domingo, 30 de maio de 2010

Chipre

O Chipre é uma ilha situada no mar Egeu oriental ao sul da Turquia, cujo território é o mais próximo, seguindo-se a Síria e o Líbano, a leste. Segundo leis internacionais, a ilha de Chipre no seu todo é um país independente. Todavia, desde 1974 encontra-se dividida entre um Estado que ocupa os dois terços ao sul da ilha: o Chipre grego e a República turca, que ocupa o terço norte da ilha e que é reconhecida somente pela própria Turquia. Ambos os estados possuem a cidade de Nicósia como a sua capital, sendo esta a última capital dividida por um muro em todo mundo.


História
Depois de sucessivamente ocupado por egípcios, assírios, persas e gregos durante a antiguidade, Chipre foi dominado pela República de Veneza desde 1489 até à invasão dos turcos otomanos em 1570. Pelo Congresso de Berlim, a ilha passou à administração britânica a 12 de julho de 1878, sendo convertida oficialmente em colônia em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial.

Em 1930 começam as primeiras revoltas a favor da inoses (união de Chipre com a Grécia) e, nos fins da Segunda Guerra Mundial, os greco-cipriotas aumentam a pressão para o fim do domínio britânico.

Em 1960, Chipre, Grécia e o Reino Unido assinam um tratado que declara a independência da ilha, ficando os britânicos com a soberania das bases de Akrotiri e Dhekelia. Makarios assume a presidência, mas a constituição indicava que os turco-cipriotas ficariam com a vice-presidência, com poder de veto, o que dificultou o funcionamento do estado e as relações entre greco-cipriotas e turco-cipriotas, desembocando em explosões de violência intercomunitária em 1963 e 1967.

A 15 de julho de 1974 um golpe pró-helênico depôs o governo legítimo, o que provocou a reação de Turquia, que, utilizando-se da suposta defesa dos interesses dos turco-cipriotas, invadiram e até hoje ocupam militarmente a parte norte da ilha, ocupação esta que já fora declarada ilegal inúmeras vezes pelo Conselho de Segurança da ONU, cujas resoluções ordenavam a retirada imediata das tropas turcas. Esta foi a origem da República Turca de Chipre do Norte, um estado de fato que só é reconhecido pela Turquia e pela Organização da Conferência Islâmica. Deste então, o Estado Turco vem tentando modificar a etnia da ilha, trazendo centenas de milhares de turcos (os quais não têm origem cipriota) e habitam as casas dos greco-cipriotas refugiados de guerra que fugiram da morte sem nada levar.

A República de Chipre foi aceita como membro da União Europeia em 2004, ao mesmo tempo que se aplica um plano para a reunificação apoiado pelas Nações Unidas, apesar de um referendo em que 76% dos greco-cipriotas terem votado contra.


Geografia
Chipre é uma das grandes ilhas do mar Mediterrâneo (juntamente com a Sicília, Sardenha, Córsega e Creta), a mais oriental de todas, localizada entre a costa sul da Anatólia e a costa mediterrânica do Médio Oriente. Geograficamente, pertence à Ásia, embora culturalmente e historicamente seja um misto de elementos europeus e asiáticos, com os europeus a predominar, dado o seu passado grego e os dois terços atuais de população de origem grega.

A ilha é montanhosa, com duas zonas acidentadas separadas por um vale amplo (a Mesaoria), onde se ergue a capital, Nicósia. A sudoeste erguem-se os montes Troodos, que albergam o ponto mais elevado da ilha, o monte Olimpo, com 1 953 m de altitude. A norte erguem-se os montes Kyrenia, uma cordilheira bastante estreita que começa na costa norte e que se prolonga para leste na longa península que confere à ilha a sua forma característica. Há também pequenas planícies costeiras no sul.

Nicósia é a maior cidade e a capital quer do estado reconhecido internacionalmente, quer da República Turca de Chipre do Norte. Outras cidades importantes são Limassol na parte grega e Famagusta na parte ocupada. O clima é mediterrânico.


Demografia
Os cipriotas gregos e turcos compartilham muitos costumes, mas mantêm sua etnicidade baseada na religião, idioma e outros fortes laços com suas respectivas terras maternas.

A língua: O grego é falado predominantemente no sul, enquanto o turco predomina no norte. Esta delimitação das linguagens só corresponde ao período presente, devido à divisão da ilha depois de 1974, a qual implicou uma expulsão dos cipriotas gregos do norte e um movimento análogo dos cipriotas turcos desde o sul. No entanto, historicamente, o grego (em seu dialeto cipriota) era falado por um 82% da população aproximadamente, a qual estava regularmente distribuída ao longo de toda o área de Chipre, tanto no norte como no sul. De maneira similar, os falantes turcos estavam distribuídos também de maneira regular. O inglês é pouco falado na ilha.


