A Toscana tornou-se uma identidade política, quando já o era geográfica e culturalmente, a partir do século XV, quando Florença iniciou a sua expansão com a aquisição de Pisa em 1405, Livorno em 1421, e Siena em 1555. Habitada pelos etruscos, ligou-se definitivamente a Roma em finais do século IV a.C. O seu nome Toscana, provém de "Tusci", ou tuscos, nome que se aplica também aos etruscos. Pela sua posição geográfica certamente viveu de muito perto as convulsões que agitaram a República Romana, depois o Império Romano e ainda os reinos dos bárbaros.
sábado, 30 de maio de 2009
História da Toscana
Luis XIV da França
- "espada de Carlos Magno",
- esporas e
- o anel "a aliança com que o dito Senhor esposa o Reino"
- O Louvre – era um palácio medieval reconstruído no estilo renascentista durante o reinado de Francisco I. Era um palácio acanhado demais para as demais necessidades de uma corte do século XVII, e o incêndio que destruiu parte dele em 1662 pôs sua reconstrução como ponto prioritário na agenda.
- Versalhes – o rei tinha voltado sua atenção para ele, que se resumia a um pequeno castelo construído para Luis XIII em 1624. Um lugar perfeito para Luis encontrar com sua amante, Mlle de La Vallière em relativa privacidade.
- Guerra da Devolução 1667-1668 – travada para impor aos Países Baixos espanhóis o domínio que Luis arrogava depois da morte, em 1665, de Filipe IV, pai de sua esposa. Luis comandou pessoalmente suas tropas. A partir dessas vitórias, o rei passou a ser chamado de "Luis, o Grande"
- Guerra Holandesa 1672-1678 – foi a insolência dos holandeses que provocou o rei, quando se aliaram aos inimigos da França, oprimiram os católicos, competiram com o comércio francês. Luís decidiu punir os holandeses e assumiu pessoalmente o comando da campanha.
- Louise Françoise de La Baume Le Blanc, duquesa de La Vallière e de Vaujours
- Françoise-Athénaïs de Rochechouart de Mortemart, Marquesa de Montespan
- Bonne de Pons, Marquise d'Heudicourt
- Françoise d'Aubigné, Marquesa de Maintenon, viúva do poeta Scarron. Após a morte da rainha o rei desposou-a
- Marie Mancini, sobrinha do cardeal Mazarin
- Olympe Mancini, Condessa de Soissons, Sobrinha do cardeal Mazarin
- Hortense Mancini, sobrinha do cardeal Mazarin
- Louise de Nesles, Condessa de Mailly
- Lucie de La Motte-Argencourt
- Isabelle de Ludres
- Anne Julie de Rohan-Chabot, princesa de Soubise
- Mademoiselle de Thianges
- Lydie de Rochefort-Théobon
- Marie Angélique de Scoraille de Roussille, Marquesa e depois Duquesa de Fontanges
- Henriqueta Ana Stuart, sua cunhada e Duquesa de Orleáns
- Claude de Vin des Œillets, Mademoiselle des Œillets
- Catherine Charlotte de Gramont, Princesa de Mônaco

• Ana Isabel de França, Princesa de França (18 de Novembro de 1662 – 30 de dezembro de 1662)
• Maria Ana de França, Princesa de França (16 de novembro de 1664 – 23 de dezembro de 1664)
• Maria Teresa de França, Princesa de França(2 de janeiro de 1667 - 1 de março de 1672)
• Felipe Carlos de França, Duque de Anjou (5 de agosto de 1668 - 10 de julho de 1671)
• Luís Francisco de Bourbon,Duque de Anjou (14 de junho de 1672 – 4 de novembro de 1672)
sexta-feira, 29 de maio de 2009
D. Leopoldina do Brasil
Imperatriz Consorte do Brasil (1822-1826)
Rainha Consorte de Portugal (1826)
Em Viena na Áustria, no Palácio de Schünbrunn, em 22 de janeiro de 1797, nascia a Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda Beatriz de Habsburgo-Lorena, sexta filha do segundo casamento de Francisco I, Imperador da Áustria, e II da Alemanha (1768-1835) com Maria Teresa de Bourbon-Sicília (1772-1807). Seus pais eram primos-irmãos, ambos eram netos de Maria Teresa, a Grande (1717-1780), uma das maiores estadistas do século XVIII.
Sua educação foi primorosa. Normalmente, não se exigia muito das princesas, bastava ensinar-lhes a costurar e bordar, além, de boas maneiras e algumas aulas de piano. Mas não na casa dos Habsburgos. Ali, as mulheres tinham um nível cultural altíssimo, influenciado pelo Iluminismo. Desde pequena, Leopoldina foi submetida a um programa intensivo de aulas diárias, adquirindo conhecimentos científicos, políticos, históricos e artísticos, além de aprender idiomas estrangeiros, incluindo o francês, o italiano, o alemão e o latim. Aos dez anos ficou órfã de mãe.
Um ano depois seu pai se casaria novamente com aquela que Leopoldina descreveria como a pessoa mais importante de sua vida, Maria Ludovica. Prima de Francisco I, como ele, neta de Maria Teresa a Grande. Superava a defunta imperatriz em cultura e brilho intelectual, pois tivera uma educação esmerada. Musa e amiga pessoal do poeta Goethe, ela foi responsável pela formação intelectual da enteada, desenvolvendo na jovem o gosto pela literatura, a natureza e a música de Haydin e Beethoven. Não tinha filhos próprios, adotava de bom grado os da antecessora, e esses a chamavam de “querida mamãe”.
