segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cristiano I, rei da Dinamarca


Cristiano I (fevereiro de 1426 — 21 de maio de 1481), rei da Dinamarca entre 1448 a 1481, da Noruega de 1450 a 1481, e da Suécia entre 1457 a 1464. Foi o primeiro rei da Dinastia de Oldemburgo.


– Casou-se 26 de outubro de 1450 com Dorotéia de Brandenburgo.






Vida
Cristiano I nasceu em fevereiro de 1426 em Oldemburgo, (Alemanha), filho do conde Teodorico de Oldemburgo e de Hedvig de Holstein. Quando seu pai faleceu em 1440, Cristiano herdou o título de conde de Oldemburgo e Delmenhorst. Por esse mesmo tempo foi nomeado por seu tio Adolfo VIII de Holstein qual seu sucessor para ocupar o condado de Holstein. A morte de Cristóvão da Baviera em 1448, o trono da Dinamarca ficou vago, pois não havia herdeiros. O conselho real procurou por o poder em mãos do senhor mais poderosos do reino, neste caso Adolfo VIII de Holstein. Mas Adolfo foi contrário a idéia e recomendou seu sobrinho Cristiano para ocupar tão alto cargo. Cristiano era descendente de Erik V da Dinamarca.

Cristiano foi eleito pelo conselho em 1 de setembro de 1448 e em 28 de outubro de 1449 tomou posse em Copenhague. No mesmo dia de sua coroação se comprometeu em matrimonio com Doreteia de Brandemburgo, a jovem viúva de Cristóvão. As núpcias se celebraram em 26 de outubro de 1450.

Após o falecimento de Cristóvão da Baviera, a União de Kalmar havia se desintegrado, principalmente pelos pensamentos nacionalistas dos suécos, que elegeram Carlos Knutsson como novo rei da Suécia. Em Noruega, o trono estava vago e o país havia se dividido em duas facções políticas. A facção predominante elegeu Cristiano como novo rei. Mas em 20 de outubro de 1449, Carlos da Suécia foi coroado pelo arcebispo de Trondheim. Para solucionar o problema, se convocou um congresso em Halmstad. Por meio desse congresso, Cristiano reconheceu os direitos de Carlos como rei da Suécia, sob condição de que este deveria renunciar a Noruega. Também se acordou que o rei que vivesse por mais tempo governaria os três reinos nórdicos.


Rei da União Kalmar
Em 1451 formou-se uma sangrenta guerra entre Dinamarca e Suécia por motivo da possessão de Gotland. Em 1457, Carlos foi derrubado na Suécia, e os regentes Jons Bengtsson e Erik Axelsson, partidários da União de Kalmar, chamaram a Cristiano para que ocupasse o trono sueco. O monarca chegou a Suécia esse mesmo ano, em 29 de junho de 1457 foi coroado em Uppsala como rei da Suécia, seu filho João foi nomeado herdeiro.

Em 1459 morreram Adolph Count VIII do Holstein, sem nunca deixar crianças. Cristiano foi eleito, em seguida, na cidade de Ribe como o novo Duque e Conde de Schleswig e Holstein, 2 de março de 1460. Em 5 de março enviou ao rei os privilégios de Schleswing e Holstein, de onde se comprometia a comportar-se unicamente como herdeiro de ambas as regiões e não como rei da Dinamarca. Ao mesmo tempo concedeu aos habitantes de Schleswig e Holstein o direito de ter uma espécie de governo provincial independente da Dinamarca e o direito de eleger. As regiões também permaneceriam unidas.


Perda da Suécia
Cristiano temia perder seu domínio na Suécia e entrar em conflito em Holstein. Cristiano, por problemas financeiros, passa a cobrar mais impostos, o que irrita os habitantes da Suécia. Então se produz uma revolta em 1463. A rebelião se tornou ampla em 1464 e regressa o rei Carlos VIII para ocupar o trono. Cristiano liberta a Jons Bengtsson na Dinamarca, este regressa a Suécia e consegue depor por sua vez a Carlos. Depois da morte de Carlos em 1470, Cristiano tenta se unir a Suécia à força, mas foi derrotado em 10 de outubro de 1471 por Sten Sture el Viejo.

Cristiano se tornou dependente da Liga Hanseática, e teve que conceder a ela maiores privilégios comerciais na Dinamarca e Noruega. Por outro lado teve que aceitar a ajuda econômica de Schleswig e Holstein, com interesses muito altos. Em 1469 casou a sua irmã Margarida com o rei Jacobo III da Escócia e teve que ceder ao rei escocês as ilhas Órcadas e as Shetland, que pertenciam a Noruega. A última ação de Cristiano foi colocar os ducados de Schleswig e Holstein nas mãos de Doroteia, que era melhor administradora que ele. Cristiano morreu em Copenhague em 21 de maio de 1481.


Descendentes
  1. Olavo (1450-1451).
  2. Canuto (1451-1455).
  3. João II da Dinamarca (1455-1513), rei da Dinamarca, Noruega e Suécia.
  4. Margarida (1456-1486), casada com Jaime III da Escócia.
  5. Frederico I (1471-1533), rei da Dinamarca e Noruega.



Fonte: Wikipédia

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sábado, 28 de agosto de 2010

Guilhermina a rainha holandesa

Guilhermina Helena Paulina Maria de Orange-Nassau; nasceu em 31 de agosto de 1880 e faleceu em 28 de novembro de 1962. Foi rainha dos Países Baixos entre 1890 e 1948 e Rainha Mãe (mas com o título de Princesa) de 1948 a 1962. Guilhermina, filha e sucessora de Guilherme III, reinou os Países Baixos por mais tempo que qualquer outro monarca neerlandês. Seu reinado acompanhou muitos pontos cruciais e decisivos na história neerlandesa e do mundo: a Primeira Guerra Mundial, a Segunda Guerra Mundial e a Grande Depressão de 1933, bem como o declínio dos Países Baixos como um grande império colonial. Ela teve um papel importante durante a Segunda Guerra, dando inspiração à resistência neerlandesa e sendo uma proeminente líder do governo neerlandês no exílio.


Família
Guilhermina era a única filha do rei Guilherme III dos Países Baixos e de sua segunda esposa, a Princesa Ema de Waldeck e Pyrmont. Sua infância foi caracterizada por uma relação próxima e íntima com seus pais, especialmente com seu pai, que já tinha 63 anos quando ela nasceu.

Guilherme III teve três filhos de seu primeiro casamento com a Rainha Sofia, dos quais apenas dois atingiram a fase adulta. Havia, portanto, poucas chances para Guilhermina ascender o trono. No entanto, os dois morreram antes do rei, fazendo de Guilhermina, aos seis anos, a princesa herdeira da coroa neerlandesa.

Quando seu pai faleceu em 23 de novembro de 1890, Guilhermina ascendeu ao trono com apenas 10 anos de idade e reinou sob a regência de sua mãe até 31 de agosto de 1898, quando completou 18 anos. O grão-ducado de Luxemburgo conseguiu sua independência depois de sua ascensão, pois lá estava estabelecida a lei sálica, e elegeu o duque Adolfo de Nassau-Weilburg, um primo distante de Guilhermina, como seu novo grão-duque.

No dia 7 de fevereiro de 1901, Guilhermina casou com o duque Henrique Vladimir Alberto Ernesto de Mecklenburg-Schwerin. Embora o casamento não tenha tido em essência amor, Guilhermina inicialmente tinha afeição por Henrique. Contudo, seu marido sofria por causa de seu papel como príncipe consorte, declarando que era entediante não ser nada mais do que ornamentação, sempre forçado a andar um passo atrás de sua esposa. Ele não tinha poder nos Países Baixos, e Guilhermina certificou-se disso. Rumores de que o príncipe Henrique havia tido vários filhos ilegítimos contribuíram para a crise do casamento, que, ao longo do tempo, foi ficando mais infeliz. A união só acabou com a morte do príncipe, em 3 de julho de 1934.

Depois de um período de oito anos sem filhos, Guilhermina deu luz a uma menina em 30 de abril de 1909, batizada como Juliana Ema Luísa Guilhermina de Orange-Nassau. Eles não voltaram a ter mais filhos. Em 6 de setembro de 1948, Juliana sucedeu a Guilhermina no trono neerlandês.

Reinado
Diplomática e cuidadosa ao operar com limitações que o povo neerlandês e seus representantes eleitos esperavam, a resoluta Guilherminha tornou-se uma personalidade forte que falava e agia de acordo com seus pensamentos. Essas qualidades mostraram-se mesmo no início de seu reinado, quando, aos 20 anos, a rainha mandou um navio de guerra à África do Sul para libertar Paul Kruger, o presidente de Transvaal. Por isso, Guilhermina ganhou estatura internacional e o respeito e admiração de pessoas em todo o mundo. A rainha tinha um frio desgosto pela Grã-Bretanha, a qual havia juntado Transvaal e o Estado Livre de Orange na Segunda Guerra dos Bôeres. Os bôeres eram descendentes dos colonos neerlandeses, a quem Guilhermina se sentia muito ligada.

A rainha Guilhermina também tinha um agudo entendimento a respeito de negócios, e seus investimentos fariam dela uma das mulheres mais ricas no mundo e a primeira mulher a acumular uma riqueza de um bilhão de dólares. Seus investimentos estendiam-se dos Estados Unidos até reservatórios de petróleo nas Índias. A Família Real Neerlandesa ainda tem a reputação de ser a maior acionista da Royal Dutch Shell.

