sábado, 28 de novembro de 2009

Dinastia dos reis ingleses Plantagenetas

A ascensão de Henrique II, o filho de Geoffrey Plantageneta e de Matilda, filha do rei inglês Henrique I, marcou o fim da dinastia normanda e a coroação do primeiro monarca de uma longa seqüência de reis, os Plantagenetas, que durou até a morte de Richard II (1399), também conhecidos como os angevinos por serem reis com raízes na região de Anjou.

Há também quem inclua nesa dinastia mais duas casas reais, totalizando quatro Casas Reais distintas:
  1. Angevin,
  2. Plantageneta,
  3. Lancaster e
  4. York,
o que prolongaria a dinastia para 14 reis (1154-1485).

O nome Plantageneta tem na sua origem em uma planta, a giesta, ou plant gênet em francês, cujo fundador da casa, Geoffrey V, Conde de Anjou, do Condado de Anjou – hoje parte da França –escolheu-a para símbolo pessoal. Assim Plantageneta se tornou sobrenome de uma sequência de monarcas britânicos, integrantes da Dinastia Plantageneta ou Angevina, que reinaram em Inglaterra por praticamente dois séculos e meio. Os Plantagenetas chegaram ao poder na Inglaterra através do casamento de:
Geoffrey V (Conde de Anjou) com Matilda de Inglaterra, viúva de Henrique V (Imperador do Sacro Império) e filha e herdeira de Henrique I, que foram os pais do primeiro rei Plantageneta, Henrique II.

A inclusão por alguns historiadores das casas de Lancaster e York na dinastia plantageneta é o fim do reinado de Ricardo II (1367-1400), deposto (1399) e mantido prisioneiro, não correspondeu a uma quebra dinástica. Esta data marca a subida ao trono de Henrique de Lancaster, o Henrique IV, neto de Eduardo III (1312-1377), Rei da Inglaterra (1327-1377) e antecessor de Ricardo. A coroação dos Lancasteres também iniciaria uma disputa com os Stuarts que originaria a Guerra das Rosas.

– A seguir temos a lista dos monarcas Plantagenetas:

  1. Henrique II Plantageneta (1133-1189), Conde de Anjou (1133-1189), Reinado (1154-1189)
  2. Ricardo I Coração de Leão (1157-1199), Reinado (1189-1199)
  3. João I Sem Terra (1167-1216), Reinado (1199-1216)
  4. Henrique III (1207-1272), Reinado (1216-1272)
  5. Eduardo I (1239-1307), Reinado (1272-1307)
  6. Eduardo II (1294-1327), Reinado (1307-1327, deposto e assassinado)
  7. Eduardo III (1312-1377), Reinado (1327-1377)
  8. Ricardo II (1367-1400), Reinado (1377-1399, deposto e mantido prisioneiro)


– Outros membros da dinastia:
  1. Eduardo Plantageneta, o Príncipe Negro
  2. Edmundo de Langley, Duque de York
  3. Filipa Plantageneta, rainha consorte de João I de Portugal
  4. Henrique Plantageneta, o Jovem
  5. Geoffrey Plantageneta, Duque da Bretanha
  6. João de Gant, Duque de Lancaster e da Aquitânia
  7. Leonel de Antuérpia, Duque de Clarence
  8. Tomás de Woodstock, Conde de Essex e Buckingham

Fonte: dec.ufcg.edu.br

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sábado, 21 de novembro de 2009

Alexandre II da Rússia



Alexandre Nikolaevich Romanov (Alexandre II da Rússia), filho de Nicolau I da Rússia e Alexandra Feodorovna (Carlota da Prússia). Nasceu em Moscou a 29 de abril de 1818 e faleceu em São Petersburgo a 13 de março de 1931. Seu reinado foi de março de 1855 a março de 1881.







Principais reformas:
  • Decretou o fim da escravatura no Império Russo em 1861, o que lhe deu o cognome de "Czar Libertador".
  • Abertura do regime com o objetivo de aproximar mais do ideal europeu ocidental. Tinha a consciência da precariedade da sua posição como autocrata em relação com o aumento dos movimentos radicais, por isso foi distribuindo o seu poder entre ministros e conselhos.
  • Durante o seu reinado lidou com a Guerra da Crimeia e com a Guerra Russo-Turca que, embora não totalmente desastrosas, deixaram o Império numa situação complicada.
  • Reformas profundas em todos os setores, (principalmente nos primeiros anos de reinado) iniciando-se no exército e marinha, passando pela educação e leis. A pena de morte foi abolida e foi adotado o sistema jurídico francês mais simplificado. Com o aumento dos movimentos revolucionários, Alexandre II achou que as reformas políticas não seriam a solução, por isso iniciou um movimento de repressão dos detratores. A repressão por ele criada levaria ao seu assassinato em 1881.

Família
Casado com Maria Alexandrovna da Rússia (nascida Princesa Maximiliana Guilhermina Augusta Sofia Maria de Hesse-Darmstadt). O casamento entre Alexandre II e a jovem princesa alemã não foi bem recebido entre os pais dele, principalmente a mãe, a Imperatriz Alexandra Feodorovna. Ela considerava Maria demasiado calada e pouco ambiciosa para o papel de Imperatriz de todo o Império. Complicando a situação, o parentesto dela era questionado. A sua mãe, Guilhermina de Baden, mantinha uma relação extra-conjugal com um dos amigos do marido e pensasse que tanto Maria como o seu irmão mais velho, Alexandre, eram filhos dessa relação e não do Grão-duque Luís II de Hesse-Darmstadt. Alexandre ignorou os conselhos da mãe e casou-se com ela em abril de 1841.

Embora o início do casamento tivesse sido romântico, Alexandre cansou-se rapidamente da sua esposa conservadora e foi procurar conforto por entre a corte. Acabaria por formar uma nova família com a plebeia Catarina Dolgorukov com quem se casaria pouco depois da morte de Maria em 1881.

– Filhos:
  1. Alexandra Alexandrovna Romanova: Nascida a 30 de agosto de 1842, Alexandra foi a primeira filha do Czar. Não atingiu a idade adulta devido a uma meningite fatal que a atingiu quando ela tinha 6 anos de idade. É talvez mais conhecida pelos rumores de que o seu fantasma apareceu durante uma sessão espirita realizada pelo seu pai.
  2. Nicolau Alexandrovich Romanov: Segundo filho do Imperador, teria sucedido ao pai se tivesse resistido a um fatal ataque de tuberculose quando tinha 21 anos. Foi o primeiro noivo da Princesa Maria da Dinamarca, mas no leito de morte expressou o desejo de a ver casada com o seu irmão mais novo, Alexandre.
  3. Alexandre III da Rússia
  4. Vladimir Alexandrovich Romanov: Conhecido principalmente durante o reinado do sobrinho, Nicolau II, por ser o Grão-duque mais velho da família. Juntamente com a sua esposa, Maria Pavlovna, opôs-se seriamente às suas políticas. Fundador do ramo "Vladimirovich" da família imperial, a sua bisneta, a Grã-duquesa Maria Vladimirovna, reclama atualmente o direito de chefe da família Romanov.
  5. Alexei Alexandrovich Romanov: Banido da Rússia pelo seu irmão Alexandre após o seu casamento "ilegal" com uma plebeia, passou grande parte da sua idade adulta em Paris. Antes era um importante membro da Marinha Imperial.
  6. Maria Alexandrovna Romanova: A única filha sobrevivente do Czar, casou-se com o Príncipe Alfredo do Reino Unido, filho da Rainha Vitória. Entre os seus filhos incluem-se a Rainha Maria da Romênia e a Princesa Vitória Melita, primeira esposa do Grão-duque Ernesto Luís de Hesse e, mais tarde, do Grão-duque Cyril Vladimirovich da Rússia.
  7. Sergei Alexandrovich Romanov: Uma das principais figuras do reinado do Czar Nicolau II, foi Governador-geral de Moscovo e grande opressor das minorias da cidade, o que lhe valeu o ódio dos seus habitantes. Casou-se com a Princesa Isabel de Hesse-Darmstadt, irmã mais velha da futura Czarina Alexandra Feodorovna, de quem não teve filhos. Acabou por ser assassinado em 1905.
  8. Paulo Alexandrovich Romanov: O filho mais novo do Czar, casou-se em primeiro lugar com a Princesa Alexandra da Grécia e Dinamarca de quem teve dois filhos, a Grã-duquesa Maria Pavlovna e o Grão-duque Dmitri Pavlovich. Mais tarde apaixonou-se pela esposa de um dos guardas do seu regimento, Olga Paley. Os dois iniciram um romance que levou ao divórcio dela e à expulsão do casal e do filho da Rússia. Mais tarde chegaria ao quarto lugar na linha de sucessão, o que levou ao perdão do Czar e o regresso à Rússia. Foi nomeado o porta-voz da família para avisar o seu sobrinho Nicolau II sobre Rasputine, sendo ignorado. Acabaria mesmo por cortar relações com o sobrinho quando ele rejeitou a petição escrita pela esposa de Paulo para que o seu filho Dmitri pudesse permanecer na Rússia após o assassinato do monge siberiano. Acabaria por ser assassinado em janeiro de 1919 pelos bolcheviques.

