sábado, 27 de junho de 2009

A loucura dos reis – O rei cisne


Luís II de Wittelsbach – Nymphenburg, 1845 - Berg, 1886; o último monarca europeu cuja loucura causaria um impacto na herança cultural e política do mundo moderno. Uma cruz singelamente fincada nas águas rasas do lago Starnberg, onde ele se afogou ou foi afogado em junho de 1886, celebra esse extravagante monarca. O seu comportamento excêntrico tornou-se uma lenda em seu próprio tempo.




Família e infância
A família Wilttelsbach uma das mais antigas famílias reinantes da Europa, governava desde a Idade Média o grande reino da Baviera, no sul da Alemanha; em 1806, seus príncipes, que muito tempo foram intitulados eleitores, tornaram-se reis. Em 1871 a Baviera torna-se, com relutância, parte do império alemão, mas seus soberanos conservaram o título de reis até o fim da Primeira Guerra Mundial, que derrubou todos os príncipes alemães de seus tronos. Muitos bávaros ainda cultuam a memória do passado. O pai de Luís tornou-se rei da Baviera em 1848, após a abdicação de Luís I.

Não havia nada na parentela de Luís II, ou em sua ancestralidade para sugerir o que o futuro lhe reservava, mas desde menino ele foi muito sensível. Raramente era visto pelos pais, e foi criado por amas e governantas. Parece ter sido em geral uma criança solitária, que vivia muito por conta própria, entregue à sua imaginação, e a dele provou-se intensamente vívida. Suas fantasias eram especialmente atraídas pela imagem do cisne, um emblema que haveria de obsedá-lo ao longo de toda a sua vida. O castelo real em Hohenschawangau, "a casa elevada do cisne" situado nos Alpes bávaros, muito acima dos lagos Schwansee e Alpsee, que cintilam entre as montanhas havia sido reconstruído por Maximiliano, pai de Luís, e foi dedicado à lenda de Lohengrin. Os profusos afrescos que adornavam suas paredes representavam um cisne puxando um barco em que viajava Lohengrin, o cavaleiro do Santo Graal com quem Luís se identificaria.

Ainda adolescente desenvolveu intensa admiração pelo compositor Richard Wagner, uma paixão que dominaria sua vida. A música do compositor haveria de gerar uma série de fantasia que Luís procurou converter em realidade, às vezes com resultados trágicos. Desde menino, Luís teve uma visão romântica de si mesmo, como um rei que conduziria o povo alemão por caminhos ideais, e por acaso as composições de Wagner simplesmente vieram ao encontro dessa visão num momento crítico e com enorme impacto. O próprio Wagner apelidou o rei de Parsifal "meu filho no Espírito Santo", simples e sábio, chamado pelo destino para suceder à monarquia do Graal.

Depois da súbita morte de seu pai em 1864, o jovem e imaturo príncipe teve a oportunidade de converter sua visão em realidade. Luís era muito alto e irradiava enorme encanto. Tinha abundantes cabelos crespos, regularmente grandes, que usava longos, talvez para cobrir suas orelhas muito grandes, traços de um bigode e olhos extraordinariamente expressivos.
"Ele era mentalmente bem-dotado no mais alto grau, mas os conteúdos de sua mente estavam armazenados de maneira totalmente desorganizada. Fiquei impressionado pela maneira como volta e meia, exatamente quando sua expressão e conduta geral pareciam mostrar contentamento, ele se retesava de repente e – olhando à sua volta com uma expressão séria, até severa – revelava algo de sombrio em si mesmo que contrastava por completo com o encanto juvenil de um instante antes. Eu pensava comigo mesmo: 'Se duas naturezas diferentes estão germinando neste rapaz', como me pareceu desde minhas primeiras conversas com ele, 'queira Deus que a boa seja vitoriosa'. " (Ministro da Justiça Eduard von Bomhard de Luis II)
Casamento
O casamento de Luís logo se tornou uma matéria de urgência. O rei apreciava a companhia feminina, principalmente e especialmente a imperatriz da Áustria Elisabete (Sissi), que a via como a reencarnação de sua heroína Maria Antonieta. Luís anunciou seu noivado com Sophie, irmã da imperatriz Elisabete.

Quanto mais se aproximava o casamento mais temia o passo planejado. Escreveu para noiva, dizendo que o amor que sentia por ela não era o amor necessário para uma união matrimonial. A família da noiva ficou escandalizada. E Luís apenas anotou em seu diário: "Livrei-me de Sophie... Agora volto a viver após o torturante pesadelo." A verdadeira natureza de Luís era homossexual. Seus amigos íntimos eram rapazes e o principal deles foi por muitos anos o príncipe Paul von Thurn und Taxis.

Reinado
Apesar dos eventos dramáticos que estavam rondando a Alemanha, Luís era indiferente nessa época ao futuro da Alemanha, basicamente indiferente à política, embora algumas circunstâncias exigissem sua participação.