A morte da madrasta abalou Leopoldina em 1816. À tia Amélia, irmã de sua mãe, Leopoldina escreveu: “(...) devo-lhe tudo que sou, ela demonstrou-me em todas as ocasiões um amor e bondade verdadeiramente tão tocantes que deveria ser acusada da mais negra ingratidão, caso o meu coração fosse capaz de esquecê-la”. E o próprio Johann Wolfgang Von Goethe confessava em 1821: “Ainda não me refiz da morte da defunta imperatriz; é como se a gente desse pela falta de uma estrela principal que se acostumara a rever agradavelmente todas as noites” (OBERACKER, 1973 : 22)
• Casamento
Em 1805, a família teve que fugir de Viena derrotada por Napoleão, que ocupou o Palácio de Schünbrunn. Para selar a paz com seu maior inimigo, Francisco I teve que casar a filha Maria Luísa (1791-1874), irmã predileta de Leopoldina, com Napoleão Bonaparte (1768-1835). Outra irmã, Maria Clementina (1798-1881), também deixou seu país para desposar seu tio Leopoldo das Duas Sicílias.

Depois de uma longa negociação, D. Leopoldina casou-se em Viena, por procuração, com o então Príncipe D. Pedro de Orleans e Bragança, que foi representado pelo Arquiduque Carlos, irmão do Imperador da Áustria. Ela recebeu um medalhão com a imagem de Pedro, preso a um colar de diamantes de primeira água, e achou o noivo lindo. Em carta à irmã Maria Luísa, chegou a compará-lo a Adonis, confessando que já tinha olhado para a imagem mais de mil vezes.
No início de 1817, D. Leopoldina chegava ao Brasil com sua Corte, formada de médicos, zoólogos, botânicos e músicos. A cidade foi toda ornamentada para receber a Princesa com grandes festas. A bordo da galeota real, ela conheceu D. Pedro, por quem já era apaixonada.
D. Leopoldina não era sedentária, gostava intensamente da natureza e de andar a cavalo, caçando ou colecionar plantas, minerais, insetos e animais. Usava a túnica e calças, chapéu de homem de feltro ou palha, botas altas com esporas de tipo mineiro. Seduzida pelo moço a quem não faltavam encantos, pôde depressa fechar os olhos para não ver alguns dos seus mais graves defeitos de educação e de caráter, que só mais tarde a fariam penar ( SOUSA, 1972 : 78 ).
Encontrou na corte uma situação adversa à de Viena. Para quem fora criada no Palácio de Schünbrunn, São Cristóvão onde passou a morar, era um castelo de horrores, uma construção árida, cercada por lamaçal, montes de esterco e brigas entre alforriados e escravos. A vida do ponto de vista moral era solta. Havia pouco lugar para distrações e divertimentos alegres e ingênuos aos quais a arquiduquesa estava tão acostumada na casa paterna.
Em uma série de cartas enviadas a seus parentes na Europa, Leopoldina fazia observações sobre a família real e a corte de um modo geral: “A minha sogra sempre respeitarei como mãe de meu esposo, a sua conduta, porém, é vergonhosa e desgraçadamente já se percebem as conseqüências tristes nas suas filhas mais novas que têm uma educação péssima e sabem aos dez anos de idade tanto como as outras que são casadas” (OBERACKER, 1973 : 132).
Espantava a princesa com a situação de seu marido que, já casado, ainda recebia bofetadas da mãe. Se surpreendia também com a linguagem da corte portuguesa que era rude, lacônica e solta. D. Pedro, a mãe D. Carlota, o irmão D. Miguel e outros não hesitavam em servir-se publicamente dos mais baixos termos da “ralé”.
Já em relação ao sogro, D. João, apreciavam-se reciprocamente, por parentesco de alma e de inclinações. Brincando, teria dito certa vez que, se tivesse tido a escolha entre o rei e seu filho, não teria vacilado. Em carta a seu pai elogiou a D. João: “Amo e estimo o meu sogro como a um segundo pai, e acho que ele se parece muito com o Senhor, caríssimo papai, no que toca à bondade de coração e ao amor ao seu povo” (OBERACKER, 1973 : 132).
Os elogios também iam para sua cunhada Maria Teresa de Bragança, filha predileta de D. João. Esta princesa era a pessoa mais simpática e ilustrada da família real; levava uma vida moralmente impecável e tinha pendores que aproximavam de D. Leopoldina. “ Minha cunhada Maria Teresa é uma verdadeira amiga e eu gosto muito dela. Sua amizade e confiança para comigo me lembram a minha situação feliz na minha cara pátria”( IBIDEM).
Aos poucos D. Pedro se revelou um homem habituado a executar suas vontades, sujeitando a esposa a certos aborrecimentos, ela sempre, teve conhecimento das infidelidades do esposo, principalmente de sua relação com Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos. As relações com D. João eram amistosas, mas o mesmo não acontecia com a sogra, D. Carlota Joaquina, descrita por ela como uma mulher violenta. Mas apesar dos infortúnios o casal desfrutava momentos de prazer, com suas constantes cavalgadas e compartilhando o gosto de ambos pela música.
Do marido, como tal, a futura Imperatriz teve logo muitos motivos de queixar-se, a crônica a propósito é farta e muito bem conhecida. Apesar de tudo amava-o verdadeiramente e dedicadamente. Tudo soube suportar com discrição admirável. Do Imperador teve sete filhos, dois dos quais viu morrer infantes. De todos foi mãe extraordinariamente carinhosa e dedicada.
