quarta-feira, 20 de maio de 2009

D. Sebastião rei de Portugal

D. Sebastião I, nasceu em Lisboa em 20 de janeiro de 1554 e faleceu em Alcácer-Quibir dia 4 de agosto de 1578, 16º rei de Portugal, e da dinastia de Avis.

O ano de 1554, segundo dia de janeiro, morreu Dom João Manuel, príncipe herdeiro, com 16 anos, o último remanescente dos nove filhos do rei Dom João III de Portugal. Dos filhos que trouxera ao mundo, tudo o que lhe restava era uma nora grávida. A única esperança de dar continuidade à dinastia de Avis, que reinava sobre Portugal fazia cento e sessenta e nove anos, a única chance de ter um herdeiro para a sua coroa, estava depositada no ventre de sua nora Dona Juana, a jovem princesa viúva.




O dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião, por volta das oito da manhã, um lacaio esbaforido, vestindo a libré nas cores da Casa Real, finalmente apareceu numa das janelas do Paço e gritou a novidade: – Varão!

Estava assegurada a continuidade da dinastia Avis. Ninguém foi tão desejado como ele. Sebastião arruivado e de olhos azuis.

História
Rogavam a Dom Sebastião que assumisse o pleno governo do reino aos catorze anos, e não aos vinte, como havia determinado D. João III. E para o bem da continuidade da Casa de Avis, fosse negociada uma aliança matrimonial. No dia de São Sebastião de 1568, exatos 14 anos depois de haver chegado ao mundo, o Desejado foi considerado maior de idade e recebeu o pleno governo do país.

De saúde débil e fraco de espírito, sonhava apenas com batalhas, conquistas e a expansão da Fé, dedicando pouco tempo ao governo de tão vasto império, profundamente convicto de que seria o capitão de Cristo numa nova cruzada contra os mouros do Norte de África. Sebastião começou a preparar a expedição contra os marroquinos da cidade de Fez. Filipe II de Espanha, seu tio, recusou participar naquilo que considerava uma loucura. O exército português desembarcou em Marrocos em 1578 e, ignorando os conselhos dos seus generais, Sebastião rumou imediatamente para o interior. Tinha 24 anos de idade. Na subsequente batalha de Alcácer-Quibir, o campo dos três reis, os portugueses sofreram uma derrota humilhante às mãos do sultão Ahmed Mohammed de Fez e perderam uma boa parte do seu exército. Quanto a Sebastião, provavelmente morreu na batalha ou foi morto depois desta terminar.

Em 1581, Filipe I de Portugal, mandou transladar para o Mosteiro dos Jerônimos em Lisboa um corpo que alegava ser o do rei desaparecido, na esperança de acabar com o sebastianismo, o que não resultou, nem se pôde comprovar ser o corpo realmente o de Sebastião I. O Túmulo de mármore que repousa sobre dois elefantes, pode ainda hoje ser observado em Lisboa. A dúvida que persiste há mais de 425 anos poderia provavelmente hoje ser resolvida com um simples teste de DNA. Dom Sebastião morreu ao contrário do que o povo queria acreditar, teve morte triste e inglória. 

Sucessão 
Aos 66 anos o cardeal Dom Henrique subiu ao trono de um país em frangalhos, morreu 16 meses depois, sem deixar sucessor. Dom Antônio, Prior do Crato, o filho de sangue impuro do irmão de Dom João III, conseguiu ser aclamado rei, seu reinado durou três meses. Felipe de Espanha atravessou a fronteira e se fez coroar rei de Portugal, depois de Felipe veio o filho dele, depois o neto. E por sessenta longos anos os portugueses tiveram espanhóis como reis.

A vergonha do povo, aliada à esperança de que surgisse um salvador milagroso, criou o mito do sebastianismo. Decerto ele haveria de voltar. E ninguém nunca foi tão desejado quanto ele.


Fonte: do livro 'O Desejado' de Aydano Roriz e Wikipédia

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(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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