Alexandre II foi assassinado quando uma bomba explodiu dentro da sua carruagem.



Fonte: romanov.blogs.sapo.pt

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Museu Central de Utrecht - Holanda


O Centraal Museum (em português, Museu Central) localizado na cidade de Utrecht, nos Países Baixos. Fundado em 1838, é o mais antigo dos museus municipais neerlandeses. Encontra-se instalado em um antigo claustro medieval, totalmente reformado em 1999. Conserva um amplo acervo, distribuído pelos departamentos de arte antiga e moderna, design, moda e história regional.



História
O Centraal Museum foi fundado em 5 de setembro de 1838, por iniciativa do prefeito de Utrecht, Van Asch van Wijck, como um espaço museológico voltado à história da região. Expunha ao público diversos objetos de interesse histórico e artístico, coletados junto aos órgãos públicos ou adquiridos de particulares, além de parte do arquivo da cidade. Em 1921, a coleção do museu foi fundida com diversos outros acervos municipais e coleções privadas, como o conjunto de pinturas da Utrechtse genootschap Kunstliefde e a coleção de arte do palácio episcopal da cidade, resultando uma única coleção “centralizada” (origem da denominação “museu central”).

Ainda em 1921, o museu é transferido do espaço que ocupava na prefeitura da cidade para um antigo claustro medieval - um grandioso edifício, composto por diversos pavilhões erguidos ao redor do pátio central, que abrigou paralelamente diversas outras funções, de orfanato a hospital psiquiátrico.

Entre 1961 e 1972, o edifício foi ampliado, ganhando ainda um auditório idealizado por Mart van Schijndel. Em 1991, o edifício foi reformado.

Acervo
O Centraal Museum conserva um vasto e variado acervo, abrangendo um período histórico de mais de 2000 anos, com peças distribuídas em 5 departamentos:
  1. arte antiga,
  2. arte moderna,
  3. design e artes decorativas,
  4. moda e
  5. história local

Na coleção de arte – destaca-se o núcleo dedicado aos pintores "caravaggescos" de Utrecht, como Gerard van Honthorst e Hendrick ter Brugghen, além de várias outras obras de Jan van Scorel, Joachim Wtewael, Abraham Bloemaert, Paulus Moreelse e Pieter Saenredam, entre outros.

No segmento dedicado à arte moderna – há obras de Theo van Doesburg, Bart van der Leck, Pyke Koch.

Encontra-se conservada no museu a maior coleção existente de desenhos de Rietveld. Há ainda uma exposição permanente de obras de Dick Bruna, um amplo conjunto de mais de 8000 peças de vestuário, jóias e acessórios, mobiliário, ourivesaria e prataria.

Entre os destaques da coleção de história – encontra-se o milenar navio Utrecht, encontrado em 1930, nos arredores de Willem Arntszkade.

Origem: Wikipédia

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Amsterdam - Holanda


Amsterdã (português brasileiro) (em neerlandês: Amsterdam) é a capital, e a maior cidade dos Países Baixos, situada na província Holanda do Norte. Seu nome é derivado de uma represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica a cidade. A cidade é conhecida por seu porto histórico, seus museus de fama internacional, sua zona de meretrício (Red Light District, o "Distrito da Luz Vermelha"), seus coffeeshops liberais, e seus inúmeros canais que levaram Amsterdã a ser chamada a "Veneza do Norte".




Amsterdam tem uma população de 761.262 residentes (2009), enquanto que sua área metropolitana tem cerca de 2 milhões de habitantes. É o centro de uma vasta zona urbana contínua, denominada Randstad, que se estende de Roterdam a Amsterdam e também Utrecht, com cerca de 7.6 milhões de habitantes.

A cidade destaca-se pelo seu setor financeiro, sendo o 5º centro financeiro europeu. Com mão-de-obra qualificada no setor logístico, e por sua infra-estrutura que reúne um aeroporto internacional e um moderno porto marítimo.

A palavra que deu origem ao nome da cidade de Amsterdam vêm do latim Homines manentes apud Amestelledamme, ou seja, "homens que vivem próximo ao Amestelledamme". Amestelledamme é dam (dique) do rio Amstel, cujo nome pode ser interpretado como ame ("água") e stelle ("terra seca").

História
No início, Amsterdam era um povoado de pescadores. Segundo a lenda:
A cidade foi fundada por 2 pescadores da província de Frísia, que por casualidade acabaram nas margens do rio Amstel em um pequeno barco, junto a seu cachorro.


A data tradicional da fundação da cidade foi em 27 de outubro de 1275, quando retiraram a obrigação dos seus habitantes de pagar taxas associadas a passagem em pontes neerlandesas. No ano de 1300 foi concedido o direito oficial de cidade, e a partir do século XIV, Amsterdam começou a florescer como centro comercial, principalmente pelo comércio com outras cidades neerlandesas e alemãs, conhecidas como a Liga Hanseática.

No século XVI, começou o conflito entre os neerlandeses e Filipe II da Espanha. Essa confrontação causou uma guerra que durou 80 anos, e que finalmente deu aos Países Baixos sua independência. Depois da ruptura com a Espanha, a república neerlandesa ia ganhando fama por sua tolerância com respeito a religiões. Muitos buscaram refúgio em Amsterdam judeus de Portugal e Espanha, comerciantes de Antuérpia, e huguenotes da França, perseguidos em seus países por sua religião.

No início do século XVII, considerado o Século de Ouro de Amsterdam, a cidade converteu-se em uma das mais ricas do mundo. De seu porto saíam embarcações até o mar Báltico, América do Norte, África e terras que agora pertencem a Indonésia e Brasil. Dessa forma foi criada a base de uma rede comercial mundial. Os comerciantes de Amsterdam possuíam a maior parte da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (Vereenigde Oostindische Compagnie ou VOC em neerlandês) e da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (West-Indische Compagnie ou WIC). Essas companhias instalaram-se em países que passaram a ser colônias dos Países Baixos. Nessa época Amsterdam era o principal porto comercial da Europa e centro financeiro mais importante do mundo. Sua Bolsa de Valores foi a primeira a funcionar diariamente.

A população da cidade cresceu ligeiramente de 10 000 em 1500, a 30 000 por volta de 1570. Em 1700 este número já havia alcançado 200 000. Durante os séculos XVIII e XIX e até antes da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, o número de habitantes aumentou a não menos de 300%, alcançando 800.000 habitantes. A partir de então até a atualidade o número tem sido relativamente constante.

No século XVIII e início do século XIX, entrou em declínio devido às guerras entre a república dos Países Baixos e o Reino Unido e França. Sobretudo as Guerras Napoleônicas arrebataram suas fortunas. Quando se estabeleceu oficialmente o Reino dos Países Baixos no ano de 1815, a situação começou a melhorar. Nesse período uma das pessoas-chave das novas iniciativas foi Samuel Sarphati, um médico e planificador urbano, que achou sua inspiração em Paris.

As últimas décadas do século XIX são chamadas de Segundo Século de Ouro de Amsterdam, porque, entre outros, construíram-se novos museus, uma estação de trem e o Concertgebouw, que é o teatro musical da cidade. No mesmo período chegou à cidade a Revolução Industrial.

Novos canais e vias marítimas foram construídos para assim melhorar a conexão entre Amsterdam e o resto da Europa.

Pouco antes de começar a Primeira Guerra Mundial, a cidade começou a expandir-se, construindo novos bairros residenciais em direção aos subúrbios. Durante a Primeira Guerra Mundial, os Países Baixos tomaram uma posição neutra, mas ainda assim sua população sofreu muito com a falta de comida e falta de aquecimento a gás.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu os Países Baixos no dia 10 de maio de 1940, tomando o controle do país depois de cinco dias de luta. Os alemães instalaram um governo civil nazista em Amsterdam, que se encarregava da perseguição aos judeus. Os neerlandeses que ajudaram e protegeram as vítimas foram também perseguidos. Mais de 100.000 judeus foram deportados a campos de concentração. Entre eles encontrava-se Anne Frank. Somente 5.000 judeus sobreviveram a guerra.

Canais
No início do século XVII, com a crescente imigração na cidade, Amsterdam colocou em prática um plano para a construção de canais de meio-círculo e concêntricos que se encontravam na baía do rio IJ. Foram feitos 4 canais:
  • 3 residenciais (Herengracht ou Canal dos Lordes; Keizersgracht ou Canal dos Imperadores; e Prinsengracht ou Canal do Príncipe) e
  • um canal de defesa (Nassau/Stadhouderskade).
O plano ainda ligou os canais paralelos a esses novos 4 canais, como por exemplo o canal do bairro de Jordaan (bairro onde viveu Anne Frank).

