sexta-feira, 30 de julho de 2010

O casamento de D.Pedro e D.Leopoldina

D. Pedro tinha 19 anos quando seu casamento com D. Leopoldina, 20 anos, foi abençoado na Capela Real, no Rio de Janeiro. O enlace foi um arranjo político de D. João para estreitar os laços com a Casa Habsburgo – no epicentro do poder na Europa após o Congresso de Viena, em 1815, que restabeleceu a força das velhas dinastias, passada a tormenta napoleônica.

O casamento foi negociado meticulosamente entre o premier austríaco, príncipe de Metternich, e o Marquês de Marialva, ministro plenipotenciário português, que entrou em Viena com um cortejo de 41 carruagens e uma comitiva de 77 pessoas. Entre outros "argumentos", uma fortuna inestimável em joias, diamantes e barras de ouro convenceu o rei da Áustria a mandar a filha para os trópicos.

O contrato do casamento, feito por procuração, previa um vultoso dote à noiva e uma pensão anual de 60 mil florins. D. João pagou caro, mas conquistou um lugar de destaque entre as monarquias restauradas da Europa.

O casamento trouxe nova vibração à Corte do rio de Janeiro. Os meses entre a chegada triunfal da arquiduquesa, a 5 de novembro de 1817, a coroação e aclamação de D. João VI, a 6 de fevereiro, e as comemorações do seu aniversário, em 13 de maio de 1818, foram os mais festivos da permanência da Corte no Brasil.

Além do alemão, Maria Leopoldina Josefa Carolina falava francês, inglês, italiano e logo aprendeu o português. Interessava-se por belas artes, literatura e música, conhecia botânica e mineralogia. Trouxe ao Brasil uma importante missão científica, que incluía o paisagista Thomas Ender e os naturalistas Spix e Martius. Convidou também o músico austríaco Sigismundo Neukomm, discípulo de Haydn, que ficou aqui até 1821 como mestre de música e professor de D. Pedro e de D. Leopoldina.

No campo político, D. Leopoldina ajudou D. Pedro a manter o equilíbrio entre as facções que disputavam o poder. No final de 1826, aos 29 anos, ela sofreu um aborto espontâneo, seguido por uma série de "ataques de nervos" e foi submetida a "pós medicinais, massagens, ventosas, banhos, laxantes, antiespasmódicos e vomitórios". Morreu – não se sabe se da doença ou do tratamento – na manhã de 11 de dezembro. Enquanto viveu, cumpriu plenamente o papel a que fora destinada.



Fonte: nossa História, o jeito novo de conhecer o Brasil - A construção do Brasil - 2006

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Castelo de Praga

O Castelo de Praga está localizado em Praga, capital e maior cidade da República Checa e encontra-se na Colina Hradcany, local onde foi fundada a cidade, que domina a capital na margem esquerda (oriental) de Vltava. O castelo é uma das construções mais importantes da cidade. Foi fundado no século IX e atualmente serve como a residência presidencial, antigamente habitado pelos reis da Boêmia. Em seu interior encontra-se a Catedral de S. Vito, Torre da Pólvora, Palácio Real do Castelo de Praga, Torre Dalibor, Convento de São Jorge, Palácio Lobkowicz e a Viela Dourada. Ocupa uma área superior a 72,5 mil m². Por causa disso é considerado, conforme o Guinness World Records Book, o maior castelo do mundo.


História
Antigamente, era uma fortificação que dominava a região, de onde se permitia controlar todas as embarcações que passavam pelo rio. Foi moradia de vários reis na antiguidade. A partir de 1918 residência oficial de alguns Presidentes de República.

Em 850 foi construído na Colina de Hrad, perto do Rio Moldava moradia para a Família Premyslid (Premyslidas). No início, uma simples estrutura de madeira, barro e pedras rodeada por um fosso e com o tempo, foi ampliada, assim como os habitantes à sua volta. A história da Família Premyslid está totalmente ligada à do castelo. Esta família foi quem fundou a dinastia real que durante séculos iria estar à frente dos eventos relacionados à história do castelo e da própria cidade de Praga. Uma princesa da tribo Cech, no monte Vysehrad, futura Princesa Libuse, a jovem se casou com o lavrador e lenhador Premysl, e fundou a dinastia dos Premyslidas.

Uma cidade formava-se na base da colina onde encontrava-se o castelo de Praga e se tornou um centro político. O castelo da influente Família Premyslid era o núcleo da região. Como governantes e religiosos andavam sempre juntos, o bispado de Praga também estava localizado junto aos terrenos do castelo, assim como o primeiro convento da Boêmia - nome do território onde, à época, estava situada a Republica Tcheca.

Em 932, um dos nomes mais importantes na história do castelo é o do Príncipe Boleslav II. Ao subir ao trono herdou um império poderoso da Europa central, que incluía:
  • Boêmia,
  • Moravia,
  • Silésia,
  • Polônia, e
  • Eslováquia.

Estes mesmos territórios, logicamente, continuam existindo, mas diversos tiveram seus nomes mudados ao longo dos séculos, devido às inúmeras guerras e tratados políticos. Com o casamento da Princesa da Boêmia Doubravka Boleslav e o Príncipe Polaco Mesek I, a Casa de Premyslidas ficou ainda mais forte, o que levou seu domínio a ter grande poderio, e transformou Praga numa das cidades mais influentes da Europa. Nesta época, o castelo já cobria uma área de seis hectares, totalmente cercada por muralhas e guarnecida por torres em intervalos regulares.

Em 1135 , o Príncipe Sobeslav levou a cabo uma importante reconstrução convertendo-o numa fortaleza românica cujas muralhas e torres de vigilância protegiam a Catedral de S. Vito, a Basílica, o Convento de São Jorge, a Residência do bispo e o Palácio Real.

Em 1157, uma enchente destruiu a ponte de madeira que cruzava o Vltava sendo substituída por uma de pedra, ao que se deu o nome de Judite, em honra à esposa do Duque Vladislav, primeiro rei da Boêmia. Neste tempo o bairro do outro lado do rio, denominado Staré Mestoou cidade Velha, se havia convertido num importante centro comercial internacional que fez de Praga a principal cidade da Boêmia com uma vila muito numerosa.

Uma das partes mais importantes do castelo, construída no século XI, foi a Basílica de S. Vito, cuja pedra fundamental foi assentada em 1344, pelo Rei Carlos IV, ele também assegurou a coesão da expansão da cidade, uma estrada real ligando o Castelo à Staré Mesto, à Cidade Velha, que há muito emergira da planície ribeirinha, e a Vyšehrad, matriz da nação, homenagem e respeito profundo do imperador por sua mãe, ali sepultada, a colina tornada ponto obrigatório de passagem para os vianjantes chegados do sul, a generosidade de dimensões da ponte gótica de Peter Parlér, o construtor, reunindo as duas margens do Vltava depois que as águas turbulentas da corrente destruíram e arrastaram a velha ponte românica do século XII.

O filho de Carlos IV, Wenceslau IV, deu continuidade à obra do pai, e aumentou e fortificou ainda mais o castelo. Nesta época o castelo já podia ser considerado quase como uma cidade dentro de Praga, composta pelos setores dos aposentos reais, áreas religiosas e conjuntos militares. Além disso, dentro de suas muralhas trabalhavam diversos artesãos e comerciantes.

Em 1257, nasce um terceiro bairro, a "cidade nova", construída aos pés do Castelo de Praga e que hoje em dia se denomina Malá Stranaou Parte Pequena. Esta parte cresceu ao redor da Malostranské námestí, praça formada sobre as últimas terraplanes do castelo, e nela se instalaram vários mercados, lojas e casas de marinheiros, cervejeiros, advogados, médicos e burgueses ricos. Foi construída também uma prefeitura perto da primeira Igreja de São Nicolás (1283), e o Mosteiro Agostinho de Santo Tomás, na rua Letenská. No século XIV se levantaram nesta zona o convento e a Igreja Carmelitas de Santa Maria Madalena, na atual Karmelitská.

Em 1483, durante a dinastia dos Jagellons, outras obras são feitas, como a construção das famosas Torre de Pólvora, Torre Branca e Torre Daliborka. Mesmo assim, elas não evitam a chegada de anos negros. A segunda metade do século XV vê a chegada das chamadas Guerras Hussitas, que trazem desgraças e destruição. O castelo sofre diversos danos durante os combates. Como conseqüência, permanece desocupado durante décadas, e grande parte de suas edificações e muralhas são destruídas.

Apenas com o reinado de Vladislav Jagellonský, o castelo de Praga volta a conhecer dias melhores. O soberano promove grandes reformas e acréscimos à construção original. É deste período a construção do famoso Salão Vladislav, aposento medindo 62 x 16 m, e que passa a ser a peça mais importante do castelo. Também é construída, uma magnífica cúpula sob o salão, que viria a ser a primeira do território da Boêmia dotada de elementos arquitetônicos renascentistas.

No castelo de Praga eram coroados todos os reis do país, sendo que a cerimônia ocorria na Catedral de S. Vito. De acordo com uma publicação de 1723, para a coroação de Carlos VI foi preparado um banquete com:

564 faisões,
708 perdizes,
800 frangos,
560 pombos,
46 carneiros,
40 ovelhas,
50 gansos,
120 perus,
130 patos,
70 galinhas e
108 lebres.








Anos mais tarde, já sob o domínio dos Habsburg da Áustria, o castelo entra em novo período. A Imperatriz Maria Theresa contrata o Arquiteto Vienense Niccolo Pacassi, para, a partir de 1753, reconstruir tudo. É adotado um estilo renascentista, seguindo a nova moda de Viena. Em compensação, como Praga agora está dominada pelo império austríaco dos Habsburg, o castelo é esvaziado de seus tesouros e obras de arte que são enviados para Viena. Apenas em 1918, com o fim do império dos Habsburg e a fundação da nação Tcheco Eslovaca, o castelo de Praga volta a sediar a sede do governo. São reiniciadas as obras de restauração, com especial atenção à Catedral de S. Vito, o prédio mais importante de todo o conjunto.