A essas virtudes, era possível acrescentar um senso político extremamente aguçado, uma notável capacidade de pressentir o momento da ação, e sugeri-la ao marido. Vinha esse senso marcado por um acentuado amor, que desde logo desenvolveu, pela terra e pela gente do Brasil
• Maternidade

- Maria da Glória (1819-1853) (Maria II, rainha de Portugal), casada respectivamente com os príncipes Augusto de Leuchtenberg e Fernando de Saxe-Goburgo-Ghota;
- Miguel (1820, falecido logo após o nascimento);
- João Carlos (1821-1822);
- Januária (1822-1897), casada com o príncipe Luís de Bourbon das Duas Sicílias, Conde de Áquila ;
- Paula Mariana(1823-1833);
- Francisca Carolina (1824-1898), casada com o príncipe Francisco de Orleans da França, Príncipe de Joinville;
- Pedro de Alcântara (1825-1891) (Pedro II Imperador do Brasil), casado com Teresa Cristina de Bourbon, princesa das Duas Sicílias.
D. Leopoldina preocupava-se com o futuro dos filhos criados em ambiente tão sórdido, Maria da Glória, por exemplo, “brigava com o pai à mesa por uma coxa de galinha. Chicoteava escravos até sangrar, e, ainda tomava banho num dos corredores do palácio, sob as vistas de todos” (Graham, 1956 : 104).
D. Pedro teve sua arte própria para dar nome aos filhos. A mais velha lembrava a Virgem de sua devoção, Nossa Senhora da Glória. Miguel, seu irmão mais novo. João Carlos unira o nome do avô D. João VI e bisavô materno D. Carlos IV. Januária invocava a província do Rio de Janeiro. Paula Mariana evocava as cidades provincianas que se distinguiram pela sua adesão e lealdade para com o príncipe regente( São Paulo e Mariana). D. Pedro era ele mesmo, em segunda edição. Só que o filho em quase nada se pareceu com o pai
Embora o príncipe regente não alcançasse grande popularidade entre os brasileiros, não tardaram a surgir manifestações de descontentamento aos primeiros sinais de tentativa de recolonização por parte de Portugal, com a transferência de importantes setores da administração para Lisboa.
A ida de D. Pedro marcaria uma grande ruptura entre o Brasil e Portugal, ocasionando um retrocesso na autonomia brasileira. Com a mulher, D. Pedro informava-se de muitas coisas da Europa da qual tinha noções vagas e incertas. D. Leopoldina, além da perfeita visão política, tinha a coragem necessária para assumir o patrocínio da causa. Não padece dúvida, que a princesa real era, na oportunidade, a pessoa que mais podia influir no ânimo do príncipe para que renunciasse à idéia do retorno a Portugal. As suas sugestões, sempre aferidas pela renúncia, costumavam ser acatadas pelo esposo, sempre mais impulsionado pelo estusiasmo do que pelo resultado do raciocínio ponderado.
Após amplas manifestações de apoio à permanência do regente, D. Pedro anuncia sua decisão, marcando a data histórica do "Dia do Fico", em 9 de janeiro de 1822. "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico". Reunido em frente ao Paço Municipal, o povo saudou a decisão do príncipe. Em 1º de agosto, declarou inimigas todas as tropas enviadas de Portugal sem o seu consentimento.
Com a eminência uma guerra civil que pretendia separar a Província de São Paulo do resto do Brasil, D. Pedro passou o poder à Dona Leopoldina no dia 13 de Agosto de 1822, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para apaziguar São Paulo. Neste ínterim, a Princesa Regente recebeu notícias que Portugal estava preparando uma ação contra o Brasil e, sem tempo para aguardar a chegada de D. Pedro, Leopoldina, aconselhada pelo Ministro das Relações Exteriores José Bonifácio e usando de seus atributos de chefe interina do governo, reuniu-se na manhã de 2 de Setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinando o Decreto da Independência, declarando o Brasil separado de Portugal. José Bonifácio convocou o oficial de sua confiança, Paulo Bregaro, para levar a sua carta e a de Leopoldina para D. Pedro em São Paulo. Bregaro encontrou-se com o Príncipe e a sua comitiva nas margens do riacho Ipiranga no dia 7. Ao ler as cartas sobre os acontecidos no Rio, D. Pedro, referendando a medida tomada pela Princesa Regente, proclamou a Independência do Brasil.
Enquanto se aguardava o retorno de D. Pedro ao Rio, a Princesa Leopoldina, já como a primeira governante interina do Brasil Independente, idealizou a Bandeira do Brasil: Com o verde da família Bragança e o amarelo ouro da família Habsburg.
A Princesa Leopoldina assinou o Decreto da Independência, separando o Brasil de Portugal em 2 de setembro de 1822, mas temendo uma repercussão negativa, por ela ser austríaca, José Bonifácio aconselhou-a a deixar o anúncio do decreto assinado a cargo de D. Pedro, este proclamou em 7 de setembro de 1822 o Decreto da Independência assinada pela Princesa Regente.
Leopoldina dedicou seu trabalho à construção do Império do Brasil, depois da Coroação de D. Pedro, o casal visitava repartições públicas, inspecionava a alfândega e hospitais. No final de 1822, Domitila fixou residência no Rio de Janeiro e Leopoldina foi obrigada a conviver com a amante de seu marido como sua primeira-dama, o que naturalmente não deve ter sido muito fácil para a Imperatriz e desgastou o relacionamento do casal.
• Os últimos anos
Os últimos dias de sua vida ficaram obscuros, mas se tem conhecimento de que ela grávida, sofrera algum tipo de agressão do marido, que estava de viagem para o sul do Brasil e adoeceu em seguida, tendo perdido a criança, fato que fez seu estado de saúde se agravar.
Leopoldina tinha uma consciência de que, com a independência proclamada, dificilmente voltaria a pisar o solo europeu, pois a consolidação do império exigia sua presença aqui. “Deus, quão contente seria sentir a nossa querida neve e o ar fresco”. Essa renúncia foi a condição necessária para o gozo de sua vitória política e, ao mesmo tempo, o início de sua tragédia pessoal.