Na Guerra de Sete Semanas entre a Prússia e a Áustria, os bávaros lutaram ao lado dos austríacos e sofreram revés nas mãos dos prussianos. Luís obcecado por idéias de cavalaria medieval, pela guerra moderna, teve tão pouco entusiasmo, que chegou a pensar em abdicar em favor do irmão Otto. Quatro anos depois, a Baviera estava novamente em guerra, dessa vez os prussianos contra os franceses. Com relutância, como se ao preço de um subsídio, o rei aceitou o império que resultou na proclamação do rei prussiano Guilherme I como imperador alemão em Versalhes.

Assim Luís, passou a viver cada vez mais num mundo criado por ele mesmo, empenhado em patrocinar Wagner e o teatro e em construir palácios decorativos que, embora não tenham todos sido concluídos, permaneceram como seu legado mais substancial para a posteridade. E na raiz de sua vida fantasiosa, estavam as lendas medievais encarnadas nas óperas de Wagner.

Luís era cruelmente intolerante com quem lhe parecia feio, e só tinha olhos para rapazes e moças bonitos. Mesmo as relações de Wagner com o rei não foram livres de atrito, por mais forte que fosse o vínculo entre eles, porque o compositor era capaz de ser trapaceiro e desonesto, ao passo que Luís era exigente e temperamental.

Havia na Baviera uma onda crescente de críticas as extravagâncias de Wagner, uma irritação agravada pelas intervenções pouco sutis do compositor na política bávara. Entristecido, Luís ordenou a Wagner que partisse de Munique para a Suíça. Em novembro de 1880 quando os bávaros celebraram os setecentos anos do governo Wittelsbach, Wagner foi a Munique para assistir a uma apresentação privada de Lohengrin. Foi a última vez que o rei e o compositor se viram, pois Luís não foi a estréia de Parzival em 1882, por estar doente; só assistiu à ópera em 1884, quando o próprio Wagner já estava morto.

Os Castelos
Depois de construir o castelo Neuschwanstein , Luís planejou construir um outro palácio real, diferente em função da aparência, o Linderhof, este deveria ser em homenagem a seu grande herói Luís XIV da França, a quem ele procurava imitar como patrono das artes; às vezes, copiava também suas roupas e maneira de andar, conversava em francês com convidados imaginários. Linderhof foi um palácio pequeno, revestido de pedra branca, estilo barroco e cheio de fantasias decorativas, colorido e encantador. O mais suntuoso de todos os castelos foi Herrenchiemsee, situado na ilha de Herren, foi inspirado pelos palácio de Luís XIV, construção horizontal de grande beleza moldada em Versalhes. Sua galeria de espelhos chegava a suplantar a original, com mais 27 m de comprimento.

Reformou e construiu outros edifícios, todos exóticos e simbólicos. Falkenstein teria sido o mais espetacular, como Neuschwanstein, uma fábula gótica, uma majestosa estrutura de pináculos e torres, à maneira da Disneylândia, situada no topo de uma montanha a sobranceira ao mundo, um tributo ao reino da fantasia que o rei passou a viver cada vez mais.

Fim do reinado
Cada vez mais ele foi se furtando ao olhar público e se restringindo a um mundo privado e cada vez mais se tornava um animal noturno. Seu comportamento excêntrico estava chegando ao limiar da insanidade. Parecia haver dois Luises:
  1. encantador e sociável, ativo e até politicamente sensato, preocupado com o bem estar de seu povo;
  2. sonhador, rabugento, desatencioso e retraído, cada vez mais mergulhado num mundo de fantasia – e esse dominava cada vez mais.
Seu herdeiro, o irmão Otto, estava louco havia vários anos, era preciso de uma regência, assim foi escolhido o tio Leopoldo de 65 anos, que deixou-se convencer, com alguma relutância a assumir esse papel.

Morte
Em 12 de junho de 1886 às 18.45h, o rei e o médico partiram para uma caminhada às margens do lago. Quando às 20hs não havia retornado um grupo de busca saiu a procura e por voltas 22h, foram encontrados nas águas rasas da beira do lago, o paletó e o sobretudo do rei; seu guarda-chuva estava próximo. O corpo do rei foi encontrado na água, de bruços, seu relógio estava parado às 18.45h. O médico estava a alguns passos de distância, flutuando na água barrenta da borda do lago.

Assim o corpo do rei foi sepultado em 19 de junho de 1886, na cripta de St. Michael; mais tarde, um vaso contendo seu coração foi depositado junto com as outras relíquias de sua antiga família na Capela Votiva de Alt-Otting.

Luís II, não seria o último rei da longa linhagem Wittelsbach, pois ironicamente, foi sucedido por Otto, seu irmão louco havia tanto tempo, que continuou sendo o soberano, pelo menos nominalmente até 1913, quando foi destronado pelo primo Luís III, o último monarca bávaro. Sob muitos aspectos, Luís II foi sem dúvida o mais trágico e talvez o mais criativo membro de sua antiga família.