Política
Chipre é uma república, com um sistema presidencialista de governo. O presidente é o chefe de estado e de governo, nomeando e liderando o Conselho de Ministros, que exerce o poder executivo. O presidente é eleito por 5 anos, por voto direto e universal. O poder legislativo é exercido pela Câmara dos Representantes. Os deputados são eleitos democraticamente por um sistema uninominal, de 5 em 5 anos. Os deputados são só cipriotas gregos. Os representantes da denominada República Turca do Norte de Chipre não são reconhecidos internacionalmente.


Símbolos nacionais
  • Bandeira
A atual bandeira nacional do Chipre foi adotada a 16 de agosto de 1960. Mostra um mapa de toda a ilha por cima de dois ramos de oliveira.


  • Brasão de armas

O brasão de armas do Chipre representa uma pomba que transporta um ramo de oliveira, 1960 foi o ano da independência dos cipriotas em relação á Grã-Bretanha. O fundo é um cobre-cor amarela; o presente simboliza os grandes depósitos de minério de cobre em Chipre.

  • Hino nacional
Tanto o hino nacional do Chipre como o da Grécia foram extraídos de um longo poema de 158 estrofes, todavia somente as duas primeiras são parte oficial da composição musical. O texto foi escrito por Dyonísios Solomós e musicado por Nikolaos Mantzaros, tendo sido oficialmente adotado em 1864. Trata-se duma ode à liberdade alcançada em 1821, após séculos de domínio otomano.




Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fernando VII - rei da Espanha


Fernando VII da Espanha (San Ildefonso ou Escorial, 13 de outubro de 1784 – Madri, 29 de setembro de 1833), rei espanhol, filho de Carlos IV e de Maria Luísa de Parma. Fernando Maria Francisco de Paula Domingo Vicente Ferrer Antonio José Joaquin Pascual Diego Juan Nepomuceno Januario Francisco Javier Rafael Miguel Gabriel Calixto Cayetano Fausto Luís Raimundo Gregorio Lorenzo Geronimo de Borbón y Borbón, como foi batizado, foi rei de Espanha em 17 de março de 1808 quando da abdicação forçada do pai.





Reinado
Príncipe das Astúrias, procurou o apoio de Napoleão para preservar os seus direitos ao trono. Mergulhou a Espanha na anarquia e guerra civil, em março de 1808 a rebelião de Aranjuez fez dele rei, as tropas de Napoleão, comandadas por Murat, ocuparam Madrid e o Imperador mandou que a família real fosse para Bayonne, obteve a abdicação de Carlos IV, obrigou Fernando a assinar a sua própria abdicação e prendeu-o no confortável castelo de Valençay até dezembro de 1813.

Napoleão Bonaparte colocou no trono seu irmão, José I. Tal situação provocou a Guerra da Independência. Quando o conflito terminou, o monarca foi reposto no cargo pelo Tratado de Valença (1814) e regressou a Espanha. Voltando a Espanha em março de 1814, aboliu a Constituição liberal, perseguiu os seus adversários, mudou constantemente os ministros. As colônias americanas tornaram-se independentes, o exército de Cadiz rebelou-se. Fernando teve que restabelecer a Constituição em 1820, depois da revolta de Riego, ficando virtualmente preso até 1823, quando foi levado para Cádiz. Retomou o poder absoluto com o apoio da França. Passou o resto da vida combatendo os apostólicos, a direita do partido que o apoiava. Revogou a lei sálica introduzida por Filipe V, de modo a poder deixar o trono à filha primogênita.

Em 1823, Luís XVIII ajudou-o a restabelecer o poder absoluto, que marcou a primeira etapa do seu governo (1814-1820). Quando caiu Napoleão, os Bourbons voltaram ao poder na França e na Espanha. Fernando VII, autoritário e teimoso, concedeu, contrariado, uma constituição liberal. Chateaubriand, também Ministro dos Negócios Estrangeiros de Luís XVIII, aproveitou a ocasião para oferecer ao exército francês uma vitória fácil e aos Bourbons a revanche sobre a Revolução. Assim a Santa Aliança entregou à França o cuidado de dar uma lição aos liberais espanhóis. O corpo expedicionário foi colocado sob o comando do Duque de Angoulême, sobrinho de Luís XVIII.

As colônias espanholas da América (México, Argentina, Chile e outras), entretanto, emanciparam-se. Outras, como o Paraguai, já eram independentes e outras como Cuba e Porto Rico permanecerem colônias. O império colonial espanhol estava desintegrado em 1814. Durante os anos em que os Bourbons estavam presos na França, o Novo Mundo governara-se sozinho sem interferência de Madrid. Em 1810 muitas das possessões coloniais tinham-se declarado independentes. A volta dos Bourbons em 1814 não ajudou a interromper a tendência.