Na viagem a São Paulo, em 1822, D. Pedro conhece sua futura amante Domitila de Castro, depois agraciada com o título de Marquesa de Santos. À medida que aumentava a paixão do monarca pela cortesã, crescia na mesma proporção seu desprezo pela imperatriz.
Muito querida por seus súditos, Leopoldina ganhou logo a solidariedade das camadas populares. Ela começava a sofrer as mais insultantes humilhações. Uma delas foi a descarada nomeação de Domitila para a função de primeira dama da imperatriz, obrigando-a a conviver com sua rival sob o mesmo teto do Palácio de São Cristóvão (LOPES, 1998 : 88).
Cada vez mais deprimida, angustiada e grávida pela nona vez, Leopoldina acabou abortando. Se o aborto foi provocado por uma agressão verbal do imperador, se por agressão física, como circulou na cidade, não se sabe. O fato ocorreu após uma violenta discussão provocada pela recusa da esposa em comparecer a uma cerimônia de beija-mão, acompanhada apenas pela amante do imperador, o que eqüivalia a uma aceitação pública do relacionamento escuso.
D. Pedro ausentou-se por mais de um mês do palácio. Num rompante, escreveu a ele que decidisse entre as duas, ou "me dará licença de me retirar para junto de meu pai", ou seja, voltar à Áustria. Não teve tempo. Cada vez mais triste e doente, caiu entrevada ao leito. Em sua longa agonia, em meio a febres, delírios e solidão, ainda teve forças para ditar uma carta à irmã Maria Luísa, pedindo amparo aos filhos. "(...)chegado no último ponto de minha vida no meio dos maiores sofrimentos (...) ouvi o grito de uma vítima que de vós reclama não vingança, mas piedade e socorro do fraternal afeto para os inocentes filhos que órfãos vão ficar, em poder de si mesmos, minha adorada mana(...) por amor de um monstro sedutor me vejo reduzida ao estado da maior escravidão e totalmente esquecida do meu adorado Pedro” (RANGEL, 1928 : 207).
• Morte
Morria D. Leopoldina sem rever “o adorado Pedro”. Estava este no Sul e lá recebeu a comunicação de que enviuvara. Tomou-o um pranto nervoso, talvez pelo remorso de ter feito sofrer aquela que tanto o amou.
Sua morte causou grande comoção perante a população do Rio de Janeiro. Disse o francês Jacques Arago: “Não me cansava de admirar os encantos dessa inditosa princesa”, e o seu conterrâneo Ferdnand Dénis a denominava “a mais pura, a mais excelente das mulheres” (OBERACKER,1985 : 156). Os mais sinceros eram os pobres e humildes que a soberana tinha sempre protegido quanto pudera. Os pobres negros andaram pelas ruas por muitos dias gritando. “Quem tomará partido dos negros? Nossa mãe se foi!” Segundo o relato de um velho escravo africano que trabalhava na Quinta da Boa Vista a respeito de Leopoldina: “Era muito boa, quando passava por nós, cativos, parava e dizia-nos palavras confortadoras. Seu marido era um moço arrogante, andava sempre com um chicotinho de cabo de prata, com o qual e por qualquer coisa batia nos outros” (SANTOS, 1927 : 8).
D. Leopoldina, sem dúvida, perdera o coração do marido infiel, conquistara, todavia, em compensação o coração de um povo inteiro.
Morreu no dia 11 de dezembro de 1826, longe de seu país e de seu marido. Quando os sinos das igrejas e os canhões das fortalezas anunciaram sua morte, a população em massa foi prestar sua homenagem a Imperatriz, que era extremamente bem quista, foi decretado luto de três dias na Cidade. A Imperatriz foi enterrada no Convento da Ajuda no Rio de Janeiro. Quando o convento foi demolido, em 1911, os restos foram transladados para o Convento de Santo Antônio, também no Rio de Janeiro, onde foi construído um mausoléu para ela e alguns membros da Família Imperial. Em 1954, foram transferidos definitivamente para um sarcófago de granito verde ornado de ouro, na Capela Imperial, sob o Monumento do Ipiranga, na cidade de São Paulo.
D. Leopoldina, primeira Imperatriz do Brasil, que no Brasil acrescentou ao seu nome o Maria, em homenagem aos Braganças, foi uma figura sempre esquecida pela maior parte dos historiadores que quase não fazem menção a sua participação no momento de emancipação política brasileira. Mulher de educação esmerada, à frente de seu tempo, de fino trato com as pessoas fizeram dessa mulher uma das personagens mais queridas do Brasil no início do século XIX.
Fonte: Os Impérios; Klepsidra; 'Dama dos Trópicos' - de: Moreira Gonçalves, Gilmar; Museu Nacional
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Catarina I da Rússia
Em 1703, quando Pedro, o Grande fundou São Petersburgo e para lá mudou a corte, tornou-se sua amante, casando em segredo em 1707, depois de se converter à fé ortodoxa e tomar o nome de Catarina Alekséievna. Quando casaram tinham já 7 filhos, nenhum dos quais sobreviveu até à idade adulta, no total foram onze filhos dos quais sobreviveram Ana (1707) e Isabel (1709). Enquanto se construía a cidade, viveram numa cabana onde ela cozinhava e ele cuidava do jardim. A sua correspondência mostra que o casal sempre manteve grande cumplicidade, e ela cuidava do czar pessoalmente durante os seus ataques. Diz-se que só discutiram uma vez, devido à execução por corrupção do secretário de Catarina.