Castelos da Baviera

Hohenschawangau

Herrenchiemsee

Linderhof

Neuschwanstein

ruínas de Falkenstein

residência de Monique




Origem: 'A Loucura dos Reis' de Vivian Green

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sábado, 20 de junho de 2009

Museu do Ipiranga – São Paulo

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido como Museu do Ipiranga, é um museu brasileiro localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência.

Poucos meses após a proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, surgiu a primeira proposta, seguida de inúmeras outras de erigir um monumento à Independência do Brasil no próprio local onde ela havia sido proclamada: às margens do riacho do Ipiranga. Por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo de monumento a ser erigido, é somente após 68 anos da proclamação que a idéia se concretiza, com a inauguração do edifício-monumento, em 1890.



Em 1884 é contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi. O estilo arquitetônico adotado – o eclético – estava em curso na Europa e viria marcar, a partir do final do século XIX, a transformação arquitetônica de São Paulo. Bezzi utilizou, de forma simplificada, o modelo de palácio renascentista para projetar o monumento.

Projeto
O projeto inicial previa um retângulo alongado e dois braços laterais, partindo da fachada principal, voltada para a cidade, na forma de um E. Abandonadas as alas, por razões de economia, restou o retângulo pontuado por trás com corpos salientes. O essencial do edifício se desenvolve:
  • em 2 andares,
  • um 3º nas torres,
  • além do subsolo, desaterrado posteriormente.
No térreo há o Saguão de Entrada, onde estão dispostas 24 colunas. Dali parte a Escadaria Central que, em dois lances, e após um patamar, desemboca no Salão Nobre. Tanto no térreo quanto no 2º andar, corredores laterais servem a uma sequência de salas. O edifício tem 123m de comprimento e 16m de profundidade. O corredor superior é aberto, em forma de loggia (arcos).

Chama atenção a presença abundante de elementos decorativos arquitetônicos, como ornatos sobrepostos, entablamentos completos, palmetas, nichos, brasões e até mesmo a imitação, ao longo das paredes em alvenaria de tijolos do térreo, de revestimento externo em arquitetura de pedra.

Durante o período de sua construção (1885-90), várias características já faziam deste edifício referência excepcional naquela pequena cidade de São Paulo, com apenas 70.000 habitantes: o modelo de palácio, a decoração neo-renascentista, o grande porte e o fato de ser um volume isolado no espaço, visível de todos os lados.

Construção
A monumentalidade do edifício demandou soluções originais no encaminhamento dos trabalhos: a mão-de-obra contratada era, muito provavelmente, italiana, visto não existirem, em São Paulo, nessa época, trabalhadores familiarizados com execução de ornatos. A técnica do tijolo também constituía uma novidade; em São Paulo ainda predominavam as construções em taipa, de dois tipos – a taipa de pilão e a taipa de mão, conforme a maneira de socar o barro. Mas havia já olarias na região de São Caetano, próxima do Ipiranga, de onde vieram os tijolos do edifício. A distância dificultava em muito o transporte dos materiais construtivos. Para minimizar esses problemas, foi criada a estação de trens do Ipiranga, na linha S. Paulo Railway, nas proximidades do Rio Tamanduateí. A partir dali os materiais subiam as colinas, provavelmente em carretas. Em 1890, as obras foram dadas por encerradas, embora houvesse ainda razoável soma de tarefas por completar, como a implantação dos jardins. A inauguração foi celebrada no dia 15 de novembro 1890, no primeiro aniversário da República.

Jardins
Os primeiros jardins em torno do edifício, formados entre 1908 e 1909, foram projetados pelo paisagista belga Arsenius Puttemans e reproduzem concepções paisagísticas inspiradas nos jardins barrocos franceses, como os de Versailles. Em 1922, esses jardins foram ampliados em 1500 m2, passando a atingir o início da Av. D.Pedro I e na década de 30, sofreram novas intervenções, com o rebaixamento da área em frente à fachada principal.

Acervo
O Museu Paulista conta com um acervo:
  • de mais de 125.000 unidades,
  • objetos,
  • iconografia e
  • documentação arquivística, do seiscentismo até meados do século XX
Eixo para a compreensão da sociedade brasileira, a partir do estudo de aspectos materiais da cultura, com especial concentração na História de São Paulo. Os acervos têm sido mobilizados para a análise de problemáticas pertinentes às três linhas de pesquisa a que o Museu se dedica: 1. Cotidiano e Sociedade; 2. Universo do Trabalho; 3. História do Imaginário.

É responsável por um grande acervo de objetos, mobiliário e obras de arte com relevância histórica, especialmente aquelas que possuem alguma relação com a Independência do Brasil e o período histórico correspondente. Uma das obras mais conhecidas de seu acervo é o quadro de 1888 do artista Pedro Américo, "Independência ou Morte".


Um dos principais objetivos do museu é mostrar aos visitantes o protagonismo do povo paulista na História do Brasil.