As Guerras mundiais
Apesar dos Países Baixos terem se mantido neutros perante a Primeira Guerra Mundial, grandes investimentos germânicos na economia neerlandesa combinados com uma parceria de trocas de mercadorias forçaram o Reino Unido a bloquear os portos neerlandeses numa tentativa de enfraquecer o Império Alemão.

Entre as Guerras, durante os anos 20 e os 30, os Países Baixos se tornaram uma proeminente potência industrial. Engenheiros recuperaram e aproveitaram vastos montantes de terra que estiveram abaixo da água, construindo um sistema de barrangens. Em 1934, seu marido e sua mãe, a Rainha Ema, faleceram. A crise econômica dos anos 30 também foi um período no qual o poder pessoal de Guilhermina alcançou seu zênite. Sob os bem-sucedidos governos do primeiro-ministro Hendrikus Colijn, um leal monarquista, Guilhermina ficou bastante próxima das questões de Estado. No dia 7 de janeiro de 1937, Guilhermina arranjou o casamento entre sua filha Juliana e o príncipe alemão Bernardo de Lippe-Biesterfeld, garantindo a lista sucessão do trono dos Países Baixos. Bernardo perdeu a maioria de suas posses depois da Grande Guerra, e acreditava-se que ele era um ajudante do regime nazista, mas não há nenhuma evidência disso. Popular, Guilhermina respeitou a Constituição, deixando os partidos governarem.

Na Segunda Guerra Mundial, em 10 de maio de 1940, a Alemanha Nazi invadiu os Países Baixos, e a rainha e sua família foram para o Reino Unido três dias depois. Guilhermina queria, na verdade, permanecer no país: ela planejava ir à província sulista Zelândia com suas tropas para coordenar resistência através da cidade de Breskens e continuaria lá até que reforços chegassem, assim como Alberto I da Bélgica havia feito durante a Primeira Guerra Mundial. Ela estava a bordo de um cruzeiro britânico em A Haia que a levaria até lá; no entanto, enquanto estava a bordo, o capitão lhe informou que havia esquecido de fazer contato com a costa neerlandesa e que, como Zelândia estava sob forte ataque da Luftwaffe, era perigoso ir. Guilhermina então tomou a decisão de ir para a Londres, planejando retornar o mais cedo possível. Com o fim da guerra, Guilhermina decidiu não voltar para o palácio, mas mudar-se para uma mansão em A Haia, onde viveu por oito meses, e viajou pelo país para motivar as pessoas, às vezes usando uma bicicleta ao invés de carro. No entanto, em 1947, enquanto o país se recuperava dos prejuízos, uma revolta nas Índias Orientais Holandesas representou uma situação crítica para a elite econômica neerlandesa e para a Rainha. Sua perda de popularidade e saída forçada das Índias, sob pressão internacional, levaram-na a abdicar.

Últimos anos
Em 4 de setembro de 1948, depois de um «reinado de cinqüenta e oito anos e quinze dias» Guilhermina abdicou em favor de sua filha, Juliana. Ela foi, a partir daquele dia, estilizada como Sua Alteza Real Princesa Guilhermina dos Países Baixos. Depois de seu reinado, a influência da monarquia neerlandesa começou a cair, mas o amor do povo pela família real continuou. Guilhermina então retirou-se para o Palácio Het Loo, fazendo poucas aparições públicas até a catastrófica inundação de 1953. Mais uma vez, ela viajou por todo o país para encorajar e para motivar o povo neerlandês. Durante seus últimos anos, ela escreveu sua biografia, intitulada Eenzaam, maar niet alleen ("Solitária, Mas Não Sozinha"). A rainha Guilhermina morreu em 28 de novembro de 1962, aos 82 anos da idade, e seu corpo foi enterrado na cripta da família real Nieuwe Kerk, em Delft, no dia 8 de dezembro do mesmo ano.

Curiosidade
Antes da explosão da Primeira Guerra Mundial, uma jovem rainha Guilhermina visitou o Imperador Guilherme II da Alemanha, que ostentou-se à Guilhermina dizendo que os Países Baixos eram um pequenino país: "Meus guardas são de sete pés de altura, e os seus são apenas ombros perto deles". Guilhermina sorriu educadamente e respondeu: "Certamente, Sua Majestade, seus guardas são de sete pés de altura. Mas quando abrimos nossos diques, a água é de dez pés de profundidade!".


Fonte: Wikipédia

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Palazzo Strozzi

O Palácio Strozzi, na zona central de Florença, é um dos mais notáveis edifícios da fase inicial da Renascença italiana. De tamanho imponente (foi necessário destruir 15 edifícios para construí-lo), encontra-se entre as Via Strozzi e Plaza Strozzi, e a Via Tornabuoni, com grandiosos portais que fazem de entrada, todos idênticos, em cada um dos três lados que não se encontram encostados a outros edifícios.


Autêntica obra prima da arquitetura civil florentina do Renascimento, foi construído, entre 1489 e 1538, para a família Strozzi, uma das mais importantes linhagens patrícias florentinas, tradicionalmente hostil à facção dos Médici, que o manteve na sua posse até 1907, ano em que foi legado ao Estado italiano. O projeto do edifício é do arquiteto Benedetto da Maiano, que o projetou por encomenda de Filippo Strozzi.

  • Alberga hoje galerias de arte, um arquivo e outros serviços culturais.



História
A família Strozzi havia-se exilado de Florença, em 1434, devio à sua opocição aos Médici, mas graças à fortuna acumulada como banqueiro em Nápoles, Filippo Strozzi pode voltar à cidade em 1466, decidido a esmagar os seus rivais. Esta ideia tornou-se numa verdadeira obsessão e durante anos comprou e demoliu edifícios em volta da sua residência para dispor do terreno necessário para edificar o maior palácio alguma vez visto em Florença.

Giuliano da Sangallo fez um modelo do Palazzo Strozzi em madeira entre 1489 e 1490 (atualmente no Bargello) mas Giorgio Vasari entregou o projeto a Benedetto da Maiano, o arquiteto preferido de Lourenço o Magnífico. Com tanto dinheiro à disposição, nenhum aspecto do projeto foi deixado ao acaso, tendo-se chegado, a chamar astrônomos para decidir qual era o dia mais propício para colocar a primeira pedra. Os trabalhos começaram em 1489, mas dois anos depois falecia Filippo Strozzi. Os seus herdeiros prosseguiram, embora com dificuldades, a dispendiosa construção do sonho de Filippo.

À morte de Benedetto da Maiano, quando o edifício em obras havia chegado ao segundo piso, os trabalhos foram confiados a Simone del Pollaiolo, chamado Il Cronaca, o qual realizou a coroação da fachada e o pátio porticado. Del Pollaiolo manteve-se como encarregado da obra até ao dia 31 de outubro de 1504, como atestam documentos da época.

Depois de várias interrupções causadas pela oscilante situação econômica da família, o palácio foi terminado em 1538 por Baccio d'Agnolo, que cuidou também dos espaços interiores e dos móveis, mas deixou a cornija incompleta num dos lados, tendo permanecido assim até hoje. O edifício foi confiscado pelo Grão-Duque Cosme I de Médici no mesmo ano, sendo devolvido aos Strozzi trinta anos depois.

Em 1638, Guerardo Silvani realizou a capela do primeiro andar e, em 1662, ampliou a escadaria sobra a Via Tornabuoni. Foi somente em 1864 que se agregou o longo da Via Tornabuoni o chamado "banco de rua" (panca di via), executado por Giuseppe Poggi sob encomenda do Príncipe Ferdinando Strozzi. Nesta ocasião também se reabriu o portão da Plaza Strozzi e o pátio foi unido ao nível da rua com uma rampa, para permitir que as carroças acedessem ao coração do palácio. Entre 1886 e 1889 foram restauradas as fachadas, o que aconteceria novamente no início do século XX.


Arquitetura
O palácio representa o exemplo mais perfeito do ideal de edifício senhorial do Renascimento.
Foi voluntariamente construído num tamanho superior ao do Palazzo Medici, do qual copiou a forma cúbica desenvolvida sobre três andares em volta dum pátio central, e a parede revestida com a típica pietraforte florentina inclinada para o alto. À altura da rua abrem-se janelas retangulares, enquanto que nos pisos superiores se podem encontrar duas séries de elegantes janelas bíforas sobre cornijas dentadas.

Em cada um dos três lados que dão para a rua, abrem-se três portais com arcadas, de solene classicismo. Em torno do palácio corre um rodapé contínuo, e o edifício está coroado por uma imponente cornija apoiada sobre uma faixa lisa, a qual se interrompe na Via Strozzi.

No exterior encontram-se os porta-archotes e porta-bandeiras, e as argolas de ferro forjado para os cavalos, o melhor exemplo desta forma artística e obra prima de Niccolò Grosso, chamado Il Caparra, o mais famoso ferreiro de Florença ativo no século XV, mencionado também por Vasari em Le Vite. São particularmente notáveis as obras das esquinas: porta-archotes com forma de dragões e esfínges, e as lucernas com a forma de templo com pontas, parecendo assemelhar-se a cebolas, que antigamente davam nome à Plaza Strozzi.


