Idealizada para ser um presente da nação à Rainha Mary, avó da Rainha Elizabeth II, foi ao mesmo tempo um marco histórico das casas inglesas do começo do século passado. Esta magnífica casa de bonecas está permanentemente exposta no Castelo de Windsor, na Inglaterra. Ela está longe de ser considerada um brinquedo de luxo. Na realidade, tem a precisa finalidade de demonstrar o melhor das artes, cultura, artesanato e produtos ingleses em uma única estrutura para apreciação pública.
A Rainha Mary era conhecida por ser uma grande colecionadora de objetos em miniatura incluindo pequenas peças Fabergé, móveis em miniatura e outros exemplares de “mini arte”.
A casa de bonecas teria o estilo de uma tradicional Casa da Sociedade Inglesa dos anos de 1920. O objetivo maior era apresentar um modelo de casa do começo do século XX contendo os mais finos detalhes, das provisões da cozinha até o papel higiênico dos banheiros.
A casa era uma completa estrutura com vários planos, andares e desníveis, exatamente como um modelo real. Uma vez que a estrutura foi finalizada, ficou acomodada no escritório de Lutyens (o arquiteto) em Delhi onde os artistas começaram a pintar os tetos enquanto os artesãos e os decoradores começaram o trabalho no interior.
Mais de 40 quartos foram planejados, pensando em todas as dependências necessárias em uma casa da época. Para os “proprietários da casa” havia:
A Rainha Mary era conhecida por ser uma grande colecionadora de objetos em miniatura incluindo pequenas peças Fabergé, móveis em miniatura e outros exemplares de “mini arte”.
A casa de bonecas teria o estilo de uma tradicional Casa da Sociedade Inglesa dos anos de 1920. O objetivo maior era apresentar um modelo de casa do começo do século XX contendo os mais finos detalhes, das provisões da cozinha até o papel higiênico dos banheiros.
A casa era uma completa estrutura com vários planos, andares e desníveis, exatamente como um modelo real. Uma vez que a estrutura foi finalizada, ficou acomodada no escritório de Lutyens (o arquiteto) em Delhi onde os artistas começaram a pintar os tetos enquanto os artesãos e os decoradores começaram o trabalho no interior.
Mais de 40 quartos foram planejados, pensando em todas as dependências necessárias em uma casa da época. Para os “proprietários da casa” havia:
- uma sala de jantar exclusiva;
- um quarto de repouso e descanso;
- uma biblioteca;
- um salão de entrada imponente;
- suites privativas com quarto, banheiro e closet; e
- um “quarto-forte” para artigos de valor tais como coroas e jóias.
Até a ala doméstica foi muito bem estruturada, com cozinha, quarto de passar, lavanderia, despensa e os dormitórios dos empregados. Toda a cozinha era equipada com os eletrodomésticos da época.
A Casa de Bonecas da Rainha Mary apresenta algumas curiosidades incríveis para um projeto em miniatura, tais como:
Uma vez terminada a estrutura e os adereços arquitetônicos, a casa foi levada para a própria residência de Sir Lutyens em Mansfield Street, já em Londres, onde ficou por dois anos até ficarem prontos todos os móveis e acessórios. Nesta fase, a própria Rainha Mary já demonstrava um enorme interesse e curiosidade pela Casa e visitava frequentemente o estúdio do arquiteto, e consta que em uma destas visitas ela ficou mais de quatro horas apreciando e brincando com tudo.
São os elaborados detalhes da mobília que fazem desta casa um feito único. Nenhum utensílio ou peça de decoração foi considerado pequeno demais para se ser reproduzido: ornamentos, espelhos, equipamentos de cozinha, “salvador-de-gelo” (um dos primórdios da geladeira), ferros de passar, guardanapos, álbum de selos, tapeçarias, gramofone, pinturas à óleo, os tronos do Rei e da Rainha e até um caracol minúsculo descansando no jardim foram incluídos. Aproximadamente foram envolvidos 1.500 artesãos, artistas, marcineiros e autores, que generosamente doaram seu próprio tempo e materiais.
