quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mongólia

A Mongólia é um país asiático sem saída para o mar localizado entre a Rússia (a norte), e a China, a leste, sul e oeste. Capital: Ulaanbaatar, que concentra um terço da população total do país. Língua oficial: mongol. Área: 1.566.500 km2. População: 2.996.081 hab. Moeda: togrog/tugrik. Os mongóis ganharam fama no século XIII, quando, sob a liderança de Gengis Khan, conquistaram um imenso império euroasiático. Depois da morte do seu líder, o império foi dividido em vários e poderosos estados mongóis, mas estes entraram em decadência e foram dissolvidos no século XIV. Os mongóis acabaram retornando as suas fronteiras originais (anteriores a Gengis Khan), no final do século XVII, foram dominados pelos chineses. O país retomou sua independência em 1921, com apoio soviético, e um regime comunista foi instaurado em 1924.


História
A região correspondente à Mongólia atual foi ocupada por diversas tribos nômades, segundo relatos chineses que remontam a séculos antes de Cristo. Os hunos aparentemente migraram para o oeste a partir das estepes da Mongólia. Por volta do século VII, os turcos surgem nos relatos chineses como nômades vindos do norte (da Mongólia). Nos séculos seguintes, os turcos migrariam para o sudoeste, ocupando outras áreas da Ásia, mas algumas tribos permaneceram no leste da Mongólia até o século XIII.

Entre os séculos XI e XII, um líder tribal chamado Kabul Khan reuniu as tribos mongóis contra a China controlada pela Dinastia Jin, mas foi derrotado, e a unidade mongol foi desfeita. No final do século XII, um jovem chamado Temujin unificara algumas tribos mongóis e turcas, e vence outras em batalha, sendo aclamado por todos os mongóis como Genghis Khan.

No início do século XX, a recém formada União Soviética instalou na jovem república mongol um líder com orientações bolcheviques, que lideraria um processo que levaria à instauração de um regime comunista, em 1925. A República Popular da Mongólia só foi reconhecida pela China em 1946. As dissenções entre Rússia e China fizeram com que as relações entre China e Mongólia fossem praticamente encerradas até a dissolução do Partido Comunista mongol e a queda do regime em 1990. Desde então, a Mongólia experimenta um regime parlamentarista com eleições diretas a cada 4 anos, além de um renascimento cultural e religioso sem precedentes nos 75 anos de comunismo.

A Mongólia é, desde 1990, um regime parlamentarista, pluripartidarista, com eleições diretas. Suas terras são muito utilizadas para os pousos das naves espaciais chinesas, devido a sua localização geográfica.

Os grandes líderes mongóis
Entre os séculos XI e XII, um líder tribal chamado Kabul Khan reuniu as tribos mongóis contra a China controlada pela Dinastia Jin, mas foi derrotado, e a unidade mongol foi desfeita. No final do século XII, um jovem chamado Temujin (Temuchin) unificara algumas tribos mongóis e turcas, e vence outras em batalha, sendo aclamado por todos os mongóis como Genghis Khan ("poderoso governante").

Genghis Khan – passou mais de 20 anos de sua vida, entre 1204 e 1227, governando os mongóis e conquistando novos territórios. Sua ambição era governar todas as terras entre os oceanos (Atlântico e Pacífico) e quase conseguiu. Começando com uma estimativa de 25000 guerreiros, e aumentou seu poderio subjugando outros nômades e atacou a China setentrional em 1211. Ele tomou Beijing (Pequim) em 1215 depois de uma campanha que deve ter custado 30 milhões de vidas chinesas. Os mongóis, voltaram-se ao Oeste, capturando a grande cidade comercial de Bukhara, na rota da seda, em 1220. A cidade foi incendiada e seus habitantes assassinados. Ao final de sua vida, a Mongólia era o coração de um império que incluía partes da China e da Manchúria, o reino de Xi Xia (que Genghis extinguira nos seus últimos dias de vida), toda a área dos atuais Casaquistão, Uzbequistão,Tajiquistão, Irã, Armênia e Geórgia, partes do Afeganistão, da Índia, da Rússia e do Iraque. Seus descendentes avançaram sobre o restante da China, todo o norte da Índia, Síria, praticamente toda a Rússia européia, parte da Polônia, Bulgária e Hungria, além de fazer dos turcos seljúcidas e dos reinos de Burma, Anan e Champa seus vassalos. Antes da morte, Genghis Khan dividiu o Império em 4 partes, a serem governadas por seus descendentes, mas subordinados ao Grande Khan.

Após a morte de Genghis Khan em 1227, seu filho Ogedei terminou a conquista da China setentrional e avançou para a Europa. Ele destruiu Kiev em 1240 e avançou para a Hungria. Quando Ogedei morreu em campanha em 1241, os mongóis retiraram-se para participar de uma eleição em sua capital, Karakorum, na Mongólia. As hordas de ouro, no entanto, mantiveram o controle da Rússia. A Europa foi poupada pois os governantes mongóis concentraram seus esforços contra o Oriente Médio e China meridional. Hulagu Khan, um neto de Genghis, exterminou os assassinos islâmicos e conquistou a capital dos muçulmanos, Bagdá, em 1258. A maior parte dos 100.000 habitantes da cidade foram assassinados. Em 1260, um exército muçulmano de Mamelucos (escravos guerreiros com status elevado) egípcios derrotaram os mongóis na atual Israel, acabando com a ameaça mongol para o Islã e suas cidades sagradas.