Símbolos
O escudo de Amsterdam consiste em 3 cruzes denominadas Cruz de Santo André em homenagem a André, o apóstolo, que foi assassinado com este tipo de cruzes. No século XVI foi adicionado leões. Existem historiadores que crêem que as cruzes representam os 3 perigos que mais afetaram a Amsterdão: 1. inundação, 2. incêndio e a 3. peste.

O lema oficial da cidade é: "Heldhaftig, Vastberaden, Barmhartig" ("Valente, Decidida e Misericordiosa"). Estas três palavras provêm da denominação oficial concedida pela rainha Guilhermina dos Países Baixos em 1947, em homenagem a coragem da cidade durante a Segunda Guerra Mundial.

Atualidades
Amsterdam é uma cidade para andar a pé, de bicicleta ou de barco. Existem estacionamentos de bicicletas enormes (foto da esquerda). Barcos casas, com conforto e requinte abrigam famílias sobre seus barcos. Pela escassez de terras e muitas áreas alagadas os imóveis são caros. Também é a cidade das tulipas, que florescem no mês de abril. A cidade dos tamancos, dos diamantes e das porcelanas.

Fonte: Wikipédia

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Isabel II da Espanha




Isabel II de Espanha (Maria Isabel Luísa) nasceu em Madrid a 10 de outubro de 1830 e morreu em Paris a 9 de abril de 1904. Filha mais velha e sucessora de Fernando VII (rei da Espanha) e da sua quarta esposa, a sua sobrinha, Maria Cristina de Bourbon. Reinou de 1833-1868.







Vida
Rainha da Espanha foi coroada em 2 de outubro de 1833 e proclamada Rainha em 24 de outubro de 1833. Reinou até 1868, quando foi forçada a abdicar ou deposta em 30 de setembro de 1868 e se exilou em Paris, França, onde abdicou da coroa em 25 de junho de 1870.

Foi declarada maior em 1843 aos 13 anos. Seu tio o infante Carlos Maria de Bourbon, conde de Molina, não aceitou a sua subida ao trono, invocando a antiga lei sálica, pelo que reclamou o trono, iniciando a pretensão chamada carlista à coroa. Lançou o «Manifiesto de la gobernadora al país» em 4 de outubro de 1833, obra do político moderado Cea Bermúdez que deu início a nova etapa ministerial:
  • para atrair o apoio da Inglaterra, que pretendia dirigir o mundo liberal;
  • atrair também o apoio da França, onde reinava Luís Filipe, rei constitucional, que reconheceram Isabel II ;
  • Portugal e o reino das Duas Sicílias apoiaram Don Carlos;
  • o papa Gregório XVI, e as potências centro-européias e a Rússia, guardaram reserva
O Ministério Cea Bermúdez caiu porque no interior do país o Manifesto não agradou; subiu Francisco Martínez de la Rosa que tentou satisfazer as exigências dos políticos liberais.

Em 22 de abril de 1834 assinou-se o Tratado da Quádrupla Aliança:
  1. Espanha,
  2. Portugal,
  3. Inglaterra e
  4. França.

A Espanha foi ajudada pela França e por Portugal na 1ª guerra carlista contra o conde de Molina, Don Carlos (1833-1840) em que triunfaram os liberais no Convênio de Vergara, apesar da continuação da luta por Cabrera. Grande anarquia imperava, pedia-se a supressão dos conventos, e o chefe de Governo Juan Álvarez Mendizábal (de setembro de 1835 a maio de 1836) atendeu. Em 1836 subiram ao poder os moderados.

Uma das características do reinado de Isabel II seriam os numerosos golpes militares. Houve sete anos somente de guerra carlista. A Rainha-mãe (regente até 1849 por disposição testamentária do pai, assessorada por Conselho de Governo integrado por um cardeal, nobres, militares e magistrados) renunciou 1840 em favor de Baldomero Espartero.

Declarada maior pelas Cortes em novembro de 1843 aos 13 anos, Isabel II jurou a Constituição de 1837 que havia substituído a Constituição de Cádiz de 1812, que ficou em vigor até 1845. O primeiro Governo Narváez durou de maio de 1844 a fevereiro de 1846. O eterno problema da sucessão perturbou a vida e o governo da Rainha.

A escolha do marido foi influenciada pelas potências européias. O candidato do rei francês Luís Filipe era um de seus muitos filhos; o de Leopoldo I da Bélgica, um sobrinho Coburgo. Isabel foi forçada ao pior candidato seu primo, o Infante Francisco de Assis. Houve enorme desgosto das Cortes, mas o casamento foi apoiado pela França, que ainda propôs que a Infante Luísa Fernanda simultaneamente casasse com o Príncipe Antônio de Bourbon-Orleans, Duque de Montpensier, quinto filho do rei Luís Filipe. A Áustria se inclinava por um filho do Infante D. Carlos, conde de Molina. A Inglaterra queria um Saxe-Coburgo, a Rainha mãe queria o Duque de Cádiz ou seu irmão caçula Henrique, Duque de Sevilha. Foi infelizmente descartado o Conde de Montemolín, segundo pretendente carlista ao trono, o que teria terminado o problema do carlismo. O marido de Isabel se mostrou mais interessado em suas próprias roupas rendadas do que na esposa. Corriam versos em Madri: "Isabelona, tan frescachona, y don Paquito, tan mariquito…"

Isabel II afinal rodeou-se de grande quantidade de companheiros masculinos, decidida a que de qualquer modo haveria um herdeiro. Já com poucos dias de casados se haviam separado ostensivamente. A Rainha se dedicou a favoritos que preenchiam o vazio:
  1. o primeiro deve ter sido o belo general Serrano, feito depois Capitão Geral de Granada para o afastar da corte, depois de embolsar milhões do pecúlio privado da rainha;
  2. o atraente cantor José Mirall;
  3. um extravagante músico italiano, Temístocles Solera;
  4. o marquês de Bedmar, enviado depois de dois filhos natimortos como embaixador em São Petersburgo com a condecoração do Tosão de Ouro;
  5. o capitão José María Ruiz de Araña;
  6. O pai de Alfonso XII, segundo todos os cronistas, foi o jovem militar do Corpo de Engenheiros, Enrique Puigmoltó;
  7. o ribombante Miguel Tenorio de Castilla, rico e culto andaluz que seria o pai de seus filhos Pilar, Paz, Eulalia e Francisco;
  8. Tirso Obregón, tenor;
  9. em 1867, o próprio sobrinho do autoritário general Narváez, Carlos Marfori, de quem mais se falou, posto que aparecia em público com a Rainha: era governador de Madri, intendente do palácio, Ministro do Ultramar.
Tinha havido outros da guarda real que seguiam turno, segundo o capricho da Rainha. Com tudo isso, é óbvio que perdeu a popularidade. Em contraste, Luísa Fernanda e Montpensier produziam muito felizes grande quantidade de filhos.

Montpensier tinha intenções quanto ao trono, conspirava sem cessar para colocar nele a esposa. Por se meter em assuntos de Estado, terminou exilado várias vezes durante o instável reinado de Isabel. A rainha, após quatro décadas, foi afinal deposta pelo povo em 1868. A Revolução militar republicana de 17 de setembro de 1868 que os espanhóis chamaram La Gloriosa até pensara na Infanta Luísa para a coroa mas a Espanha se cansara da sorte instável do reino, de ter um monarca incapaz de restaurar a glória nacional. A vida de casada da Rainha era um desastre, alguns membros da família a combatiam abertamente. O seu foi um reino perturbado por intrigas, rumores de escândalos, perturbações civis, grande instabilidade política.

A família real foi exilada do país basco, onde veraneava, e depois para a França no final de setembro de 1868, protegidos por Eugênia de Montijo. Em Paris, radicaram-se Isabel II e seus filhos. Na atual Avenida Kleber número 19 ela comprou no mesmo ano a mansão que batizou "Palácio de Castela", antigo hotel particular do colecionador Basilewski, pagando cerca de dois milhões de francos. Ali se ergue o Hotel Majestic, comprado pelo Estado em 1939.

Renunciou ao trono em Paris em 25 de junho de 1870 em favor do filho, o príncipe das Astúrias. Durante sete anos a Espanha havia tentado achar um sucessor para os Bourbons afastados. Poucos príncipes europeus se arriscaram. No final, os próprios políticos que a exilaram foram vê-la em Paris. Isabel II não podia obter restauração, mas seu único filho parecia a escolha adequada. Entre 1870 -1873 quem reinou na Espanha foi Amadeu I, filho do rei da Itália, que foi forçado a abdicar. Em 1874 o Príncipe das Astúrias recebeu a oferta do trono vago da mãe, ao qual ascenderia como Afonso XII em 1875. Pela segunda vez em sete décadas os Bourbons eram restaurados.

