segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Istambul – Turquia

Istambul (em turco İstanbul) é a maior cidade da Turquia, e uma das maiores da Europa e da Ásia, com 8.803.468 habitantes na cidade e 10.018.775 em sua região metropolitana (censo de 2000). Segundo as últimas estimativas do censo (20 de julho de 2005) a população da aglomeração é de aproximadamente 11.322.000 habitantes, constituída, em sua imensa maioria, por muçulmanos, e uma minoria de cristãos (68.000) e de judeus (20.000).

Foi também a capital administrativa da Província de Istambul na chamada Rumelia ou Trácia Oriental. Era denominada Bizâncio até 330 dC, e Constantinopla até 1453, nome bastante difundido no Ocidente até 1930. Durante o período otomano, os turcos chamavam-na de Istambul, nome oficialmente adotado em 28 de março de 1930.

Foi sucessivamente a capital do Império Romano do Oriente, do Império Otomano e da República da Turquia até 1923. Atualmente, embora a capital do país seja Ancara, Istambul continua sendo o principal pólo industrial, comercial, cultural e universitário (abriga mais de uma dezena de universidades). É a sede do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, sede da Igreja Ortodoxa. As zonas históricas de Istambul foram declaradas patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1985, pelos seus importantes monumentos e ruínas históricas.

O atual nome da cidade em turco, İstanbul (AFI: [isˈtambul] ou, coloquialmente, [ɨsˈtambul]) vem sendo usado para descrever a cidade, nas diversas de suas variações, desde pelo menos o século X; vem sendo o nome comum da cidade no turco falado desde a Queda de Constantinopla, em 1453, e sua subsequente conquista pelos otomanos. Etimologicamente o nome é derivado da frase grega medieval "εἰς τὴν Πόλιν" [istimˈbolin] ou, no dialeto egeu, "εἰς τὰν Πόλιν" [istamˈbolin] (em grego moderno: "στην Πόλι" [stimˈboli]), que significa "na cidade", "à cidade" ou "centro da cidade".

Bizâncio é o primeiro nome da cidade, e foi dado por colonos da cidade-Estado de Megara em homenagem e seu rei, Bizas, quando fundaram a cidade em 667 aC. Quando o imperador romano Constantino, "o Grande" fez da cidade a nova capital oriental do Império Romano, em 11 de maio de 330, ele a concedeu o nome de Nova Roma. Constantinopla (Cidade de Constantino) foi o nome que a cidade acabou se tornando mais conhecida; apareceu pela primeira vez em uso oficial durante o reinado do imperador Teodósio II (408-450). Este permaneceu o principal nome oficial da cidade por todo o período bizantino, e o nome mais comumente usado no Ocidente para se referir a ela até o início do século XX.

A cidade também foi apelidada de "Cidade dos Sete Montes", pois a península que historicamente forma a parte mais antiga da cidade seria formada por sete montes (como Roma), cada qual com uma mesquita histórica sobre ele. Os montes estão representados no emblema da cidade como sete triângulos, sobre os quais se elevam quatro minaretes. Duas de outras das muitas outras alcunhas de Istambul são:
  1. Vasilevousa Polis ("Rainha das Cidades", em grego), que surgiu a partir da importância e riqueza da cidade durante a Idade Média, e
  2. Dersaadet (originalmente Der-i Saadet, "Porta para a Felicidade") que foi usado pela primeira vez no fim do século XIX e ainda é utilizado hoje em dia.
Com a Lei do Serviço Postal Turco, de 28 de março de 1930, as autoridades turcas pediram oficialmente às nações estrangeiras que adotassem Istambul como o único nome em seus próprios idiomas.



Pré-história
Em 2008, durante as obras de construção da estação de metrô Yenikapı e do túnel Marmaray, na península situada no lado europeu, encontrou-se um assentamento neolítico até então desconhecido, datado como sendo de cerca de 6500 aC. O primeiro povoamento no lado anatólio e o monte Fikirtepe, que data da Era do Cobre, com artefatos que vão de 5500 a 3500 aC.

Na vizinha Chalkedon (Calcedônia) um povoado que data do período fenício foi descoberto. O cabo de Moda, na Calcedônia, foi o primeiro local onde colonos gregos de Megara se estabeleceram, em 685 aC, antes de fundarem Byzantion (Bizâncio) no lado europeu do Bósforo, em 667 aC. Byzantion, por sua vez, foi fundada sobre o local de um antigo povoamento portuário chamado Lygos, fundado por tribos trácias entre os séculos XIII e XI aC, juntamente com a vizinha Semistra, mencionada por Plínio, o Velho em seus relatos históricos. Apenas algumas muralhas e estruturas de Lygos sobreviveram até hoje, próximo ao Cabo do Serralho (em turco: Sarayburnu), onde está atualmente o famoso Palácio Topkapı, no mesmo local onde a acrópole da cidade de Bizâncio foi erguida.