O acervo do Museu Paulista tem sua origem em uma coleção particular reunida pelo coronel Joaquim Sertório, que em 1890, foi adquirida pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que a doou, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao Governo do Estado. Em 1891, o presidente do Estado, Américo Brasiliense de Almeida Melo, deu a Albert Löfgren a incumbência de organizar esse acervo, designando-o diretor do recém-criado Museu do Estado.
As coleções, ao longo dos mais de cem anos do museu, sofreram uma série de modificações com o desmembramento de parte de seus acervos e incorporações. O acervo do museu se encontra tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

A escadaria – tem um imenso valor simbólico ao povo paulista. A escadaria propriamente dita representa o Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. E no corrimão estão colocados esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e o Rio Amazonas. Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhangüera com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, que se localizam nos atuais estados desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo precedida pelas duas estátuas maiores no salão principal dos dois principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência.


Junto as estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. E no teto pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio.

A Biblioteca – instalada no dia 07.09.1895, a Biblioteca do Museu Paulista sofreu um primeiro desmembramento em 1938, quando parte de seu acervo foi transferido para o atual Museu de Zoologia. Em 1989, a USP unificou seus acervos de Arqueologia e Etnologia, resultando em novo desmembramento. Essa longa existência possibilitou a inclusão de obras preciosas em seu acervo. Adquiriu um perfil especializado na área de História, mais particularmente, no campo de estudos da Cultura Material. Como centro de apoio à pesquisa científica dentro de um museu histórico, contempla sobretudo as várias tipologias do acervo museológico - como Indumentária, Porcelanas, Fotografias, Pinturas, Mobiliário, Armas, Sociologia dos Objetos, Iconologia e Iconografia, Museologia, Conservação e Restauro, Educação em Museus, entre outros assuntos.

Em seu acervo, encontram-se:
  • 26.466 livros,
  • 2.300 títulos de periódicos,
  • 2.892 separatas,
tendo ainda como extensão a Biblioteca do Museu Republicano "Convenção de Itu", especializada no estudo da República Brasileira, entre 1889 e 1930.

Integra o o Sistema de Bibliotecas da USP (SIBI/USP) e o SIBINet, estando disponível pelo Dedalus - Banco de Dados Bibliográficos da USP.




Origem: MUSEU PAULISTA DA USP e Wikipédia

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Muralha da China

– A chamada Muralha da China, ou Grande Muralha, estrutura de arquitetura militar construída durante a China Imperial – 

Consiste em diversas muralhas, construídas por várias dinastias ao longo de cerca de dois milênios. No passado, a sua função foi essencialmente defensiva, no presente constitui um símbolo da China e uma atração turística. As suas diferentes partes distribuem-se entre: 

  • o Mar Amarelo (litoral nordeste da China) e 
  • o deserto de Góbi e a Mongólia (a noroeste)


Começou a ser erguida por volta de 220 a.C  por determinação do primeiro imperador chinês, Qin Shihuang. Embora a Dinastia Qin (ou Ch'in) não tenha deixado relatos sobre as técnicas construtivas que empregou e nem sobre o número de trabalhadores envolvidos, sabe-se que a obra aproveitou uma série de fortificações construídas por reinos anteriores, os muros constituídos por grandes blocos de pedra, ligados por argamassa feita de barro. Com aproximadamente 3000 quilômetros de extensão à época, a sua função era a de conter as constantes invasões dos povos ao norte.

Com a morte do imperador Ch'in, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, e os trabalhos ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 205 a.C , reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até ao seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu as atuais feições e uma extensão de cerca de 7000 quilômetros, estendendo de: 
  • Shanghai, a leste, 
  • Jiayu, a oeste, 
  • atravessando quatro províncias (Hebei, Shanxi, Shaanxi e Gansu) e 
  • 2 regiões autônomas (Mongólia e Ningxia)

Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada. No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping priorizou a Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos que foi questionada. A requalificação do monumento para o turismo sem normas para o seu adequado uso, aliado à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, conduzindo ao desabamento de uma torre de 630 anos), gerou várias críticas por parte de preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas.



Por não se tratar de uma estrutura única, as características da Grande Muralha variam, de acordo com a região: 
  • perto de Beijing, os muros foram construídos com blocos de pedras de calcário; 
  • em outras regiões, podem ser encontrados o granito ou tijolos no aparelho das muralhas; 
  • nas regiões mais ocidentais, de desertos onde os materiais são mais escassos, os muros foram construídos com vários elementos, entre os quais (galhos de plantas enfeixados) 
Em geral os muros apresentam uma largura média de 7 m na base e de 6 m no topo, de uma altura média de 7,5 m. Segundo anunciaram cientistas chineses em abril de 2009, o comprimento total da muralha é de 8.850 km.

Além dos muros, em posição dominante sobre os terrenos, a muralha compreende ainda elementos como portas, torres de vigilância e fortes.

As torres – cujo número é estimado em cerca de 40.000, permitiam a observação da aproximação e movimentação do inimigo. 