No quarto de passar roupa há um mecanismo de varais que elevam a roupa ao nível do teto para a secagem e a despensa abriga jogos de porcelana chinesa. Os livros na biblioteca são reais, feitos por mais de 170 autores. Duas largas estantes de nogueira se encontram na biblioteca guardando mais de 700 desenhos e aquarelas feitos por artistas da época. A cama do século XVIII no quarto do Rei é um belo exemplar em dossel bordada com materiais feitos na Royal School of Needlework.
O hall de entrada é todo em mármore, seja nos pavimentos como nas paredes, criando a perfeita atmosfera de um castelo. A incrível escadaria de mármore nos dá a dica da opulência e perfeição do trabalho dos artesãos que decoraram esta obra-prima. Os candelabros e o relógio de carrilhão funcionam e as pinturas foram feitas por famosos artistas locais. O teto foi todo revestido em folhas de ouro e com detalhes entalhados a mão. Armaduras de Cavaleiros Medievais guardam a entrada cujo chão é todo em padrão xadrez imitando um mármore em tons azul e branco. Um dos quadros que mais chama a atenção é uma pintura do Castelo de Windsor.
Já a Suite da Rainha foi projetada com todo o luxo e opulência que cabe a uma Casa Real, em belos tons de bege e gelo. A peça principal do dormitório é uma esplêndida cama de dossel e juntamente com os outros móveis foram produzidos por famosos artesãos da época. Outro ponto da decoração que nos chama a atenção é a lareira e seus adornos característicos, muito comuns da época vitoriana nos quartos das ricas casas da alta sociedade. As paredes são cobertas com seda indiana e os tapetes são de pura lã, feitos à mão sob encomenda por artesãos miniaturistas.
Outro ambiente marcante da Casa de Bonecas da Rainha Mary é a sala-biblioteca. Este aposento possue muitas peças que são reproduções exatas e que podem ser vistas em tamanho natural no próprio Castelo de Windsor. Os livros feitos na escala são perfeitos e neles podemos encontrar, em letras minúsculas, as mais belas prosas escritas na época. Nas paredes, retratos a óleo da Rainha Elizabeth I e do Rei Henry VIII enfeitam os painéis de nogueira italiana. Nas laterais da biblioteca existem três majestosas colunas, próximas às quais um belíssimo globo do mundo para que o Rei pudesse manter um dedo sobre todo o vasto Império Britânico e um modelo em miniatura de seu iate, o Royal George. Há uma lareira feita em lapis-lazuli, uma pedra semi-preciosa adornada com belos objetos decorativos e estima-se que existam 200 livros encadernados em legítimo couro com os títulos em ouro nas prateleiras das estantes. Na escrivaninha podem ser vistos vários escaninhos com cartas e memorandos endereçados ao Rei de vários departamentos do governo britânico. E como a biblioteca guarda tão preciosos tesouros do Reino, ela possui até um sistema de alarme em caso de fogo ou roubo. Há também um cofre com fechadura e chave para as jóias da coroa. Os tapetes da biblioteca são persas e as pinturas no teto foram feitas a mão. O lustre também é uma reprodução do estilo imponente da decoração e da iluminação da época.
Outro aposento sempre presente nas casas inglesas da época é o quarto de crianças. Podemos observar nestes diminutos quartos de brincar algumas menções ao lado lúdico da vida das crianças, sempre acompanhadas de babás e tutores. Podemos ver como eram os brinquedos das crianças: carrinhos de madeira, casas de bonecas, etc. Mas apesar de ser um quarto destinado ao dia-a-dia de meninos e meninas, mesmo assim continuavam a respeitar os mais rígidos padrões de decoração e mobiliário.
Passando para outra parte da casa, a cozinha não apresenta a mesma elegância do resto da casa, provavelmente porque na época era um ambiente destinado somente aos serviçais. Os utensílios encontrados são da época, como um passador de verduras ou um triturador de carne. O forno conserva características de tempos mais remotos, sendo de funcionamento a carvão, pois eles acreditavam que o gás alterava o sabor dos alimentos. O mobiliário da cozinha vitoriana constituia-se em uma grande mesa central para o preparo das refeições e grandes e pesados armários que guardavam panelas e utensílios.
