Cidade-estado, o menor Estado independente do mundo, encravado na zona norte de Roma. Residência oficial do Papa e a sede da Igreja Católica e também da Igreja Católica de Rito Latino, a maior e a mais conhecida e numerosa das 23 Igrejas sui juris que constituem a Igreja Católica. A Santa Sé (latim: Sancta Sedes), ou Sé Apostólica, do ponto de vista legal, é distinta do Vaticano, ou mais precisamente do Estado da Cidade do Vaticano.
Tratado de Latrão – assinado por Benito Mussolini e o Papa Pio XI em 11 de Fevereiro de 1929, pelo qual a Itália reconhece a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano, declarado Estado soberano, neutro e inviolável. As terras tinham sido doadas em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos. Durante um período de quase mil anos, que teve início no império de Carlos Magno no século IX, os papas reinavam sobre a maioria dos Estados temporais do centro da península itálica, incluindo a cidade de Roma, e partes do sul da França.
História – Durante o processo de unificação da península, a Itália gradativamente absorveu os Estados Pontifícios. Em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel II entram em Roma e incorporam a cidade ao novo Estado. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indenização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja (as leis de garantia).
O Papa, chefe de Estado eleito em um colégio de cardeais denominado conclave para um cargo vitalício, detém no Estado do Vaticano os poderes legislativo, executivo e judicial, desde a criação do Vaticano pelo Tratado de Latrão, em 1929. É uma monarquia eletiva, não hereditária, uma autocracia, porque todos os poderes, estão concentrados na figura do Papa, que não possui órgão que fiscalize seus atos como governante, por ser considerado sucessor de São Pedro, não deve prestação de contas a ninguém, considerando-o um emissário de Deus na Terra. O termo:
- cidade do Vaticano é referente ao Estado,
- Santa Sé é referente ao governo da Igreja Católica efetuado pelo Papa e pela Cúria Romana.
- Cúria Romana é efetivamente o governo do Estado e a gestão administrativa, pelo que o seu chefe, o Secretário de Estado, tem as incumbências equivalentes às de um Primeiro-Ministro.
Formalmente constituído em 1929 com a configuração atual, o Estado do Vaticano administra as propriedades situadas em Roma e arredores que pertencem à Santa Sé. O Estado do Vaticano, é reconhecido internacionalmente e foi admitido membro de pleno direito das Nações Unidas, em Julho de 2004, mas abdicou voluntariamente do direito de voto. O Estado tem os seus próprios embaixadores ou representantes, um jornal oficial (Acta Apostolicae Sedis), uma estação de rádio, e uma força militar denominada Guarda Suíça. Emite autonomamente moeda (desde 2002, o euro), selos e passaportes. A Santa Sé estabelece com muitos Estados, tratados internacionais (concordatas), para assegurar direitos dos católicos ou da Igreja Católica naqueles Estados.
- a área do Vaticano: é de 0,44 quilômetros quadrados
- está situado no meio da capital italiana, Roma
- a defesa do país é da responsabilidade da Itália, enquanto que a segurança do Papa fica a cargo da Guarda Suíça
- fora da Cidade do Vaticano, o Estado possui 13 edifícios em Roma e Castel Gandolfo (residência de verão do Papa) gozando de direitos extraterritoriais
- partilha a 3,2 km de fronteira com a Itália
- a cidade tem clima temperado, leve, com invernos chuvosos e verões quentes
- situa-se numa colina baixa, chamada de Vaticana (em latim: Mons Vaticanus), uma vez que existia muito antes do cristianismo. O nome é suspeito de pertencer inicialmente à língua etrusca
- não possui nenhum recurso natural
- é fundamentalmente urbano e nenhuma das terras está reservada para agricultura ou outro tipo de exploração de recursos naturais
- exibe um impressionante grau de economia, nascida da necessidade extremamente limitada, devido ao seu território
- o desenvolvimento urbano é otimizado para ocupar menos de 50% da área total, ao passo que o resto é reservado para espaço aberto, incluindo os Jardins do Vaticano
- o território possui muitas estruturas que ajudam a fornecer autonomia ao Estado soberano, estes incluem: linhas ferroviárias, heliporto, correios, estação de rádio, quartéis militares, palácios e gabinetes governamentais, instituições de ensino superior, cultural e de arte, e algumas Embaixadas
- através de um acordo com a Itália, representando a União Europeia, a unidade monetária do Vaticano é o euro
- o Estado tem a sua própria concepção de moedas e notas de euros, que têm aceitação na Itália e em outros países da Zona do Euro. O Vaticano não tem uma casa de emissão própria, de forma que tenha acordado com a Itália para efetuar a cunhagem, que não pode ser superior a 1 milhão de euros anuais
- a religião é o catolicismo, que detém estatuto oficial
- a língua oficial é o latim, embora só seja utilizado em documentos oficiais e em rituais cerimoniais, a língua falada é o italiano
- a população vaticana é composta por membros da Igreja, que devido às suas funções, residem lá. Além do Papa, residem e trabalham lá bispos, cardeais, arcebispos e outros funcionários importantes da Igreja Católica (existe um número reduzido de cidadãos comuns). A maioria dos funcionários estáveis é italiana, um número considerável é suíço e o restante originário de diversos países
Cultura – são as obras de arquitetura como: a Basílica de São Pedro, a Arquibasílica de São João Latrão, a Praça de São Pedro, a Capela Sistina e a coleção do Museu do Vaticano.
- 5 mil quartos,
- 200 salas de espera,
- 22 pátios,
- 100 gabinetes de leitura,
- 300 casas de banho,
- dezenas de outras dependências destinadas a recepções diplomáticas
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