Atualmente

Hoje em dia, a visão do castelo de Praga é um pouco diferente do aspecto que tradicionalmente encontramos em outros castelos. Todo o conjunto é dominado pelas imensas torres da Catedral de S. Vito. Estas torres elevam-se também sobre todos outros prédios da cidade.

O castelo de Praga, na verdade uma pequena cidade, tem vários pontos abertos à visitação. O núcleo inicial do castelo é uma visita muito interessante, pois na verdade é formado por três castelos independentes, sobrepostos. Cada camada foi construída numa época diferente. Infelizmente não resta muito das camadas mais antigas, mas ainda assim, o que pode ser visto ilustra bem a história e o estilo de sua época.

A Catedral de S. Vito e Catedral de Venceslau é o ponto dominante do conjunto, e consiste na própria representação do estado Tcheco. Sua construção levou quase 600 anos. Nela, até 1836, eram coroados os reis do país. Também na catedral, reis, príncipes, imperadores e (futuros) santos eram cremados, onde seus restos mortais estão até hoje. Também na catedral estão guardadas as jóias da coroa, e suas paredes cobertas por 1300 pedras preciosas.

Saindo da catedral e caminhando na direção oposta ao portão de entrada, chega-se à Zlata Ulicka, outro ponto do castelo que merece ser visitado. Nesta rua estavam localizadas as casas dos artesãos e militares que guardavam o castelo. Foi construída no século XVI, e até hoje sua aparência é exatamente a mesma daquela época. No conjunto de prédios que formam o castelo está situado também o gabinete do presidente da República Tcheca, em local não aberto à visitação pública. Outros pontos interessantes do castelo são a Basílica de São Jorge, o monastério de São Jorge, Galeria do castelo, Torre Daliborka, Torre de Pólvora, Palácio Lobkovic e os jardins do palácio.


Fonte: Wikipédia

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domingo, 25 de julho de 2010

Imperador Carlos IV de Praga


Carlos IV do Luxemburgo (Praga, 1316 - 1378), filho de João I do Luxemburgo e neto do imperador Henrique VII. Com a morte do seu pai em 1346 torna-se rei da Boêmia e no mesmo ano torna-se rei dos romanos com o apoio do papa Clemente VI. Em 1355 torna-se imperador de Roma. No ano de 1356 fixa a constituição do Sacro Império Romano-Germânico. Criou em Praga a primeira universidade da Europa Central.





Nasceu em 14 de maio de 1316, morreu em 20 de novembro de 1378. Casado por quatro vezes:
  1. Branca Margarida de Valois
  2. Ana de Baviera
  3. Ana de Swidnica
  4. Isabel de Pomerania

Membro da Casa de Luxemburgo, filho do conde João I de Luxemburgo e de Isabel de Boêmia (filha do rei Wenceslao II e irmã de Wenceslao III). Foi rei dos romanos (entre 1344 e 1378) e imperador do Sacro Império Romano Germânico (entre 1355 e 1378). Através de sua herança paterna também se converteu em rei de Boêmia (entre 1346 e 1378), e conde de Luxemburgo (entre 1346 e 1353). Foi chamado Wenceslao, mas depois de sua confirmação mudou-se o nome por Carlos.

Foi eleito rei de romanos com a oposição do imperador Luis IV ao ter sido declarado deposto pelo papa João XXII pela política que manteve em relação com Itália e o próprio papado. Dois anos depois (em 1346 sucedeu a seu pai no trono de Boêmia e no condado de Luxemburgo), prestou seu apoio ao papa Clemente VI. Em 1348 fundou a Universidade de Praga. Em 1355 foi coroado como rei dos lombardos e, em Roma, como imperador. Em 1356, através da promulgação da Bula de Ouro, ficaram estabelecidos os requisitos e passos necessários para atingir a eleição como imperador do Sacro Império.

Sucedeu-lhe como monarca de Boêmia e Luxemburgo seu filho Wenceslao, que também foi designado rei da Alemanha ou dos romanos.


Família
Carlos casou-se quatro vezes.

Branca Margarita de Valois (1316-1348), filha de Carlos de Valois (1270-1325). Desta união nasceram duas filhas:
  1. Margarita de Boêmia (1335-1349), casada com Luis I de Hungria.
  2. Catalina de Boêmia (19 de agosto de 1342 – 26 de abril de 1395), quem contraiu casamento, primeiro com Rodolfo IV, duque da Áustria e depois com Otto V, duque de Baviera.
Ana de Baviera (1329-1353), filha de Rodolfo II Conde Palatino do Rhin.

  1. Wenceslas, que morreu jovem.
Ana de Swidnica (1339-1362, filha de Enrique II, duque de Swidnica e Catalina de Anjou), com quem teve dois filhos:

  1. Wenceslao de Luxemburgo (1361-1419), sucessor de Carlos como rei de Bohemia, e
  2. Isabel de Bohemia (1358-1373), quem se casou com Alberto III da Áustria.
Isabel de Pomerania (1347-1393), filha do Boguslaw V, duque de Pomerania e Isabel da Polónia. De sua união nasceram seis filhos:

  1. Ana de Boêmia (1366-1394), casou com Ricardo II rei da Inglaterra
  2. Segismundo de Luxemburgo (1368-1437), imperador, rei de Hungria e Boêmia e Margrave de Brandenburgo
  3. João de Luxemburgo (1370: † 1396)
  4. Carlos de Luxemburgo (1372: † 1373)
  5. Margarita de Luxemburgo (1373: † 1410), casou com João III, Margrave de Nuremberg
  6. Enrique de Luxemburgo (1377: † 1378).


– Universidade Carolina

Universitas Carolina, era constituída por quatro faculdades, como era comum nas grandes instituições medievais de ensino:
  1. Artes Liberais,
  2. Medicina,
  3. Direito e
  4. Teologia.

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sábado, 24 de julho de 2010

Ponte Carlos – Praga

A Ponte Carlos é a ponte mais velha de Praga, e atravessa o rio Moldava da Cidade Velha até a Cidade Pequena. É a segunda ponte mais antiga existente na República Tcheca. Sua construção começou em 1357 a pedido do rei Carlos IV, e foi finalizada nos princípios do século XV. Sendo ela a única forma de atravessar o rio, a Ponte Carlos se transformou na via de comunicação mais importante entre a Cidade Velha, o Castelo de Praga e as zonas adjacentes até 1841. Originalmente, esta via de comunicação foi chamada de Ponte de Pedra e Ponte de Praga, mas leva sua denominação atual desde 1870.


Estrutura
A ponte têm uma longitude de 516 metros, e sua largura é quase 10 metros, se encontra apoiada em 16 arcos. Está protegida por 3 torres distribuídas entre seus dois lados, duas delas em Malá Strana e as restantes na Cidade Velha. A torre localizada no lado da Cidade Velha é considerada por muitos como uma das construções mais impressionantes da arquitetura gótica no mundo. A ponte está decorada por 30 estátuas situadas em ambos os lados.

A maioria das estátuas foram realizadas entre 1683 e 1714 e são em estilo barroco, representam vários santos e patronos venerados naquela época. Entre os artistas que decoraram a ponte com suas obras se encontravam os mais proeminentes da Bohemia: Matthias Braun, Jan Brokoff e seus filhos Michael Joseph Brokoff e Ferdinand Maxmilian Brokoff, entre outros.

Entre as esculturas mais notáveis, se encontram as de São Luthgard, o Calvário e a de São João Nepomuceno. Acredita-se que passando a mão na estátua dá sorte, porisso do dourado da parte inferior. Também conhecida como a estátua do cavalheiro Bruncvík.

A partir de 1965, todas as estátuas foram sendo substituídas com réplicas, sendo exibidas as obras originais no Museu Nacional.




Fonte: Wikipédia

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Provença-Alpes-Costa Azul


Provença-Alpes-Costa Azul (em francês Provence-Alpes-Côte d'Azur) é uma das 26 regiões administrativas da França. Constantemente chamada de PACA, nome originado por suas iniciais. Situada na região sul da França, faz limite com a Itália ao leste, com a região de Ródano-Alpes ao norte, com a região Languedoc-Roussillon ao oeste e banhada pelo mar Mediterrâneo ao sul. A região é dividida em seis departamentos e sua prefeitura se situa na cidade de Marselha.




História
A região é formada por seis departamentos, que eram as províncias da Provença e do Delfinado (Dauphiné) durante o Antigo Regime. Uma parte de Vaucluse é resultado da anexação do condado durante o período revolucionário e a maior parte dos Alpes-marítimos da incorporação do condado de Nice a França durante o segundo império.

– Provence
Seu litoral foi colonizado inicialmente pelos gregos e fenícios. Com a invasão romana, recebeu o nome de Provintia Romana fazendo parte da Galia Transalpina. Foi dominada sucessivamente por vários povos germânicos como os ostrogodos, os burgundios e os francos. No ano de 879 a área foi incorporada ao reino de Provence, as vezes chamada Borgonha Cisjurana e no século X ao reino de Arles.

No início do século XII foi submetida a jurisdição dos condes de Barcelona e durante o governo de Pedro II (1177-1213) se viu afetada pela Cruzada promovida pelo papa Inocêncio III contra os albigenses (Catarismo).

Posteriormente perdeu toda autonomia, ficando submetida a Casa de Anjou que governou o território desde 1245 até 1482 , quando a região caiu ao domínio do rei Luis XI da França, sendo anexada em 1486.

Durante a revolução francesa foi dividida em três departamentos: Bocas do Ródano, Var e Alpes Marítimos.