As sentinelas – que as guarneciam serviam-se de um sistema de comunicações que empregava bandeiras coloridas, sinais de fumaça e fogos. De planta quadrada, atingiam até 10 m de altura, divididas internamente. No pavimento inferior podiam ser encontrados alojamentos para os soldados, estábulos para os animais e depósitos de armas e suprimentos.

Os fortes – guarneciam posições estratégicas, como espaços entre as montanhas. Eram dotados de escadas para a infantaria e de rampas para a cavalaria, funcionando como bases de operação. Eram dominados por uma torre de planta quadrada, que se elevava a até 12 m de altura, e defendiam grandes portões de madeira.

Principais portas
Dentre suas passagens mais importantes destacam-se:
  • Porta Shanhai (山海關)
  • Porta Juyong (居庸關)
  • Porta Niángzi (娘子關)

Curiosidades
  1. Afirma-se que a Grande Muralha é a única estrutura construída pelo homem a ser vista da lua. Porém não é verdade, leia: Projeto Ockham - A Grande Muralha
  2. Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão-de-obra de cerca de um milhão de homens (250.000 teriam perecido durante a sua construção), entre soldados, camponeses e cativos.
  3. Calcula-se que a Grande Muralha tenha empregado cerca de trezentos milhões de metros cúbicos de material, o suficiente para erguer 120 pirâmides de Quéops ou um muro de 2 m de altura em torno da Linha do Equador.


Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Catarina de Aragão, a eterna rainha da Inglaterra

Catarina de Aragão – Princesa de Espanha (16 dezembro 1485, Alcalá de Henares — 7 janeiro 1536, Castelo de Kimbolton, Huntingdonshire) foi a primeira rainha consorte de Henrique VIII de Inglaterra. Foi ainda a mãe da rainha Maria I. Catarina, durante a juventude, foi efusivamente aclamada pela beleza e inteligência.

Conversava tanto em seu espanhol nativo, quando em latim, francês e mais tarde o inglês. Quando rainha, seu tempo foi majoritariamente empenhado em obras de caridade, o que lhe conferiu o amor do povo inglês, até hoje, a rainha consorte mais amada por eles. Seu túmulo em Peterborought nunca está sem flores, apesar de passados quase cinco séculos desde sua morte.


Catarina nasceu em Alcalá de Henares e foi a filha mais nova dos reis católicos Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela. Em 1501, Catarina casou com Arthur Tudor, Príncipe de Gales, como contratado desde a infância dos dois. O rei Henrique VII , pai de Artur , ofereceu uma grande cerimônia de casamento. O casal foi viver no País de Gales mas pouco tempo depois Arthur morreu repentinamente de malária. Catarina tornou-se viúva aos 16 anos. A sua determinação em ser rainha da Inglaterra a levou a afirmar que o casamento não fora consumado devido a pouca idade de ambos, o que foi a base da dispensa concedida pelo Papa Júlio II para uma nova união. Catarina estava determinada a ficar noiva de Henrique, seu cunhado de apenas 11 anos , e que com a morte do irmão mais velho, seria agora Príncipe de Gales e herdeiro do trono. O rei Henrique VII, porém o achava muito jovem para comprometê-lo, e o noivado teria que lhe render muitos benefícios, o que Catarina não poderia oferecer no momento. A situação de Catarina na Inglaterra ficou complicada, pois seus pais não queriam que ela voltasse para a Espanha sem os direitos de viuvez, o que o rei não concedia por não ter recebido a segunda parte do dote. 

Após um ano da morte de Arthur, Henrique VII ficou viúvo e propôs casamento a Catarina, que primeiramente aceitou, vendo dessa maneira a forma de realizar o seu sonho de ser rainha. Porém, quando soube que seus herdeiros não teriam preferência na coroa sobre Henrique, ela recusou a proposta, o que deixou o rei enfurecido. O rei então promoveu o noivado de Catarina e Henrique VIII, sem nenhuma intenção de honrar o compromisso. Apenas manteria Catarina sem nenhum pretendente. Catarina então passou a viver afastada da corte, empenhando suas jóias para se manter e contando com seu séquito de leais serviçais espanhóis. Após 6 anos, o rei morreu, e surpreendentemente Henrique quis imediatamente se casar com Catarina.

O casamento ocorreu em 11 de junho de 1509 depois da ascensão ao trono de Henrique VIII. Catarina era extremamente popular junto da população, quer como rainha, quer como princesa de Gales. Em 1513 chegou mesmo a servir como regente da coroa durante uma ausência de Henrique VIII que comandava a guerra com a França, sendo vitoriosa na Batalha de Flodden, quando defendeu a Inglaterra da invasão escocesa. 