Atualidade
O palácio manteve-se como propriedade da família Strozzi até 1937, quando foi adquirido pelo Instituto Nacional de Seguros (Istituto Nazionale delle Assicurazioni), restaurado, e posteriormente cedido ao Estado Italiano em 1999. Atualmente é sede de dois importantes institutos:
  1. O Gabinete Vieusseux, nascido da associação literária e científica de Gian Pietro Vieusseux, fundada em 1819. Esta associação foi frequentada, entre outras personalidades, por Stendhal. Conserva também uma importante biblioteca, e publica mensalmente a Nuova Antologia, desde os anos 80 a publicação é cuidada pela Fundação Giovanni Spadolini.
  2. O Instituto Nacional de Estudos sobre o Renascimento
O primeiro andar acolhe, anualmente, importantes mostras de arte contemporânea.




A Plaza Strozzi foi usada durante todo o Reanascimento como lugar de venda de alimentos, uma ocupação que deixava diariamente muitos dejetos e que não agradava aos Strozzi. Uma placa colocada em 1762 pelos "Otto di Balia e di Guardia" (os precursores do corpo da polícia municipal) na esquina da praça proíbe o comércio de melancias, fruta e sucata, sob pena de severas multas.






pátio do Palácio



Fonte: Wikipédia

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Família Strozzi


Os Strozzi eram uma das mais antigas e importantes famílias patrícias da cidade de Florença, apenas ultrapassada em poder pelos Medici. A notoriedade da família remonta ao século XIII, tendo ao longo dos séculos seguintes desempenhado um papel determinante em muitos dos acontecimentos da Toscana. Entre os seus membros contam-se diversas personagens importantes no mundo da política, das artes e da economia.





Origem
A partir do século XIII a família foi progressivamente adquirindo riqueza, essencialmente através dos negócios bancários, consolidando-se no século XIV e passando a ter um papel de crescente importância nos negócios públicos de Florença.

Através de sucessivas alianças e rivalidades com os Medici, a outra poderosa família da cidade, os Strozzi ganharam grande notoriedade, liderando durante o século XVI a oposição ao crescente poder. Essa situação custou a diversos membros da família o banimento e o assassinato. Alguns aliaram-se aos franceses nas lutas do Piemonte e Toscania, acabando por assumir grande relevo na França, com destaque para Piero Strozzi, que foi marechal da França e seu filho Filippo Strozzi, que comandou a guarda real francesa e foi coronel general do exército da França.

Nos séculos XV e XVI os Strozzi interessaram-se sobremaneira pelas artes, sendo dos maiores e mais ricos mecenas de Florença, para além de alguns dos seus membros terem sido notáveis poetas, escritores e pintores. Através de casamentos e alianças sucessivas, os Strozzi adquiriram, entre outros, os títulos de príncipe de Forano e duque de Bagnolo.

O Palazzo Strozzi, que até 1907 pertenceu à família, foi deixado em legado ao estado italiano, sendo um dos mais notáveis edifícios de Florença.


Membros mais famosos da família
Entre os membros mais notáveis da família Strozzi contam-se:
  1. Tommaso Strozzi, líder dos ciompi (trabalhadores têxteis) durante o Levantamento dos Ciompi de 1378.
  2. Palla Strozzi (* 1372, † 8 de maio de 1462), político e humanista que fomentou o estudo dos clássicos gregos em Florença e Pádua. Estudou com Manuel Chrysolaras (1355-1415) e fundou, no convento da Santa Trinità, a primeira biblioteca pública de Florença, e uma das primeiras do mundo ocidental.
  3. Zanobi Strozzi, aprendiz com Fra Angelico (1395-1455).
  4. Matteo Strozzi, casado com Alessandra Macinghi (1406-1471), uma escritora conhecida. Na sua juventude teve como preceptor Tommaso Parentucelli (eleito Papa com o nome de Nicolau V). Do casamento nasceu, Filippo Strozzi – conhecido por il Vecchio, o Velho (1428-1491).


Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Imperatriz Maria Teresa da Áustria



Maria Teresa da Sicília, mãe da imperatriz D. Leopoldina do Brasil, e segunda esposa do imperador Francisco, tinha um temperamento oposto ao seu reservado esposo. O casamento da princesa impulsiva com o imperador um tanto inseguro e lacônico transcorreu em felicidade. O equilíbrio e a personalidade alegre da princesa criaram uma atmosfera informal, no âmbito da qual tanto Francisco quanto seus filhos conheceram uma vida familiar harmoniosa.



Passavam os dias alternadamente no castelo Hofburg em Viena, no palácio imperial de Schonbrunn e por vezes no palácio Hetzendorf. O palácio de Laxenburg, como residência de verão, e o parque circundante eram centrais para a imperatriz e seus filhos. Ali ela mandou erigir o castelo de Franzenburg em estilo gótico moderno, e fez construir um labirinto e um teatro ao ar livre, onde encenou numerosas comédias e outras peças menores junto com os filhos.

A imperatriz falava geralmente em italiano e francês; seu alemão era sofrível. Suas ocupações preferidas eram: pintura e música. Beethoven lhe dedicou seu Septeto em mi bemol maior e Haydn, sua Theresienmesse (Missa para Teresa).

Colocada em fuga pelo avanço das tropas de Napoleão, o estado de saúde da imperatriz agravou-se quando dos deslocamentos pela Morávia e Silésia. Várias complicações acometeram sua última gravidez, adoeceu de pleurite tuberculosa e veio a sofrer um aborto em 6 de abril de 1807, falecendo no dia 13.







Descendência
  1. Maria Luisa (1791-1847)
  2. Ferdinando I (1793-1875)
  3. Carolina (1794-1795)
  4. Leopoldina (1797-1826)
  5. Maria Clementina (1798-1881)
  6. José Francisco (1802-1878)
  7. Maria Ana (1804-1858)
  8. João (1805-1809)
  9. Amália (1807)



Fonte: do livro 'Cartas de uma imperatriz' - D. Leopoldina

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domingo, 22 de agosto de 2010

Maria Luisa, imperatriz da França



Maria Luísa de Áustria ou Maria Luísa da França; Maria Luísa Leopoldina Francisca Teresa Josefa Lucia. Viena, 12 de dezembro de 1791 - Parma, 17 de dezembro de 1847, foi a segunda esposa e consorte de Napoleão I de França. Filha do imperador Francisco I e de Maria Teresa da Sicília, casou-se com Napoleão, que não tivera de Josefina um herdeiro para seu trono e se tornou Imperatriz dos franceses e Rainha da Itália.




Do casamento, realizado em Viena por procuração em 11 de março de 1810 e em pessoa em St. Cloud o civil e no Louvre o religioso, em 2 de abril de 1810, nasceu apenas o filho Napoleão II. Era irmã de D. Maria Leopoldina de Áustria (1797-1826), que se casaria com D. Pedro I imperador do Brasil.

Quando Napoleão foi exilado para a ilha de Elba, Maria Luísa e o filho mudaram-se para a Áustria mas Maria Luísa conservou o título de Imperatriz dos Franceses. Forçada a se afastar do filho, tornou-se Duquesa de Parma, Piacenza e Guastalla e duquesa de Lucca de 1814 a 1847. Deixou o filho em Viena e se mudou para Parma com seu ajudante de ordens, o general conde Adão Adalberto de Neipperg, do qual teve vários filhos, casando-se com ele em Parma secretamente, em 1821 ou 1822, depois da morte de Napoleão. Ao enviuvar de Neipperg em 1829, ainda se casou em terceiras núpcias de novo secretamente com Carlos Renato, conde de Bombelles, de família italiana estabelecida na França desde o século XVI e na Áustria desde o século XVIII.


Descendência

  1. Napoleão II (1811 – 1832), em 1818 feito duque de Reichstadt.
  2. Albertina di Montenuovo (Parma, 1.º de maio de 1817 – Castel di Fontanellato, 1867)
  3. Filha (1821 – 1822)
  4. Guilherme Alberto (Salagrande, Parma, 8 de agosto de 1819 – Viena, 6 de abril de 1895), conde de Montenuovo, feito pelo Imperador Francisco José I em 20 de agosto de 1864 Fürst von Montenuovo.



Fonte: Wikipédia

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Casa Tudor



A Casa de Tudor foi uma dinastia de monarcas britânicos que reinou na Inglaterra entre o fim da Guerra das Rosas de 1485 e 1603. A família Tudor se origina no século XII, com Ednyfed Fychan de Tregarnedd (1179-1246). O primogênito de seus 12 filhos, Gorowny, teve um filho, Tudur Hem, conhecido posteriormente como o velho, que viveu de 1245 a 1311. Dele descendem os Tudor.





No início do século XV viveu Owain ou Owen Tudor (1400-1461), filho de Maredudd ou Meredith Tudor, que se casou com Catarina de Valois, princesa de França, viúva de Henrique V de Inglaterra. Da união nasceu Edmundo Tudor, Conde de Richmond, que casou com Margarida Beaufort, neta de João de Gant, sendo pais do rei Henrique VII de Inglaterra. As pretensões de Henrique VII à coroa baseavam-se no fato de ser trineto do rei Eduardo III, embora por duvidosas vias feminina e ilegítima. Para cimentar a sua posição, o primeiro soberano Tudor decidiu casar com a princesa Isabel, herdeira da Casa de York.

A Casa de Tudor governou Inglaterra num período relativativamente pacífico, depois da sucessão de guerras:
  • Guerra com a Escócia,
  • Guerra dos Cem Anos e
  • Guerra das Rosas.
A economia e o comércio prosperaram apesar dos conflitos internos que marcaram o período, resultantes do repúdio da autoridade papal da Igreja Católica Romana e da fundação da Igreja da Inglaterra chefiada pelo próprio rei. Era o início dos movimentos protestantes na Europa. Por altura do fim do reinado de Elisabete I, a última monarca Tudor, a Inglaterra era uma das potências europeias.