Em 1711 acompanhou o czar na Campanha de Prut, contra a Turquia, e conta-se que salvou a vida de Pedro quando estava rodeado por um exército muito superior, sugerindo-lhe que se rendesse e utilizando as suas jóias e as das suas damas para subornar o Grão-Vizir. Pedro I premiou-a casando com ela, desta vez oficialmente, na Catedral de Santo Isaac. Deu a Catarina o título de Imperatriz, sendo a primeira mulher a ter este título:
- até então as esposas do czares eram conhecidas como suas consortes
Durante o reinado de Pedro I foi efetuada uma profunda reforma do Exército: que permitiu a pessoas sem título nobiliárquico a possibilidade de aceder ao corpo de oficiais, acabando assim com o monopólio da nobreza nesses cargos, e nomeando-os também para cargos públicos, baseando-se na competência. Assim, ao morrer o rei em 1725 designado-a sucessora, teve que fazer frente:
- à oposição do clero e
- dos boiardos,
- e à do povo que apoiava os direitos do príncipe Pedro, filho do já falecido czarevich Alexei Petrovich (filho de Pedro I com Eudóxia).
Menshikov tornou-se o efetivo chefe do governo, trabalhando através do recém-estabelecido Conselho Privado, mas caiu do poder com a morte de Catarina. Sua filha Isabel tornou-se imperatriz em 1741 até 1762, dando início à época de despotismo esclarecido do Império Russo.

Veneza
- 266 181 habitantes,
- a comuna de Veneza estende-se por uma área de 412 km2, incluindo as ilhas de Murano, Burano e outras na lagoa de Veneza,
- densidade populacional de 646 hab/km2
A cidade foi formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no noroeste do mar Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, no qual sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges – os líderes da cidade. Como cidade comercial, tinha várias feitorias e controlava várias rotas comerciais no Levante. Eram suas feitorias cidades como:
- Negroponto e
- Dyrrhachium (atual Durrës),
- Creta,
- Rodes,
- Cefalônia e
- Zante
O patrono da cidade é São Marcos (festa em 25 de abril). A festa do povo do Vêneto é celebrada em 25 de março, data da fundação da cidade. É classificada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se:
- a Basílica de São Marcos,
- a famosa Ponte de Rialto sobre o Grande Canal, construída em 1588 segundo projeto de Antonio da Ponte, a Ca' d'Oro
- e numerosas igrejas e museus.
Embora não haja nenhum registro histórico que lide diretamente com as origens de Veneza, os elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores concordassem com a teoria de que a população original de Veneza era formada por refugiados de cidades romanas como Pádua, Aquiléia, Altino e Concórdia (moderna Portogruaro), que fugiam das sucessivas invasões germânicas e hunas à Península Itálica no século V. Mais tarde, algumas fontes históricas romanas revelaram a existência de pescadores nas ilhas da lagoa de Veneza. Eles são referidos como incola lacunae (habitantes da lagoa).
Começando em 166-168, os Quados e os Marcomanos destruíram a atual Oderzo. As defesas romanas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cerca de 50 anos depois, pelos hunos liderados por Átila. A mais duradoura invasão foi a dos lombardos em 568. A leste, o Império Bizantino estava estabelecendo domínios na região do atual Vêneto e as principais entidades administrativas e religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este domínio. Foram construídos novos portos nos domínios, incluindo Malamocco e Torcello na lagoa de Veneza. O domínio bizantino na Itália Central e Setentrional posteriormente foi eliminado em grande medida pela conquista do Exarcado de Ravenna em 715 por Astolfo. Durante este período, a sede local do governo bizantino (a residência do "duque-doux", depois chamado de doge), foi situada em Malamocco. Em 775-776, a sede do bispado de Olivolo (Helipolis) foi criada. Durante o reinado do doge Agnello Participazio (811-827), a sede ducal foi movida de Malomocco para a ilha protegida de Rialto (de "rivoalto", isto é, costa alta).
Na Alta Idade Média, Veneza expandiu-se graças ao controlo do comércio com o Oriente e aos benefícios que daí vinham, expandindo-se pelo mar Adriático. O apogeu de Veneza alcançou o zauge na primeira metade do século XV, quando os venezianos começaram a expandir-se pela Itália oriental, como resposta ao ameaçador avanço de Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão.
Veneza soube aproveitar todas as mudanças que ocorreram no mundo ocidental:
- Aliou-se com os francos contra os longobardos.
- Aliou-se com o Império Bizantino contra os normandos.
- Foi benevolente e tolerante com o Islã, de tal modo que ao estar o Império Bizantino em guerra com os árabes este não podia comerciar sem grandes riscos, e foi nessa ocasião que os navios venezianos partiram para Alexandria, Beirute e Jaffa, monopolizando aquele comércio.

quarta-feira, 27 de maio de 2009
Os doges de Veneza
O Doge (do latim dux, "chefe") era o dirigente máximo da República de Veneza. Era o primeiro magistrado da república veneziana. Os seus atributos simbólicos eram ainda reminiscências do Império Bizantino. Os venezianos procuraram sempre limitar o poder dos doges, através, por exemplo, do promissio ducalis – uma carta de princípios e promessas que deviam jurar na data de entrada em funções. O texto foi fixado em 1172, quando foi eleito Enrico Dandolo; foi alvo de alterações em 1192 e 1229. A partir deste último ano, a eleição do doge ficou submetida ao exame do Celhos dos Cinco Correctores. A partir de 1501, a promissio foi lida todos os anos ao doge em funções. Em 1646, a dogeza (a mulher do doge) foi proibida à coroação. Durante o século XVII, os membros da família do doge estavam proibidos na magistratura e embaixadas venezianas.