– Condado de Nice
Era uma divisão adminstrativa do Condado de Savoia criado em 1388 e anexado a França em 1860 e hoje faz parte do departamento Alpes-Maritimes.

Em 1380, a duquesa Jeanne (conhecida como Rainha Jeanne) sem descententes adotou Louis d'Anjou, irmão do rei da França (Carlos V). O primo de Louis assassinou Jeanne e iniciou uma briga pela sua sucessão que terminaria com a vitória de Louis d'Anjou. Em 1388 foi feito um acordo entre o governador de Nice (Jean Grimaldi de Beuil) e o conde de Savoia (Amadeu VII) incorporou Nice à Savoia.

– Condado de Venaissin
Nome da região ao redor da cidade de Avinhão, hoje faz parte do atual departamento de Vaucluse.

– Delfinado
Sua atual capital é Grenoble. Seu último delfim, Humberto II, sem herdeiros vendeu sua província ao rei francês, Filipe VI, em 30 de março de 1349.



Demografia
Com uma superfície de 31 838 km² é a sétima região em extensão na França. Possui 4,5 milhões de habitantes sendo a terceira mais povoada onde a grande maioria da população se concentra no litoral junto ao mar mediterrâneo.

Possui seis departamentos:
  1. Alpes da Alta Provença
  2. Alpes Marítimos
  3. Bocas do Ródano
  4. Altos Alpes
  5. Var
  6. Vaucluse


– Relevo
Compreende zonas de altas montanhas, os Alpes se situam ao sudoeste. Seu pico mais alto é a montanha Barre des Écrins (4102 m). Destacam-se ainda a planície litorânea.

– Clima
Clima mediterrâneo influênciado por ventos do norte (o mistral).


Fonte: Wikipédia

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Carlota Joaquina


Filha primogênita do rei da Espanha Carlos IV e de sua esposa, D. Maria Luísa Teresa de Bourbon, Carlota Joaquina de Bourbon nasceu em Aranjuez, em 25 de abril de 1775. Com apenas dez anos, casou-se por procuração com o príncipe de Portugal D. João, em um acordo de aliança entre os dois países. Após a morte de seu irmão primogênito D. José, D. João tornou-se príncipe regente e depois rei de Portugal, com o nome de D. João VI.


Descrita por muitos da época como uma pessoa feia, Carlota possuía um temperamento forte e voluntarioso, o que dificultava a sua relação com outras pessoas. Extremamente ambiciosa, a princesa tentou logo dominar o seu marido, que não cedeu às suas vontades, e com isso ela acabou se afastando de sua presença.

Com a doença de D. Maria I, que se encontrava com problemas mentais, D. João se muda para o palácio de Mafra, onde governa o país como príncipe regente, enquanto sua esposa continua a viver no palácio de Queluz com a família real.

Carlota Joaquina foi mãe de nove filhos:
  1. Maria Teresa,
  2. Francisco Antonio Pio,
  3. Maria Isabel Francisca,
  4. Pedro de Alcântara Bragança (futuro imperador do Brasil),
  5. Maria Francisca de Assis,
  6. Isabel Maria,
  7. Miguel,
  8. Maria da Assunção,
  9. Ana de Jesus Maria.

Embora, até o último momento tenha tentado continuar em Portugal, com a invasão das tropas napoleônicas ao país, em 1807, foi obrigada a embarcar para o Brasil com o marido, os filhos e o restante da corte portuguesa. No Rio de Janeiro, preferiu sempre morar longe do marido, em locais bucólicos, como Botafogo. Os dois apenas se reuniam em algumas solenidades públicas.

Se estava mal-humorada, mandava chicotear transeuntes que não se ajoelhavam quando ela passava com seu cortejo. Como representava constante perigo a autoridade do príncipe, o regente conseguia espiões para vigiá-la e a princesa subornava outros tantos para estar sempre abastecida de informações do que ocorria no Palácio Real e na Quinta da Boa Vista.

Um dos mais conhecidos espiões foi Francisco Gomes da Silva, apelidado de Chalaça, que serviu várias vezes de espião entre o rei e a rainha e vice-versa. Além de avisá-lo sobre as possíveis conspirações da rainha, estes informantes também contavam ao regente sobre as aventuras amorosas de sua mulher, que possuía vários amantes.

Por diversas vezes, Carlota Joaquina tentou tomar o poder de seu marido. Em 1805, ainda em Portugal, o regente descobriu uma conspiração tramada por sua esposa que, com o apoio de nobres e eclesiásticos, planejava tirar D. João do poder, declarando-o incapaz.

Como a Espanha, seu país natal, se encontrava em poder de Napoleão com toda a sua família prisioneira, Carlota concebeu um plano para governar as colônias espanholas, se transformando na rainha do Rio da Prata. O projeto fracassou, inclusive pela falta de interesse de D. João, que impediu que consumasse o golpe planejado.

Em 1816 foi aclamada rainha, após o falecimento de D. Maria I em 1816. Com a revolução do Porto, em 1820, voltou para a Europa com a família real. Já em terras lusitanas, manifestou-se contra ao regime constitucional e por isso teve a cidadania portuguesa cassada.

Confinada na Quinta do Ramalhão, conspirou para a volta do absolutismo e, com a morte do marido, estimulou o filho, D. Miguel, a se apoderar da coroa, que lhe seria tirada posteriormente por D. Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal). D. Carlota Joaquina morreu em Lisboa, no palácio de Queluz, em 7 de janeiro de 1830.

Fonte: biografias.netsaber.com.br

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Guilherme I da Inglaterra


Guilherme I nasceu na Normandia, cerca de 1027 e faleceu em 9 de setembro de 1087, "o Conquistador", foi Duque da Normandia (1035-1087) e Rei da Inglaterra (1066-1087), após o sucesso da Conquista Normanda. Guilherme era filho ilegítimo de Roberto I, Duque da Normandia e de Herleva, filha de um senhor local.


Guilherme sucedeu ao pai como Guilherme II da Normandia em 1035, com apenas sete anos. O ducado foi entregue a um grupo de regentes e Guilherme foi viver na corte de França, onde foi feito cavaleiro por Henrique I de França aos quinze anos. Pouco depois assumiu o governo da Normandia e teve de lidar com revoltas e tentativas de usurpação. Foi com a ajuda de Henrique de França que Guilherme assegurou definitivamente o seu ducado após a batalha de Val-ès-Dunes em 1047.

Em cerca de 1050, Guilherme casou com Mathilde de Flandres, filha do Conde Balduíno V.


Conquista
Em 5 de janeiro de 1066, o rei Eduardo "o Confessor" da Inglaterra morreu sem descendência ou parentes próximos. Eduardo vivera no exílio na corte normanda durante os primeiros vinte e cinco anos da sua vida e era bastante próximo do primo Guilherme. Baseado numa promessa feita por Eduardo e no parentesco com Ema da Normandia, Guilherme auto-proclamou-se rei da Inglaterra e sucessor de Eduardo. Os ingleses tinham outra opinião e elegeram como monarca Haroldo Godwinson, Conde de Wessex e de East Anglia. Apesar desta decisão, Guilherme resolve lutar pelos seus direitos e reúne um exército de cerca de 7000 homens que despacha para Inglaterra numa frota de 600 navios. O desembarque aconteceu a 28 de setembro na área de Pevensey (Sussex). O exército normando estabeleceu um acampamento fortificado perto de Hastings e esperou por uma resposta.

Haroldo II da Inglaterra encontrava-se no Norte do país, onde acabara de derrotar um exército invasor comandado por Haroldo III da Noruega e pelo seu próprio irmão Tostig Godwinson, que morreram na batalha. Ao saber das notícias da invasão normanda, Haroldo dirige-se para Sul em marcha forçada e consegue cobrir cerca de 400 quilômetros em apenas duas semanas. Os dois exércitos encontraram-se a 14 de outubro de 1066, na batalha de Hastings, onde o resultado foi uma vitória significativa dos normandos.

Guilherme deveu pelo menos parte do seu sucesso ao cansaço dos soldados ingleses e à morte de Haroldo II em batalha, que provocou a desordem e quebra de moral nas suas tropas. A batalha de Hastings encontra-se representada na tapeçaria de Bayeux. Os nobres anglo-saxões nomearam então Edgar Atheling como rei de Inglaterra, mas o rapaz de 12 anos não era um opositor à altura de Guilherme da Normandia e acabou por desistir das suas pretensões. Guilherme foi coroado rei de Inglaterra no dia de Natal de 1066 na Abadia de Westminster.


Reinado
A aceitação do normando como rei não foi universal e ocorreram diversas revoltas, principalmente em Gales e no Norte de Inglaterra. Entre 1066 e 1072, o reinado de Guilherme foi dedicado sobretudo à pacificação do seu novo reino, que sofreu ainda diversas tentativas de invasão por parte dos Vikings noruegueses e dinamarqueses. Edgar Atheling foi um dos responsáveis pela desordem na Inglaterra ao fugir do seu exílio na Normandia para fomentar a revolta na zona de York. Recapturado em 1074, foi perdoado por Guilherme I, que o enviou de novo para a Normandia.

Como rei, Guilherme fez importantes reformas:
  • administrativas na área do direito civil e da economia
  • fortificou muitas cidades
  • construiu a Torre de Londres
  • ordenou a compilação de um livro sobre as capacidades produtivas do país, que incluía uma forma simplificada de censo populacional.


Guilherme morreu com 60 anos perto de Ruão na França, em decorrência de ferimentos sofridos numa queda de cavalo durante um confronto militar.