Fernando VII era um reacionário, opositor a qualquer conceito de liberalismo político, e um incompetente, que esperava que as colônias se submetessem ao desejo real. Quando isso não aconteceu, entrou em combate contra os súditos. No final, recursos preciosos foram gastos combatendo os revolucionários na América, sem recuperar qualquer uma das colônias. Esse primeiro período absolutista foi seguido pelo Triênio Liberal ou Constitucional (1820-1823), no qual foi dada continuidade à obra reformista iniciada em 1810. Contudo, a contra-revolução surgida na corte e a entrada na Espanha das tropas francesas enviadas pelo duque de Angoulême ("os Cem Mil Filhos de São Luís") permitiram a restauração do absolutismo.

Os anos finais de seu reinado foram dedicados à questão sucessória: a luta entre os partidários da candidatura ao trono por seu irmão, D. Carlos Maria Isidro de Bourbon, conde de Molina, e de sua herdeira e filha primogênita Isabel (Isabel II), em cujo reinado foi iniciada a primeira Guerra Carlista.

Casamentos e Filhos
Mesmo infeliz na política, foi ainda mais infeliz nos 4 casamentos.

  1. Casou pela primeira vez em 6 de outubro de 1802 em Barcelona com sua prima tísica Maria Antônia Teresa (Caserta 1784-1806 morta de tuberculose em Aranjuez) de Bourbon-Sicilia, Bourbon-Lorena ou Bourbon-Nápoles. Era princesa de Bourbon-Duas Sicílias, filha de Fernando IV de Nápoles mais tarde Fernando I das Duas Sicílias e de sua esposa a arquiduquesa Maria Carolina de Habsburgo-Lorena. O casamento foi duplo, pois o príncipe herdeiro das Duas Sicílias casava também com a irmã de Fernando, a infanta Maria Isabel. A noiva entrou em Madrid em grandes festas. Eram alianças para unir a Espanha e as Duas Sicílias no panorama internacional, quando o poder da França napoleônica aumentava. Teve vários maus partos e morreu sem herdeiros.
  2. Casou em Madrid em 29 de setembro de 1816 com sua sobrinha a Infanta de Portugal Maria Isabel Francisca de Bragança (Queluz 1797-1818 de cesariana num parto em Madrid) filha do rei D. João VI com sua irmã Carlota Joaquina. Eram outra vez bodas duplas, pois o Infante Don Carlos Maria Isidro, irmão do rei, casava com outra infanta de Portugal, Maria Francisca. Chegaram a Cádiz vindas do Brasil, onde a corte estava exilada. Isabel tinha físico decepcionante, era gorda e sem dote. No entanto muito culta e detentora de extrema bondade. Foi a fundadora do Museu do Prado. Tiveram duas filhas, mas apenas uma sobreviveu: Maria Luísa Isabel (1817-1818).
  3. Casou outra vez em Madri em 20 de outubro de 1819 com Maria Josefa Amália de Saxe Wettin (nascida em Dresde em 1803 e morta em 1829 em Aranjuez, aos 25 anos). Tinha 16 anos e era filha de Maximimiliano I (1759-1838) rei de Saxe, e de Carolina Maria de Parma. Casava de novo aos 34 anos, tinha gota, abusava do consumo do tabaco, a coroa não tinha herdeiro direto. Recém saída do convento, viveram afastados. Mas ela demorou dez anos para morrer, e no final da década de 1820 o rei ainda não tinha um herdeiro direto. Seu irmão o Infante Don Carlos Maria Isidro, mais reacionário ainda do que ele, já se sentia sobre o trono. Frustrou-se, e seus partidários, quando Fernando VII aos 45 anos, velho e achacoso, decidiu casar de novo.
  4. Casou em Madri em 11 de dezembro de 1829 com sua sobrinha a princesa de Bourbon-Duas Sicílias Maria Cristina de Bourbon-Nápoles, nascida em Palermo em 1806 e morta em 1878, filha de seu cunhado Francisco I e de sua irmã, a Infanta Maria Isabel de Espanha - a que tinha uma indecente semelhança a Manuel Godoy. Era irmã da Infanta Carlota de Nápoles, casada com seu irmão o Infante D. Francisco. Nasceu afinal uma filha e depois nasceu outra e por conselho da esposa, em 1830 o rei promulgou a Pragmática Sanção, para que a filha primogênita pudesse herdar - e não seu irmão, o conde de Molina. A Sanção confirmava a revogação, por Carlos IV, da Lei Sálica introduzida na Espanha por Filipe V. Maria Cristina seria regente a partir de 1830. Filhas: Maria Isabel II (1830-1904) e Luísa Fernanda (1832-1897)




Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

domingo, 23 de maio de 2010

Catedral de Notre Dame, Paris


A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Parvis, na pequena ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena. A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ao efeito claro das necessidades e aspirações da sociedade da altura, a uma nova abordagem da catedral como edifício de contato e ascensão espiritual.