Todo o exterior da casa é em estilo renascentista com muitos adereços adaptados das antigas construções romanas. A fachada dos andares superiores tem clássicas colunas emoldurando altas janelas que se abrem em pequenos balcões. E na fachada no andar térreo existem 5 portas em arco.
De um dos lados da casa existe um belo jardim e do outro lado existe uma garagem que hospeda os carros reais. Existem réplicas perfeitas de dois modelos Lanchester, de um Vauxhall, um Rolls-Royce, um Sunbeam, dois Daimlers e também uma enorme motocicleta do tipo side-car. Na garagem há também uma bomba de gasolina e várias ferramentas usadas para o conserto e manutenção de veículos.
Sobre a Casa da Rainha Mary foram escritos dois livros contando a história e mostrando todos os detalhes. Neles, A.C. Benson resume em um parágrafo, toda a importância desta obra de arte: ”Se nós pensássemos que a Casa da Rainha Mary durasse digamos 200 anos, ela seria um modelo de convivência e beleza da época... quem a visse iria olhar atônito para ela e pensar como a sociedade podia cogitar em viver de maneira tão sofisticada e requintada... e ao mesmo tempo terão oportunidade de observar tão importante documento histórico”.
Fonte : Mini Brasil e BonecaseBonecas
A Casa de Bonecas da Rainha Mary apresenta algumas curiosidades incríveis para um projeto em miniatura, tais como:
- dois elevadores automáticos (um para passageiros e outro para mercadorias) que param a cada andar,
- sistema hidráulico perfeito, com água corrente (quente e fria) nas torneiras e vasos sanitários funcionais nos 5 banheiros da casa,
- luz elétrica em todos os aposentos,
- o gramofone foi desenhado para funcionar.
Uma vez terminada a estrutura e os adereços arquitetônicos, a casa foi levada para a própria residência de Sir Lutyens em Mansfield Street, já em Londres, onde ficou por dois anos até ficarem prontos todos os móveis e acessórios. Nesta fase, a própria Rainha Mary já demonstrava um enorme interesse e curiosidade pela Casa e visitava frequentemente o estúdio do arquiteto, e consta que em uma destas visitas ela ficou mais de quatro horas apreciando e brincando com tudo.
São os elaborados detalhes da mobília que fazem desta casa um feito único. Nenhum utensílio ou peça de decoração foi considerado pequeno demais para se ser reproduzido: ornamentos, espelhos, equipamentos de cozinha, “salvador-de-gelo” (um dos primórdios da geladeira), ferros de passar, guardanapos, álbum de selos, tapeçarias, gramofone, pinturas à óleo, os tronos do Rei e da Rainha e até um caracol minúsculo descansando no jardim foram incluídos. Aproximadamente foram envolvidos 1.500 artesãos, artistas, marcineiros e autores, que generosamente doaram seu próprio tempo e materiais.
No quarto de passar roupa há um mecanismo de varais que elevam a roupa ao nível do teto para a secagem e a despensa abriga jogos de porcelana chinesa. Os livros na biblioteca são reais, feitos por mais de 170 autores. Duas largas estantes de nogueira se encontram na biblioteca guardando mais de 700 desenhos e aquarelas feitos por artistas da época. A cama do século XVIII no quarto do Rei é um belo exemplar em dossel bordada com materiais feitos na Royal School of Needlework.
O hall de entrada é todo em mármore, seja nos pavimentos como nas paredes, criando a perfeita atmosfera de um castelo. A incrível escadaria de mármore nos dá a dica da opulência e perfeição do trabalho dos artesãos que decoraram esta obra-prima. Os candelabros e o relógio de carrilhão funcionam e as pinturas foram feitas por famosos artistas locais. O teto foi todo revestido em folhas de ouro e com detalhes entalhados a mão. Armaduras de Cavaleiros Medievais guardam a entrada cujo chão é todo em padrão xadrez imitando um mármore em tons azul e branco. Um dos quadros que mais chama a atenção é uma pintura do Castelo de Windsor.