O primeiro título de doge em Veneza foi dado no século IX como dux Veneciarum – chefe dos Venezianos, título que se manteve durante toda a existência do cargo. Do século IX ao século XII, os doges juntaram ao título os de:
- dux Croatorum – chefe dos Croatas
- dux Dalmatinorum – chefes dos Dálmatas
- totius Istriæ dominator – soberano de toda a Ístria
- dominator Marchiæ – soberano das Marcas

Traduzindo assim o domínio veneziano no mar Adriático. Em 1095, o epitáfio do doge Vitale Faliero de' Doni proclamava-o rex et corrector legum – rei e promulgador das leis. Enrico Dandolo, no fim do século XII, intitulava-se dominator quarte et dimidie partis totius Imperii Romanie – soberano de um quarto e meio de todo o Império Romano. O título prolongou-se até 1356 e foi abandonado por Giovanni Delfino. Com a invasão de Napoleão Bonaparte, o último doge Ludovioco Manin abdicou em 12 de maio 1797.
Fonte: Wikipédia
terça-feira, 26 de maio de 2009
Joana I de Castela – "a louca"
Como era costume na Europa da época, seus pais Isabel e Fernando negociaram os casamentos de todos os seus filhos de modo a assegurar objetivos diplomáticos e estratégicos. Conscientes das aptidões de Joana e do seu possível desempenho em outra corte, bem como da necessidade de reforçar os laços com o Sacro Imperador Romano-Germânico, Maximiliano I da Germânia, ofereceram Joana ao seu filho, Filipe, arquiduque da Áustria, duque da Borgonha, Brabante, Limburgo e Luxemburgo, conde da Flandres, Habsburgo, Hainaut, Holanda, Zelândia, Tirol e Artois, e senhor de Amberes e Malinas entre outras cidades.
Joana despediu-se da mãe e irmãos, e iniciou a viagem para a longínqua e desconhecida terra flamenca, lar do futuro esposo, Flandres. Filipe encontrava-se na Alemanha e não foi receber a sua noiva, devido à oposição dos conselheiros francófilos, que tencionavam convencer Maximiliano da inconveniência de uma aliança com Castela, e das virtudes de uma aliança com a França. O ambiente da corte no qual Joana se encontrou era radicalmente oposto ao que viveu na sua Castela natal. Por um lado, a sóbria, religiosa e familiar corte castelhana contrastava com a festiva, desinibida e individualista corte borgonho-flamenca.
Vida conjugal

- Em 24 de Novembro de 1498, na cidade de Lovaina, nos arredores de Bruxelas, nascia a primogênita, Leonor, assim batizada em honra de Leonor de Portugal, avó paterna de Filipe, que teria enlouquecido de desgosto pela morte do marido.
- Joana vigiava constantemente o seu esposo. Apesar do avançado estado de gestação da sua segunda gravidez, da qual nasceria Carlos a 24 de Fevereiro de 1500, assistiu a uma festa no palácio de Gante. No mesmo dia nasceu o seu filho, segundo se diz, nos lavabos do palácio.
- No ano seguinte, a 18 de Julho de 1501, em Bruxelas, nascia a sua terceira filha, chamada Isabel em honra de Isabel de Portugal, rainha de Castela, sua avó materna.
– o filho deste morreu quando nasceu;
– em 1498 morreu sua irmã Isabel de Aragão e Castela, Rainha de Portugal, casada com o rei D. Manuel I de Portugal;
– em 1500 morreu o filho desta, o príncipe Miguel da Paz, Príncipe de Portugal e das Astúrias.
Joana e Filipe se tornaram herdeiros em 1502, e em dezembro, Filipe voltou para as terras de Flandres, o que parece ter agravado o estado mental de Joana. Já demonstrando debilidade mental, foi inicialmente detida pela mãe em Castela. Mas em março de 1504 Joana saiu de Medina del Campo para Flandres.
Sua mãe Isabel morreu em 25 de novembro de 1504. Joana foi proclamada rainha de Castela em 26 de novembro e reconhecida pelas Cortes de Toro em 11 de Janeiro de 1505. O testamento encarregava Fernando II de Aragão da administração e governo do seu reino de Castela; a rainha proibia a concessão de cargos castelhanos a estrangeiros e determinava ainda que, caso Joana manifestasse sintomas de desequilíbrio, o reino devia ser regido por seu pai.
Fernando acabou por renunciar ao poder de Castela para evitar um confronto armado. A 27 de junho de 1506, reconhecendo a alienação mental da filha, assinou o Tratado de Villafáfila, renunciando aos seus direitos e retirando-se para Aragão. As Cortes de 9 de Julho proclamaram Joana como rainha de Castela, Filipe como rei consorte e o filho Carlos como herdeiro. Filipe isolou Joana e governou, reorganizando cargos e ofícios, concedendo privilégios aos nobres castelhanos e flamengos, deteria a coroa até 25 de setembro do mesmo ano, quando morreu repentinamente, em circunstâncias suspeitas. A peste açoitava o país. Suspeitou-se de envenenamento. Foi uma febre intensa que o matou. Fernando II de Aragão recuperou o poder.
Conta-se que Joana fez embalsamar o corpo do marido, vestiu o cadáver com grande pompa e o levou consigo, encabeçando o cortejo fúnebre, viajando sempre à noite. Durante oito frios meses por terras castelhanas, a rainha Joana não se separara por um momento do caixão, acompanhada por um grande número de pessoas, entre as quais religiosos, nobres, damas de companhia, soldados e diversos criados. Na cidade de Torquemada, a 14 de janeiro de 1507, dá à luz o sexto filho, póstumo, do seu marido, uma menina batizada com o nome de Catarina. A demência da rainha agravava-se. Não queria trocar de roupa nem lavar-se. Por fim, Fernando II de Aragão, segundo a última vontade de Isabel I de Castela, decidiu encerrá-la, com a pequena Catarina, em Tordesilhas, em fevereiro de 1509. Com a morte de Fernando II, Carlos I de Espanha tomou o poder. Catarina saiu da companhia da mãe para se casar com João III de Portugal, mas Joana viveu lá durante 46 anos, sem sair do seu palácio. A literatura romântica fez dela a figura enlouquecida por ciúmes, herdara da avó a esquizofrenia que recairia em D. Carlos, seu neto.