Descendência
  1. Roberto II, Duque da Normandia (~1054-1134)
  2. Alice (1055-~1065)
  3. Cecília (~1056-1126), Abadessa do Convento de Caen
  4. Guilherme II, Rei de Inglaterra (1056 - 1100),
  5. Ricardo (1057-~1081)
  6. Adela (~1062 - 1138), casou com Estevão, Conde de Blois
  7. Ágata (~1064-~1080)
  8. Constança (~1066-1090), casou com Alan IV, Duque da Bretanha, foi envenenada pelos criados
  9. Matilde
  10. Henrique I, Rei de Inglaterra (1068-1135)






Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Casa de Windsor



A Casa de Windsor ou Dinastia Windsor é uma casa real do norte da Europa, descendente da Casa de Saxe-Coburgo-Gota, sendo a dinastia atualmente no poder do Reino Unido e dos países da Commonwealth. Seu atual soberano é a Rainha Elizabeth II. Passou a ter a denominação atual no ano de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, ocasião em que um sentimento anti-germânico no povo fez com que a Família Real Britânica trocasse todos os seus títulos e sobrenomes alemães para versões inglesas.


O nome alemão veio com o casamento da rainha Vitória com o príncipe Alberto, filho do duque Ernesto I de Saxe-Coburgo-Gota, em fevereiro de 1840. Saxe-Coburgo-Gota, no entanto, não era o sobrenome pessoal do príncipe consorte, mas o sobrenome dinástico da sua família - seu sobrenome era von Wettin. Sendo assim, o nome von Wettin foi transformado em Windsor, que se tornou também o nome da família real através de uma Ordem ao Conselho do rei Jorge V.

A Ordem ao Conselho referia-se apenas aos descendentes da rainha Vitória, e não necessariamente às descendentes. Em abril de 1952, dois meses depois da sua subida ao trono, a rainha Elizabeth II pôs fim à confusão com o nome dinástico quando declarou ao seu conselho particular a sua ...

"vontade e satisfação de que eu e meus filhos sejamos chamados e conhecidos como membros da Casa e Família de Windsor, e que meus descendentes que se casem e seus respectivos descendentes carreguem o nome Windsor."

Mais tarde, no dia 8 de fevereiro de 1960, a rainha emitiu outra Ordem ao Conselho, confirmando que ela e seus quatro filhos seriam conhecidos como Dinastia, Casa e Família de Windsor e que ela e outros descendentes da linhagem masculina (exceto aqueles que possuíam o título de príncipe ou princesa e eram conhecidos como "Sua Alteza Real") seriam conhecidos pelo nome de Mountbatten-Windsor.

Qualquer futuro monarca do Reino Unido pode trocar o nome dinástico se assim quiser. Qualquer Ordem ao Conselho pode revogar os promulgados por Jorge V e Elizabeth II. Se o príncipe de Gales, por exemplo, subir ao trono ele pode mudar a sua casa real para Mountbatten em homenagem ao seu pai, príncipe Filipe, duque de Edimburgo, e ao seu tio-avô, Louis Mountbatten, 1° conde de Mountbatten de Burma.


Monarcas da Casa de Windsor
  • Jorge V – de 6 maio 1910 a 20 janeiro 1936
  • Eduardo VIII – de 20 janeiro 1936 a 11 dezembro 1936
  • Jorge VI – de 11 dezembro 1936 a 6 fevereiro 1952
  • Elisabete II – de 6 fevereiro 1952


Fonte: Wikipédia

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domingo, 18 de julho de 2010

Casa de Bonecas da rainha Mary

Uma obra de arte suprema


Idealizada para ser um presente da nação à Rainha Mary, avó da Rainha Elizabeth II, foi ao mesmo tempo um marco histórico das casas inglesas do começo do século passado. Esta magnífica casa de bonecas está permanentemente exposta no Castelo de Windsor, na Inglaterra. Ela está longe de ser considerada um brinquedo de luxo. Na realidade, tem a precisa finalidade de demonstrar o melhor das artes, cultura, artesanato e produtos ingleses em uma única estrutura para apreciação pública.

A Rainha Mary era conhecida por ser uma grande colecionadora de objetos em miniatura incluindo pequenas peças Fabergé, móveis em miniatura e outros exemplares de “mini arte”.

A casa de bonecas teria o estilo de uma tradicional Casa da Sociedade Inglesa dos anos de 1920. O objetivo maior era apresentar um modelo de casa do começo do século XX contendo os mais finos detalhes, das provisões da cozinha até o papel higiênico dos banheiros.

A casa era uma completa estrutura com vários planos, andares e desníveis, exatamente como um modelo real. Uma vez que a estrutura foi finalizada, ficou acomodada no escritório de Lutyens (o arquiteto) em Delhi onde os artistas começaram a pintar os tetos enquanto os artesãos e os decoradores começaram o trabalho no interior.

Mais de 40 quartos foram planejados, pensando em todas as dependências necessárias em uma casa da época. Para os “proprietários da casa” havia:
  • uma sala de jantar exclusiva;
  • um quarto de repouso e descanso;
  • uma biblioteca;
  • um salão de entrada imponente;
  • suites privativas com quarto, banheiro e closet; e
  • um “quarto-forte” para artigos de valor tais como coroas e jóias.
Até a ala doméstica foi muito bem estruturada, com cozinha, quarto de passar, lavanderia, despensa e os dormitórios dos empregados. Toda a cozinha era equipada com os eletrodomésticos da época.

A Casa de Bonecas da Rainha Mary apresenta algumas curiosidades incríveis para um projeto em miniatura, tais como:
  • dois elevadores automáticos (um para passageiros e outro para mercadorias) que param a cada andar,
  • sistema hidráulico perfeito, com água corrente (quente e fria) nas torneiras e vasos sanitários funcionais nos 5 banheiros da casa,
  • luz elétrica em todos os aposentos,
  • o gramofone foi desenhado para funcionar.

Uma vez terminada a estrutura e os adereços arquitetônicos, a casa foi levada para a própria residência de Sir Lutyens em Mansfield Street, já em Londres, onde ficou por dois anos até ficarem prontos todos os móveis e acessórios. Nesta fase, a própria Rainha Mary já demonstrava um enorme interesse e curiosidade pela Casa e visitava frequentemente o estúdio do arquiteto, e consta que em uma destas visitas ela ficou mais de quatro horas apreciando e brincando com tudo.

São os elaborados detalhes da mobília que fazem desta casa um feito único. Nenhum utensílio ou peça de decoração foi considerado pequeno demais para se ser reproduzido: ornamentos, espelhos, equipamentos de cozinha, “salvador-de-gelo” (um dos primórdios da geladeira), ferros de passar, guardanapos, álbum de selos, tapeçarias, gramofone, pinturas à óleo, os tronos do Rei e da Rainha e até um caracol minúsculo descansando no jardim foram incluídos. Aproximadamente foram envolvidos 1.500 artesãos, artistas, marcineiros e autores, que generosamente doaram seu próprio tempo e materiais.

No quarto de passar roupa há um mecanismo de varais que elevam a roupa ao nível do teto para a secagem e a despensa abriga jogos de porcelana chinesa. Os livros na biblioteca são reais, feitos por mais de 170 autores. Duas largas estantes de nogueira se encontram na biblioteca guardando mais de 700 desenhos e aquarelas feitos por artistas da época. A cama do século XVIII no quarto do Rei é um belo exemplar em dossel bordada com materiais feitos na Royal School of Needlework.

O hall de entrada é todo em mármore, seja nos pavimentos como nas paredes, criando a perfeita atmosfera de um castelo. A incrível escadaria de mármore nos dá a dica da opulência e perfeição do trabalho dos artesãos que decoraram esta obra-prima. Os candelabros e o relógio de carrilhão funcionam e as pinturas foram feitas por famosos artistas locais. O teto foi todo revestido em folhas de ouro e com detalhes entalhados a mão. Armaduras de Cavaleiros Medievais guardam a entrada cujo chão é todo em padrão xadrez imitando um mármore em tons azul e branco. Um dos quadros que mais chama a atenção é uma pintura do Castelo de Windsor.

Já a Suite da Rainha foi projetada com todo o luxo e opulência que cabe a uma Casa Real, em belos tons de bege e gelo. A peça principal do dormitório é uma esplêndida cama de dossel e juntamente com os outros móveis foram produzidos por famosos artesãos da época. Outro ponto da decoração que nos chama a atenção é a lareira e seus adornos característicos, muito comuns da época vitoriana nos quartos das ricas casas da alta sociedade. As paredes são cobertas com seda indiana e os tapetes são de pura lã, feitos à mão sob encomenda por artesãos miniaturistas.

Outro ambiente marcante da Casa de Bonecas da Rainha Mary é a sala-biblioteca. Este aposento possue muitas peças que são reproduções exatas e que podem ser vistas em tamanho natural no próprio Castelo de Windsor. Os livros feitos na escala são perfeitos e neles podemos encontrar, em letras minúsculas, as mais belas prosas escritas na época. Nas paredes, retratos a óleo da Rainha Elizabeth I e do Rei Henry VIII enfeitam os painéis de nogueira italiana. Nas laterais da biblioteca existem três majestosas colunas, próximas às quais um belíssimo globo do mundo para que o Rei pudesse manter um dedo sobre todo o vasto Império Britânico e um modelo em miniatura de seu iate, o Royal George. Há uma lareira feita em lapis-lazuli, uma pedra semi-preciosa adornada com belos objetos decorativos e estima-se que existam 200 livros encadernados em legítimo couro com os títulos em ouro nas prateleiras das estantes. Na escrivaninha podem ser vistos vários escaninhos com cartas e memorandos endereçados ao Rei de vários departamentos do governo britânico. E como a biblioteca guarda tão preciosos tesouros do Reino, ela possui até um sistema de alarme em caso de fogo ou roubo. Há também um cofre com fechadura e chave para as jóias da coroa. Os tapetes da biblioteca são persas e as pinturas no teto foram feitas a mão. O lustre também é uma reprodução do estilo imponente da decoração e da iluminação da época.