Já a Suite da Rainha foi projetada com todo o luxo e opulência que cabe a uma Casa Real, em belos tons de bege e gelo. A peça principal do dormitório é uma esplêndida cama de dossel e juntamente com os outros móveis foram produzidos por famosos artesãos da época. Outro ponto da decoração que nos chama a atenção é a lareira e seus adornos característicos, muito comuns da época vitoriana nos quartos das ricas casas da alta sociedade. As paredes são cobertas com seda indiana e os tapetes são de pura lã, feitos à mão sob encomenda por artesãos miniaturistas.
Outro ambiente marcante da Casa de Bonecas da Rainha Mary é a sala-biblioteca. Este aposento possue muitas peças que são reproduções exatas e que podem ser vistas em tamanho natural no próprio Castelo de Windsor. Os livros feitos na escala são perfeitos e neles podemos encontrar, em letras minúsculas, as mais belas prosas escritas na época. Nas paredes, retratos a óleo da Rainha Elizabeth I e do Rei Henry VIII enfeitam os painéis de nogueira italiana. Nas laterais da biblioteca existem três majestosas colunas, próximas às quais um belíssimo globo do mundo para que o Rei pudesse manter um dedo sobre todo o vasto Império Britânico e um modelo em miniatura de seu iate, o Royal George. Há uma lareira feita em lapis-lazuli, uma pedra semi-preciosa adornada com belos objetos decorativos e estima-se que existam 200 livros encadernados em legítimo couro com os títulos em ouro nas prateleiras das estantes. Na escrivaninha podem ser vistos vários escaninhos com cartas e memorandos endereçados ao Rei de vários departamentos do governo britânico. E como a biblioteca guarda tão preciosos tesouros do Reino, ela possui até um sistema de alarme em caso de fogo ou roubo. Há também um cofre com fechadura e chave para as jóias da coroa. Os tapetes da biblioteca são persas e as pinturas no teto foram feitas a mão. O lustre também é uma reprodução do estilo imponente da decoração e da iluminação da época.
Outro aposento sempre presente nas casas inglesas da época é o quarto de crianças. Podemos observar nestes diminutos quartos de brincar algumas menções ao lado lúdico da vida das crianças, sempre acompanhadas de babás e tutores. Podemos ver como eram os brinquedos das crianças: carrinhos de madeira, casas de bonecas, etc. Mas apesar de ser um quarto destinado ao dia-a-dia de meninos e meninas, mesmo assim continuavam a respeitar os mais rígidos padrões de decoração e mobiliário.
Passando para outra parte da casa, a cozinha não apresenta a mesma elegância do resto da casa, provavelmente porque na época era um ambiente destinado somente aos serviçais. Os utensílios encontrados são da época, como um passador de verduras ou um triturador de carne. O forno conserva características de tempos mais remotos, sendo de funcionamento a carvão, pois eles acreditavam que o gás alterava o sabor dos alimentos. O mobiliário da cozinha vitoriana constituia-se em uma grande mesa central para o preparo das refeições e grandes e pesados armários que guardavam panelas e utensílios.
Todo o exterior da casa é em estilo renascentista com muitos adereços adaptados das antigas construções romanas. A fachada dos andares superiores tem clássicas colunas emoldurando altas janelas que se abrem em pequenos balcões. E na fachada no andar térreo existem 5 portas em arco.
De um dos lados da casa existe um belo jardim e do outro lado existe uma garagem que hospeda os carros reais. Existem réplicas perfeitas de dois modelos Lanchester, de um Vauxhall, um Rolls-Royce, um Sunbeam, dois Daimlers e também uma enorme motocicleta do tipo side-car. Na garagem há também uma bomba de gasolina e várias ferramentas usadas para o conserto e manutenção de veículos.
Sobre a Casa da Rainha Mary foram escritos dois livros contando a história e mostrando todos os detalhes. Neles, A.C. Benson resume em um parágrafo, toda a importância desta obra de arte: ”Se nós pensássemos que a Casa da Rainha Mary durasse digamos 200 anos, ela seria um modelo de convivência e beleza da época... quem a visse iria olhar atônito para ela e pensar como a sociedade podia cogitar em viver de maneira tão sofisticada e requintada... e ao mesmo tempo terão oportunidade de observar tão importante documento histórico”.
Fonte : Mini Brasil e BonecaseBonecas
Nenhum comentário:
Postar um comentário