Kublai Khan – outro neto de Genghis, foi o último Grande Khan a obter sucesso na expansão do império, conquistando toda a China em 1279, fundando a Dinastia Yuan, que governaria os chineses por quase 100 anos. Tentativas de invasão do Japão foram frustradas com pesadas perdas em 1274 e 1281. Uma vez estabelecido o império, veio a grande paz, a dita Pax mongolica. Viajantes, entre os quais Marco Polo, cruzavam o país por meio dos caravançarás (abrigo para hospedagem de caravanas) do império. Houve um contínuo fluxo comercial, e também de idéias e tecnologia, entre homens de diversas terras e religiões. Por um período, os mongóis floresceram na região das estepes e partes do norte da China. Em 1294 Kublai morre na China, e o poderio mongol começou a declinar na Ásia e em outros lugares. Os 4 principados mongóis se tornaram formalmente independentes, e, com exceção do Canado da Horda Dourada na Rússia, tiveram curta existência. A Dinastia Yuan controlava a China e a Mongólia, sua terra natal. Mas quando o último imperador Yuan foi deposto pelos Ming, a Mongólia não obteve sua independência, e seu território permaneceu sob a autoridade chinesa até a queda do poder imperial, em 1911.

Timur Leng – Na década de 1370 um guerreiro turco-mongol, dizendo-se descendente de Genghis Khan, lutou pela liderança dos estados mongóis da Ásia Central e pôs-se a restaurar o Império Mongol. Seu nome era Timur Leng (Timur, o coxo; Tamerlão para os europeus e Príncipe da Destruição para os asiáticos). Com um outro exército de aproximadamente 100.000 cavaleiros, ele entrou na Rússia e na Pérsia, lutando principalmente com outros muçulmanos. Em 1398 ele saqueou Delhi, matando 100.000 de seus habitantes. Ele avançou para o oeste derrotando um exército egípcio de Mamelucos na Síria. Em 1402 ele derrotou um grande exército turco-otomano perto da atual Ankara. A beira de destruir o Império Otomano, ele novamente mudou de direção, inesperadamente. Morreu em 1404 marchando para a China. Preferia conquistar riquezas e dedicou-se a escravizar indiscriminadamente os vencidos, sem parar para instalar governos estáveis. Por isso, o grande reino herdado por seus filhos ruiu rapidamente após a sua morte, interrompendo a unidade dos mongóis.

Subdivisões
A Mongólia está dividida em 21 províncias ou aymags: Arhangay, Bayan-Ölgiy, Bayanhongor, Bulgan, Darhan-Uul, Dornod, Dornogovĭ, Dundgovĭ, Govĭ-Altay, Govĭsümber, Hentiy, Hovd, Hövsgöl, Ömnögovĭ, Orhon, Övörhangay, Selenge, Sühbaatar, Töv, Uvs e Zavhan); e uma cidade com estatuto autónomo: a capital, Ulaanbaatar.

Geografia
A maior parte do território da Mongólia é composta por planaltos, com cadeias montanhosas no norte e no oeste. A altitude média de todo o país é de aproximadamente 1.500 m - o ponto mais baixo do país, situado no sul, tem altitude superior a 500 m. A taiga (floresta de coníferas) cobre áreas extensas ao norte do país. Os montes Altai se situam no oeste, sendo o Tavan Bogd Uul, com 4.373 m, o ponto mais elevado do país, e o Deserto de Gobi, arenoso, cobre uma ampla extensão do sul ao leste, enquanto o resto do país é coberto por estepes, com vegetação rasteira e herbácea.

O clima é temperado continental e muito áspero, quase subpolar, com verões geralmente amenos e invernos longos e gelados. A temperatura média anual da capital, Ulaanbaatar, é de -5 °C, sendo desta forma «a capital mais fria do mundo». Janeiro é o mês mais frio na capital, com temperatura média de -25 °C, e o mês mais quente é julho, com temperatura média de 14,4 °C. Embora tenha invernos normalmente muito secos, Ulaanbaatar pode ser atingida eventualmente por violentas tempestades de neve. A temperatura atinge facilmente a -30 °C em praticamente todo o seu território, não sendo raro chegar a -40 °C ou -50 °C em determinadas localidades.



Economia
Baseada na produção agro-pastoril, com 90% das exportações constituídas de animais e derivados, mas muito limitada pela distância da Mongólia do mar, e pelas precárias estradas sem infra-estrutura. A grande dependência de ajuda estrangeira levou o país a uma preparação inadequada para os rigorosos invernos, e houve grandes perdas de animais, o que empobreceu a muitos. Quase um terço da população vive em extrema pobreza. A mudança da economia centralizada e dependente da União Soviética para uma economia de mercado foi traumática. Hoje o país é pobre com uma economia desfasada.

Cultura
A cultura da Mongólia é bastante homogênea, havendo poucas diferenças no seio da população.
Tem o seu próprio grupo étnico, que compreende 85% da população do país, a língua oficial o calca-mongol é falada por 90% das pessoas e 96% da população é budista.

A dieta da população consiste sobretudo em carne, sendo os vegetais uma novidade na dieta mongol. No sul, consome-se cordeiro e muitos produtos derivados do camelo. Nas montanhas, a carne bovina é muito mais comum. Na capital, Ulaanbaatar, existe uma vasta variedade de comida disponível, a maior parte desta importada.

Não há figura mais venerada na cultura popular mongol do que Genghis Khan, o fundador do Império Mongol no século XIII. Seu local de nascimento, seus possíveis locais de sepultamento, supostas relíquias pertencentes ao antigo conquistador mongol, são celebrados em procissões e feriados nacionais e considerados sagrados – num ponto onde cultura e religião começam a se fundir.

Fonte: Wikipédia

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(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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