Outro aposento sempre presente nas casas inglesas da época é o quarto de crianças. Podemos observar nestes diminutos quartos de brincar algumas menções ao lado lúdico da vida das crianças, sempre acompanhadas de babás e tutores. Podemos ver como eram os brinquedos das crianças: carrinhos de madeira, casas de bonecas, etc. Mas apesar de ser um quarto destinado ao dia-a-dia de meninos e meninas, mesmo assim continuavam a respeitar os mais rígidos padrões de decoração e mobiliário.

Passando para outra parte da casa, a cozinha não apresenta a mesma elegância do resto da casa, provavelmente porque na época era um ambiente destinado somente aos serviçais. Os utensílios encontrados são da época, como um passador de verduras ou um triturador de carne. O forno conserva características de tempos mais remotos, sendo de funcionamento a carvão, pois eles acreditavam que o gás alterava o sabor dos alimentos. O mobiliário da cozinha vitoriana constituia-se em uma grande mesa central para o preparo das refeições e grandes e pesados armários que guardavam panelas e utensílios.

Todo o exterior da casa é em estilo renascentista com muitos adereços adaptados das antigas construções romanas. A fachada dos andares superiores tem clássicas colunas emoldurando altas janelas que se abrem em pequenos balcões. E na fachada no andar térreo existem 5 portas em arco.

De um dos lados da casa existe um belo jardim e do outro lado existe uma garagem que hospeda os carros reais. Existem réplicas perfeitas de dois modelos Lanchester, de um Vauxhall, um Rolls-Royce, um Sunbeam, dois Daimlers e também uma enorme motocicleta do tipo side-car. Na garagem há também uma bomba de gasolina e várias ferramentas usadas para o conserto e manutenção de veículos.

Sobre a Casa da Rainha Mary foram escritos dois livros contando a história e mostrando todos os detalhes. Neles, A.C. Benson resume em um parágrafo, toda a importância desta obra de arte: ”Se nós pensássemos que a Casa da Rainha Mary durasse digamos 200 anos, ela seria um modelo de convivência e beleza da época... quem a visse iria olhar atônito para ela e pensar como a sociedade podia cogitar em viver de maneira tão sofisticada e requintada... e ao mesmo tempo terão oportunidade de observar tão importante documento histórico”.


Fonte : Mini Brasil e BonecaseBonecas

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Castelo de Windsor - Inglaterra

O Castelo de Windsor localiza-se na cidade de Windsor, condado de Berkshire, na Inglaterra. Com a função de Palácio Real, juntamente com o Palácio de Buckingham em Londres e o Palácio de Holyrood em Edimburgo, é uma das principais residências da monarquia britânica, que nele passa a maior parte dos finais de semana, a Páscoa e a chamada semana de "Ascot Real" (em junho), no Circuito de Corridas de Ascot, nas suas proximidades. É o maior castelo ocupado do mundo.


Entre as suas principais atrações, destacam-se a coleção de armaria e a Casa de Bonecas da Rainha Maria. Na parte baixa encontra-se a Capela de São Jorge, enquanto que na parte alta encontram-se os aposentos reais e a grande Sala de Estado (como o Salão de São Jorge, cujo teto é decorado com os brasões de armas da liga dos cavaleiros). As duas partes são separadas pela Torre Redonda, um resquício do primitivo castelo de Guilherme, o Conquistador.

A maior parte dos Reis e Rainhas da Inglaterra tiveram uma influência direta na construção e evolução do castelo, o qual tem sido a sua fortaleza de guarnição, residência, palácio oficial e, por vezes, a sua prisão. A história do castelo e a da monarquia britânica estão inextrincavelmente ligadas. Cronologicamente a história do castelo pode ser traçada a partir dos reinados dos morarcas que o têm ocupado. Nas épocas de paz, o castelo tem sido expandido pela adição de grandes apartamentos; nos momentos de guerra, o castelo foi fortificado mais pesadamente. Este padrão tem sido continuado até ao presente.


História
O Castelo de Windsor foi originalmente construído por Guilherme, o Conquistador, que reinou desde 1066 até à sua morte em 1087. O seu castelo de material original erguia-se no local da atual Torre Redonda. Este castelo formava parte do anel de castelos defensivos em volta de Londres. O local foi escolhido, em parte, devido à sua posição facilmente defensável.

No início do seu reinado, tomou posse de um solar, na localização da atual Old Windsor (Velha Windor), provavelmente uma residência Real anglo-saxônica. Pouco tempo depois, entre 1070 e 1086, arrendou o local ao Solar de Clewer e construiu o primeiro castelo de muralha e fosso. O fosso tinha 50 pés de altura e era escavado no pé da trincheira circundante, tornando-se, assim, no próprio fosso.

Nesta época, o castelo era defendido por uma paliçada de madeira, no lugar da atual grossa muralha de pedra. O plano do castelo de Guilherme é desconhecido, mas este era simplesmente uma base militar, e nenhuma das estruturas deste período inicial sobreviveu. Desde esta época, o castelo permaneceu sempre em uso contínuo, tendo sido sujeito a numerosas ampliações e melhoramentos.

Pensa-se que o sucessor de Guilherme I, Guilherme II, melhorou e alargou a estrutura, mas foi o filho mais novo do Conquistador, Henrique I, o primeiro soberano a viver no seu interior. Preocupado com a sua própria segurança devido à instabilidade do reino, este tomou residência no castelo e celebrou ali o Pentecostes em 1110. O seu casamento com Adeliza de Louvain, a filha de Godfrey I de Leuven, Duque da Baixa Lotaríngia, teve lugar no castelo em 1121.

O mais antigo dos edifícios sobreviventes em Windsor data do reinado de Henrique II, o qual subiu ao trono em 1154. Este monarca substituiu a paliçada de madeira que circundava a antiga fortaleza por uma muralha de pedra, intercalada com torres quadradas; uma parte, muito alterada, deste muro defensivo pode ser vista no que é, atualmente, o terraço Este. Henrique II também construiu o primeiro forte de pedra (A Torre Redonda), no monte irregular do centro do castelo.

Em 1189, o castelo foi cercado durante a Primeira Guerra dos Barões contra o Principe João. As tropas do Rei de Gales (pouco mais que mercenários privados) tomaram-no de assalto, e o Príncipe teve que fugir para França. Mais tarde, em 1215, em Runnymede, próximo do castelo, o Príncipe, agora Rei João I de Inglaterra, foi forçado a assinar a Magna Carta. Em 1216, ainda no contexto da Primeira Guerra dos Barões, o castelo foi novamente cercado, mas desta vez conseguiu resistir, apesar dos severos danos sofridos na estrutura da parte baixa.

Estes danos foram imediatamente reparados, ainda no ano de 1216, pelo sucessor do Rei João, Henrique III, que viria a reforçar as defesas com a construção do pano de muralhas do Oeste, muito do qual ainda sobrevive atualmente. Entre as partes mais antigas do castelo, que ainda se mantêm, encontra-se a Torre do Recolher, construída em 1227. O interior da torre contém a antiga prisão do castelo, e também os restos de um portão duplo, uma saída secreta para os ocupantes em épocas de cerco. O piso superior contém os sinos do castelo, colocados ali em 1478, e o relógio do castelo, datado de 1689. O telhado cônico, em estilo francês, é uma adição do século XIX. Henrique III morreu em 1272 e aparentemente terão ocorrido poucas construções no castelo até ao reinado de Eduardo III (1327–1377).

O Rei Eduardo III nasceu no Castelo de Windsor no dia 13 de novembro de 1312, e foi frequentemente referenciado como "Eduardo de Windsor". Este monarca iniciou, em 1350, um longo programa de reconstruções, que duraria vinte e quatro anos, o qual passou pela demolição do castelo existente, com exceção da Torre do Recolher e algumas peças exteriores de menor importância. O forte de Henrique II (a Torre Redonda) foi substituido pelo presente forte, embora só tenha atingido a sua altura definitiva no século XIX. As fortificações também viriam a ser aumentadas. A capela do castelo foi substancialmente ampliada, mas os planos para a construção de uma nova igreja não foram executados, provavelmente devido à escassez de mão-de-obra e de recursos na sequência da Peste Negra. Deste periodo encontramos ainda o Portão Normando. Este largo e imponente portão aos pés da Torre Redonda é o último bastião de defesa antes da parte alta, onde estão situados os Apartamentos Reais.

Em 1348, Eduardo III estabeleceu a Ordem da Jarreteira, cuja cerimônia anual ainda tem lugar na Capela de St. George, a principal capela do castelo. Entre 1353 e 1354, fez construir o Pórtico da Sala do Tesouro. Em 1390, durante o reinado de Ricardo II, descobriu-se que a capela de St George estava próxima do colapso, tendo sido levado a cabo um processo de restauro.
Eduardo IV (1461–1483), o primeiro Rei da Casa de York, iniciou a construção da presente Capela de St. George. Na realidade, este novo templo, iniciado em 1475, é mais uma catedral em miniatura e um mausoléu Real que uma capela propriamente dita. Durante o reinado de Henrique VII, uma parte da capela original foi demolida para dar lugar à Capela da Virgem, a qual o Rei viria a abandonar. Este edifício foi, realmente, uma das primeiras grandes peças de arquitetura construidas dentro do limite do castelo.

A construção da capela marca um ponto de viragem na arquitetura do castelo. O clima político mais estável, que sucedeu ao final da Guerra das Rosas, resultou numa tendência para a construção futura de edifícios com maior preocupação no conforto e estilo que na fortificação. Nesta via, o papel do castelo alterou-se de bastião Real para Palácio Real. Um exemplo disto é o Claustro em Ferradura, datado de 1480, construido próximo da capela para albergar os seus sacerdotes. Costuma dizer-se que este edifício curvo em tijolo tem a forma de uma ferradura: um dos emblemas usados por Eduardo IV. O edifício sofreu pesadas obras de restauro em 1871, tendo restado poucos dos materiais originais.