Bizâncio
Bizâncio (em grego antigo: Βυζάντιον, transl. Byzántion) recebeu o nome do soberano destes colonos gregos de Megara, o rei Bizas. Esta cidade esteve em mãos dos persas, que a ocuparam e a destruíram no século V aC, e foi reconstruída pelo espartano Pausânias, em 479 aC. Mais tarde Esparta teve que disputar seu controle com os atenienses, que a tomaram em 409 aC, mas foram expulsos em 405 aC. Em 390 aC, no entanto, a cidade voltou às mãos atenienses.
Entre os anos de 336 e 323 aC. Bizâncio esteve em mãos dos macedônios, durante o reinado de Alexandre Magno. Depois deste, a cidade recuperou certa independência, mas quando em 279 aC os celtas conquistaram a Trácia, impuseram um tributo a Bizâncio.

Império Romano
Em 191 aC a cidade passou a ser aliada de Roma, que a reconheceu como cidade livre. No entanto, posteriormente passou a ser posse direta da República (século I aC). No ano 194, Bizâncio se viu envolta em uma disputa entre o imperador romano Septímio Severo e o usurpador Pescênio Níger; após tomar partido pelo último, a cidade foi sitiada pelas forças romanas em 196, e sofreu danos extensos. Foi reconstruída por Severo de Antióquia, e rapidamente alcançou sua antiga prosperidade - e chegou a ser renomeada como Augusta Antonina pelo imperador, em homenagem a seu filho.

Império Bizantino
A posição estratégica de Bizâncio atraiu o imperador romano Constantino I, "o Grande", que no ano 330, fundou de novo a cidade como Nova Roma ou Constantinopolis em sua honra (Constantinopla, em grego: Konstantinoupolis, Κωνσταντινούπολη ou Κωνσταντινούπολις) e a converteu na capital do Império Romano. Em 395, com a divisão deste, passou a ser a capital do Império Romano do Oriente, que se denominava agora de Império Bizantino. O nome de Nova Roma nunca se utilizou com freqüência e foi o nome de Constantinopla que prevaleceu até à queda do Império em 1453 e foi usado até o século XX, na Europa, no lugar de Istambul (todavia se usa na Grécia).

A combinação do imperialismo e a posição estratégica desempenhariam um papel importante, como encruzilhada entre dois continentes (Europa e Ásia), e mais tarde como um caminho para a África e outros territórios a sua vez, em termos de comércio, cultura, diplomacia e estratégia. Em um enclave tão valioso, Constantinopla era capaz de controlar a rota entre a Ásia e Europa, assim como a passagem do Mar Mediterrâneo ao Mar Negro. Embora a parte ocidental do Império Romano tivesse entrado numa crise econômica, comercial, política e demográfica, Constantinopla manteve a sua posição durante séculos, convertendo-se na grande metrópole européia medieval.

Do primeiro período de esplendor do Império destaca a Igreja de Santa Sofia, obra mestra da arte bizantina que mandou construir o Imperador Justiniano. Trouxe uma pequena crise nos séculos VII e VIII, voltaria outra etapa de renascimento no IX e X, com o Cisma do Oriente, trouxe a decadência do Império com as cruzadas, a divisão em vários estados como o Império Latino, e a constante ameaça turca. Não obstante a cidade manteria a sua importância como centro cultural e comercial do Mediterrâneo, contando com consulados e colônias de mercadores de diversos países. O último imperador bizantino foi Constantino XI que morreu na defesa da cidade.

Império Otomano
A conquista de Constantinopla em 29 de maio de 1453 pelos turcos, foi um impacto para a sociedade européia da época, marca a destruição do Império Romano no oriente, e o final da Idade Média. A cidade caiu depois de uma grande cerco de anos de conflitos com os turcos, que haviam conquistado o resto do Império Bizantino, o sultão Mehmet II, chamado de sazão Fatih, em turco «o Conquistador» e formou parte do Império Otomano até sua dissolução oficial o 1 de novembro de 1922. Os otomanos denominaram a cidade İstanbul ou Istambul.