A arquitetura gótica é um instrumento poderoso no seio de uma sociedade que vê, no início do século XI, a vida urbana transformar-se a um ritmo acelerado. A cidade ressurge com uma extrema importância no campo político, no campo econômico (espelho das crescentes relações comerciais), ascendendo também, por seu lado, a burguesia endinheirada e a influência do clero urbano. Resultado disto é uma substituição também das necessidades de construção religiosa fora das cidades, nas comunidades monásticas rurais, pelo novo símbolo da prosperidade citadina, a catedral gótica. E como reposta à procura de uma nova dignidade crescente no seio de França, surge a Catedral de Notre-Dame de Paris.

O local da catedral contava já, antes da construção do edifício, com um sólido historial relativo ao culto religioso. Os celtas teriam aqui celebrado as suas cerimônias onde, mais tarde, os romanos erigiriam um templo de devoção ao deus Júpiter. Também neste local existiria a primeira igreja do cristianismo de Paris, a Basílica de Saint-Etienne, projetada por Childeberto por volta de 528 dC. Em substituição desta obra surge uma igreja românica que permanecerá até 1163, quando se dá o impulso na construção da catedral.

Já em 1160, e em resultado da ascensão centralizadora de Paris, o bispo Maurice de Sully considera a presente igreja pouco digna dos novos valores e manda demolir. O gótico inicial, com as suas inovações técnicas que permitem formas até então impossíveis, é a resposta à demanda de um novo conceito de prestígio no domínio citadino. Durante o reinado de Luís VII, e sob o seu apoio, este projeto é abençoado financeiramente por todas as classes sociais com interesse na criação do símbolo do seu novo poder. O programa seguiu velozmente e sem interrupções que pudessem ocorrer por falta de meios econômicos.

A construção inicia-se em 1163 refletindo alguns traços condutores da Catedral de Saint Denis, subsistindo ainda dúvidas quando à identidade de quem terá "colocado" a primeira pedra, o Bispo Maurice de Sully ou o Papa Alexandre III. Ao longo do processo (a construção, incluindo modificações, durou até sensivelmente meados do século XIV) foram vários os arquitetos que participaram no projeto, esclarecendo este fator as diferenças estilísticas presentes no edifício.

Em 1182 presta já o coro serviços religiosos e, na transição entre os séculos, está a nave terminada. No início do século XIII arrancam as obras da fachada oeste com as suas duas torres estendendo-se a meados do mesmo século. Os braços do transepto (de orientação norte-sul) são trabalhados de 1250 a 1267. Simultaneamente levantam-se outras catedrais ao seu redor num estilo mais avançado do gótico; a Catedral de Chartres, a Catedral de Reims e a Catedral de Amiens.

A catedral foi, nos finais do século XVII, durante o reinado de Luís XIV, palco de alterações substanciais principalmente na zona este, em que túmulos e vitrais foram destruídos para substituir por elementos mais ao gosto do estilo artístico da época, o Barroco.

Em 1793, no decorrer da Revolução francesa e sob o culto da razão, mais elementos da catedral foram destruídos e muitos dos seus tesouros roubados, acabando o espaço em si por servir de armazém para alimentos.

Com o florescer da época romântica, outros olhares são lançados à catedral e a filosofia vira-se para o passado, enaltecendo e mistificando numa aura poética e etérea a história de outras épocas e a sua expressão artística. Sob esta nova luz do pensamento é iniciado um programa de restauro da catedral em 1844, liderado pelos arquitetos Eugene Viollet-le-Duc e Jean-Baptiste-Antoine Lassus, que se estendeu por vinte e três anos.

Em 1871, com a curta ascensão da Comuna de Paris , a catedral torna-se novamente pano de fundo a turbulências sociais, durante as quais se crê ter sido quase incendiada.

Em 1965, em consequência de escavações para a construção de um parque subterrâneo na praça da catedral, foram descobertas catacumbas que revelaram ruínas romanas, da catedral merovíngia do século VI e de habitações medievais.

Já mais próximo da atualidade, em 1991, foi iniciado outro projeto de restauro e manutenção da catedral que, embora previsto para durar dez anos, se prolonga além do prazo.


A literatura e a fama
Durante o espírito do romantismo, Victor Hugo escreveu, em 1831, o romance “Notre-Dame de Paris”, O Corcunda de Notre-Dame. Situando os acontecimentos na catedral durante a Idade Média, a história trata de Quasimodo que se apaixona por uma cigana de nome Esmeralda. A ilustração poética do monumento abre portas a uma nova vontade de conhecimento da arquitetura do passado e, principalmente, da Catedral de Notre-Dame de Paris.