Sepultada na igreja de Santa Clara, seu corpo foi transladado em 1574 para a Capela Real de Granada, junto ao marido, sendo o Castelo de Tordesilhas, onde morreu, demolido em 1771.
- Leonor de Áustria (Brabante Flamengo, 24 de novembro de 1498 - Talavera, 18 de fevereiro de 1558) – terceira esposa de Manuel I de Portugal o Venturoso. Enviuvou em 1521, casando com o rei da França Francisco I de Valois.
- Carlos de Gante (23 de fevereiro de 1500 - 1558) – rei Carlos I da Espanha e imperador Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico.
- Isabel de Habsburgo (Bruxelas, 1501 - Gante, 1525) – casada em 1514 com Cristiano II da Dinamarca.
- Fernando I de Habsburgo ou Áustria (1503 - 1564) – imperador do Sacro Império Romano-Germânico, rei da Boémia e da Hungria.
- Maria de Habsburgo ou da Hungria (1505-1558) – regente dos Países Baixos, casada em 1522 com Luís II da Hungria e da Boémia. Depois da morte de sua tia Margarida de Áustria em 1530 foi nomeada governadora geral das terras borgonhesas, os futuros Países Baixos.
- Catarina de Áustria ou de Habsburgo (Torquemada, 14 de janeiro de 1507 - Lisboa, 12 de fevereiro de 1578) – casou em 1525 com o rei D. João III
domingo, 24 de maio de 2009
A loucura dos reis – Ivan e Pedro
- Ivan IV – o terrível
- Pedro – o grande

- iniciou reformas muito necessárias
- fez contatos com o Ocidente
- estimulou contatos com a Inglaterra
- fez ganhos territoriais – anexou Kazan e Astracã
- empurrou as fronteiras do grão ducado para o sul e o leste
- face enrugada, quase calvo e exibia uma barba rala e fina, em seus ataques de fúria, tendia a arrancar o próprio cabelo
- Maria – uma beldade circassiana, filha do príncipe Temric, que morreu em 1º de setembro de 1569
- Marta Sobakin – casamento em 28 out 1571, filha de um negociante de Novgorod, mas morreu duas semanas mais tarde, antes mesmo que o casamento se consumasse
- Ana Alexeevna – cansou-se dela e a despachou para um mosteiro
- Ana Vassilchikura – logo desapereceu
- Vasilissa Melentievna – tomou um amante e este foi empalado por ordem do czar sob a janela de sua mulher, que depois foi enviada a força para um convento
- Maria Dolgurikaia – quando Ivan descobriu que ela não era mais virgem, em seu horror e ira mandou que a afogassem no dia seguinte
- Maria Feodrovna – última mulher
- restaura a nação
- transforma a Rússia em potência
- cria uma nova capital em São Petersburgo
- constrói uma frota
- treina um exército
- remodela a burocracia
- torna a Igreja subserviente à sua vontade

- convulsões epiléticas
- encefalite causando disfunção cerebral
- desequilíbrio mental por causa do avanço da sífilis
- experiências traumáticas da infância
- prolongado abuso de álcool, também afeta a saúde e a conduta
______________________________
* Boiardo era o título atribuído aos membros da aristocracia russa do século X ao século XVII. Na Rússia feudal, eles constituíam a classe mais alta e detinham poder político através da Duma boiarda. Para além de extensas propriedades que detinham, eram os legisladores principais do Principado de Kiev. Mesmo depois de Moscovo passar a ser o centro de decisão, com a centralização de poder para o papel do Grande Duque de Moscóvia, a sua influência ainda perdurou. A Duma boiarda que inicialmente contava com cerca de 30 membros, foi-se progressivamente expandindo, tendo mesmo chegado a contar com cerca de 100 membros já no século XVII. Foi contudo abolida por Pedro, o Grande, em 1711.
___________________________________
Origem: 'A Loucura dos Reis' de Vivian Green
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Vitória I da Inglaterra
Rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha de 1837 a 1901 e imperatriz da Índia de 1876 a 1901. Nascida no palácio de Kensington - Londres em 24 de maio de 1819, morreu em casa em Osborne, na ilha de Wight em 22 de janeiro de 1901. Seu governo marcou um período da história dos britânicos conhecida como "Era Vitoriana". Última representante da casa de Hanôver, era a filha única de Eduardo, duque de Kent, 4º filho de George III e de Vitória Maria Louisa of Saxe-Coburg, irmã do rei Leopoldo, da Bélgica. Seu tio Jorge IV foi quem sugeriu o nome de Alexandrina Vitória em homenagem ao Czar da Rússia Alexandre II. Órfã do pai ainda bebê de oito meses de idade, e com a morte dos tios paternos, tornou-se herdeira do trono.
- a legislação de reforma do sistema eleitoral (1867),
- aceitou a contragosto a secularização da Igreja Anglicana da Irlanda,
- trabalhou pela vitória eleitoral de Disraeli contra Gladstone (1874), dando-lhe total apoio ao segundo gabinete de Disraeli, durante o qual o imperialismo britânico chegou ao apogeu.
Profundamente conservadora, adepta incondicional da noção do direito divino dos reis, antidemocrática e avessa às inovações tecnológicas. Seu senso de dever, honestidade e simplicidade, seus conceitos de dignidade, autoridade e respeito à família, marcaram um período da história dos britânicos conhecida como "Era Vitoriana". Seu exemplo de vida austera e formal, segundo rígidos princípios religiosos e éticos, influiu no terreno da moral e dos costumes e foram seguidos pela classe média do reino, servindo para restaurar a dignidade e popularidade da coroa britânica e devolver o respeito a monarquia, cujo prestígio fora enfraquecido pelos excessos de seus antecessores.