Isabel, pouco popular na Espanha, continuou na França. Vivia em Paris com sua corte e seu favorito Marfori, antigo Ministro da Marinha, dando esplêndidas festas (nas quais se viu até o xá da Pérsia) e recebendo discretamente o marido, que pensionava. Viveu no final da vida com um sevilhano casado, José Ramiro de la Puente, capitão de artilharia, adido à embaixada espanhola. Quem geria a casa e sua vida era um belo judeu de origem húngara, José Haltmann.

Casamento
Foi casada no salão do trono do Palácio Real de Madrid em 10 de outubro de 1864 com seu primo o Infante Francisco de Assis de Bourbon, batizado Francisco de Assis Maria Fernando de Bourbon e Bourbon, Duque de Cádiz, que tinha 22 anos e era homossexual, nascera em Aranjuez em 13 de maio de 1822 e morreria em 16 de abril de 1902 em sua casa no campo, em Epinay-sur-Seine, na França.

Descendência

  1. Isabel (1851-1931)
  2. Maria Cristina (1854)
  3. Afonso XII (1857-1885)
  4. Maria da Conceição (1859-1861)
  5. Maria de Pilar (1861-1879)
  6. Maria da Paz (1862-1946)
  7. Francisco (1863)
  8. Maria Eulália (1864-1958)


Origem: Wikipédia

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Petra na Jordânia

Petra (do grego "petrus", pedra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba.

Em 7 de julho de 2007 foi considerada, numa cerimônia realizada em Lisboa, Portugal, uma das novas «7 maravilhas do mundo».

A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 aC pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI aC, Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina.

Fundação
O ano 312 aC é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (atualmete Jerash).

Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controle das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira. O estilo arquitetônico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza ativa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego).

Época Romana
Entre os anos 64 e 63 aC, os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto. Em 106 dC, Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo direto de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebatizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.

Época Bizantina
Em 380 dC, o cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (atual Istambul).

Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até o ano em que um terramoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.

Em 551, um segundo terramoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave.

Redescoberta de Petra
As ruínas de Petra foram objeto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egito, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra 'Die Provincia Arabia' (1904).

Petra nos dias de hoje
  • A 6 de dezembro de 1985, foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
  • Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas.


Curiosidades:
  • Petra é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).
  • Peritos no domínio da hidráulica, os Nabateus dotaram a cidade de um enorme sistema de túneis e de câmaras de água.
  • Um teatro, construído à imagem dos modelos greco-romanos, dispunha de capacidade para 4000 espectadores.



– Algumas imagens da cidade de Petra:








Origem: Wikipédia e fotos de uma email recebido

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domingo, 15 de novembro de 2009

Dia 15 de novembro?


Hoje é dia da Proclamação da República no Brasil, sou monarquista, não comemoro esse dia.

Viva a monarquia pelo mundo!!

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Palácio Nacional de Queluz

O Palácio Real de Queluz (também chamado de Palácio Nacional) é um palácio do século XVIII localizado na cidade de Queluz no concelho de Sintra, distrito de Lisboa. Um dos últimos grandes edifícios em estilo rococó erguidos na Europa, o palácio foi construído como um recanto de verão para D. Pedro de Bragança, que viria a ser mais tarde marido e rei consorte de sua sobrinha, a rainha D. Maria I de Portugal.

Serviu como um lugar de encarceramento para a rainha Maria I enquanto sua loucura continuou a piorar após a morte de D. Pedro em 1786. Após o incêndio que atingiu o Palácio da Ajuda em 1794, o Palácio de Queluz tornou-se a residência oficial do príncipe regente português, o futuro D. João VI, e de sua família. Permaneceu assim até a fuga da família real para o Brasil em 1807, devido à invasão francesa em Portugal.

A construção teve inicio em 1747, tendo como arquiteto Mateus Vicente de Oliveira. Apesar de ser muito menor, é chamado frequentemente de "o Versalhes português". A partir de 1826, o palácio deixou de ser o predileto pelos soberanos portugueses. Em 1908, tornou-se propriedade do Estado. Após um grave incêndio em 1934, o qual destruiu o seu interior, o Palácio foi extensivamente restaurado e, hoje, está aberto ao público como um ponto turístico.

Uma das alas do Palácio de Queluz – o Pavilhão de Dona Maria – construído entre 1785 e 1792, é hoje um quarto de hóspedes exclusivo para chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal.

  • Foi classificado como Monumento Nacional em 1910.


História
Deve-se a D. Pedro III a iniciativa da construção, no século XVII. As obras começaram em 1755. O teatro real deste palácio, veio a ser inaugurado em 17 de dezembro de 1778 (1º aniversário da coroação da Rainha).

Destaca-se, para além do valor arquitetônico e patrimonial, a beleza dos jardins e a larga extensão de mata que o cerca.


Foi residência real e hoje tem vocação turístico-cultural. Os traços arquitetônicos salientam os estilos: 1. barroco, 2. rococó e 3. neoclássico. O palácio se organiza genericamente em L, enquadrando os jardins por meio de várias alas.



  1. Do lado externo, o palácio abre 2 braços curvos.
  2. No lado dos jardins, é visível a articulação das várias fachadas de aparato, nomeadamente a que enquadra o Jardim de Netuno ou Jardim Grande.
  3. No piso térreo, merece destaque o corpo central de 2 andares, firmado por portas e janelas de sacada.
  4. A fachada de cerimônia virada ao Jardim dos Azereiros ou Jardim de Malta, é constituída por 3 corpos.
  5. O desnível entre os jardins e o parque perde relevo perante a sequência de terraços e galeria porticada por pares de colunas toscanas, rematada por uma monumental escadaria.
  6. No interior, a organização dos compartimentos processa-se em linha.
  7. A decoração de algumas salas é digna de realce, sendo constituída por pinturas e afrescos (Sala das Açafatas), revestimento a espelhos, estuque e talha dourada (Toucador da Rainha, Sala do Trono), parquet de madeiras exóticas (Sala D. Quixote) ou azulejos (Corredor das Mangas).
  8. Os jardins são ornamentados por estátuas.

A chamada Quinta de Queluz – que anteriormente pertenceu ao marquês de Castelo Rodrigo, passou para posse real em 1654 e foi incorporada na Casa do Infantado. O palácio começou a ser construído em 1747. Daí até finais do século XVIII o edifício ganhou os contornos que apresenta hoje, nomeadamente com o marcado revestimento azulejar e a construção de sumtuosos jardins. No jardim chegou a existir uma pequena praça de touros, que viria a desaparecer.

A primeira fase de construção do jardim terminou em 1786. Oito anos depois, o palácio tornou-se oficialmente residência oficial da Família Real Portuguesa. Nele nasceu D. Pedro IV de Portugal (ou D. Pedro I do Brasil), em 12 de outubro de 1798. Quando da partida dos reis para o Brasil, em 1807, grande parte do recheio do palácio foi despojado. Em 24 de setembro de 1834, já como rei de Portugal (Pedro IV), Pedro I do Brasil viria a falecer no mesmo quarto em que nascera. A partir desta data entrou em declínio, até que em 1908 o rei D. Manuel II o cedia à Fazenda Nacional.

No ano de 1934 seria este palácio vítima de um violento incêndio que o destruiria parcialmente, entrando novamente em fase descendente. A 19 de dezembro de 2001 reabriu ao público a Sala de Música com um recital de Christiano Holtz, no restaurado Pianoforte Muzio Clementi, pertencente à coleção de instrumentos musicais do Palácio de Queluz.

Origem: Wikipédia



Doado ao Estado em 1908, abriu como Museu de Artes Decorativas em 1940, exibindo atualmente em ambientes de época coleções de mobiliário, pintura, cerâmica, ourivesaria, escultura e tapeçaria, provenientes na sua maioria da Casa Real. Desde 1957, o Palácio de Queluz é também Residência Oficial de Chefes de Estado. Instituto dos Museus e da Conservação - Palácio Nacional de Queluz

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sábado, 14 de novembro de 2009

D. Amélia Leuchtenberg, imperatriz do Brasil




Dona Amélia Augusta Eugênia Napoleona de Beauharnais (Milão, 31 de julho de 1812 — Lisboa, 26 de janeiro de 1876), princesa de Leuchtenberg, foi a segunda consorte de D. Pedro I, imperador do Brasil.







Infância e juventude
D. Amélia foi a 4ª filha do general Eugênio de Beauharnais, 1° duque de Leuchtenberg e sua esposa, a princesa Augusta da Baviera. Seu pai era filho de Josefina de Beauharnais e seu primeiro marido, o visconde Alexandre de Beauharnais, bem como filho adotivo de Napoleão Bonaparte, que o fez vice-rei da Itália. Sua mãe era filha do rei Maximiliano I José da Baviera e de sua primeira consorte, a princesa Augusta Guilhermina de Hesse-Darmstadt. Entre os irmãos de Amélia estavam Josefina de Leuchtenberg, rainha consorte de Óscar I da Suécia, e Augusto de Beauharnais, príncipe consorte de D. Maria II de Portugal (enteada de Amélia). Napoleão III foi seu primo-irmão. Amélia de Leuchtenberg passou a sua infância e parte de sua juventude em Munique. Ela foi oficialmente apresentada à corte da Baviera no Natal de 1828, aos 16 anos.