Os Tudor foram sucedidos pela Casa de Stuart, a dinastia reinante de monarcas escoceses, depois de Elisabete I morrer em 1603 sem descendência direta. A partir de então e até aos dias de hoje, Inglaterra e Escócia formam uma união pessoal.



principais membros da casa de Tudor

  1. Henrique VII de Inglaterra (1457-1509) r. 1485-1509
  2. Henrique VIII de Inglaterra (1491-1547) r. 1509-1547
  3. Eduardo VI de Inglaterra (1537-1553) r. 1547-1553 – não casou, sem descendência
  4. Maria I de Inglaterra (1516-1558) r. 1553-1558 – casou com Filipe II de Espanha, sem descendência
  5. Elisabete I de Inglaterra (1533-1603) r. 1558-1603 – não casou, sem descendência, nomeia Jaime Stuart como sucessor (filho de sua prima Maria Stuart da Escócia)
  6. Artur Tudor, Príncipe de Gales (1486-1502) – casou com Catarina de Aragão, sem descendência
  7. Margarida Tudor (1489-1541), casou com Jaime IV Stuart, rei da Escócia
  8. Jaime V Stuart (1512-1542), casou com Maria de Guise
  9. Maria Stuart, rainha da Escócia (1542-1587) – executada
  10. Jaime VI da Escócia também Jaime I de Inglaterra (1566-1625) – Casa de Stuart
  11. Maria Tudor (1496-1533), casou com Charles Brandon, Duque de Suffolk
  12. Frances Brandon (1517-1559), casou com Henry Grey, Duque de Suffolk
  13. Joana Grey (1537-1554), rainha de Inglaterra por nove dias em 1553 – executada





Fonte: Wikipédia

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Museu Nacional - Rio de Janeiro

Ao longo do tempo, o Paço de São Cristóvão, que abriga hoje o Museu Nacional, sofreu diversas transformações, como a ampliação do palácio feita por D. Pedro II a partir de 1850. Lá ele viveu em um período de longa duração, tornando este edifício testemunha de diversos momentos importantes na História do Brasil.

O objetivo das alterações arquitetônicas era o palácio ser solidificado como lugar que emana o poder imperial durante o Segundo Reinado, visando reforçar a construção do Estado Nação. Para isso, D. Pedro II contou com seus súditos, em especial com segmentos da nobreza brasileira, que acompanharam e apoiaram o monarca nos usos dos símbolos e rituais de fortalecimento do poder monárquico. Para desempenhar essas ações, utilizou como palco privilegiado a sua residência.

Moradia do imperador era dividida em três pavimentos:
  • o primeiro era destinado a serviços gerais e primeiras recepções;
  • o segundo era um pavimento mais ornamentado que tinha como função receber os visitantes; e
  • o terceiro era constituído de dormitórios e demais áreas da família.

Museu Nacional hoje dispõe de uma área útil de 13.616,79 m² distribuída pelos seus três pavimentos, contendo um total de 122 salas, assim distribuídas:
  • 63 salas do primeiro pavimento,
  • 36 no segundo e
  • 23 no terceiro.
Após as reformas de adaptação do palácio ocorridas em 1910, muitas salas foram modificadas. Esse processo de transformação ocorre até os dias de hoje.

Infelizmente não se tem atualmente uma perspectiva detalhada do uso de todos os ambientes deste edifício à época do Império.



O Quarto do Imperador
O quarto de D. Pedro II foi constituído com uma concepção moderna da necessidade do soberano ter seu espaço próprio como lugar privativo. Até o século XIX, ainda não havia uma grande preocupação com a questão da privacidade: era normal os reis serem visto sem as vestes pelos seus serviçais. Portanto, podemos considerar o conceito dos aposentos do segundo imperador do Brasil como algo novo.

Os aposentos ficavam no terceiro pavimento, onde, hoje em dia, estão localizadas as seções administrativas da direção, sendo que o do monarca estava exatamente no mesmo local onde atualmente funciona a diretoria do Museu Nacional. (Foto: Vista parcial da ambientação do gabinete da direção do Museu Nacional até o ano de 2001)



Biblioteca Particular de Sua Majestade Imperial
Também no terceiro pavimento, encontrava-se a “Biblioteca Particular de sua Majestade Imperial”, um dos lugares preferidos do imperador. Para fortalecer a imagem de erudito, a preocupação com a aquisição de livros tornou-se algo constante em sua vida.

A Biblioteca de D. Pedro II foi iniciada com as obras da Real Bibliotheca Portuguesa trazidas para o Brasil por D. João VI, desenvolvida por sua mãe, Dona Leopoldina, e ampliada pelo próprio e por Thereza Cristina. Inclusive, os livros faziam parte obrigatória de algumas de suas imagens fotográficas ou em pinturas para compor a imagem do monarca-cidadão, associado à cultura e às ciências.

No período entre 1938 e 1989, a Biblioteca do Museu Nacional utilizou o mesmo espaço que no passado foi utilizado para abrigar a Biblioteca Imperial. Ainda hoje encontramos a gravação em vidro da palavra “Sala de Leitura” em um ponto do terceiro andar, como o único vestígio da utilização desse ambiente como o lugar da guarda dos livros tanto do imperador quanto da instituição científica. (Foto: Destaque da gravação em vidro - Sala de Leitura)


O Museu Nacional reúne os maiores acervos científicos da América Latina, laboratórios de pesquisa e cursos de pós-graduação. As peças que compõem as exposições abertas ao público, (cerca de três mil atualmente) são parte dos 20 milhões de itens das coleções científicas conservadas e estudadas pelos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Invertebrados, Vertebrados, Geologia e Paleontologia.




Fonte: Museu Nacional - Rio de Janeiro - Brasil

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quinta da Boa Vista

presente de um comerciante de escravos, palácio virou a sede da realeza


Quando chegou ao Rio, D. João instalou-se na Casa dos Governadores (atual Paço Imperial, na Praça XV) mas ela logo se mostrou acanhada demais para abrigar a família real, a corte e seu séquito de empregados. À beira do cais, no centro da cidade, o local vivia cercado de curiosos, ruidoso, malcheiroso e lamacento, acolhendo os detritos que escorriam das montanhas quando das fortes chuvas. Logo D. João mudou-se para um palácio em São Cristovão, 5 km a oeste do centro, presenteado por Elias Antônio Lopes, um rico português, negociantes de escravos. Foi na Real Quinta da Boa Vista, ou Paço de São Cristovão, que se criou D. Pedro I e nasceu D. Pedro II.

O Paço da Cidade ainda foi a sede oficial e palco de acontecimentos como o Dia do Fico, a coroação e sagração dos dois imperadores, a abertura das Assembléias Legislativas, os cortejos imperiais e a assinatura da Lei Áurea. Mas aos poucos, D. Pedro II transformou a Quinta da Boa Vista em sede do poder, ali mantendo seu gabinete de trabalho, a biblioteca, o gabinete de botânica e o museu iniciado por sua mãe, a imperatriz Leopoldina. O palácio passou por várias reformas:
  • uniformizado esteticamente por Araújo Porto-Alegre (1845)
  • decorado com grande luxo por Mário Bragaldi (1857-1861) e
  • ganhou em 1872 um belo parque, que abria aos domingos para o público.
Já era, a esta altura, importante palco da vida política, social e cultural do país.

Hoje Museu Nacional é um monumento à memória da monarquia no Brasil



Fonte: 'a construção do Brasil' - nossa História 2006

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sábado, 14 de agosto de 2010

Machu Picchu

A cidade histórica de Machu Picchu localiza-se na Cordilheira dos Andes, no Peru, 2400 m de altitude, no vale do rio Urubamba. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras maiores, com pouco espaço entre as rochas.

Construída pelos incas no século XV, antes da chegada dos europeus ao continente americano. É formada por um conjunto de construções de pedras em ruínas: casas, templos, aquedutos, praças edegraus (terraços em que os incas praticavam agricultura).

Mostra o grau de desenvolvimento de conhecimentos urbano, arquitetônico e tecnológico da civilização inca. Em função de sua localização de difícil acesso, foi apelidada de "a cidade perdida". Encontrada pelo professor e antropólogo norte-americano Hiran Bingham, em 1911. Construída numa região alta, pois os incas acreditavam que assim estariam mais próximos dos deuses.



Em 2007, foi eleita como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo. É considerada Patrimônio Mundial da Unesco.

O Peru é o berço da civilização Inca, cujas marcas estão espalhadas pelo país, representadas nas sagradas ruínas de Machu Picchu, nos templos grandiosos e na natureza exuberante de Inca. É um dos pontos de turismo cultural mais visitados do Peru.


Fonte: suapesquisa.com e Wikipédia

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Imperador Frederico Barbarossa


Frederico I da Germânia (Waiblingen ou Ravensburg, 1122 – Cilícia, 1190) – também conhecido por Frederico Barba-roxa, Frederico Barbarossa ou Frederico Barbaruiva – foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1152-1190), rei da Itália (1155-1190). Pertencia à poderosa família dos Hohenstaufen (Staufen). O nome "Barbaroxa", popularizou-se apesar de seu evidente despropósito, pois o significado original é "barba vermelha", devido à longa barba ruiva que ele usava.