– de fortaleza a palácio
Eduardo III de Inglaterra foi o monarca que iniciou a transformação do castelo, de fortaleza para uma confortável residência, quando comparado com o Palácio de Whitehall e o Palácio de Nonsuch, Windsor permanecia uma lúgubre residência. Henrique VIII (que reinou entre 1509 e 1547) reconstruiu a portaria principal do castelo cerca de 1510, situando-a num local que, mesmo que a portaria caísse no ataque, a futura invasão envolveria uma penosa batalha. O Brasão por cima do arco e da portcullis (porta corrediça na entrada de um castelo) carrega o emblema com a romã da primeira rainha deste monarca, Catarina de Aragão.

O sucessor e filho de Henrique VIII, o jovem Rei Eduardo VI (que reinou entre 1547 e 1553), escreveu enquanto estava no castelo: "Penso que estou numa prisão, aqui não existem galerias, nem jardins onde caminhar".

A irmã de Eduardo VI, a Rainha Elisabete I (que reinou de 1558 a 1603) passou muito do seu tempo em Windsor e considerou-o o lugar mais seguro do seu reino, retirando-se para lá nos momentos de ansiedade. Embora o castelo ainda tinha muito de fortaleza, esta rainha também contribuiu muito para a sua transformação, construindo o terraço Norte como local para exercício e, fora deste, uma galeria coberta, um exemplo muito inicial do que mais tarde seria conhecido como Estufa. Este edifício sobreviveu relativamente inalterado, acolhendo atualmente a Biblioteca Real. Ainda contém uma enorme lareira ao Estilo Tudor.

– guerra civil
Elisabete I foi sucedida por Jaime I, e este, pelo seu filho Carlos I. Nenhum destes últimos monarcas fez alterações significativas ao castelo. De qualquer forma, após a deposição de Carlos I na sequência da Guerra Civil Inglesa, o castelo tornou-se o quartel general da New Model Army de Oliver Cromwell. O Castelo de Windsor foi tomado pelos Parlamentaristas de Cromwell no início das hostilidades, devido à perspicácia do Coronel John Venn. O Principe Rupert de Rhine chegou alguns dias depois para retomar a cidade e o castelo, mas apesar de ter destruido severamente a cidade, foi incapaz de retomar o castelo. Venn permaneceu governador do castelo até 1645.

Durante o periodo de duração da Commonwealth de Inglaterra, o castelo permaneceu com as funções de quartel general e de prisão para os Realistas mais importantes que iam sendo capturados. Durante um curto período antes da sua execução, em 1649, Carlos I foi aprisionado em Windsor. Depois da execução Real, a Bretanha foi governada por Cromwell até à restauração da monarquia em 1660. O corpo de Cralos foi contrabandeado de voltra para o castelo no escuro da noite através duma tempestade de neve para ser enterrado sem cerimônia na catacumba por baixo do coro da capela de St George, próximo dos sepúlcros de Henrique VIII e da sua esposa Jane Seymour.

– restauração
A Restauração da Monarquia em 1660 resultou num primeiro período de mundanças significativas para o Castelo de Windsor em muitos anos. Carlos II fez muito para restaurar e remobiliar o castelo dos danos sofridos durante a guerra civil. Nessa época o Palácio de Versailles estava sendo construído na França, e com isso em mente, Carlos II mandou construir a avenida conhecida por Longo Passeio. Estendendo-se para Sul do castelo, esta avenida tem um comprimento de três milhas e 240 pés de largura. O Longo Passeio não foi a única parte de Windsor inspirada em Versailles. Carlos II encomendou ao arquitecto Hugh May a reconstrução dos Apartamentos Reais e da Galeria de St George. May substituiu os originais apartamentos Plantagenetas do terraço Norte pelo cúbico Edifício Estrela. O Rei também adquiriu tapeçarias e pinturas para adornar as salas. Estas obras de arte tornar-se-iam o núcelo da futura Royal Collection.

Três destas salas permaneceram relativamente inalteradas:
  1. a Câmara de Presença da Rainha,
  2. a Câmara de Audiência da Rainha, ambos desenhados para a esposa de Carlos II, Catarina de Bragança,
  3. a Sala de Jantar do Rei.
Originalmente existiam no castelo vinte salas neste estilo. Alguns dos entalhes de Gibbons foram resgatados em vários momentos, quando foram feitas alterações em nome de mudanças ou restauros, e no século XIX foram incorporados em temas da nova decoração de interiores da Sala do Trono e do Gabinete de Waterloo .

– séculos XVIII e XIX
Depois da morte de Carlos II, em 1685, o castelo caiu lentamente num estado de negligência. É desnecessário dizer, que enquanto o recinto e o parque permaneceram como um complexo de mansões Reais desabitadas, os soberanos preferiram residir noutros locais. Durante o reinado de Guilherme e Maria (1689–1702), o Hampton Court Palace foi ampliado e transformado num palácio moderno gigantesco. Mais tarde, a rainha Ana preferiu viver numa pequena casa junto às muralhas do castelo. Foi somente em 1804 – quando Jorge III, pai de 13 filhos, a necessitar de uma residência maior que poderia ser encontrada em qualquer sítio – que o castelo foi uma vez mais totalmente habitado. Os trabalhos de Carlos II haviam sido realizados num estilo mais clásico, de acordo com o estilo arquitetônico popular na época. Inigo Jones introduziu o Palladianismo em Inglaterra durante o reinado de Carlos I; Jorge III achou que este estilo não estava de acordo com um antigo castelo e, por isso, fez redesenhar muitas das janelas de Carlos II dando-lhes um arco apontado Neogótico, começando o castelo a readquirir a sua original aparência medieval. Durante este periodo, o Castelo de Windsor tornou-se uma vez mais um espaço de confinamento Real. Em 1811 o Rei Jorge III ficou permanentemente demente e foi confinado ao castelo para sua própria segurança. Durante os últimos nove anos da sua vida raramente deixou os seus apartamentos de Windsor.

Foi durante o reinado de Jorge IV, ao longo da década de 1820, que o castelo foi submetido à maior transformação isolada da sua história. Jorge IV, conhecido pelas suas construções extravagantes levadas a cabo durante a sua regência, persuadiu o Parlamento do Reino Unido a votar favoravelmente uma quantia de 300.000 libras para obras de restauro, e os trabalhos começaram em 1824.

A obra demorou 12 anos a concluir e incluiu uma remodelação completa:
  • da parte alta,
  • apartamentos privados,
  • Torre Redonda, e
  • a fachada exterior da Ala Sul o que deu à fachada do castelo uma aparência quase simétrica quando vista do Longo Passeio.


– era vitoriana
A Rainha Vitória e o Principe Alberto fizeram do castelo de Windsor a sua principal residência Real. A maior parte das suas alterações incidiram sobre os parques em vez dos edifícios. Em particular, o Ato das Aproximações do Castelo e Cidade de Windsor, que passou pelo Parlamento em 1848, permitiu o encerramento e reordenamento das estradas velhas que anteriormente corriam no interior do parque, de Windsor para Datchet e Old Windsor. Estas alterações permitiram à Família Real encerrar uma larga área do parque formando assim o privado "Home Park", sem estradas públicas a passarem através dele.

A Rainha Vitória recolheu ao Castelo de Windsor na sequência do falecimento do se marido em 1861, que morreu, de fato, no castelo. Alberto foi sepultado num mausoléu construido em Frogmore, no interior do "Home Park" do Castelo (mais tarde Vitória seria sepultada a seu lado).

Desde a morte de Alberto em 1861, até à sua própria morte em 1901, o Castelo de Windsor foi a residência principal da Rainha Vitória, tendo esta raramente voltado ao Palácio de Buckingham depois disso. As salas do Príncipe Alberto foram deixadas exatamente como estavam no momento da sua morte, e embora se tenha estabelecido no castelo um certo ar de melancolia atá ao fim do século XIX, isso não impediu que tivessem lugar melhorias e restauros. Em 1866, Anthony Salvin criou a Grande Escadaria nos Apartamentos de Estado. Esta grande escadaria de pedra em estilo gótico eleva-se a uma galeria com altura de dois pisos, iluminada por uma torre da lanterna abobadada. A galeria é decorada com armas e armaduras, incluindo o conjunto das armaduras usadas pelo Rei Henrique VIII, feitas em 1540. O topo das escadas está flanqueado por esculturas equestres em tamanho real, montadas por cavaleiros em armadura. Este tema de decoração continua na Câmara da Guarda da Rainha e no Grande Vestíbulo.

– século XX e XXI
Depois da subida ao trono do Rei Eduardo VII, em 1901, o castelo permaneceu vazio por longos periodos. O novo Rei preferia outras das suas residências. Eduardo VII visitava o Castelo de Windsor durante a semana das Corridas de Ascot e na Páscoa. Uma das poucas alterações que este monarca fez foi o campo de golfe do castelo.

O sucessor de Eduardo VII, Jorge V, que reinou desde 1910 até à sua morte em 1936, também preferia os seus outros palácios rurais. De qualquer forma, a sua esposa Maria de Teck foi uma grande conhecedora de artes. Esta Rainha não se limitou a procurar e readquirir elementos do mobiliário do castelo há muito tempo dispersos, mas também adquiriu muitas obras de arte e peças de mobiliário novas para mobiliar as salas de estado. Também fez um re-arranjo da forma como o castelo estava organizado, abandonando a ideia barroca de um largo conjunto de salas reservada somente para hóspedes importantes, no primeiro andar. Foram instalados novos e mais confortáveis quartos, com modernas casas de banho, nos pisos superiores do castelo, permitido que as antigas salas de estado fossem usadas para entretenimento e para funções da Corte. O quarto de estado foi mantido, mas como curiosidade histórica. Não voltou a ser usado como quarto a partir de 1909.