Momentos altos na catedral
  1. 1314 - Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, o último grão mestre templário, Jacques de Molay, após dez anos na prisão, juntamente com outros templários, foram executados queimados vivos na fogueira. Foram condenados pela igreja católica com ordem direta do Papa Clemente V, influenciado e pressionado pelo rei Filipe IV de França, que acusaram os templários de serem hereges, culpados de adoração ao demônio, homossexualidade, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e outros comportamentos de blasfêmia.
  2. 1431 - Coroação de Henrique VI de Inglaterra durante a Guerra dos cem anos.
  3. 1804 - Coroação a 2 de dezembro de Napoleão Bonaparte a imperador de França e sua mulher Josefina de Beauharnais a imperatriz, na presença do Papa Pio VII
  4. 1909 - Beatificação de Joana d'Arc.


A fachada ocidental
É a fachada principal e não só a de maior impacto e monumentalidade como também a de maior popularidade.

Uma afinidade na composição e traços gerais pode ser estabelecida com a fachada da Catedral de Saint Denis, uma derivação da fachada do românico normando.

A fachada apresenta um conjunto proporcional, uma ordem de traçado coerente, de construção racional, reduzindo os seus elementos ao essencia. Aqui optou-se por uma parede “plástica” que interliga todos os seus elementos e passa a integrar também a escultura em locais pré-definidos, evitando que cresça espontânea e aleatoriamente como acontecia no românico.

A fachada apresenta três níveis horizontais e é ainda dividida em três zonas verticais pelos contrafortes ligeiramente proeminentes que unem em verticalidade os dois pisos inferiores e reforçam os cunhais das duas torres.


1. Nível inferior
Neste nível são evidentes três portais que surgem em épocas diferentes e que formam um conjunto que passa a ser utilizado na arquitetura a partir dos meados do século XII. São profusamente trabalhados, penetrando na parede por uma sucessão de arcos envolventes em degrau, arquivoltas, destacando-se o portal central ligeiramente em altura dos laterais.

Portal de Santa Ana
É o portal da direita e vem da época do início da construção da catedral e terá sido no início possivelmente pensado para um dos braços do transepto.

O tímpano, que representa a Virgem Maria com Cristo em criança, transparece ainda uma forte ligação à escultura do românico tardio pela sua frontalidade, rigidez do vestuário e pouca volumetria. Na proximidade da Virgem está um rei ajoelhado, que se crê ser o rei Luís VII e na frente deste um bispo, que poderá ser o impulsionador da construção da catedral, o bispo Maurice de Sully. A arquitrave possui dois níveis; a banda superior, de cerca de 1170, tem cenas da vida de Maria e a inferior, do início do século XIII – altura em que o portal deverá ter sido colocado neste local, retrata cenas da vida de Ana e Joaquim, pais de Maria, fato que terá dado o nome ao portal.

Portal da Virgem
É o portal da esquerda, pertence ao século XIII com iconografia referente a Maria. Na arquitrave, na sua banda inferior, vêem-se seis patriarcas do Antigo Testamento e reis sentados a emoldurar um pequeno baldaquino em baixo que remete simbolicamente à Anunciação. Na banda superior, são representados a morte e a ascensão de Maria aos céus e os apóstolos que rodeiam a cena. Cristo, no ponto central, toca o corpo de sua mãe, como que num sinal à futura ressurreição. O tímpano trata da coroação de Maria, em que Cristo, sentado, recebe-a e benze-a, enquanto um anjo descende e a coroa. A realçar a festividade da cena estão dois anjos ajoelhados carregando candelabros nas mãos. Nas arquivoltas anjos, profetas, reis e santos assistem ao acontecimento.

Portal do Julgamento
É o portal central e o mais novo do conjunto. No românico a figura central do portal é Cristo em ascensão aos céus, como parte dos acontecimentos de pentecostes ou no papel de Julgador. Mas no gótico já não é o monge que inicia os fiéis no mundo iconográfico do sagrado, a fé e a experiência espiritual são, nesta fase, sobrepostos pela autoridade e lei representadas pelo clero ligado à cidade, o bispo. Deste modo passa o tema do Julgamento a representar o papel principal no portal gótico.

A banda inferior da arquitrave, por estar danificada, foi substituída no século XVIII por uma representação da ressurreição dos mortos. A banda superior representa os “escolhidos” e os “condenados” separados pelo Diabo e pelo arcanjo Miguel com a balança das almas. Os que entram no paraíso levam uma coroa, uma possível alusão à santidade da coroa francesa. O tímpano apresenta Cristo na pose de Julgador revelando as chagas nas palmas das suas mãos. Nas arquivoltas Abraão recebe as almas dos escolhidos e o Diabo as dos pecadores.