Sucedeu ao seu pai Frederico II da Suábia no ducado da Suábia, quando este faleceu em 1147. À morte do seu tio, o imperador Conrado III, foi eleito rei da Alemanha em Frankfurt, no ano de 1152.

Era seu desejo restaurar as glórias do Império Romano, motivo pelo qual decidiu consolidar a posição imperial tanto na Germânia como na Península Itálica. Inicialmente pretendeu pacificar o país para depois se concentrar na dominação germânica na Itália, para onde o imperador empreendeu numerosas expedições a fim de cumprir os seus objetivos.

A pedido do Papa Adriano IV, foi para a Itália com o propósito de conquistar Roma, então em poder de Arnaldo da Brescia, que foi vencido e capturado. Frederico I foi proclamado, em Pavia, rei da Itália pelo papa em 1155. Desde o começo de seu reinado desafiou a autoridade papal e lutou para estabelecer o domínio germânico na Europa ocidental.

Suas campanhas na Itália tiveram a oposição dos papas e das cidades italianas que tentou subjugar. Em 1159 apoiou a nomeação de um antipapa, Vítor IV, em oposição ao papa legítimo, Alexandre III, e três anos depois destruiu Milão. Constituíram-se então entre as cidades do papado a Liga Lombarda e a de Verona, com o propósito de defender-se contra o imperador.

Frederico lutou contra a Liga Lombarda, mas as cidades italianas aliaram-se ao Papa Alexandre III e em 1176 derrotaram o invasor em Legnano. Após a derrota de Legnano, Frederico I foi obrigado a reconhecer o papa Alexandre III as pretensões das vilas lombardas aliadas ao papado, além de assinar a paz de Veneza. Fracassaram assim suas tentativas de apoderar-se do norte da Itália, embora continuasse ameaçando os Estados Pontifícios nos domínios de Toscana, Espoleto e Ancona.

Fez da Polônia um Estado tributário do império, elevou a Boêmia à categoria de reino e transformou o margraviato da Áustria em ducado independente com caráter hereditário. Tratou também de consolidar sua autoridade dentro da Alemanha, opondo-se ao poderio crescente dos príncipes de seu império.




Depois de ter abdicado em favor de seu filho mais velho, Frederico empreendeu uma cruzada no Oriente após a tomada de Jerusalém por Saladino (3ª Cruzada). Morreu em 10 de junho de 1190, afogado na Cilícia (Armênia), quando atravessava um dos rios da Anatólia.





Família
Filho de Frederico II da Suábia, duque da Suábia e de Judite de Baiern. Casou por duas vezes:
  • em 1147 com Adelaide de Vohburg (1125 -?) de quem não teve filhos
  • em 1156 com Beatriz I de Borgonha (1145 -1184), filha de Reinaldo III da Borgonha e de Ágata da Lorena, de quem teve os filhos:

  1. Frederico V da Suábia, duque da Suábia (16 de julho de 1164)
  2. Henrique VI de Hohenstaufen (1165 - 1197), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, casou com Constança de Hauteville, princesa da Sicilia.
  3. Conrad de Hohenstaufen, duque da Suábia, (1172), casou com Berengária de Castela, infanta de Castela e mais tarde Rainha de Castela.
  4. Otão I da Borgonha (1175), conde palatino da Borgonha, casou com Margarida de Blois.
  5. Filipe da Suábia ou Filipe de Hohenstauten, duque da Suábia, (1176-1208) casou com Irene Angelina (1180-1208), Rainha de Constantinopla, filha de Isaac II Ângelo (1156-1204) e de Margarida Maria de Monteferrat.
  6. Beatriz de Hohenstaufen, casou com Guilherme II de Thiers, conde de Châlon
  7. Inês de Hohenstaufen


Fonte: Wikipédia

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O Brasil aclama seu imperador


"Pedro se o Brasil se separar, antes que seja para ti, que hás de me respeitar, que para algum desses aventureiros."

A frase de D. João VI ao deixar o Brasil refletia o anseio de uma monarquia dual, e o reconhecimento da Independência previa um mesmo monarca para as duas Coroas. Em carta ao pai, a 22 de setembro de 1822, D. Pedro escrevia:

"Jazemos por muito tempo nas trevas, hoje vemos a luz. Triunfa e triunfará a Independência brasílica, ou a morte nos há de custar".

Ao mesmo tempo, enfatizava o respeito ao pai:

"Se vossa majestade cá estivesse seria respeitado e então veria que o povo brasileiro, sabendo prezar sua liberdade e independência, se empenha em respeitar a autoridade real. (...) Sou de Vossa Majestade, com todo o respeito, filho que muito o ama e súdito que muito o venera".

O líder maçom Gonçalves Ledo, numa sessão extraordinária do Grande Oriente do Brasil, lançou a ideia de organizar uma solenidade que marcasse a ruptura total com Portugal. Foi a aclamação de D. Pedro I, "pela graça dos povos e de Deus", no 24º aniversário do imperador.

Outro marco da consolidação do Império brasileiro seria a coroação de D. Pedro I. Ao escolher a data, ele enfatizou a continuidade da Casa de Bragança: a cerimônia ocorreu em 1º de dezembro, aniversário da revolução de 1640, que rompeu o domínio espanhol sobre Portugal e restaurou a independência lusa. A coroação mereceu um adereço emblemático do Império brasileiro, o pano de boca pintado por Jean-Baptiste Debret sob a orientação de José Bonifácio, celebrando a Constituição, a natureza pródiga e a mistura das raças num único povo e reforçando a ideia de construção de uma nova nação pela imagem dos elementos que a compunham.


Fonte: 'a construção do Brasil' nossa história - 2006

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Imperatriz Eugênia da França



Eugênia de Montijo (Maria Eugênia Ignacia Augutina Polafox y Kirck Patrick De Guzman), nasceu em Granada a 5 de maio de 1826 e morreu em Madrid a 11 de julho de 1920. Foi marquesa de Ardales, marquesa de Moya, a 19ª Condessa de Teba, condessa de Montijo, e como esposa de Napoleão III, imperador dos franceses, foi imperatriz.


Filha mais jovem do conde Cioprian Polafox Portucarrero 8º conde de Montijo e de Maria Manuela Kirck Patrick de Closbourn e De Grevigné. Após a morte do pai em 1839, e o casamento de sua irmã mais velha a Duquesa Maria Francisca Portocerrero Kirck Patrick 12ª Duquesa de Peñaranda em 14 de fevereiro de 1848 com o Duque Jaime Fritzjames-Stuars Ventimiglia Huescar Olivares 15° Duque de Alba, passou juntamente com sua mãe a residir em Paris, onde passou a frequentar as festas da alta sociedade, passando a ser cortejada pelo então presidente Carlos Luis Napoleão Bonaparte, futuro Napoleão III de França.

Conta-se que Eugênia era possuidora de uma beleza extraordinária, e que seus cabelos muito longos eram de um castanho incomum conhecido como castanho-ticiano. Educada no convento de Sacre Coeur em Paris. Um dia em uma conversa mais intima ao pé do ouvido Napoleão III perguntou-lhe:
qual é o caminho mais curto para seus aposentos,
e ela respondeu-lhe:
pela capela meu senhor, pela capela.


Imperatriz da França
Casaram-se em Paris no dia 19 de janeiro de 1853, e Eugênia ousou em ser uma das primeiras noivas a casar-se de branco - seguindo o exemplo da rainha Vitória, da Inglaterra - em uma época em que as noivas se casavam de azul, verde e até de vermelho:
"O branco começou a ser utilizado apenas em 1840, quando a Rainha Vitória casou-se com o Príncipe Alberto de Saxe. Nessa época era a cor azul que simbolizava pureza, enquanto o branco era símbolo de riqueza. Como a cor branca não era geralmente escolhida para o vestido de noiva, a Rainha Vitória surpreendeu a todos e lançou a tendência – que logo foi copiada por mulheres de todo continente europeu e americano."






Nasceu em Paris no dia 16 de março de 1856 seu único filho o Príncipe-Imperial Napoleão Eugênio, que viria a falecer tragicamente na África do Sul em 1º de junho de 1879 em confronto com uma tribo zulu.










Durante o reinado de seu marido foi regente do Império:
  • em 1859 durante as campanhas de Napoleão III na Itália,
  • em 1865 durante a visita do Imperador a Argélia.

Era admiradora da Rainha Maria Antonieta e profunda estudiosa e interessada de sua vida e defensora da política e dos direitos temporais do Papa.

– Existe uma historinha, que explica o surgimento da crinolina e demonstra a ligação desta com a indústria:
a imperatriz, que detestava o desconforto produzido pelas 9 anáguas engomadas que eram usadas para armar as saias na corte, decidiu substituí-las. Havia uma fábrica de espetos, em processo de falência, chamada Peugeot. Um belo dia de julho de 1854 a fábrica recebeu a ilustre visita da imperatriz que lhes trouxe um desenho seu de uma espécie de gaiola feita de finíssimos aros de arame de aço e que, desde então, tornaria a indumentária feminina muito mais leve e mais arejada, a crinolina.


Em 1858, o inglês Charles Frederick Worth abriu um ateliê na Rue de la Paix, em Paris, e convidou clientes como a imperatriz Eugênia, para ver seus vestidos em modelos de carne e osso, uma novidade. Com isso, inventou tanto os desfiles de moda como a alta-costura.