Casamento
Após a morte de sua primeira esposa, a arquiduquesa austríaca Maria Leopoldina, em dezembro de 1826, D. Pedro I do Brasil mandou buscar na Europa uma segunda esposa.

A convenção matrimonial de 30 de maio de 1829 foi ratificada em 30 de junho, em Munique, pela mãe e tutora da noiva, a duquesa de Leuchtenberg. Em 30 de julho daquele ano, foi confirmado, no Brasil, o tratado do casamento de Sua Majestade e Amélia de Leuchtenberg. A cerimônia do casamento foi realizada em Munique, a 2 de agosto daquele ano, na capela do palácio de Leuchtenberg, e o noivo foi representado pelo marquês de Barbacena. Amélia tinha apenas 17 anos e seu novo marido, trinta anos.

O marquês de Barbacena teve grande dificuldade em achar uma noiva, pois a fama do imperador não era boa na Europa, em parte por causa de Domitília de Castro e Canto Melo, sua polêmica amante.

No Brasil
Amélia chegou ao Rio de Janeiro em 16 de outubro de 1829, na fragata Imperatriz, vinda de Ostende, na Bélgica. Acompanhavam-na a bordo o marquês de Barbacena e a pequena dona Maria da Glória. A futura Maria II de Portugal. O casal recebeu as bençãos nupciais na capela imperial no dia seguinte. Amélia vinha acompanhada pelo irmão mais velho, de 19 anos, Augusto de Beauharnais, 2.° duque de Leuchtenberg, que foi condecorado pelo imperador, em 5 de novembro de 1829, com o titulo de duque de Santa Cruz. Mais tarde, Augusto casaria-se com Maria da Glória, tornando-se seu primeiro marido.

Encantado com a beleza da segunda esposa, D. Pedro I criou, para homenageá-la e para comemorar a ocasião, a Imperial Ordem da Rosa. No decreto de criação da ordem, também assinado por José Clemente Pereira, secretário de Estado dos Negócios do Império, diz Dom Pedro I:
"Querendo perpetuar a memória de meu faustíssimo consórcio com a princesa Amélia de Leuchtenberg e Eichstaedt por uma instituição útil que, assinalando esta época feliz, conserve-a em glória na lembrança da posteridade".

Ao chegar ao palácio de São Cristóvão, percebendo a falta de protocolo que reinava, Amélia impôs à corte como língua oficial o francês e o protocolo de uma corte européia. Pedro I tentou trazer para junto de si, no palácio, a duquesa de Goiás, a filha bastarda que teve com a marquesa de Santos, mas Amélia recusou-se a tê-la no palácio.

Volta à Europa
Após a abdicação de D. Pedro I ao trono do Brasil, em 7 de abril de 1831, D. Amélia seguiu com o marido de navio para a Europa. Encontrava-se grávida de 3 meses. Na França, D. Amélia estabeleceu residência em Paris, com a sua enteada, a rainha - sem trono - de Portugal, D. Maria da Glória, e com D. Isabel Maria, a duquesa de Goiás, que acabaria adotando por filha. No dia 30 de novembro de 1831, a imperatriz deu à luz a princesa Maria Amélia de Bragança. Enquanto isso, Dom Pedro I empreendia uma encarniçada luta contra o seu irmão, Miguel I, pelo trono português, em nome de sua filha, Maria da Glória. Quando, vitorioso, conseguiu retomar o trono para a sua filha, que voltou a reinar como D. Maria II. Assim, Amélia foi residir com o marido no Palácio de Queluz, em Lisboa.

Viúva
Com o falecimento de D. Pedro I, em 24 de setembro de 1834, D. Amélia dedicou-se a obras de caridade e ao cuidado de sua única filha, Maria Amélia. Por volta de 1850, após o falecimento de Pedro V de Portugal, seu enteado-neto, Dona Amélia retornou para a Baviera com sua filha. Essa última, vindo a contrair tuberculose, fez com que ambas se mudassem para Funchal, na Ilha da Madeira. Todavia, Maria Amélia não resistiu e faleceu, aos 22 anos de idade, em 4 de fevereiro de 1853. Após a morte da filha, voltou a residir em Lisboa, onde morreu em 26 de janeiro de 1876, aos 64 anos.

  • Seus restos mortais jazem na Cripta Imperial do Monumento à Independência do Brasil, no bairro do Ipiranha em São Paulo, trasladados para o Brasil, em 1982.


Descendência:
– com D. Pedro I do Brasil:
  1. Dona Maria Amélia de Bragança (1831 – 1853)


Origem: Wikipédia

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domingo, 8 de novembro de 2009

A loucura dos reis – Jorge III, o louco

Jorge III do Reino Unido (nome de batismo: George William Frederick; 4 de junho de 1738 – 29 de janeiro de 1820), da Casa de Hanôver, foi Rei da Grã-Bretanha de 1760 até 1801. A partir do Ato de União de 1800, Jorge III passou a ser Rei do Reino Unido. Jorge III recebeu o cognome de o Louco devido à instabilidade mental causada pela doença crônica que sofria (porfíria). Era filho de Frederico, Príncipe de Gales e da princesa Augusta de Saxe-Gota, e sucedeu ao avô Jorge II. No reinado de Jorge III deu-se a independência dos Estados Unidos da América, até então 13 colônias britânicas.



No 60 anos de reinado de Jorge III, houve curtos períodos em que o equilíbrio de sua mente ficou evidentemente perturbado:
  • entre meados de outubro de 1788 e março de 1789;
  • fevereiro-maio de 1801;
  • fevereiro-junho de 1804 e
  • outubro de 1810;
daí em diante caiu num estado de aparente demência senil para qual é possível que sua perturbação mental anterior o tivesse predisposto.

Ainda que Jorge III tivesse fundamentalmente uma índole nervosa, há poucos indícios de que tenha sido vítima de fragilidade mental durante os primeiros 28 anos de seu reinado. O início de sua vida não revelou nunhuma debilidade física ou mental, embora já em 1758, dois anos antes de sua subida ao trono, lorde Waldegrave tenha feito um comentário sobre sua personalidade neurótica:
"uma espécie de infelicidade em seu temperamento... sempre que está insatisfeito... torna-se mal-humorado e silencioso, e se recolhe em seu gabinete, não para apaziguar sua mente pelo estudo ou pela contemplação, mas sobretudo para se entregar ao melancólico desfrute de seu mau humor. Mesmo depois que o acesso termina, sintomas negativos podem retornar frequentemente".


Depois de coroado, Jorge teve alguns curtos períodos de doença. Em 1762, teve resfriados estranhos. Três anos depois, em 1765, sofreu de uma doença semelhante. Vinte e três anos depois, teve a mesma doença: um forte resfriado, febre e rouquidão. Nesse intervalo, revelou-se um dos mais conscienciosos monarcas britânicos. Ocorreram 2 grandes guerras: Guerra dos Sete Anos com a França e a Guerra da Independência Americana. Teve problemas em encontrar um primeiro-ministro confiável e competente que seria resolvido só em 1784 com o jovem William Pitt.

O rei teve na rainha Carlota uma esposa afetuosa e solícita, mas seus filhos, especialmente Jorge, príncipe de Gales, haveriam de lhe causar ansiedade em razão de sua extravagância e dissipação.

O dr. Willis submeteu o rei a um regime severo, que envolveu o uso de camisa-de-força e de uma cadeira especial para a contenção do paciente, que o rei chamava de de sua "cadeira da coroação". Ocasionalmente mandava amarrar seu paciente ao leito. A recuperação do rei foi motivo de grandes celebrações em toda a nação em 1789. Os antigos sintomas reapareceram em 1801, e os Willis foram chamados de volta, mas em 1804 já estava melhor. Em 1810 sua filha predileta, Amelie, ficou doente e morreu. Depois de sua acessão ao trono em 25 de outubro de 1810, a doença voltou. Viveu em um outro mundo solitário pelo resto de sua vida. A regência tornou-se permanente. A rainha Carlota, morreu em novembro de 1818. Jorge morreu em 29 de janeiro de 1820.