Concêntricos a Cristo surgem anjos, patriarcas, profetas, dignitários, mártires e virgens santas.
A rematar e a fazer a transição para o nível intermédio está a Galeria dos Reis, uma banda composta por 28 estátuas de 3,5 m de altura cada. As estátuas tanto podem ser representações de figuras do Antigo Testamento como monarcas franceses. Durante a revolução francesa foram danificadas pelos revoltosos que pensavam tratar-se dos reis de França. As atuais estátuas foram redesenhadas e as originais encontram-se no Museu de Cluny.

2. Nível intermédio
A dominar o nível intermédio encontra-se a rosácea de 13 m de diâmetro ao centro encaixada entre os contrafortes e ladeada por janelas gêmeas. À sua frente surge a estátua da Virgem Maria com o Menino. Seguindo o traçado do piso inferior, e contribuindo para a unidade da fachada, corre uma galeria de arcarias rendilhadas a rematar este nível na zona superior.


3. Nível superior
Erguem-se as duas torres de 69 m de altura - influência normanda do século XII que acabou por permanecer na arquitetura religiosa europeia. A torre sul acolhe o famoso sino de nome “Emmanuel”. É possível visitar a torre norte onde, após uma subida de 386 degraus, se podem vislumbrar a cidade de Paris, os pináculos e as gárgulas da catedral que povoaram o romance de Victor Hugo.

A cabeceira
A estrutura de suporte de peso é visível do exterior a ladear todo o edifício, mas na zona da cabeceira a elegância destes elementos resulta numa fluidez visual que só se torna possível depois de 1225, quando as capelas são acrescentadas ao exterior. Nesta altura todo o esplendor técnico do gótico está ao alcance e os arcobotantes, que fluem da zona superior da parede do coro, onde a impulsão da abóbada para o exterior se concentra, prolongam-se até aos contrafortes, não de forma pesada, mas transmitindo leveza e harmonia.

As fachadas do transepto
Após a construção das capelas exteriores torna-se necessário prolongar os braços do transepto. O frontão trabalhado a coroar o portal, denominado gablete, cresce ao segundo nível e sobrepõe-se à fileira de janelas que surgem num plano recolhido. Do mesmo modo é também a rosácea colocada num nível mais recolhido e ligeiramente sobreposta por uma balaustrada fina. A rematar a fachada surge um frontão com janela circular ladeado de tabernáculos abertos. O tímpano apresenta um registo em três bandas, típico do gótico, onde se torna possível representar diversos episódios alimentando o gosto pela festividade do relato. Na banda inferior vêem-se cenas de Jesus em criança. Nas duas bandas superiores um bispo conta a história do presbiteriano Teófilo, desenvolvendo-se a lenda do mesmo personagem numa sequência de quatro cenas na banda imediatamente inferior.

Também no portal toma lugar a estátua de uma Madona que sobreviveu à revolução francesa e que denota o nível avançado da escultura gótica, apresentando uma naturalidade na atitude e rotação corporal.


O interior
O gótico permite a ligação da terra ao céu e, no interior de uma catedral do estilo, o crente é impelido à ascensão pela afirmação constante da verticalidade, pela monumentalidade das paredes que parecem erguer-se segundo uma teoria contrária à da gravidade, tornando-as leves, deixando por elas filtrar o colorido dos grandes vitrais numa aura etérea. A utilização de tais elementos arquitetônicos numa catedral deve-se mais a um propósito religioso prático que a aspirações artísticas.

O edifício tem 127 m de comprimento, 48 m de largura e 35 m de altura é rematada em cima por abóbadas e dá o primeiro passo na construção colossal do gótico. As maciças colunas de fuste liso da nave, que acentuam a verticalidade, fazem a divisão em arcadas altas para as alas laterais e suportam uma tribuna (galeria), em que janelas para o exterior são abertas para deixar entrar mais luz. Criando unidade com este elemento surge o clerestório a fazer o remate superior com os seus grandes grupos de janelas de dois lances e óculo.

A rosácea do braço norte do transepto tem 13 m de diâmetro e um azul forte como cor dominante. A composição baseia-se no número 8 e suas multiplicações e simboliza o Universo, a Terra e os sete planetas. No centro surge a Mãe de Deus rodeada de medalhões com representação de personagens do Antigo Testamento, profetas, reis e altos clérigos. A rosácea do braço sul do transepto baseia-se do mesmo modo no número 12 e apresenta central a imagem de Cristo como o julgador do mundo. À sua volta, em medalhões, surgem apóstolos e anjos.


– Curiosidades
  • Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, encontra-se no pavimento uma placa de bronze que representa o ponto zero a partir do qual todas as distâncias das estradas nacionais francesas são calculadas.
  • Na catedral existem quase 200 vitrais, alguns entre os maiores construídos na História.
  • Perto da catedral, existe a Igreja de São Julião o Pobre, uma igreja greco-católica melquita.



Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

sábado, 22 de maio de 2010

D. Isabel, a rainha santa de Portugal

Isabel de Aragão (Saragoça, 1271 - Estremoz, 4 de julho de 1336), foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha consorte de Portugal. Passou à história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Ficou popularmente conhecida como "Rainha Santa Isabel" ou, – "A Rainha Santa".

Isabel era a filha mais velha do rei Pedro III de Aragão com Constança da Sicília. Por via materna, era descendente de Frederico II, Sacro Imperador Romano-Germânico, pois o seu avô materno era Manfredo de Hohhenstauffen, rei da Sicília, filho de Frederico II.


Teve cinco irmãos, entre os quais os reis aragoneses Afonso III e Jaime II, para além de outro monarca reinante, Frederico II da Sicília. Para além disso, sua tia materna foi Santa Isabel da Hungria, também considerada santa pela Igreja Católica.


Casamento
D. Dinis tinha 19 anos quando subiu ao trono e, pensando em casamento, convinha-lhe Isabel de Aragão. D. Dinis enviou, por isso, uma embaixada a Pedro de Aragão em 1280. Quando lá chegaram, estavam ainda à espera de resposta enviados dos reis de França e de Inglaterra, cada um desejoso de casar com Isabel um dos seus filhos. Aragão preferiu entre os pretendentes aquele que já era rei.

A 11 de fevereiro de 1288 com 17 anos , Isabel casou-se, por procuração com o soberano português D. Dinis em Barcelona, tendo celebrado a boda ao passar a fronteira da Beira, em Trancoso, em 26 de junho do mesmo ano. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prendas destinadas à manutenção da sua pessoa.

Em 1281 D. Isabel de Aragão recebeu como dote as vilas de Abrantes, Óbidos, Alenquer, e Porto de Mós. Posteriormente deteve ainda os castelos de Vila Viçosa, Monforte, Sintra, Ourém, Feira, Gaia, Lamoso, Nóbrega, Santo Estêvão de Chaves, Monforte de Rio Livre, Portel e Montalegre, para além de rendas em numerário e das vilas de Leiria e Arruda (1300), Torres Novas (1304) e Atouguia da Baleia (1307). Eram ainda seus os reguengos de Gondomar, Rebordões, Codões, para além de uma quinta em Torres Vedras e da lezíria da Atalaia.

Segundo uma história apócrifa, D. Dinis não lhe teria sido inteiramente devotado e visitaria damas nobres na região de Odivelas. Ao saber do sucedido, a rainha ter-lhe-á apenas respondido: Ide vê-las, Senhor. Com os tempos, de acordo com a tradição popular, uma corruptela de ide vê-las teria originado o moderno topônimo Odivelas. Contudo, esta interpretação não é sustentada pelos linguistas.

– Do seu casamento com o rei D. Dinis teve 2 filhos:
  1. Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela.
  2. D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 - 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.


Rainha
Na década de 1320, o infante D. Afonso, herdeiro do trono, sentiu a sua posição ameaçada pelo favor que o rei D. Dinis demonstrava para com um seu filho bastardo, Afonso Sanches. O futuro D. Afonso IV declarou abertamente a intenção de batalhar contra o seu pai, o que quase se concretizaria na chamada peleja de Alvalade. No entanto, a intervenção da rainha conseguiu serenar os ânimos – pela paz assinada em 1325 nessa mesma povoação dos arredores de Lisboa, foi evitado um conflito armado que teria instabilizado o reino.

D. Dinis morreu em 1325 e, pouco depois da sua morte, Isabel recolheu-se no então Convento de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, vestindo o hábito da Ordem das Clarissas mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336.

Nessa altura, Afonso declarou guerra ao seu sobrinho, o rei D. Afonso XI de Castela, filho da infanta Constança de Portugal e portanto neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua esposa D. Maria, filha do rei português. Não obstante a sua idade avançada e a sua doença, a rainha Santa Isabel dirigiu-se a Estremoz, cavalgando na sua mula por dias e dias, onde mais uma vez se colocou entre dois exércitos e evitou a guerra. No entanto, a paz chegaria somente 4 anos mais tarde, com a intervenção da própria Maria de Portugal, por um tratado assinado em Sevilha em 1339.


Morte
Isabel faleceu, tocada pela peste, em Estremoz, a 4 de julho de 1336, tendo deixado expresso em seu testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, onde em 1995 foi iniciada uma escavação arqueológica, após ter estado por 400 anos parcialmente submerso pelo rio Mondego.

Segundo uma história hagiográfica(*), sendo a viagem demorada, havia o receio de o cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador o ataúde começou a abrir fendas, pelas quais elas escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual não foi, porém a surpresa quando notaram que em vez do mau cheiro esperado, saía um aroma suavíssimo do ataúde. O seu esposo D. Dinis repousa no Mosteiro de São Dinis em Odivelas.