A Peugeot foi salva da falência (após 1870 ela passou a produzir guarda-chuvas, depois bicicletas até chegar aos automóveis), a França tornou-se líder mundial no universo da moda e o nome da bela Eugênia passou a estar associado, para todo o sempre, às “maisons” de alta costura.

A historinha, muito interessante, é sempre veiculada por pessoas ligadas à moda. De qualquer forma, mesmo que a imperatriz Eugênia não estivesse ligada diretamente à invenção das crinolinas, o certo é que ela foi a principal difusora e propagandista deste modismo.

Tal como a imperatriz Teresa Cristina do Brasil, chamada, não sem motivos, a Imperatriz arqueóloga, Eugênia também se encantou com os vestígios da antiguidade, especialmente egípcios.

Desvendar o passado importava menos do que fazê-lo instrumento do espanto dos patrocinadores das pesquisas, dos leitores de jornal e dos clientes de antiguidades contrabandeadas do inventário dos achados dessa rapinagem oficializada através de alvarás e permissões compradas nas ante-salas das autoridades orientais - muçulmanas - para as quais o mundo antigo não passava de uma idade de ignorância pagã, brutal, no meio do ouro... Na posse dos alvarás, os europeus se lançavam à disputa das ruínas alheias - enquanto não existiam sábios locais, no Egito, bem preparados para o estudo e a preservação do passado da região.(...)


Tal frase pode parecer injusta com um Auguste Mariette, por exemplo, se trouxermos à lembrança o episódio da Imperatriz Eugênia, que se encantou com a coleção egípcia levada para a exposição internacional de Paris, em 1867, por ordem do Paxá Said. Maravilhada, ela pediu toda a coleção ao Paxá... e este encaminhou o pedido a Mariette, que deu um jeito de nunca atender aos rogos da encantadora imperatriz dos franceses.

Na inauguração do canal de Suez em 17 de novembro de 1869 estava no iate Aigle juntamente com Lesseps no cortejo de inauguração do canal.


Exílio, velhice e morte
Após a queda do 2º Império foi juntamente com o marido para o exílio na Inglaterra e quando este morreu em Chislehurst, Kent no dia 9 de novembro de 1873, passou a residir em Biarritz onde nos tempos de imperatriz costumava passar o verão e após no Palácio de Liria e no de Dueñas em Sevilha.

Interessada em novidades tecnológicas, quis conhecer pessoalmente o dirigível de Alberto Santos Dumont, embora vivesse reclusa em sua velhice:

"Uma senhora altiva e cheia de dignidade desejou conhecer o dirigível de Santos Dumont: a Imperatriz Eugênia de Montijo, viúva de Napoleão III, em cuja fronte "luziu o diadema de safiras e diamantes que resplandeceu nas cabeças de Josefina de Beauharnais e de Maria Luíza da Áustria." A ex-soberana dos franceses, da qual ainda podemos admirar a formosura na tela de Winterhalter mulher de "fisionomia e espáduas de rara perfeição", que tinha os pés e as mãos "de uma andaluza de puro sangue", havia se transformado numa "sombra dolorida e silenciosa". Ela vivia num retiro absoluto, completamente afastada da sociedade, sobretudo depois do desaparecimento de seu filho, o príncipe Eugênio Luís, herdeiro do trono, que em 1879 foi morto na África do Sul, durante a guerra dos ingleses contra os zulus. Ninguém conseguia vê-la, Eugênia evitava jornalistas e fotógrafos, (...)portanto foi com desvanecimento que Alberto recebeu, no dia 23 de janeiro a visita desta grande dama (...)Eugênia, trajada de preto, chegou ao hangar numa carruagem fechada (...) achava-se com quase oitenta anos, mas o rosto exibia os vestígios da impressionante beleza que fascinara o filho de Hortênsia de Beauharnais."



Faleceu durante uma visita a Madrid no dia 11 de junho de 1920, aos 94 anos, e foi sepultada na Cripta Imperial ao lado do filho e do marido.



Fonte: Wikipédia

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

D. Carlos I – rei de Portugal



D. Carlos I de Portugal (Carlos Fernando Luís Maria Vítor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon Saxe-Coburgo-Gotha) nasceu no Palácio da Ajuda, Lisboa, 28 de setembro de 1863 e faleceu no Terreiro do Paço, Lisboa, 1 de fevereiro de 1908, foi o penúltimo Rei de Portugal.

Filho do rei Luís I de Portugal e da princesa Maria Pia de Sabóia, tendo subido ao trono em 1889. Foi cognominado 'O Diplomata' – devido às múltiplas visitas que fez a Madrid, Paris e Londres, retribuídas com as visitas a Lisboa dos reis Afonso XIII de Espanha, Eduardo VII do Reino Unido, do Kaiser Guilherme II da Alemanha e do presidente da República Francesa Émile Loubet, 'O Martirizado' e 'O Mártir' – em virtude de ter morrido assassinado, ou 'O Oceanógrafo' – pela sua paixão pela oceanografia, partilhada com o pai e com o príncipe de Mônaco.

Infância
D. Carlos nasceu na qualidade de príncipe herdeiro da coroa, pelo que recebeu desde cedo os títulos oficiais de Príncipe Real de Portugal e Duque de Bragança. Na verdade o seu nascimento significou um verdadeiro alívio para a sucessão dinástica constitucional portuguesa (depois da morte de três filhos varões de D. Maria II), afastando-se assim as pretensões do ramo miguelista. O Príncipe recebeu desde muito cedo a cuidada educação reservada aos sucessores reais, incluindo o estudo de várias línguas estrangeiras. Ainda jovem viajou por várias cortes europeias (Inglaterra, Alemanha, Áustria, etc.). Foi numa dessas deslocações que conheceu a princesa francesa Amélia de Orleães, filha primogênita do Conde de Paris (pretendente ao trono de França). Após um curto noivado veio a desposar a princesa, em Lisboa, na Igreja de São Domingos, em 22 de maio de 1886.

Crise
D. Carlos subiu ao trono em 19 de outubro de 1889, por morte de seu pai. Sua aclamação como Rei de Portugal ocorreu em 28 de dezembro de 1889 e teve a presença de D. Pedro II, Imperador do Brasil, exilado desde o dia 6 do mesmo mês.

D. Carlos foi um homem considerado pelos contemporâneos como bastante inteligente mas dado a extravagâncias. O seu reinado foi caracterizado por constantes crises políticas e consequente insatisfação popular. Logo no início do seu governo, o Reino Unido apresentou a Portugal o Ultimato britânico de 1890, que intimava a Portugal a desocupar os territórios compreendidos entre Angola e Moçambique num curto espaço de tempo, caso contrário seria declarada a guerra entre os dois países. Como Portugal se encontrava na bancarrota, tal movimentação foi impossível e assim se perderam importantes áreas.

Apesar da grave crise que D. Carlos enfrentou no início do seu reinado face à Inglaterra, então a maior potência mundial, o rei soube inverter a situação e, graças ao seu notável talento diplomático conseguiu colocar Portugal no centro da diplomacia europeia da primeira década do século XX. Para isso contribuiu também o fato de D. Carlos ser aparentado com as principais casas reinantes europeias. Deslocou-se inúmeras vezes ao estrangeiro, representando inclusivamente Portugal nas exéquias da rainha Vitória, em 1901. Uma prova do seu sucesso foi o fato da primeira visita que Eduardo VII do Reino Unido fez ao estrangeiro (como monarca) ter sido a Portugal, onde foi recebido com toda a pompa em 1903. Nos anos seguintes, D. Carlos recebeu em Lisboa as visitas de Afonso XIII, o jovem monarca espanhol, da Rainha Alexandra (esposa de Eduardo VII), de Guilherme II da Alemanha e, em 1905, do Presidente da República Francesa, Émile Loubet. Todas estas visitas deram algum colorido à corte de Lisboa, porém a visita do Presidente francês seria marcada por entusiastas manifestações dos republicanos. D. Carlos e D.Amélia visitaram também, nesses anos de ouro da diplomacia portuguesa Espanha, França e Inglaterra, onde foram entusiasticamente recebidos em 1904. Em 1908, estava ainda prevista uma memorável visita ao Brasil (para comemorar o centenário da abertura dos portos brasileiros), e que não veio a acontecer devido aos trágicos acontecimentos desse ano.

Reinado
Durante todo o reinado de D. Carlos, o país encontrou-se de braços com crises políticas e econômicas, que se estenderam ao ultramar. Essas crises decorriam do envelhecimento do sistema conhecido como Rotativismo, pelo qual os dois principais partidos, o Partido Regenerador e o Partido Progressista, se alternavam no poder.

A falta dos líderes carismáticos das décadas anteriores também pode ter tido influência no desagregar dos partidos tradicionais. Em 1901, dá-se a primeira cisão, com a formação do Partido Regenerador Liberal, liderado por João Franco, a partir de um número de deputados do Partido Regenerador. Para agravar a situação, dá-se em 1905 uma segunda dissidência, desta vez a partir do Partido Progressista, quando José Maria Alpoim entra em ruptura com o seu partido e funda a Dissidência Progressista. Ao contrário do movimento de João Franco, esta nova cisão parece ter sido motivada apenas pelas ambições pessoais do seu líder, e a dissidência progressista vai acabar por juntar-se a movimentos conspirativos com o Partido Republicano.