Após perder alguns filhos, Catarina deu à luz um varão, Henrique, que morreu pouco tempo depois. A sua última gravidez em 1516 resultou numa filha, a futura Maria I de Inglaterra. Depois de Maria, Catarina não voltou a conceber, o que deixou Henrique preocupado com a sucessão. A Guerra das Rosas como consequência de instabilidade dinástica estava ainda bem presente na memória coletiva. Particularmente preocupante para Henrique, um estudioso de questões teológicas, era a afirmação contida no Levítico de que se um homem casar com a mulher do irmão, o casamento será estéril. Convencido de que Catarina teria mentido quanto à consumação do casamento com Arthur, Henrique VIII começou a procurar a anulação do casamento em 1527. Ao mesmo tempo, arrancara de Ana Bolena a promessa de que ela seria sua amante e futura mulher. No Vaticano a tomada de decisão arrastou-se por sete anos. As gestões de Thomas Wolsey não foram bem sucedidas. O Papa Clemente VII não parecia disposto a conceder a anulação por duas razões: 
  1. primeiro esta sempre foi a doutrina da Igreja e o comportamento do papado e depois poderia também ser visto como uma admissão do equívoco da Igreja quando concedera validamente a dispensa do casamento de Catarina com Arthur;
  2. segundo porque Clemente era uma marioneta política nas mãos do Imperador Carlos V, sobrinho de Catarina, a quem não convinha o fim da união.

Cansado de esperar, Henrique separou-se de Catarina em 1531 e em 23 de maio de 1533, o Arcebispo da Cantuária Thomas Cranmer anulou a união sem aprovação do Vaticano. A implementação do Ato de Supremacia e a separação da Igreja Anglicana da Igreja de Roma, consumou a anulação.

Catarina foi separada da filha, a princesa Maria, e exilada da corte para viver na província, embora com todos os privilégios de uma Princesa de Gales. Mas jamais aceitou o divórcio e continuou a assinar a correspondência como 'Catherine the Queen'. Catarina morreu em 7 de Janeiro de 1536, vítima de uma doença prolongada,  foi sepultada na Catedral de Peterborough com as honras de uma Princesa de Gales.



Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

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sábado, 13 de junho de 2009

Castelos


Um castelo (diminutivo de castro) é uma estrutura arquitetônica de fortificação, com funções defensiva e residencial. De tipo permanente, era geralmente erguido em posição dominante no terreno, próximo a vias de comunicação (terrestres, fluviais ou marítimas), o que facilitava o registo visual das forças inimigas e as comunicações a grandes distâncias.

Embora sejam popularmente associados à Idade Média europeia, estruturas com funções semelhantes vêm sendo empregadas desde a Idade da Pedra por todo o planeta. Como exemplos mais recentes temos os castelos do Japão e as fortificações dos Incas.



Antecedentes na Europa
As origens mais remotas dos castelos no continente europeu são os castros proto-históricos, que à época da expansão romana evoluíram para um reduto ("castellum"), dominado por uma torre de vigilância, cercado por um fosso ("fossa") e por uma muralha ("vallum").

Os castelos, em sua concepção clássica, começaram a surgir no século IX, quer em resposta às incursões Normandas e Magiares ao norte e ao centro, quer às lutas da reconquista cristã na península Ibérica, mas de forma geral como uma manifestação do poder político descentralizado dos senhores feudais. Do século IX ao século XV, milhares de castelos foram erguidos pelo continente. Durante este período os senhores feudais eram a lei e as suas torres, e depois os castelos – a garantia da segurança e da ordem para as populações locais, as suas colheitas e o seu gado. Essa situação manteve-se até ao surgimento da artilharia.

As torres defensivas
Na transição da Alta para a Baixa Idade Média, difundiu-se o emprego de torres defensivas, erguidas em pontos elevados, empregando os materiais mais abundantes em cada região: madeira, taipa e, posteriormente, pedra, em aparelho de menor ou maior perfeição. Típicamente, estas torres apresentavam planta circular ou quadrangular, divididas internamente em até 3 pavimentos que se comunicavam entre si por escadas. De forma geral, o pavimento inferior não apresentava portas, janelas ou quaisquer aberturas, sendo utilizado como depósito, cisterna ou prisão. Em época posterior, este pavimento inferior passou a abrigar o corpo da guarda. O pavimento intermediário conservou a função social e o pavimento superior passou a ser utilizado para a vida privada. No topo, o terraço manteve a função defensiva. Ao abrigo e ao redor destas torres, que combinavam as funções de atalaia, aviso, depósito de víveres e residência senhorial, os habitantes da região iam erguendo as suas residências.

Durante a Baixa Idade Média, este tipo de estrutura foi complementado por uma cerca dos mesmos materiais, normalmente de planta ovalada, adaptada ao terreno, e mais tarde, por fossos. As defesas foram progressivamente sendo aperfeiçoadas e dotadas, externamente, de barbacãs e torres albarrãs, e internamente, de cisternas e poços. O topo dos muros e das torres, também progressivamente, foi recebendo caminhos de ronda (adarves), ameias e merlões, seteiras e troneiras, palanques defensivos e balcões com matacães.