Descendência:
Jorge III casou em 8 de setembro de 1761 com a princesa alemã Sofia Carlota de Mecklenburg-Strelitz. O casal teve os seguintes filhos:
  1. Jorge IV do Reino Unido, Rei de Inglaterra (12 de agosto de 1762 - 26 de junho de 1830) casou com Carolina de Brunswick-Wolfenbüttel; sucedeu ao pai.
  2. Frederico, Duque de York (16 de agosto de 1763 - 5 de janeiro de1827) casou com Frederica, Princesa da Prússia.
  3. Guilherme IV do Reino Unido (21 de agosto de 1765 - 20 de junho de 1837) casou com Adelaide de Saxe-Meiningen; sucedeu ao seu irmão.
  4. Carlota, Princesa Real (29 de setembro de1766 - 6 de outubro de 1828) casou com Frederico, Rei de Württemberg.
  5. Eduardo Augusto, Duque de Kent e Strathearn (2 de novembro de 1767 - 23 de janeiro de 1820) casou com a Princesa Vitória de Saxe-Coburg-Saalfeld; pai da Rainha Vitória
  6. Augusta Sofia (8 de novembro de 1768 - 22 de setembro de 1840)
  7. Isabel (22 de maio de 1770 - 10 de janeiro de 1840) casou com Frederico, Landgrave de Hesse-Homburg.
  8. Ernesto Augusto I de Hanôver, Rei de Hanôver (5 de junho de 1771 - 18 de novembro de 1851) casou com a Princesa Frederica de Mecklenburg-Strelitz.
  9. Augusto Frederico, Duque de Sussex (27 de janeiro de 1773 - 21 de abril de 1843) casou primeiro com Lady Augusta Murray, de quem teve filhos; após a anulação deste casamento casou com Lady Cecilia Buggins.
  10. Adolfo, 1º Duque de Cambridge (24 de fevereiro de 1774 - 8 de julho de 1850) casou com Augusta de Hesse-Cassel.
  11. Maria (25 de abril de 1776 - 30 de abril de 1857) casou com o Príncipe Guilherme, Duque de Gloucester
  12. Sofia (3 de novembro de 1777 - 27 de maio de 1848) nunca casou; teve um filho ilegítimo do General Sir Thomas Garth.
  13. Otávio (23 de fevereiro de 1779 - 3 de maio de 1783)
  14. Alfredo (22 de setembro de 1780 - 20 de agosto de 1782)
  15. Amélia (7 de agosto de 1783 - 2 de novembro de 1810)
Origem : 'A loucura dos Reis' de Vivian Green

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Arco do Triunfo – Paris

O Arco do Triunfo (francês: Arc de Triomphe) é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, que ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de:

  • 128 batalhas e
  • 558 generais.
Em sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs-Élysées.



Iniciado em 1806, após a vitória napoleônica em Austerlitz, o Arc de Triomphe representa, em verdade, o enaltecimento das glórias e conquistas francesas, sob a liderança de Napoleão Bonaparte – seja este oficial das forças armadas, ou dotado da eminente insígnia imperial. A obra, foi somente finalizada em 1836, dada a interrupção propiciada pela derrocada do Império (1815). Com 50 m de altura, o monumental arco tornou-se, ponto de partida ou passagem das principais paradas militares, manifestações e, visitas turísticas.

– Diversos elementos arquitetônicos são dignos de observação:
  1. 30 medalhões, localizados sob a bela cornija, fazem, cada qual, referência a importantes batalhas travadas pelo exército francês, dentre as quais Aboukir, Ulm, Austerlitz, Iena, Friedland e Moscou.
  2. O friso, retrata a partida (fachada leste) e o retorno (fachada oeste) das tropas imperiais, visto que estas conflitaram em diversas regiões do continente europeu.
  3. Na fachada leste, os baixo-relevos aludem à batalha de Aboukir e à morte do general Marceau.
  4. À esquerda, situa-se o Triunfo de Napoleão. Este belo alto-relevo, de Cortot, representa a paz e a conquista napoleônica, alcançados pela celebração do Tratado de Viena (1810).
  5. Na alegoria, o imperador francês é coroado pela Vitória e reverenciado pela extinta Monarquia.
  6. À direita, situa-se a Partida dos Voluntários de 1792 (obra de François Rude), aptos a defender a recém-instaurada e revolucionária República.
  7. A liberdade, aqui, é representada pela guerreira e valente mulher, a comandar e a incitar o povo francês.
  8. Na fachada oeste, os alto-relevos impressionam pela intensa carga emotiva. Verifica-se a submissão do povo ao Estado e a crença, pelos populares, na vitória das forças armadas.


No interior dos arcos menores – encimados por interessantes alegorias à marinha, à infantaria e a outras guarnições, constam gravados inúmeros nomes de importantes oficiais franceses, assim como diversas localidades nas quais se travaram decisivas batalhas no âmbito do expansionismo francês, (Toulouse, Lille, Luxemburgo, Düsseldorf, Maastricht, Nápoles, Madrid, Porto, foz do rio Douro e Cairo) .

No solo – situa-se o memorável Túmulo do Soldado Desconhecido (“Ici repose un soldat français mort pour la patrie”). As cinzas do incógnito combatente francês, morto durante os sangrentos conflitos da I Guerra Mundial, ali repousam desde 1920.


Projetado por Jean Chalgrin, o Arco do Triunfo é, ainda e desde sempre, símbolo do patriotismo e orgulho francês.

"Um arco do triunfo é um tipo de monumento introduzido pela arquitetura romana originalmente utilizado como um símbolo da vitória em uma determinada batalha. Cada arco do triunfo romano, portanto, remete-se a uma batalha e a um imperador específicos na história romana e sua memória era celebrada através desta construção. Nem todos os arcos do triunfo da Antiguidade sobreviveram, mas durante a Idade Moderna, principalmente com o Neoclassicismo, eles foram usados como modelo para a construção de novos monumentos urbanos, em um contexto diferente do original."


Origem: Wikipédia

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sábado, 7 de novembro de 2009

Castelo Neuschwastein

O castelo de Neuschwanstein foi construído pelo rei Luís II da Baviera entre 1845-1886. Corresponde a uma concepção romântica da Idade Média. O Schloss Neuschwanstein (castelo ou palácio Neuschwanstein, "novo cisne de pedra") é um palácio alemão, perto das cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera, a escassas dezenas de quilômetros da fronteira com a Áustria.

Luis II entrou para a história como o rei ao mesmo tempo casto e fabuloso, duvidoso e crapuloso, herói e lamacento. Foi uma figura ambígua que marcou a história da Baviera. No castelo nós vemos um dos aspectos bonitos da alma do rei. Ele era apaixonado pelas coisas medievais. A concepção do edifício foi esboçada por Luís II da Baviera numa carta a Richard Wagner, datada de 31 de maio de 1868.

O castelo fica num panorama ultra favorável. Há no fundo um longo movimento montanhoso, e lagos de água puríssima. Também há uma floresta plantada que não é floresta virgem. Mas é tão densa e vigorosa que parece floresta virgem. Bem no meio está o castelo, que recebe sua força dos montes que desembocam nele, dominando tudo o que fica abaixo de um modo soberano. Deita uma garra sobre a natureza como um rei que procede de uma genealogia fabulosa e domina os seus povos de um modo altaneiro. A primeira impressão que sugere Neuschwanstein é produzida pelo jogo das torres. A mais alta, se divide em motivos ornamentais. Tem um telhado cônico, muito pontudo também, que dá a sensação de um píncaro do universo. Ela tem ameias e janelinhas. É uma torre própria para ser habitada. Dentro pode haver um quarto de pedra com uma grande lareira, onde se queima madeira no inverno, com um vitral. O edifício principal é constituído de três andares. O corpo central de Neuschwanstein é um edifício de pedra ou tijolo avermelhado, com um portal magnífico que dá para um terraço, onde há uma última torre.

O conjunto de salas no interior do Palácio contém a Sala do Trono seguida pela suite de Luís II, pelo Hall dos Cantores e pela Gruta. Por todo o lado, o desenho presta homenagem às lendas alemãs de Lohengrin, o Cavaleiro Cisne. O castelo Hohenschwangau, onde Luís II passou grande parte da sua juventude, tinha decorações destas sagas. Estes temas foram tomados nas óperas de Richard Wagner. No entanto, muitas das salas interiores permanecem sem decoração; apenas 14 delas foram finalizadas antes da morte de Luís II.



Depois de Luís II
O castelo é propriedade do estado da Baviera, ao contrário do Schloss Hohenschwangau que é pertença de Franz, Duque da Baviera. Este edifício inspirou a construção de um outro castelo da Casa de Wittelsbach, o Schloss Ringberg. O Schloss Neuschwanstein é contemporâneo do português Palácio da Pena, em Sintra, por vezes referido como "o Neuschwanstein português' (cerca de 1840).

A vizinha Marienbrücke (Ponte de Maria) sobre o desfiladeiro Pöllat, assim chamada em homenagem a Maria da Prússia, providencia uma estupenda vista das fachadas do Schloss Neuschwanstein.

Está previsto que o Castelo Neuschwanstein apareça nas moedas comemorativas de 2€ da Série dos Estados Federados da Alemanha, em 2012.

Em 2007, foi finalista na selecção das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.