- as letras,
- ciências,
- artes,
- a indústria e
- o comércio
Rei Eduardo VII (9 nov 1841 - 6 maio 1910)
Alice Saxe-Coburg (25 abril 1843 - 14 dez 1878)
Alfred Saxe-Coburg, Duque de Edinburgh (6 ago 1844 - 30 julho 1900)
Helena Saxe-Coburg (25 maio 1846 - 9 junho 1923)
Louise Saxe-Coburg (18 abril 1848 - 3 dez 1939)
Arthur Saxe-Coburg, Duque de Connaught (1 maio 1850 - 16 jan 1942)
Leopold Saxe-Coburg, Duque de Albany (7 abril 1853 - 28 março 1884)
Beatrice Saxe-Coburg (14 abril 1857 - 26 out 1944)
Origem: dec.ufcg.edu.br/biografias
Países Baixos
A Casa de Orange-Nassau (em neerlandês Oranje-Nassau) desempenhou um papel central na vida política dos Países Baixos desde Guilherme I de Orange (também cognominado de "Guilherme, o Taciturno" e "Pai da Pátria"), que liderou a revolta neerlandesa contra a jurisdição espanhola.
Henrique II (1180 ou 1190-1254) apelidado o Rico, co-Conde de Nassau 1198-1239, Conde de Nassau-Wiesbaden 1239-1249, quando abdicou, mandou construir o Castelo de Dillenburgo, à beira do rio Dill, hoje em Hessen, na atual Alemanha. Dillenburgo se tornou a sede da dinastia. Ali nasceriam o mais ilustre deles: Guilherme o Silencioso, ou o Taciturno, e o Nassau brasileiro. Casou em 1221 com Matilde da Guéldria (morta em 1288) filha de Oto II, Conde da Guéldria e de Zutphen. Dividiu as terras entre os filhos. Seus descendentes separaram em:
- ramo walramiano, que herdou as terras ao sul do Lahn, em dezembro de 1255, fundou a linha Nassau-Weilburgo (de onde sairá Adolfo de Nassau, eleito no século XIII Imperador contra um candidato Habsburgo)
- ramo otoniano, que herdou a área ao norte do Lahn, inclusive Siegen e Dillenburgo, Oto I de Nassau fundou a Linha Nassau-Dillenburgo
- Guilherme I dos Países Baixos (r. 1815-1840)
- Guilherme II dos Países Baixos (r. 1840-1849)
- Guilherme III dos Países Baixos (r. 1849-1890)
- Guilhermina dos Países Baixos (r. 1890-1948) abdicou
- Juliana dos Países Baixos (r. 1948-1980) abdicou,
- Beatriz dos Países Baixos (r. 1980 - presente)
– Nassau
A Dinastia Nassau ou Casa de Nassau é uma dinastia aristocrática diversificados na Europa. É nomeado e associado com o Castelo Nassau, localizado nos dias atuais em Nassau, Renânia-Palatinado, Alemanha. Os senhores de Nassau foram originalmente intitulados Conde de Nassau, em seguida, elevada à categoria principesca. No final do Sacro Império Romano, eles próprios proclamaram-se Duque de Nassau. Todos os reis holandeses desde 1890 e do Grão Ducado de Luxemburgo desde 1912, são descendentes da linha feminina da Dinastia Nassau. Segundo a tradição alemã, o nome da família é passada só na linha de sucessão masculina, portanto, a partir desta perspectiva, a Casa teria sido extinta. No entanto a aristocracia holandesa e a de Luxemburgo, não consideram a assembléia extinta.

Príncipe de Orange é um título aristocrático originalmente francês, associado ao principado do mesmo nome, sedeado no vale do Ródano, no Sul de França. O príncipe de Orange era vassalo do Ducado da Borgonha e mais tarde do Sacro Império Romano-Germânico.
O último descendente dos príncipes de Orange da casa de Baux foi Renato de Chalôn, que foi sucedido pelo primo adolescente Guilherme IX, Conde de Nassau, que mais, conhecido como Guilherme o Taciturno, seria o grande impulsionador da independência dos Países Baixos.
A partir de então, o principado de Orange ficou associado à história dos Países Baixos, sendo um dos títulos da casa real neerlandesa.
Casa de Baux (1171-1393)
Casa de Chalôn (1393-1544)
- Renato de Châlon (1519-1530-1544)
- Guilherme I, o Taciturno (1533-1544-1584)
- Filipe-Guilherme de Nassau (1554-1584-1618)
- Maurício de Nassau (1567-1618-1625)
- Frederico-Henrique de Nassau (1584-1625-1647)
- Guilherme II (1626-1647-1650)
- Guilherme III, também Rei Guilherme III de Inglaterra (1650-1650-1702)
- João Guilherme Friso (1687-1702-1711), descendente de Guilherme I por via feminina
- Guilherme IV (1711-1711-1751)
- Guilherme V (1748-1751-1806)
- Guilherme VI (1772-1806-1815-1853)
- Guilherme II dos Países Baixos (Guilherme VII) (1792-1840-1849)
- Guilherme III dos Países Baixos (Guilherme VIII) (1817-1849-1890)
- Guilherme de Orange-Nassau ((Guilherme IX) (?-1849-1879)
- Alexandre de Orange-Nassau (?-1879-1884)
- Guilherme Alexandre dos Países Baixos (1967-presente)
- Herdeira Catarina Amália dos Países Baixos (n. 2003)
Benção
"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)