Os castelos "motte and bailey"
Os primeiros castelos na região da atual Grã-Bretanha eram de um tipo conhecido como "motte and bailey". O chamado "motte" constituía-se em um monte de terra, largo e nivelado, normalmente com 50 pés de altura, em cujo topo uma larga torre de madeira era erguida. Abaixo do monte dispunha-se uma área cercada com uma paliçada, também de madeira, envolvida por um fosso inundado, chamada de "bailey". Ao abrigo dessa cerca eram erguidos depósitos, currais e choupanas. Uma ponte dava acesso ao recinto e um estreito caminho dava acesso à torre no alto do monte, último reduto defensivo em caso de ataque.

A partir do século XI, a torre de madeira deu lugar a uma torre (ou torreão) de planta circular, em alvenaria de pedra, e a cerca de madeira, uma muralha também de alvenaria de pedra, ainda envolvida por um fosso inundado. A entrada passou a ser defendida por um portão e uma ponte levadiça.

As Cruzadas
A experiência adquirida à época das Cruzadas conduziu à evolução do traçado dos castelos europeus. As estruturas passaram a desenvolver-se de forma concêntrica, onde uma torre de menagem passava a ser cercada por dois ou mais anéis concêntricos de muralhas. Castelos concêntricos foram então projetados para que uma torre de menagem central fosse cercada por dois ou mais anéis de muralhas. As muralhas passaram a ser reforçadas por torres quadradas e, posteriormente, circulares, menos vulneráveis. Ameias foram dispostas no alto das torres e dos muros, visando a proteção dos defensores.

Os castelos nas Idades Moderna e Contemporânea
Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, registraram-se novos e importantes progressos na arquitetura militar, devido nomeadamente:
  • à introdução da artilharia nos campos de batalha - à medida em que o seu poder de fogo e precisão de tiro se aperfeiçoaram, as altas muralhas perpendiculares foram sendo substituídas por muralhas mais baixas e inclinadas;
  • à centralização do poder monárquico, que retirou parcelas de poder do clero e da nobreza. Um dos caminhos foi o de desmilitarizar os antigos castelos feudais e, desse modo, já no século XIII era necessário pedir a autorização real para erguer um novo castelo ou reforçar um já existente. Ao mesmo tempo, as principais vilas e os burgos, espaços da burguesia em ascensão, passaram a ser fortificados.
Nesse período, muitos castelos foram adaptados às funções de palácios, tendência que se acentuou na passagem para a Idade Contemporânea, quando a evolução dos meios ofensivos conduziu à perda do seu valor estratégico, substituídos pelas fortalezas abaluartadas, melhor adaptadas aos tiros da artilharia.

A construção de um castelo – poderia demorar menos de um ano até mais de vinte para ser concluída. A arquitetura de fortificações, por muitos séculos, constituiu-se em importante atividade econômica, levando a uma grande demanda por mestres-de-obras e grupos de artífices especializados. Na Idade Média, as cidades que pretendiam erguer catedrais tinham que competir por essa mão-de-obra especializada com a nobreza que estava a construir castelos. Um exemplo foi a construção do Castelo Beaumaris, no norte de Gales, iniciada em 1295 e jamais concluída. Em seu auge os trabalhos ocuparam 30 ferreiros, 400 pedreiros e 2000 trabalhadores. O Castelo de Conway, também em Gales, erguido por determinação de Eduardo I de Inglaterra, levou quarenta meses para ser concluído.

– Em sua concepção clássica, um castelo compunha:
  • um pátio ou praça de armas, cercado pelas edificações, adossadas às muralhas
  • topo das muralhas era percorrido por um adarve, protegido por ameias
  • o acesso de entrada era feito pelo Portão de Armas (principal), havendo ainda uma chamada "Porta Falsa", "Poterna" ou "Porta da Traição", prevendo uma eventual retirada dos defensores
  • as muralhas, amparadas ou reforçadas por torres, entre estas últimas, destacava-se a chamada torre de menagem, que se constituía em um pequeno castelo dentro do castelo
  • muralhas e torres eram encimadas por matacães e ameias
  • a defesa era ampliada pela presença de barbacãs e pela abertura de fossos e valas, secos ou inudados, visando a aproximação dos atacantes
  • pontes levadiças
  • uma grade que deslizava nas ombreiras do portão, bloqueando a passagem








Origem: Wikipédia

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Mântua - Lombardia - Itália

Mântua (em italiano Mantova) é uma comuna italiana da região da Lombardia, província de Mântua, com cerca de 46.372 habitantes. Estende-se por uma área de 63 km², tendo uma densidade populacional de 736 hab/km². É uma grande planície atravessada pelo rio Pó. A região é uma das mais férteis da Itália, sendo intensamente cultivada e densamente povoada. Cidade de origem romana, sendo a terra natal de Virgilio, famoso escritor romano. Foi construída em uma ilha no meio de um lago formado pelo rio Mincio. Mântua ocupa um dos primeiros lugares na Itália em relação à renda per capita e qualidade de vida. A riqueza da região provém da agricultura, graças às terras férteis da planície do Pó. Está a 40km de Verona, 130km de Milão, 150km de Veneza e 100 km de Bolonha.