Isabel foi uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua santificação, pelo Papa Urbano VIII em 1625.
  • É reverenciada a 4 de julho, data do seu falecimento.
Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à transladação do corpo da Rainha Santa. O seu corpo encontra-se incorrupto no túmulo de prata e cristal, mandado fazer depois da trasladação para Santa Clara-a-Nova.

No século XVII, a rainha D. Luísa de Gusmão, regente em nome de seu filho D. Afonso VI, transformou em capela o quarto em que a Rainha Santa Isabel havia falecido no castelo de Estremoz.

Atualmente, inúmeras escolas e igrejas ostentam o seu nome em sua homenagem. É ainda padroeira da cidade de Coimbra, cujo feriado municipal coincide com o dia da sua memória (4 de julho).



O milagre das rosas
A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. No entanto, este milagre foi originalmente atribuído à sua tia-avó Santa Isabel da Hungria. Provavelmente por corrupção da lenda original, e pelo fato de as duas rainhas possuírem o mesmo nome e fama de santas, a história passou também a ser atribuída a Isabel de Aragão.

Segundo a lenda portuguesa, a rainha saiu do Castelo do Sabugal numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado:

– São rosas, Senhor!.
Desconfiado, D. Dinis inquirido:
– Rosas, no Inverno?.
D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele haviam rosas, ao invés dos pães que ocultara.

A época exata do aparecimento desta lenda na tradição portuguesa não está determinada. Não consta de uma biografia anônima sobre a rainha escrita no século XIV, mas circularia oralmente pelo país nas últimas décadas desse século. O mais antigo registo conhecido é um retábulo quatrocentista conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha.

Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugallevava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres(...) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava,(...) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas. Santa Isabel de Aragão, Rainha de Portugal (Crônica dos Frades Menores, Frei Marcos de Lisboa, 1562)

O primeiro registo escrito do milagre das rosas encontra-se na Crônica dos Frades Menores. No entanto, a tradição popular gerou inúmeras variantes: moedas de ouro que se transformam em rosas ou rosas que se transformam em ouro; e a atualmente mais conhecida, do pão em flores.

Em meados do século XVI a lenda já tinha sido amplamente difundida, e foi ilustrada por uma pintura anônima, conhecida por Rainha Santa Isabel, no Museu Machado de Castro de Coimbra, e por uma iluminura da Genealogia dos Reis de Portugal de Simão Bening sobre desenho de Antônio de Holanda. No século XVII surgem mais dois trabalhos anônimos retratando a rainha, a pintura a óleo no átrio do Instituto de Odivelas e o retábulo do Mosteiro do Lorvão.


______________________________
hagiografia
ha.gi.o.gra.fi.a
sf (hagio+grafo1+ia1) 1 História dos santos e das coisas santas. 2 Biografia dos santos.
_________________



Fonte: Wikipédia e Dicionário Michaelis

Leia Mais…

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Anastasia Romanovna, imperatriz da Rússia


Anastasia Romanovna Zakharyina-Yurieva (... † 7 de Agosto de 1560) foi a primeira mulher do czar Ivan, o Terrível e a primeira czarina da Rússia. Era filha do boiardo Roman Yurievich Zakharyin-Yuriev, Okolnichi, que morreu em 16 de fevereiro de 1543, e que deu o seu nome à Dinastia Romanov de monarcas russos, e de Uliana Ivanovna, falecida em 1579. (ao lado foto da estátua de Anastasia)


Foi escolhida para noiva de Ivan de entre um grande número de candidatas possíveis, levadas ao Kremlin especificamente para o processo de seleção. Todas as famílias nobres de toda a Rússia receberam convites para apresentar jovens em candidatura (diz-se que houve entre 500 e 1500 moças em concurso).

– Anastasia e Ivan casaram em 3 de fevereiro de 1547 na Catedral da Anunciação. Tiveram seis filhos:
  1. Anna,
  2. Maria,
  3. Dmitri,
  4. Ivan,
  5. Evodokia e
  6. Teodoro (Feodor).


Supõe-se que Anastasia tenha exercido uma influência moderadora no temperamento volátil e violento de Ivan. No Verão de 1560, caiu doente e em consequência disso, Ivan sofreu um grave colapso emocional em que suspeitava que Anastasia tinha sido vítima de ações malévolas e tinha sido envenenada pelos boiardos. Embora na época não tenham existido provas de tal crime, Ivan mandou torturar e executar grande número de boiardos, contra quem já tinha ódio devido aos abusos cometidos contra si durante a sua infância. Exames aos restos mortais de Anastasia no final do século XX por arqueólogos e cientistas forenses encontraram provas de envenenamento.

  • O irmão de Anastasia Nikita Romanovich foi o pai de Feodor, o primeiro a usar o apelido Romanov.



Fonte: Wikipédia

Leia Mais…

Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
© 2008 Templates e Acessórios por Elke di Barros