Durante a Primeira Guerra Mundial, quando os membros da Família Real Britânica sentiram a necessidade de mudar o seu nome dinástico do alemão "Saxe-Coburgo-Gota", tomaram o seu novo nome deste castelo, tornando-se a "Casa de Windsor".

A Rainha Maria de Teck era uma apaixonada pelas miniaturas, e criou uma grande Casa de Boneca, baseada numa grande mansão aristocrática. As suas mobílias e pinturas foram criadas pelos grandes artesãos e desenhistas da década de 1930. A Casa de Bonecas é, atualmente, uma das muitas atrações turísticas do castelo.

Jorge VI subiu ao trono em 1936 depois da abdicação do seu irmão, Eduardo VIII; no dia 11 de dezembro, o discurso de abdicação de Eduardo VIII foi transmitido a partir do castelo para todo o Império Britânico, mas este monarca preferiu, durante o seu curto reinado, viver na sua residência do Forte Belvedere no Grande Parque de Windsor. Jorge VI (e a sua esposa Elizabeth Bowes-Lyon) preferiram a sua residência original em Windsor, o Royal Lodge. No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, o castelo resumiu o seu papel a fortaleza Real, tendo os Reis, acompanhados pelas suas filhas, a Princesa Elisabete (futura Rainha Elisabete II) e a Princesa Margarida, viveram, para sua segurança, no castelo de Windsor. O Rei e a Rainha deslocavam-se diariamente a Londres, regressando a Windsor para dormir, na época, um segredo bem guardado, pois tanto por qustões de propaganda como por propósitos morais foi reportado que o Rei continuava a residir o tempo inteiro no Palácio de Buckingham. Depois do fim das hostilidades, em 1945, a Família Real deixou o Castelo de Windsor e voltou para a Royal Lodge.

A Rainha Elisabete II decidiu em 1952 (o ano em que subiu ao trono) fazer de Windsor o seu principal refúgio de fim-de-semana. Os apartamentos privados, os quais não tinham voltado a ser propriamente ocupados desde a época da Rainha Maria de Teck, foram renovados e modernizados, tendo a Rainha, o Príncipe Filipe e os (então) dois filhos instalado residência nesta área. Esta organização permaneceu até à atualidade.

No dia 20 de novembro de 1992 houve um incêndio no castelo, o qual começou na capela privada da Rainha e rapidamente se propagou. Este incêndio deflagrou durante quinze horas tendo destruido nove das principais salas de estado e danificou severamente outras cem — por toda a parte alta. Um quinto do piso do castelo ficou danificado — uma área de 9.000 metros quadrados. O restauro foi um sucesso, tendo seguido fielmente a planta e as decorações originais, ao ponto de as distinções entre o novo e o velho ser difícil de detectar. Estas renovações incluém a nova Capela Privada, o novo Saguão da Lanterna e o novo teto da Galeria de St George. O último foi feito em carvalho verde, uma técnica usada nos tempos medievais. De qualquer forma, o que fica menos evidente é que os trabalhos de restauro resultaram em melhorias significativas, particularmente no arranjo das salas públicas e nos quarteirões de serviço.

Nos últimos anos, a Rainha tem usado cada vez mais o castelo tanto como palácio Real como residência de fim-de-semana. Tem sido usado tão frequentemente para banquetes de estado e entretenimentos oficiais como o Palácio de Buckingham.

Durante o periodo de posse da rainha Elisabete II muito tem sido feito, não só no restauro e manutenção da fábrica do edifício, mas também na transformação do castelo numa importante atração turística da Inglaterra. Em 1994, foi descoberto petróleo nos campos do castelo, e a Rainha garantiu a permissão de pesquisas para testar as reservas, que os peritos prevêm valer mais de 1 bilião de dólares americanos. Quaisquer resultados positivos seriam divididos entre a companhia petrolífera e o estado.

– principais eventos
Entre os eventos expressivos que ocorreram nas dependências do Castelo, destacam-se:
  • o casamento de Henrique I e sua segunda esposa, Adeliza (1121)
  • o nascimento do Rei Eduardo III (1312)
  • o casamento de Eduardo, o Príncipe Negro e Joana de Kent (1361)
  • o sepultamento do Rei Eduardo IV (1483)
  • o casamento do futuro Rei Eduardo VII e Alexandra da Dinamarca (1863)
  • o casamento do Príncipe Edward e Sophie Rhys-Jones (1999)
  • o aniversário de 21 anos do Príncipe William de Gales (2003)


Arredores
– Esquema
Ao longo dos seus 1000 anos de história, o desenho do Castelo de Windsor tem mudado e evoluido de acordo com os tempos, gostos, requisitos e finanças de sucessivos monarcas. No entanto, as posições dos principais elementos têm permanecido fixas. O castelo atual, permanece centrado no monte ou colina artificial na qual Guilherme, o Conquistador construiu o primeiro castelo de madeira.

O mais visível ponto de referência do castelo, a Torre Redonda, está na verdade, longe de ser cilíndrica, sendo a sua forma ditada pela irrgular, mas aparentemente redonda, colina artificial em que se ergue. O esquema do castelo data da época das fortificações medievais. A Torre Redonda divide o castelo em duas seções distintas:
  • Na Parte Baixa encontra-se a capela de St George, enquanto que
  • a Parte Alta contém os Apartamentos Reais e as salas de estado mais formais, as quais incluém a Galeria de St George, um vasto salão, cujo teto está decorado com os brasões dos passados e presentes membros da Ordem da Jarreteira.


– Parque
Nos arredores próximos do castelo, encontra-se o Home Park de Windsor, o qual compreende o parque e duas quintas de trabalho, juntamente com muitas casas de lavrador, principalmente ocupadas por empregados. A Frogmore House e os jardins estão abertos ao público em certos dias do ano (o resto do Home Park é privado). O Home Park fica contíguo à margem Norte do mais extenso - embora agora infelizmente desgastado — Grande Parque de Windsor.








Fonte: Wikipédia

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sábado, 17 de julho de 2010

Ana Bolena, rainha da Inglaterra



Ana Bolena nasceu em Norfolk, 1507 e morreu na Torre de Londres, 19 de maio de 1536. Foi marquesa de Pembroke e a segunda mulher de Henrique VIII de Inglaterra, mãe da rainha Elisabete I da Inglaterra. O seu casamento com Henrique VIII foi polêmico do ponto de vista político e religioso e resultou na criação da Igreja Anglicana. Ana Bolena foi considerada a mais controversa rainha consorte da Inglaterra.





História
Ana era filha de Tomás Bolena, Conde de Wiltshire e de Isabel Howard, filha do Duque de Norfolk. A data e local do seu nascimento permanecem incertos no intervalo 1501-1507. Ana foi educada nos Países Baixos, na corte de Margarida, Arquiduquesa da Áustria. Por volta de 1514, viajou para a corte francesa onde se tornou numa das aias da rainha Cláudia de Valois (mulher de Francisco I), onde aprendeu a falar francês e se familiarizou com a cultura e etiqueta deste país.

Em janeiro de 1522, Ana Bolena regressou à Inglaterra por ordens do pai e entrou ao serviço de Catarina de Aragão, a consorte do rei Henrique VIII de quem a sua irmã, Maria Bolena, era então a amante "oficial". Neste período, Ana desenvolveu uma relação com Henry Percy, o filho do Conde de Northumberland, e os dois chegaram a estar secretamente noivos. O casamento foi impedido pelo pai de Percy por razões incertas e Ana foi afastada da corte. Em meados de 1525, estava de regresso e no ano seguinte, substituiu a sua irmã nas atenções do rei. A princípio, Ana seduziu-o, estimulou todos os avanços de Henrique VIII, mas não aceitava ser sua amante, queria o trono da Inglaterra. O fato de Maria Bolena ter dado ao Rei uma filha e um filho despertou nele a intenção de casar-se novamente para produzir um herdeiro legítimo, já que Catarina de Aragão não parecia ser capaz de produzir um herdeiro varão para a casa de Tudor.

Em 1532, Henrique VIII tornou-a Marquesa de Pembroke, fazendo-a a primeira mulher a receber um título nobiliárquico de seu pleno direito. A sua família foi também beneficiada:
  • o pai recebeu o Condado de Ormonde e
  • o irmão, Jorge Bolena, tornou-se Visconde Rochford.
Ana não era no entanto uma personagem popular. Em 1531 os apoiantes da rainha Catarina organizaram uma manifestação contra Ana Bolena que reuniu oito mil mulheres nas ruas de Londres.

Finalmente, em 1532, em Calais, Henrique VIII e Ana Bolena tornaram-se amantes. A 25 de janeiro de 1533, antes do anúncio oficial da dissolução unilateral do casamento com Catarina de Aragão, Henrique casou-se secretamente com Ana, no Palácio de Whitehall. Em 28 de maio de 1533, o Bispo Cranmer declarou o casamento de Henrique e Ana como válido. Catarina perdeu o seu título e, a 1 de junho, Ana foi coroada Rainha de Inglaterra numa cerimônia magnífica na Abadia de Westminster. Henrique VIII foi excomungado pelo Papa Clemente VII por esta afronta ao direito canônico, declarando que à luz do mesmo, o seu casamento com Catarina de Aragão continuava válido. Em 7 de setembro de 1533, Ana deu à luz uma menina, a futura Elisabete I de Inglaterra.

Enquanto rainha, Ana Bolena procurou introduzir muitos aspectos da cultura francesa na corte da Inglaterra. Henrique VIII parecia satisfeito com ela em tudo, menos na falta de um herdeiro. As gestações subsequentes acabaram em abortos espontâneos e no nascimento de nati-mortos, o que resultou no desapontamento do rei. Em janeiro de 1536, Catarina de Aragão morreu de doença prolongada e Ana teve o mau gosto de celebrar o evento vestida de amarelo quando o resto da corte, incluindo Henrique VIII, se encontrava de luto pela Princesa de Gales. A partir de então Henrique VIII começou a afastar-se da mulher, que consequentemente se tornou vulnerável a intrigas. A gota d'água terá sido a subida de Joana Seymour, aia de Ana Bolena, ao estatuto de amante.