– Em termos artísticos, é uma das jóias do Renascimento italiano, podendo-se destacar entre seus monumentos:


Monumentos

Palácio Te

Palácio Ducale

Basílica de S. Andrea




_____História______
Mântua surgiu sobre duas pequenas ilhas criadas pelo rio Mincio, o qual circunda a cidade por três lados, tendo os nomes de: 1. Lago Superior 2. Lago do Meio 3. Lago Inferior.

A cidade foi fundada por volta de 2.000 a.C e mais tarde por volta de 600 a.C desenvolveu-se no local uma cidade etrusca, a qual seu nome está relacionado, Mantus – divindidade etrusca.

Passou ao domínio romano, mas sem se tornar um centro importante. Após a queda do Império Romano (476 d.C), a cidade sofreu invasões dos bárbaros, sendo dominadas pelos godos, bizantinos, longobardos e francos. Por volta do ano 1000 passou a ser posse dos Canossa, cuja última representante foi a condessa Matilde, falecida em 1115. Após a sua morte, Mântua tornou-se uma cidade independente, resistindo contra as forças imperiais. Em 1198, Alberto Pitentino controlou o curso do Mincio, criando os quatro lagos que durante séculos constituíram a proteção natural da cidade. Em 1273 Pinamonte Bonacolsi assumiu o poder. Durante seu breve governo, Mântua se enriqueceu de monumentos e palácios. Em 1328, o último dos Bonacolsi foi assassinado durante uma revolução popular e o domínio passou à família Gonzaga. No período 1707-1797, teve um grande desenvolvimento sob o domínio austríaco. Em 1866, Mântua passou a fazer parte do Estado Italiano.

Fonte: Wikipédia e bergamaschi.20m.com

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Carlos VI Imperador do Sacro Império Romano Germânico

  • Carlos nasceu em 1º de outubro de 1685 e morreu em 20 de outubro de 1740, 
  • imperador do Sacro Império Romano de 1711 a 1740,  
  • 2º filho de Leopoldo I da Germânia e de sua 3ª esposa Leonor Madalena de Pfalz-Neuburg 
  • casado com Elisabeth Christine de Brunswick-Wolfenbuttel

Assumiu o trono como Carlos III de Aragão e Castela, sendo coroado em Madri, mas abandonou a pretensão ao assumir o trono austríaco. Não consta na lista de reis espanhóis, pois Filipe duque de Anjou finalmente obteve o trono como Filipe V de Espanha.

Educado por Anton Florian de Liechtenstein, foi o herdeiro dos Habsburgos espanhóis, ramo em extinção. Carlos II da Espanha fez seu herdeiro o duque de Anjou, que subiu ao trono espanhol como Filipe V, violando o contrato. A guerra pela coroa levou à Guerra da Sucessão Espanhola, nos anos finais do século XVII.




____Reinado____
O irmão, imperador José I da Germânia morreu subitamente, Carlos retornou à Austria e assumiu o trono austríaco. Em 1711 foi eleito sacro imperador romano em Frankfurt.  Embora com pouco talento político, em sua monarquia a Áustria atingiu sua maior expansão. Talvez em consequência dos anos que passou na Espanha, introduziu na corte em Viena: 
  • o cerimonial espanhol, ou Spanisches Hofzeremoniell,  
  • constuiu a famosa Escola Espanhola de Equitação, 
  • construiu o Reichskanzlei "chancelaria do Estado"  
  • a Biblioteca Nacional, 
  • agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler. 

Muito do que foi construído em seu reinado são os prédios que hoje mostram em Viena o estilo barroco.

Tinha ambições musicais, quando menino, recebeu lições de Johann Joseph Fux de modo que compunha e tocava cravo e piano e por vezes se animou a reger a orquestra real.

____Sucessão____
Tendo apenas duas filhas e não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a «Pragmática Sanção» em 1713, pela qual declarou que seu reino não poderia ser dividido e filhas mulheres poderiam também herdar o trono paterno. Mesmo assim quando morreu teve lugar a Guerra da Sucessão Austríaca. Por fim, a «Pragmática Sanção» predominou e uma filha o sucedeu – Maria Teresa, como Rainha da Hungria e da Boêmia, Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não fosse eleita para o Sacro Império Romano, eleito então Carlos VII da Baviera. Depois de Carlos VII, porém, o marido de Maria Teresa, Francisco da Lorena, foi eleito imperador como Francisco I da Lorena assegurando a continuação da linha dos Habsburgo.


«Pragmática Sanção» é a designação tradicionalmente dada a toda a norma ou disposição legal promulgada de forma solene por um soberano absoluto que disponha sobre aspectos fundamentais do Estado, regulando questões como a sucessão no trono, as matérias de religião de Estado e outras. Na história do Sacro Império Romano-Germânico refere-se mais especificamente a um édito emitido pelo Imperador.

Origem: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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