Durante o período otomano a cidade franqueou um câmbio cultural completo, e passou de ser uma cidade bizantina imperial e cristã ortodoxa, e também otomana e islâmica. Hagia Sophia, a Igreja da Divina Sabedoria, foi convertida em uma mesquita como aconteceu com algumas outras igrejas na cidade (sobre todas as igrejas dos bairros que puseram mais empenho em defender a cidade frente Mehmet II). Muitas igrejas se conservaram e novas mesquitas foram construídas ao redor da cidade; cada Sultão havia construído uma magnífica mesquita para comemorar seu reinado. Entre estas mesquitas, as mais extraordinárias são:
  • a Mesquita de Beyazid,
  • a Mesquita de Süleymaniye (a maior de Istambul),
  • a Mesquita do Sultão Ahmed (o primeiro sermão ao sexto o «Jutba» nesta Mesquita foi lido pelo Jelveti Sufí Jeque Aziz Mahmud Hudayi) e
  • a Mesquita de Fatih.
As esposas e mães dos Sultões também contribuíram na construção de mesquitas, tanto no lado europeu como no lado asiático da cidade.

República da Turquia
Quando a República da Turquia foi estabelecida por Mustafá Kemal Atatürk em 29 de Outubro 1923, a capital foi transferida de Constantinopla para Ancara. Istambul foi adotado como nome oficial em 1930. A cidade, um dia contou com uma numerosa e próspera comunidade grega, herdeiros das origens gregas da cidade, diminuiu depois dos sofridos acontecimentos dos dias 6 e 7 de setembro de 1955, no que uma turma enlouquecida atacou e assaltou as comunidades armênias, gregas e judia da cidade, sem contar com os muitos danos pessoais, aonde um grande número de gregos abandonaram seus lugares e viajaram a velha Grécia.

Nos anos 1960 o governo de Adnan Menderes procurou desenvolver ao país um conjunto de obras, novas estradas e redes rodoviárias assim como fábricas foram construídas em todo o país. Uma moderna rede viária foi construída em Istambul, mas em alguns casos, lamentavelmente, teve de ocorrer à demolição de edifícios históricos no interior da cidade.

Em 1963 se firmou o Acordo de Ancara, que constitui, no primeiro passo do país em seu processo de integração na atual União Européia.

Durante os anos 1970 a população de Istambul começou a aumentar rapidamente no momento que pessoas da Anatólia emigraram para a cidade para encontrar emprego em muitas das novas fábricas construídas nos arredores da cidade. Este brusco e repentino aumento da população provocou uma explosão imobiliária, a construção de edifícios não se deteve (alguns de má qualidade que sofreu muitos danos com os freqüentes terremotos que golpearam a cidade). Durante este crescimento descontrolado muitos povos situados antes na periferia da cidade foram absorvidos pela grande metrópole de Istambul.

O Bósforo
É um estreito que divide em duas partes a cidade de Istambul, conectando o Mar de Mármara com o Mar Negro e separa fisicamente a Europa e a Ásia.

Há duas pontes sobre esse estreito:
  1. A Ponte do Bósforo de 1074 m de comprimento foi completada em 1973.
  2. A Ponte Fatih Sultão Mehmet possui 1014 m de comprimento, foi completada em 1988 e se encontra a cinco quilômetros ao norte da primeira ponte.
Estas pontes unem Istambul com as cidades asiáticas de Üsküdar (em grafo Crisopólis), Kadikov (em grego Calcedônia). Um túnel ferroviário de 13,5 km está sendo construído e se estima sua inauguração para 2009. Aproximadamente 1.400 km do túnel estão abaixo do estreito, mediante a técnica de imersão de conduto, e se prevê que será o mais profundo túnel executado por esse método (com um máximo 56 m abaixo o nível da água). O projeto contempla a construção de um metrô de 13,3 km com quatro estações, que unirá o centro de Istambul com a parte oriental e ocidental da metrópole.

Terremotos
Istambul está situada próximo a falha da Anatólia do Norte, uma falha geologicamente ativa que havia sido responsável por vários terremotos mortais na história contemporânea da cidade. Os estudos demonstram que há um risco elevado de que nas próximas décadas se produza um terremoto devastador aos arredores de Istambul. As dificuldades para estabelecer e impor convenientes normas de cautela na construção dos edifícios provavelmente causarão um enorme número de desmoronamentos e travamentos, especialmente nas habitações baratas de alvenaria como "gecekondu" nos subúrbios de Istambul.

Clima
Quentes e úmidos verões, invernos frios, chuvosos e com nevascas ocasionais que podem ser abundantes. O clima da cidade é o temperado continental. As temperaturas médias durante os meses de inverno variam entre 3 aos 8 graus centígrados, e inclusive pode baixar aos 5 graus centígrados abaixo de zero. Ao contrário da crença comum, as grandes precipitações em forma de neve são comuns, podendo cair entre os meses de novembro à abril. Os meses de verão de junho à setembro tem temperaturas diurnas médias de 28 graus centígrados. Apesar do que o verão é a temporada mais seca, a chuva é comum e as inundações semelhantes a uma monção acontecem nesta época do ano.


Origem: Wikipédia

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(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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