Turismo
A partir de 1886, o Castelo Neuschwanstein conta com uma média de 1,3 milhões de visitantes anuais. Cada Verão, mais de 6.000 visitantes diários acumulam-se nas diferentes áreas que foram previstas para uma única pessoa. Contudo, o castelo tem igualmente inconvenientes, pois o estado livre da Baviera deve dispensar cerca de 11,2 milhões de euros por ano para a sua conservação e melhoramento dos serviços aos visitantes, mesmo que isso represente pouco face aos proveitos que o Castelo Neuschwanstein gera.


Curiosidades
  1. O complexo do castelo estende-se por 6.000 metros quadrados articulados em quatro andares e numerosas torres, com uma altura que atinge os 80 metros.
  2. O castelo pode ser considerado como um monumento dedicado a Richard Wagner, o qual Luís II da Baviera admirava muito. De fato, muitas das suas salas são inspiradas em óperas do compositor alemão.
  3. Luís II da Baviera empenhou todo o seu patrimônio na construção do castelo, no entanto habitou durante muito pouco tempo nesta residência.
  4. Luís II observou o avanço dos trabalhos diretamente do castelo onde passou a infância, o vizinho Schloss Hohenschwangau.
  5. A Sala do Trono não tem trono; isto porque Luís II morreu antes que o trono ficasse completo, e por isso não foi mais colocado no seu lugar.
  6. Uma das salas do castelo reproduz, de maneira muito realista, uma gruta com muitas estalactites e estalagmites, a qual possuiu uma cascata durante o reinado de Luís II.
  7. Luís II, receando os danos, ordenou ao curador do castelo que interditasse as visitas dos curiosos depois da sua morte. Poucas semanas depois da morte do soberano, o castelo abriu as suas portas aos visitantes. É atualmente é um dos lugares mais visitados da Alemanha em qualquer estação do ano.
  8. Afirma-se que este é o edifício mais fotografado da Alemanha, e um dos destinos turísticos mais atrativos do país.
  9. Afirma-se ainda que este verdadeiro castelo de contos de fadas da Baviera terá inspirado o moderno castelo da Cinderella na Disneylândia, símbolo da própria companhia Walt Disney.
  10. Este castelo serviu de modelo no anime Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) como o castelo do deus grego do submundo, Hades.
Origem: Castelos medievais e Wikipédia

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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Mongólia

A Mongólia é um país asiático sem saída para o mar localizado entre a Rússia (a norte), e a China, a leste, sul e oeste. Capital: Ulaanbaatar, que concentra um terço da população total do país. Língua oficial: mongol. Área: 1.566.500 km2. População: 2.996.081 hab. Moeda: togrog/tugrik. Os mongóis ganharam fama no século XIII, quando, sob a liderança de Gengis Khan, conquistaram um imenso império euroasiático. Depois da morte do seu líder, o império foi dividido em vários e poderosos estados mongóis, mas estes entraram em decadência e foram dissolvidos no século XIV. Os mongóis acabaram retornando as suas fronteiras originais (anteriores a Gengis Khan), no final do século XVII, foram dominados pelos chineses. O país retomou sua independência em 1921, com apoio soviético, e um regime comunista foi instaurado em 1924.


História
A região correspondente à Mongólia atual foi ocupada por diversas tribos nômades, segundo relatos chineses que remontam a séculos antes de Cristo. Os hunos aparentemente migraram para o oeste a partir das estepes da Mongólia. Por volta do século VII, os turcos surgem nos relatos chineses como nômades vindos do norte (da Mongólia). Nos séculos seguintes, os turcos migrariam para o sudoeste, ocupando outras áreas da Ásia, mas algumas tribos permaneceram no leste da Mongólia até o século XIII.

Entre os séculos XI e XII, um líder tribal chamado Kabul Khan reuniu as tribos mongóis contra a China controlada pela Dinastia Jin, mas foi derrotado, e a unidade mongol foi desfeita. No final do século XII, um jovem chamado Temujin unificara algumas tribos mongóis e turcas, e vence outras em batalha, sendo aclamado por todos os mongóis como Genghis Khan.

No início do século XX, a recém formada União Soviética instalou na jovem república mongol um líder com orientações bolcheviques, que lideraria um processo que levaria à instauração de um regime comunista, em 1925. A República Popular da Mongólia só foi reconhecida pela China em 1946. As dissenções entre Rússia e China fizeram com que as relações entre China e Mongólia fossem praticamente encerradas até a dissolução do Partido Comunista mongol e a queda do regime em 1990. Desde então, a Mongólia experimenta um regime parlamentarista com eleições diretas a cada 4 anos, além de um renascimento cultural e religioso sem precedentes nos 75 anos de comunismo.

A Mongólia é, desde 1990, um regime parlamentarista, pluripartidarista, com eleições diretas. Suas terras são muito utilizadas para os pousos das naves espaciais chinesas, devido a sua localização geográfica.

Os grandes líderes mongóis
Entre os séculos XI e XII, um líder tribal chamado Kabul Khan reuniu as tribos mongóis contra a China controlada pela Dinastia Jin, mas foi derrotado, e a unidade mongol foi desfeita. No final do século XII, um jovem chamado Temujin (Temuchin) unificara algumas tribos mongóis e turcas, e vence outras em batalha, sendo aclamado por todos os mongóis como Genghis Khan ("poderoso governante").

Genghis Khan – passou mais de 20 anos de sua vida, entre 1204 e 1227, governando os mongóis e conquistando novos territórios. Sua ambição era governar todas as terras entre os oceanos (Atlântico e Pacífico) e quase conseguiu. Começando com uma estimativa de 25000 guerreiros, e aumentou seu poderio subjugando outros nômades e atacou a China setentrional em 1211. Ele tomou Beijing (Pequim) em 1215 depois de uma campanha que deve ter custado 30 milhões de vidas chinesas. Os mongóis, voltaram-se ao Oeste, capturando a grande cidade comercial de Bukhara, na rota da seda, em 1220. A cidade foi incendiada e seus habitantes assassinados. Ao final de sua vida, a Mongólia era o coração de um império que incluía partes da China e da Manchúria, o reino de Xi Xia (que Genghis extinguira nos seus últimos dias de vida), toda a área dos atuais Casaquistão, Uzbequistão,Tajiquistão, Irã, Armênia e Geórgia, partes do Afeganistão, da Índia, da Rússia e do Iraque. Seus descendentes avançaram sobre o restante da China, todo o norte da Índia, Síria, praticamente toda a Rússia européia, parte da Polônia, Bulgária e Hungria, além de fazer dos turcos seljúcidas e dos reinos de Burma, Anan e Champa seus vassalos. Antes da morte, Genghis Khan dividiu o Império em 4 partes, a serem governadas por seus descendentes, mas subordinados ao Grande Khan.

Após a morte de Genghis Khan em 1227, seu filho Ogedei terminou a conquista da China setentrional e avançou para a Europa. Ele destruiu Kiev em 1240 e avançou para a Hungria. Quando Ogedei morreu em campanha em 1241, os mongóis retiraram-se para participar de uma eleição em sua capital, Karakorum, na Mongólia. As hordas de ouro, no entanto, mantiveram o controle da Rússia. A Europa foi poupada pois os governantes mongóis concentraram seus esforços contra o Oriente Médio e China meridional. Hulagu Khan, um neto de Genghis, exterminou os assassinos islâmicos e conquistou a capital dos muçulmanos, Bagdá, em 1258. A maior parte dos 100.000 habitantes da cidade foram assassinados. Em 1260, um exército muçulmano de Mamelucos (escravos guerreiros com status elevado) egípcios derrotaram os mongóis na atual Israel, acabando com a ameaça mongol para o Islã e suas cidades sagradas.

Kublai Khan – outro neto de Genghis, foi o último Grande Khan a obter sucesso na expansão do império, conquistando toda a China em 1279, fundando a Dinastia Yuan, que governaria os chineses por quase 100 anos. Tentativas de invasão do Japão foram frustradas com pesadas perdas em 1274 e 1281. Uma vez estabelecido o império, veio a grande paz, a dita Pax mongolica. Viajantes, entre os quais Marco Polo, cruzavam o país por meio dos caravançarás (abrigo para hospedagem de caravanas) do império. Houve um contínuo fluxo comercial, e também de idéias e tecnologia, entre homens de diversas terras e religiões. Por um período, os mongóis floresceram na região das estepes e partes do norte da China. Em 1294 Kublai morre na China, e o poderio mongol começou a declinar na Ásia e em outros lugares. Os 4 principados mongóis se tornaram formalmente independentes, e, com exceção do Canado da Horda Dourada na Rússia, tiveram curta existência. A Dinastia Yuan controlava a China e a Mongólia, sua terra natal. Mas quando o último imperador Yuan foi deposto pelos Ming, a Mongólia não obteve sua independência, e seu território permaneceu sob a autoridade chinesa até a queda do poder imperial, em 1911.