Regicídio
Como era habitual no início de cada ano, D. Carlos partiu com toda a família para Vila Viçosa, a morada ancestral dos Bragança e o seu palácio preferido. Aí reuniu pela última vez os seus amigos íntimos (raramente levava convidados oficiais para a vila alentejana), promovendo as suas célebres caçadas. É nesta altura que tem lugar a tentativa de golpe de Estado, que é descoberta por pronta ação do governo, baseado na inconfidência de um conjurado, que tentou aliciar um polícial seu conhecido, com o resultado de que este foi dar parte do sucedido aos seus superiores.

João Franco decidiu ir mais longe e preparou um decreto prevendo o exílio para o estrangeiro ou a expulsão para as colônias, sem julgamento, de indivíduos que fossem pronunciados em tribunal por atentado á ordem pública, o que se aplicaria aos revoltosos republicanos. O rei assinou o decreto ainda em Vila Viçosa, e conta-se que, ao assiná-lo, declarou: "Assino a minha sentença de morte, mas os senhores assim o quiseram."

A 1 de fevereiro de 1908, a família real regressou a Lisboa depois de uma temporada no Palácio Ducal de Vila Viçosa. Viajaram de comboio até ao Barreiro, onde apanharam um vapor para o Terreiro do Paço. Esperavam-nos o governo e vários dignatários da corte. Após os cumprimentos, a família real subiu para uma carruagem aberta em direção ao Palácio das Necessidades. A carruagem com a família real atravessou o Terreiro do Paço, onde foi atingida por disparos vindos da multidão que se juntara para saudar o rei. D. Carlos I, que morreu imediatamente, após ter sido alvejado. O herdeiro D. Luís Filipe foi ferido mortalmente e o infante D. Manuel ferido num braço. Os autores do atentado foram Alfredo Costa e Manuel Buíça, e foram considerados à época os únicos, embora a historiografia recente reconheça que faziam parte de um grupo. Os assassinos foram mortos no local por membros da guarda real e reconhecidos posteriormente como membros do movimento republicano.

A morte de D. Carlos e do Príncipe indignaram toda a Europa, especialmente a Inglaterra, onde o rei Eduardo VII lamentou veementemente a impunidade dos chefes do atentado. Esta impunidade ficou a dever-se á queda de João Franco, responsabilizado pelo ódio ao Rei e, mais justamente, pela falta de proteção policial, e pelo rápido retorno ao poder dos partidos tradicionais, tal como o monarca havia previsto na carta ao príncipe do Mônaco. D. Carlos não desconhecia os riscos que corria, mas também não achava que podia fugir deles, como ficou patente no seu desabafo ao seu ajudante de campo, tenente-coronel José Lobo de Vasconcelos, alguns meses antes:
«Tu julgas que eu ignoro o perigo em que ando? No estado de excitação em que se acham os ânimos, qualquer dia matam-me à esquina de uma rua. Mas, que queres tu que eu faça? Se me metesse em casa, se não saísse, provocaria um grande descalabro. Seria a bancarrota. E que ideia fariam de mim os estrangeiros, se vissem o rei impedido de sair? Seria o descrédito. Eu, fazendo o que faço, mostro que há sossego no País e que têm respeito pela minha pessoa. Cumpro o meu dever. Os outros que cumpram o seu.»

E de fato, morreu no cumprimento do seu dever, e com ele morreu o que seria talvez última tentativa séria de reforma do sistema parlamentar monárquico.

Cientista
D. Carlos era um apreciador das tecnologias que começavam a surgir no princípio do século XX. Instalou luz elétrica no Palácio das Necessidades e fez planos para a eletrificação das ruas de Lisboa. Embora fossem medidas sensatas, contribuíram para a sua impopularidade visto que o povo as encarou como extravagâncias desnecessárias. Foi ainda um amante da fotografia e autor do espólio fotográfico da Família Real. Foi ainda um pintor de talento, com preferências por aguarelas de pássaros que assinava simplesmente como "Carlos Fernando". Esta escolha de tema refletia outra das suas paixões, a ornitologia (parte da Zoologia que se ocupa das aves). Recebeu prêmios em vários certames internacionais e realizou ensaios notáveis na área de cerâmica.

Era um apaixonado pela oceanografia, tendo adquirido um iate, o Amélia, especificamente para se dedicar a campanhas oceanográficas. Estabeleceu uma profunda amizade com Alberto I, Príncipe do Mônaco, igualmente um apaixonado pela oceanografia e as coisas do mar. Desta relação nasceu o Aquário Vasco da Gama, que pretendia em Portugal desempenhar papel semelhante ao Museu Oceanográfico do Mônaco. Alguns trabalhos oceanográficos realizados por D. Carlos, ou por ele patrocinados, foram pioneiros na oceanografia mundial. Honrando esta faceta do monarca, a Armada Portuguesa opera atualmente um navio oceanográfico com o nome de D. Carlos I.

D. Carlos foi também um excelente agricultor, tendo tornado rentáveis as seculares propriedades da Casa de Bragança (patrimônio familiar destinado a herança dos herdeiros da Coroa), produzindo vinho, azeite, cortiça, entre outros produtos, tendo também organizado e incentivado a preservação dos prestigiados cavalos de Alter.

Enterrado no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa, ao lado do filho que com ele foi assassinado. As urnas com tampas transparentes ficaram aí depositadas durante 25 anos. Só em 1933 é que uma comissão privada abriu uma subscrição nacional que levou á inauguração de dois belos túmulos, concebidos pelo arquiteto Raul Lino, junto dos quais está uma figura feminina, representando "A Dor", esculpida por Francisco Franco, conjunto esse que ainda hoje pode ser visto.

Descendência
De sua esposa D. Amélia de Orleães, Princesa de França (1865-1951):
  1. D. Luís Filipe, Príncipe Real (1887-1908)
  2. D. Maria Ana de Bragança, Infanta de Portugal (1888)
  3. D. Manuel II, Rei de Portugal (1889-1932)
  • uma filha bastarda: Maria Pia de Bragança (1907-1995).



Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Verona, Itália

Verona é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Verona, com cerca de 256.110 habitantes. Estende-se por uma área de 206,63 km2, tendo uma densidade populacional de 1182 hab/km2. Faz fronteira com Bussolengo, Buttapietra, Castel d'Azzano, Grezzana, Mezzane di Sotto, Negrar, Pescantina, Roverè Veronese, San Giovanni Lupatoto, San Martino Buon Albergo, San Mauro di Saline, San Pietro in Cariano, Sommacampagna, Sona, Tregnago, Villafranca di Verona. É banhada pelo rio Adige e dista uns 30 km do Lago de Garda.


História
A cidade de Verona, ao que parece foi fundada pelos Celtas. Mais tarde, foi uma colônia romana em 89, com o nome de Augusta. Foi capital de ducados durante a Reino Lombardo. Em 145 foi uma colônia de monges Benedetinos. Chegou a ostentar a supremacia artística de toda a Itália, sendo sede de uma escola pictórica onde se destacou Paolo Veronese. Verona foi palco para a célebre matança de franceses conhecida com o nome de Páscoas Veronesas. Foi incorporada ao Reino da Itália, em 1866, com a Terceira Guerra da Independência Italiana.

A cidade foi declarada patrimonio da humanidade pela UNESCO por causa da sua estrutura urbana e arquitetura: Verona é um maravilhoso exemplo de cidade que se desenvolveu progressivamente e sem interrupçoes durante dois mil anos , integrando elementos artisticos de altissima qualidade dos diversos periodos que se seguiram, representa também , em um modo excepcional o conceito de uma cidade fortificada em etapas determinantes da historia europeia.


Monumentos
Possui vários monumentos, como:
  • Anfiteatro romano (foto ao lado)
  • Catedral gótica (séc X)
  • Igreja românica de São Zeno
  • Vários palácios, como o Palazzo del Consiglio
  • Castel Vecchio
  • Ponte Scaligero (1354)



Curiosidades
Verona é um dos locais onde se passa a história da peça Romeu e Julieta escrita por William Shakespeare. No centro da cidade existe uma vila onde, pelo que conta a história, Julieta morava. Este é um grande marco da cidade, que recebe a fama de cidade dos namorados, atraindo centenas de turistas. Passa-se também parte da história de William Shakespeare "A Megera Domada". (foto ao lado do balcão de Julieta)



Fonte: Wikipédia

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domingo, 8 de agosto de 2010

O grito e o mito do Ipiranga

O brado histórico do dia 7 de setembro de 1822 não foi tão retumbante na época. Só há 20 de setembro O Espelho publicava um artigo enaltecendo "o grito acorde de todos os brasileiros" contra "os decretos injustos e cruéis" das Cortes de Lisboa, que prejudicavam a união de dois hemisférios e atropelavam "os direitos inauferíveis do cidadão".

O príncipe regente D. Pedro viajara a São Paulo para estreitar os laços do governo do Rio de Janeiro com a província. Enquanto isso, chegavam ao Rio as decisões da Metrópole que restringiam a autoridade do príncipe e impunham rigorosas penas a quem discordasse das ordens de Portugal. Essas notícias foram mandadas a D. Pedro com um comentário de José Bonifácio:
"Senhor, o dado está lançado: de Portugal não temos a esperar senão escravidão e horrores".
Depois de ler os comunicados, às margens do Ipiranga, D. Pedro deu o brado famoso:
"Independência ou morte!".


O grito da Independência
O grito não repercutiu na ocasião porque, politicamente, a sorte do Brasil já estava selada desde uma série de medidas que incluíam o decreto de independência assinado por D. Pedro e os manifestos de Gonçalves Ledo e José Bonifácio. Quando o príncipe partiu para São Paulo em 14 de agosto, José Bonifácio proclamava o Brasil tão livre quanto o reino de Portugal.