Em 2 de maio de 1536, após cerca de 1000 dias como rainha consorte da Inglaterra, Ana foi presa na Torre de Londres, acusada, juntamente com o seu irmão Jorge, de adultério, incesto e alta traição. Além de, no desespero para gerar um herdeiro ao trono, ser acusada de ter tido relações com seu irmão Jorge Bolena, dando à luz um 'monstro'. Cinco homens, incluindo o seu irmão, foram também presos e interrogados sob tortura. Baseado nas confissões resultantes, o Parlamento condenou Ana Bolena por traição a 15 de maio. O casamento com Henrique VIII foi anulado dois dias depois, por razões desconhecidas, uma vez que os registos foram destruídos.





Execução
Há uma curiosidade que permite avaliar a personalidade forte e marcante de Ana Bolena e segundo fontes históricas aconteceu por ocasião de sua execução. Quando informada da sua iminente execução, Ana Bolena fez chegar a Henrique VIII uma exigência - não aceitaria ser morta por um carrasco inglês, que utilizava o machado para a decapitação. Exigia a "importação" de um carrasco francês, pois estes usavam a espada. Para justificar a sua exigência, teria dito "uma Rainha da Inglaterra não curva a cabeça para ninguém e em nenhuma situação", pois as execuções com a espada eram feitas com a vítima ajoelhada, mas com a cabeça erguida.

Na manhã de sexta-feira, 19 de maio, Ana Bolena foi executada, não na Torre Verde, mas sim num andaime erigido sobre o lado norte da Torre Branca, em frente do que é hoje as Casernas de Waterloo. Ela usava um saiote vermelho sob um avulso, um vestido de tordilha de damasco aparado na pele e um manto de arminho. Acompanhada por duas assistentes do sexo feminino, Ana fez seu último passeio da Casa da Rainha à Torre Verde. Ana subiu o cadafalso e fez um breve discurso para a multidão:
Bom povo cristão, vim aqui para morrer, de acordo com a lei, e pela lei fui julgada para morrer, e por isso não vou falar nada contra ela. Não vim aqui para acusar ninguém, nem para falar de algo de que sou acusada e condenada a morrer, mas rezo a Deus para que salve o rei e que ele tenha um longo reinado sobre vós, pois nunca um príncipe tão misericordioso esteve lá: e para mim ele será sempre um bom, gentil e soberano Senhor. E se qualquer pessoa ponha isso em causa, obrigá-la-ei a julgar os melhores. E assim deixo o mundo e todos vós, e sinceramente desejo que todos rezem por mim. Ó Senhor, tem misericórdia de mim, eu louvo a Deus a minha alma.

Ana obteve o que requisitava, mostrando que até nos seus últimos momentos, ainda era capaz de impressionar o rei. Ela foi decapitada por um carrasco francês, tal como pedira. Henrique não providenciou um sepulcro para Ana, e assim o seu corpo e a cabeça foram enterrados num túmulo desmarcado na Capela Real de São Pedro ad Vincula. O seu esqueleto foi identificado durante a renovação da capela, no reinado da Rainha Vitória e o local de repouso de Ana está marcado no chão em mármore.

Descendência
– De Henrique VIII, Ana Bolena teve três filhos:
  1. Elisabete I (7 de setembro de 1533 - 24 de março de 1603);
  2. Henrique Tudor (II) (1534). Os historiadores não sabem ao certo se o menino morreu no mesmo dia que nasceu ou se foi aborto, tampouco se sabe com certeza se foi realmente um menino;
  3. Eduardo Tudor (I) (29 de janeiro de 1536). Faleceu no mesmo dia.



Fonte: Wikipédia

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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Josefina de Beauharnais


Josefina de Beauharnais (Marie Josèphe Rose Tascher de la Pagerie), nasceu na Martinica, 23 de junho 1763 e morreu em Île-de-France, 29 de maio 1814. Foi a primeira mulher de Napoleão Bonaparte, sendo, portanto, a mulher mais influente da França durante o Primeiro Império. Com a idade de quinze anos, foi para a França para casar com o Visconde de Beauharnais. Após ter dois filhos com Josephina, Alexandre foi guilhotinado em consequência dos anos de Terror, em meio a Revolução Francesa.




No ano de 1796, viúva e com dois filhos voltou a casa com o General Napoleão Bonaparte, que mais tarde viria a se tornar 1° Imperador dos Franceses. É sabido que Napoleão gostava muito dos seus filhos, ao ponto de os adotar oficialmente como seus, não permitindo que os chamassem de adotivos. Tornou-se Imperatriz da França, quando Napoleão se auto coroou na catedral de Notre-Dame, que fora o local para executar essa cerimônia, ocasião em que retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, colocando ele mesmo a coroa na cabeça. Imediatamente depois, o próprio Imperador coroou a sua esposa.

Hortênsia de Beauharnais, filha de Josefina se casou com Luís Bonaparte, irmão de Napoleão e Rei da Holanda. Hortênsia era contra o casamento, e só aceitou sob influencia de Josefina, que temia um desentendimento familiar.

Em 1809, o Imperador decidiu divorciar-se dela — Josefina teria ficado estéril, não podendo dar à França um herdeiro — e se retirou para seu lugar preferido, o castelo de Malmaison.


Biografia
Josefina nasceu em Les Trois-Îlets, uma comuna francesa do território da Martinica, e pôde desde cedo testemunhar a prosperidade econômica das fazendas de cana de açúcar de sua família. Entretanto um série de furacões pôs fim aos negócios de seu pai em 1766. Sua tia, Edmée era amante de François de Beauharnais, um aristocrata francês. A saúde de François, porém, deteriorou-se e Edmée propôs o casamento de sua outra sobrinha, Catherine-Désirée, com Alexandre de Beauharnais, filho de François. O casamento era apenas uma forma de Edmée herdar os bens financeiros de seu amante e erguer sua família, que há anos estava na miséria. Apesar das expectativas Catherine morreu em 1777, antes de viajar a França e teve de ser substituída por sua irmã mais velha, Josefina.

Em 1779, Josefina mudou-se para a França com o seu pai e desposou Alexandre em 13 de dezembro de 1779 numa cerimônia privada. O casamento não foi próspero, mas rendeu-lhes dois filhos: Eugênio e Hortênsia de Beauharnais. Seu casamento chegou ao fim em 1794, quando seu marido foi preso pelo Comitê de Salvação Pública.

Considerando que Josefina também era muito influente nos círculos da burguesia parisiense, o comitê ordenou sua prisão. Seu marido foi sentenciado a morte e morreu na guilhotina da Praça da Revolução. Josefina foi liberada alguns dias depois do ocorrido durante a queda do chamado Reino do Terror.

Em 1795 conheceu o General Napoleão Bonaparte, tornando-se o grande amor de sua vida. Josefina logo caiu nas graças da burguesia e foi bem recebida nas cerimônias em que acompanhou Napoleão. A futura imperatriz foi descrita como uma verdadeira dama, sendo de "estatura mediana, cabelos sedosos, olhos castanhos e boca pequena". Foi elogiada por sua elegância, estilo e voz.

– Casamento
Em janeiro de 1796, Napoleão, seguindo o conselho dos amigos, pediu sua mão em casamento e a cerimônia foi realizada em 9 de março do mesmo ano. Até o casamento, Napoleão a conhecia como Rose, mas optou por chamá-la de Joséphine.

– Coroação
A cerimônia de coroação, presidida pelo Papa Pio VII, teve lugar na Catedral de Notre Dame, em 2 de dezembro de 1804. Num ato de egocentrismo, Napoleão tomou a coroa das mãos do papa e coroou-se, em seguida colocou a coroa na cabeça de Josefina, proclamando-a sua rainha e imperatriz dos franceses.

– Hábitos
O relacionamento entre marido e mulher era muito abalado, apesar do amor que ambos demonstravam um pelo outro. Durante todo o seu casamento, Josefina manteve-se longe dos assuntos políticos de Napoleão, mas ambos eram vistos juntos em quase todas as cerimônias de estado, onde ocasionalmente fazia pequenos discursos. A imperatriz era conhecida por seus hábitos finos, que incluíam ler romances e fazer compras nas mais seletas lojas de Paris. Josefina também costumava cultivar flores raras e colecionar obras de arte e, até mesmo, relíquias adquiridas durante as campanhas de seu marido.

– Divórcio
Após algum tempo ficou claro para o rei que Josefina não poderia dar-lhe filhos. Então, ambos concordaram no divórcio de modo que Napoleão pudesse casar com outra mulher, na expectativa de ter um herdeiro. O documento de divórcio foi assinado em 10 de janeiro de 1810. Já em 11 de março, Napoleão casou-se por procuração com Marie-Louise de Áustria e a cerimônia foi realizada no Palais du Louvre em 1 de abril.

Após o divórcio, Josefina passou a residir em Malmaison, nas redondezas de Paris, mas mesmo com a distância, a ex-imperatriz manteve um relacionamento amigável com Napoleão. Josefina pegou uma forte pneumonia, que provavelmente contraiu após acompanhar o czar Alexandre I num passeio pelos jardins de Malmaison. Josefina veio a falecer em 29 de maio de 1814. Foi sepultada na Igreja de Saint-Pierre-Saint Paul em Rueil-Malmaison, onde mais tarde seria sepultada sua filha, Hortência.

– Curiosidades
  • Josefina era uma exímia amante de floricultura, tendo introduzido várias espécies de flores na França.
  • A imperatriz também era obcecada por jóias. Sabe-se que ela possuía uma invejável coleção de pedras preciosas em Malmaison.



Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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