, a Infanta Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança de Laredo, alegada filha bastarda de D. Carlos I.
  • Sua Alteza Real, o Infante D. Duarte Nuno de Bragança, neto de D. Miguel I.
Atualmente, os membros da Casa de Bragança reivindicam-se como legítima Família Real Portuguesa, sendo os títulos honoríficos de Sua Alteza Real (S.A.R.) e de Sua Alteza (S.A.) igualmente reivindicados.
  • S.A.R., D. Duarte Pio de Bragança
  • S.A.R., D. Isabel de Herédia
  • S.A.R., D. Afonso de Santa Maria
  • S.A., D. Maria Francisca de Bragança
  • S.A., D. Dinis de Santa Maria
  • S.A., D. Miguel de Bragança
  • S.A., D. Henrique de Bragança

Casa Real Portuguesa
O último rei de Portugal, Dom Manuel II, morreu no exílio em 1932. Não deixou descendentes. E também não havia descendência legítima portuguesa de sua bisavó (a Rainha Dona Maria II), nem de seu trisavô (o Rei Dom Pedro IV).

Conforme as normas da Carta Constitucional, que aliás seguiu aí os princípios da antiga Lei Fundamental, devia suceder no trono e, portanto, na qualidade de Chefe da Casa Real, o português que proviesse da linha legítima colateral anterior, segundo as regras da primogenitura e representação.

Essa linha colateral anterior era a da descendência da Dom Miguel I, filho de Dom João VI e tio paterno de Dona Maria II.

O filho primogénito varão de Dom Miguel I fora Dom Miguel II. E este tivera três filhos varões, mas o único dentre eles com a nacionalidade portuguesa era Dom Duarte Nuno.

Dom Duarte Nuno era pois, após a morte de Dom Manuel II, o Chefe da Casa Real portuguesa. No caso de a monarquia ser restaurada, cabia-lhe a sucessão no trono de Portugal. E isto foi reconhecido pela quase totalidade dos monárquicos e pacificamente aceito quer no País quer no estrangeiro.

Dom Duarte Nuno casou perante autoridades consulares portuguesas no Brasil, com Dona Maria Francisca de Orléans e Bragança, legítima descendente da Casa Imperial brasileira e, portanto, de Dom Pedro IV (Imperador Pedro I do Brasil).

Desse casamento nasceu, primogênito, em 1945, Dom Duarte Pio, que com o falecimento de seu pai em 1976, passou a ser o Chefe da Casa Real portuguesa.

Dom Duarte Pio foi afilhado e herdeiro patrimonial da Rainha Dona Amélia (mãe de Dom Manuel II) e hoje é o Chefe da Casa Real Portuguesa.

S.A.R. o Duque de Bragança, Senhor Dom Duarte e S.A.R. a Duquesa de Bragança, Senhora Dona Isabel


Reis da dinastia dos Bragança:
1640 - 1656
D. João IV "O Restaurador" (19 março 1604 V. Viçosa-6 novembro 1656 Lisboa)
Casou com Dona Luísa Francisca de Gusmão

1656 - 1683
D. Afonso VI "O Vitorioso" (21 agosto 1643 Lisboa-12 setembro 1683 Lisboa)
Casou com Dona Maria Francisca Luísa Isabel d´Aumale e Sabóia, ou de Sabóia-Nemours

1683 - 1706
D. Pedro II "O Pacífico" (26 abril 1648 Lisboa-9 dezembro 1706 Lisboa)
Casou com D. Maria Francisca de Sabóia e com D. Maria Sofia de Neuburgo

1706 - 1750
D. João V "O Magnânimo" (22 outubro 1689 Lisboa-31 julho 1750 Lisboa)
Casou com Dona Maria Anna Josefa, arquiduquesa de Áustria

1750 - 1777
D. José I "O Reformador" (6 junho 1714 Lisboa-24 fevereiro 1777 Lisboa)
Casou com D. Mariana Vitória de Bourbon

1777 - 1816
D. Maria I "A Piedosa" (17 dezembro 1734 Lisboa-20 março 1816 Rio de Janeiro)
Casou com D. Pedro III

1816 - 1826
D. João VI "O Clemente" (13 maio 1767 Queluz-10 março 1826 Lisboa)
Casou com Dona Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon e Bourbon

1826 - 1826
D. Pedro IV "O Rei Soldado" (12 outubro 1798 Queluz-24 setembro 1834 Lisboa)
Casou com Dona Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo

1828 - 1834
D. Miguel I "O Tradicionalista" (26 outubro 1802 Lisboa-14 novembro 1866 Áustria)
Casou com Dona Adelaide Sofia Amélia Luísa Joana Leopolodina de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg

1826 - 1853
D. Maria II "A Educadora" (4 abril 1819 Rio de Janeiro-15 novembro 1853 Lisboa)
Casou com D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha

1853 - 1861
D. Pedro V "O Esperançoso" (16 setembro 1837 Lisboa-11 novembro 1861 Lisboa)
Casou com Dona Estefânia Josefa Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern

1861 - 1889
D. Luís I "O Popular" (31 outubro 1838 Lisboa-19 outubro 1889 Lisboa)
Casou com D. Maria Pia de Sabóia

1889 - 1908
D. Carlos I "O Martirizado" (28 setembro 1863 Lisboa-1 fevereiro 1908 Lisboa)
Casou com Dona Maria Amélia Luísa Helena de Orleães

1908 - 1910
D. Manuel II "O Rei Saudade" (15 novembro 1889 Lisboa-2 abril 1932)
Casou com Dona Augusta Vitória Guilhermina Antónia Matilde Luísa Josefina Maria Isabel de Hohenzollern-Sigmaringen

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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