sábado, 6 de junho de 2009

Museu Britânico

O Museu Britânico (em inglês British Museum) localiza-se em Londres e foi fundado em 7 de junho de 1753. O Museu Britânico é um marco fundamental no estabelecimento do método museológico, além de representar diversos aspectos característicos tanto da sociedade inglesa vitoriana quanto do pensamento político e científico do século XIX. Aberto em 15 de janeiro de 1759, após a aprovação do rei Jorge II em 1753, foi o primeiro grande museu público, gratuito, secular e nacional em todo o mundo. Não foi, entretanto, o primeiro museu moderno. O Museu Ashmolean, de Oxford (1679), tem o mérito de ter sido a primeira grande instituição museológica destinada especificamente a exposições públicas, organizadas para propósitos educacionais.


Ao ser fundado, o Museu Britânico reuniu três coleções:
  1. a Cottonian Library, coleção de manuscritos medievais de Sir Robert Cotton (1570-1631),
  2. os manuscritos da coleção do Conde de Oxford, Robert Harley (1661-1724) e
  3. a enorme coleção de Sir Hans Sloane (1660-1753), composta de antiguidades clássicas e medievais, moedas, manuscritos, livros, quadros e gravuras, além das peças que formariam o núcleo central do Departamento de História Natural do Museu Britânico.
O museu não estava tão distante dos gabinetes de curiosidades que marcaram a Europa no século XVIII: era pouco mais do que um enorme amontoado de objetos sem nenhuma classificação ordenada, apresentados menos para propósitos educacionais do que para "exaltar o espírito e enaltecer o progresso da humanidade".

Da antiguidade temos a origem de uma característica do museu moderno, em especial do museu Britânico: a combinação de exposições (entretenimento educacional para o público geral) e de uma biblioteca (pesquisa para um público erudito e acadêmico). A partir da consolidação desse modelo por Anthony Panizzi (1797-1879) na Biblioteca Britânica, este é um atributo hoje praticamente obrigatório para qualquer museu.

Da transição do século XVIII para o XIX, temos também outra característica: a formação do museu de caráter nacional. Desde o desenvolvimento do Museu do Louvre, denominado Musée Napoléon durante os primeiros anos do novo século, a rivalidade entre as nações da Europa e a afirmação da identidade nacional desses países passou também pela constituição do "museu nacional". A derrota definitiva de Napoleão talvez tenha sido um dos fatores que estimularam a reconstrução do espaço do Museu Britânico, além sem dúvida de expandir consideravelmente suas coleções: grande parte do acervo de antiguidades egípcias, incluindo a Pedra de Roseta, foi obtido com a capitulação do exército francês no Egito, em 1802.

A tentativa de reunir todo tipo de coleção possível foi uma forma de apresentar através de objetos todo o conhecimento da humanidade, numa espécie de "triunfo" do racionalismo científico. Obviamente, a acumulação de tantos objetos distintos num único lugar era operacionalmente inviável, e a transferência de algumas coleções foi se fazendo cada vez mais necessária. O desmembramento do museu se deu em diversas etapas das quais as mais importantes são:
  • a criação da National Gallery em 1824 – mais um exemplo do "monumento" de inspiração nacionalista,
  • a remoção do setor de História Natural para o Museu de História Natural a partir de 1880, para um edifício que, diferentemente do Museu Britânico e de seu estilo Neoclássico, celebrava o naturalismo racional científico no estilo Neogótico e
  • a transferência do setor de Etnografia, rico em objetos recolhidos nas expedições do Capitão James Cook, a partir de 1870.

– O museu hoje
O Museu Britânico abriga mais de sete milhões de objetos de todos os continentes, ilustrando e documentando a história da cultura humana de seus primórdios até o presente. Muitos dos artefatos da sua coleção estão armazenados nos depósitos situados nos porões do museu, por conta da falta de espaço para mostrá-los. Assim como muitos outros museus e galerias no Reino Unido, o Museu Britânico tem entrada gratuita, exceto no caso de algumas exposições temporárias especiais. Ele também conta com um serviço educativo responsável por apresentações didáticas da colecção para escolas, famílias e adultos. Oferece também um curso de pós-graduação sobre arte clássica e decorativa da Ásia.


Em Dezembro de 2000 foi inaugurado o Great Court – a maior praça coberta da Europa. Ela ocupa o espaço central do prédio, ao redor da Sala de Leituras (The Reading Room) da biblioteca (que agora foi transferida para St. Pancras). A construção do majestoso Reading Room, na década de 1850, foi primeiramente uma saída tanto para a falta de espaço, devido ao vertiginoso aumento do acervo, quanto mesmo para a própria aberração arquitetônica do imenso quadrilátero vazio que era parte do projeto original do arquitecto Sir Robert Smirke para o museu.



Curiosidades:
  1. Na construção do Reading Room foram usados pela primeira vez num edifício de grande porte na Inglaterra o ferro (como parte visível da estrutura) e o concreto (especialmente em seu uso inovador nas fundações).
  2. O interior do Museu Britânico pode ser visto no filme 'O retorno da múmia', apesar de o exterior do prédio mostrado no filme ser o do University College. O museu tem uma coleção de múmias, sendo a mais conhecida o Homem de Lindow, encontrado no noroeste de Inglaterra.
  3. O autor de livros de terror H. P. Lovecraft relatou que haveria uma cópia do livro místico 'Necronomicon' no museu britânico. Apesar de Lovecraft ter deixado claro que se tratava de um livro fictício, há quem acredite na sua existência.



Algumas peças do acervo

Moeda helenística

Estandarte de Ur

Escultura grega

Cilindro de Ciro

Estátua de faraó

Ourivesaria persa



Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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