Mas o ideal nacionalista do século XIX não se contentaria jamais com uma independência burocrática, apenas no papel. Ele exigia que o fato revestisse de grandiosidade. Em 1831, Francisco Manuel da Silva compôs uma melodia patriótica, para comemorar a abdicação de D. Pedro I, que se transformou no Hino Nacional.

O quadro da Independência
O quadro monumental de Pedro Américo, pintado, por encomenda oficial, em Florença entre 1886 e 1888, foi uma idealização do fato: realçou o riacho, elevou a colina, melhorou a raça dos cavalos, enriqueceu os trajes e ampliou a comitiva, incorporando a Guarda do Imperador, só criada tempos depois da Independência. No centro mágico da tela, D. Pedro alça a espada aos céus. Esse processo de mitificação só terminaria um século depois, em 6 de setembro de 1922, quando a letra de Osório Duque Estrada foi oficialmente adotada para o hino:
"E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria nesse instante".




Fonte: A construção do Brasil - nossa história - 2006

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sábado, 7 de agosto de 2010

Algarve – Portugal


O Algarve constitui uma das regiões turísticas mais importantes de Portugal e da Europa. O seu clima temperado mediterrânico, caracterizado por invernos amenos e curtos e verões longos, quentes e secos, as águas tépidas e calmas que banham a sua costa sul, as suas paisagens naturais, o patrimônio histórico e etnográfico ou a sua deliciosa e saudável gastronomia são atributos que atraem milhões de turistas nacionais e estrangeiros todos os anos e que fazem do Algarve uma das províncias mais ricas e desenvolvidas do país.




Durante séculos, foi ponto de passagem para vários povos, incluindo os Tartessos, Fenícios, Gregos e Cartagineses. Fez parte do vasto Império Romano, ostentando cidades relevantes como Balsa e Ossónoba, e durante cerca de cinco século esteve sob o domínio dos povos islâmicos, atingindo um elevado esplendor cultural e econômico. Terminada a conquista da região durante o reinado de D. Afonso III, o antigo Al-Gharb mourisco foi incluído no reino cristão mais ocidental da Penísula Ibérica, entrando numa certa decadência que seria interrompida já no século XV pela odisseia da exploração da costa africana e da conquista das praças marroquinas, sob o comando do Infante D. Henrique. Com o fim da presença lusitana nas praças africanas, a região entrou novamente numa certa decadência, acentuada pela destruição imposta pelo terramoto de 1 de novembro de 1755. Posteriormente, o Algarve iniciou o século XX como uma região rural, periférica, com uma economia baseada na cultura de frutos secos, na pesca e na indústria conserveira. Contudo, a partir dos anos 60, dá-se a explosão da indústria do turismo, mudando assim por completo a sua estrutura social e econômica.

Desde os alvores do reino, constituiu uma região bem delimitada e individualizada, não só em termos geográficos mas também do ponto de vista identitário, com características históricas, climáticas, etnográficas, arquitéctônicas, gastronômicas e econômicas muito próprias.

Atualmente, o turismo constitui o motor economico do Algarve. A antiga província tradicional possui algumas das melhores praias do Sul da Europa, e condições excepcionais para a prática de atividades e desportos ao ar livre.

Sendo a região mais a sul de Portugal Continental, ocupa uma área de 5,412 km² e nela residem 458,734 habitantes (INE 2010).



História

– Etimologia
O termo "Algarve" provém de "al-Gharb al-Ândalus" nome dado ao atual Algarve e baixo Alentejo durante o domínio muçulmano, significando "Andaluz Ocidental", pois era a parte ocidental da Andaluzia muçulmana.

– Ocupação árabe
As regiões espanholas e portuguesas outrora conhecidas por al-gharb al-Andalus (em árabe: الغرب الأندلس) eram o mais importante centro muçulmano da época da "Hispânia Islâmica", sendo assim o centro islâmico da cultura, ciência e tecnologia. Nessa altura, a principal cidade da região era Silves, que, quando foi conquistada pelo rei D. Sancho I, dizia-se ser cerca de 10 vezes maior e mais fortificada que Lisboa. O Algarve foi a última porção de território de Portugal a ser definitivamente conquistado aos mouros, no reinado de D. Afonso III, no ano de 1249.

– Conquista portuguesa
Segundo alguns documentos históricos, a conquista definitiva do Algarve aos mouros neste reinado, nomeadamente a tomada da cidade de Faro, foi feita de forma relativamente pacífica. No entanto, apenas em 1267 - no tratado de Badajoz - foi reconhecida a posse do Algarve como sendo território português, devido a pretensões do Reino de Castela. Curiosamente, o nome oficial do reino resultante seria frequentemente designado de Reino de Portugal e do Algarve, mas nunca foram constituídos dois reinos separados. A zona ocidental do Algarve é designada por Barlavento e a oriental por Sotavento. A designação deve-se com certeza ao vento predominante na costa sul do Algarve, sendo a origem histórica desta divisão incerta e bastante remota. Na Antiguidade os Romanos consideravam no sudoeste da península Ibérica a região do Cabo Cúneo - que ia desde Mértola por Vila Real de Santo Antônio até à enseada de Armação de Pêra - e a região do Promontório Sacro - que abrangia o restante do Algarve. O primeiro-ministro do rei D. José I, o Marquês de Pombal tentou efetuar uma divisão, nunca reconhecida pelo Papado Romano, da diocese de Faro em dois bispados: Faro e Vila Nova de Portimão. O limite entre eles era a ribeira de Quarteira e o seu prolongamento em linha reta até ao Alentejo.


Geografia
O Algarve confina:
  • a norte com a região do Alentejo (sub-regiões do Alentejo Litoral e Baixo Alentejo),
  • a sul e oeste com o Oceano Atlântico, e
  • a leste o Rio Guadiana marca a fronteira com Espanha.
O ponto mais alto situa-se na serra de Monchique, com uma altitude máxima de 902m (Pico da Foia).

– A região é subdividida em duas zonas:
  1. a Ocidente (o Barlavento) – 8 municípios, cidade principal Portimão. Serra Foia, rio Arade.
  2. a Leste (o Sotavento) – 8 municípios, cidade principal Faro. Serra Caldeirão, rio Guadiana.


Um hospital principal em cada uma das zonas garante os cuidados de saúde em todo o Algarve. Em termos de infraestrutudas, o Aeroporto Internacional está numa zona e o Autódromo Internacional noutra. Finalmente, desportivamente, a disputar a segunda liga de futebol, o "pseudo-concurso" entre históricos do futebol algarvio, na tentativa de saber qual o primeiro a ascender ao escalão principal, se o Portimonense - representante do Barlavento - ou se o Olhanense - pelo lado sotaventista.



A Ria Formosa é um brejo, um atoleiro situado na província do Algarve em Portugal, que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo Antônio, abrangendo uma área de cerca de 18.400 hectares ao longo de 60 km desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.


  • A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar quase paralelo à orla continental, formado por duas penínsulas (a de Faro, que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro; e a de Cacela, que engloba a praia da Manta Rota) e cinco ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha da Armona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas), que servem de protecção a uma vasta área de sapal, canais e ilhotes.
  • A norte, em toda a extensão, o fim da laguna não tem uma delimitação precisa, uma vez que é recortada por salinas, pequenas praias arenosas, por terra firme, agricultável e por linhas de água doce que nela desaguam (Ribeira de São Lourenço, Rio Seco, Ribeira de Marim, Ribeira de Mosqueiros e o Rio Gilão).
Tem a sua largura máxima junto à cidade de Faro (cerca de 6 km) e variações que nos seus extremos, a Oeste e a Este, atingem algumas centenas de metros. A sua fisionomia é bastante diversificada devido aos canais formados sob a influência das correntes de maré, formando assim, uma rede hidrográfica densa.

É uma zona úmida de importância internacional como habitat de aves aquáticas. A zona é objeto de monitorização permanente, sendo ainda local de estudo para muitos alunos da Universidade do Algarve.




– Clima
Um dos principais traços distintivos da região algarvia constitui o seu clima. As condições climáticas que o senso-comum atribui geralmente ao clima algarvio podem ser encontradas em todo o seu esplendor no barrocal e no litoral sul, especialmente no região central e no sotavento algarvio.

Um conjunto de características base resumem o clima da região, em especial do barrocal e do litoral sul: verões longos e quentes, invernos amenos e curtos, precipitação concentrada no outono e no inverno, reduzido número anual de dias com precipitação e elevado número de horas de sol por ano.

A temperatura média anual do litoral do sotavento e da região central do Algarve é mais elevada de Portugal Continental e uma das mais elevadas da Península Ibérica, rondando os 18 °C.

O clima do Algarve, segundo a classificação de Koppen, divide-se em duas regiões: uma de clima temperado com inverno chuvoso e Verão seco e quente (Csa) e outra de clima temperado com Inverno chuvoso e verão seco e pouco quente (Csb). Com exceção da Costa Vicentina e das serras de Monchique e de Espinhaço Câo, toda a região algarvia possui um clima temperado mediterrânico do tipo Csa.

No litoral do sotavento algarvio as noites tropicais (noites com temperatura mínima igual ou superior a 20 °C) são frequentes durante o período estival. De fato, a temperatura mínima mais alta de sempre registada em Portugal pertence à estação meteorológica de Faro: 32,2 °C, a 26 de julho de 2004.



Fonte: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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