Timur Leng – Na década de 1370 um guerreiro turco-mongol, dizendo-se descendente de Genghis Khan, lutou pela liderança dos estados mongóis da Ásia Central e pôs-se a restaurar o Império Mongol. Seu nome era Timur Leng (Timur, o coxo; Tamerlão para os europeus e Príncipe da Destruição para os asiáticos). Com um outro exército de aproximadamente 100.000 cavaleiros, ele entrou na Rússia e na Pérsia, lutando principalmente com outros muçulmanos. Em 1398 ele saqueou Delhi, matando 100.000 de seus habitantes. Ele avançou para o oeste derrotando um exército egípcio de Mamelucos na Síria. Em 1402 ele derrotou um grande exército turco-otomano perto da atual Ankara. A beira de destruir o Império Otomano, ele novamente mudou de direção, inesperadamente. Morreu em 1404 marchando para a China. Preferia conquistar riquezas e dedicou-se a escravizar indiscriminadamente os vencidos, sem parar para instalar governos estáveis. Por isso, o grande reino herdado por seus filhos ruiu rapidamente após a sua morte, interrompendo a unidade dos mongóis.

Subdivisões
A Mongólia está dividida em 21 províncias ou aymags: Arhangay, Bayan-Ölgiy, Bayanhongor, Bulgan, Darhan-Uul, Dornod, Dornogovĭ, Dundgovĭ, Govĭ-Altay, Govĭsümber, Hentiy, Hovd, Hövsgöl, Ömnögovĭ, Orhon, Övörhangay, Selenge, Sühbaatar, Töv, Uvs e Zavhan); e uma cidade com estatuto autónomo: a capital, Ulaanbaatar.

Geografia
A maior parte do território da Mongólia é composta por planaltos, com cadeias montanhosas no norte e no oeste. A altitude média de todo o país é de aproximadamente 1.500 m - o ponto mais baixo do país, situado no sul, tem altitude superior a 500 m. A taiga (floresta de coníferas) cobre áreas extensas ao norte do país. Os montes Altai se situam no oeste, sendo o Tavan Bogd Uul, com 4.373 m, o ponto mais elevado do país, e o Deserto de Gobi, arenoso, cobre uma ampla extensão do sul ao leste, enquanto o resto do país é coberto por estepes, com vegetação rasteira e herbácea.

O clima é temperado continental e muito áspero, quase subpolar, com verões geralmente amenos e invernos longos e gelados. A temperatura média anual da capital, Ulaanbaatar, é de -5 °C, sendo desta forma «a capital mais fria do mundo». Janeiro é o mês mais frio na capital, com temperatura média de -25 °C, e o mês mais quente é julho, com temperatura média de 14,4 °C. Embora tenha invernos normalmente muito secos, Ulaanbaatar pode ser atingida eventualmente por violentas tempestades de neve. A temperatura atinge facilmente a -30 °C em praticamente todo o seu território, não sendo raro chegar a -40 °C ou -50 °C em determinadas localidades.



Economia
Baseada na produção agro-pastoril, com 90% das exportações constituídas de animais e derivados, mas muito limitada pela distância da Mongólia do mar, e pelas precárias estradas sem infra-estrutura. A grande dependência de ajuda estrangeira levou o país a uma preparação inadequada para os rigorosos invernos, e houve grandes perdas de animais, o que empobreceu a muitos. Quase um terço da população vive em extrema pobreza. A mudança da economia centralizada e dependente da União Soviética para uma economia de mercado foi traumática. Hoje o país é pobre com uma economia desfasada.

Cultura
A cultura da Mongólia é bastante homogênea, havendo poucas diferenças no seio da população.
Tem o seu próprio grupo étnico, que compreende 85% da população do país, a língua oficial o calca-mongol é falada por 90% das pessoas e 96% da população é budista.

A dieta da população consiste sobretudo em carne, sendo os vegetais uma novidade na dieta mongol. No sul, consome-se cordeiro e muitos produtos derivados do camelo. Nas montanhas, a carne bovina é muito mais comum. Na capital, Ulaanbaatar, existe uma vasta variedade de comida disponível, a maior parte desta importada.

Não há figura mais venerada na cultura popular mongol do que Genghis Khan, o fundador do Império Mongol no século XIII. Seu local de nascimento, seus possíveis locais de sepultamento, supostas relíquias pertencentes ao antigo conquistador mongol, são celebrados em procissões e feriados nacionais e considerados sagrados – num ponto onde cultura e religião começam a se fundir.

Fonte: Wikipédia

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Constantino I, o grande

Constantino I, Constantino Magno ou Constantino, o Grande (em latim Flavius Valerius Constantinus; Naissus, 272 - 22 de maio de 337), foi proclamado Augusto pelas suas tropas em 25 de julho de 306 e governou uma porção crescente do Império Romano até à sua morte.

Nascido em Naissus, na Mésia (atual Niš na Sérvia), filho de Constâncio Cloro (ou Constâncio I Cloro) e da filha de um casal de donos de uma albergaria na Bitínia, Helena de Constantinopla, Constantino teve uma boa educação - especialmente por ser filho de uma mulher de língua grega e haver vivido no Oriente grego, o que facilitou-lhe o acesso à cultura bilingue própria da elite romana - e serviu no tribunal de Diocleciano depois do seu pai ter sido nomeado um dos dois Césares, na altura um imperador júnior, na Tetrarquia em 293. Embora sua condição junto a Diocleciano fosse em parte a de um refém, Constantino serviu nas campanhas do César Galério e de Diocleciano contra os Sassânidas e os sármatas. Quando da abdicação conjunta de Diocleciano e Maximiano em 305, Constâncio seria proclamado Augusto (imperador senior), mas Constantino seria descartado como César em proveito de Flávio Severo (também conhecido modernamente como Severo II, título que jamais usou, para não ser confundido com o grande imperador do século anterior, Septímio Severo).

Pouco antes da morte de seu pai, em 25 de julho de 306, Constantino conseguiu a permissão de Galério para reunir-se a ele no Ocidente, chegando a fazer uma campanha juntamente com Constâncio Cloro contra os pictos, estando junto do leito de morte do seu pai em Eburacum (atual York) na Britânia, o que lhe permitiu impor o princípio da hereditariedade em seu proveito, proclamando-se César e sendo reconhecido como tal por Galério, então feito Augusto do Oriente. Desde o início de seu reinado, Constantino tinha o controle da Britânia,nGália, Germânia e Hispânia, com sua capital em Trier, cidade que fez embelezar e fortificar.

Nos dezoito anos seguintes combateu uma série de batalhas e guerras que o fizeram o governador supremo do Império Romano. Como Maximiano desejava retomar sua posição de Augusto, da qual havia-se afastado a contragosto junto com Diocleciano, Constantino recebeu-o na sua corte e aliou-se a ele por um casamento em 307 com a filha de sete anos de Maximiano, Fausta, o que lhe permitiu ser reconhecido tacitamente como Augusto em 308 por Galério, numa conferência dos tetrarcas em Carnuntum (atual Petronell-Carnuntum na Áustria). Em 309, no entanto, Constantino enfrentaria seu sogro, que tentava recuperar abertamente o poder, capturando-o em Marselha e fazendo assassiná-lo; em 310, Constantino seria formamente reconhecido como Augusto por Galério. Severo havendo sido entrementes eliminado, em 307, por Maxêncio, filho de Maximiano que havia-se proclamado imperador em Roma, Constantino deveria acabar por enfrentrar seu cunhado para conseguir o domínio completo do Ocidente romano. Após uma série de mediações fracassadas e lutas confusas, Constantino, após apoiar o usurpador africano Lúcio Domício Alexandre, cortando o suprimento de trigo de Roma, de 308 a 309, desceu em 312 até a Itália para eliminar Maxêncio.

Essas guerras civis constantes e prolongadas fizeram de Constantino, antes de mais nada, um reformador militar, que, para aumentar o número de tropas a sua disposição imediata, constituiu o cortejo militar do imperador (comitatus) num corpo de tropas de elite autosuficiente - um verdadeiro exército de campanha - principalmente pelo recrutamento de grande número de germanos que se apresentavam ao exército romano nos termos de diversos tratados de paz, a começar pelo chefe dos alamanos Chrocus, que teve um papel decisivo na aclamação de Constantino como Augusto.

Religião
O fato de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas: enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira Tetrarquia; ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, Deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção genealógica (um panegírico da época, para disfarçar a óbvia invenção, falava, dirigindo-se retoricamente ao próprio Constantino, que se tratava de fato "ignorado pela multidão, mas perfeitamente conhecido pelos que te amam") pala qual ele seria o descendente do imperador Cláudio II - ou Cláudio Gótico - conhecido pelas suas grandes vitórias militares, por haver restabelecido a disciplina no exército romano, e por ter estimulado o culto ao Sol.

Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na seqüência da sua vitória sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim:

In hoc signo vinces” — "Sob este símbolo vencerás"

De manhã, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu um vitória esmagadora sobre o inimigo. Esta narrativa tradicional não é hoje considerada um fato histórico, tratando-se antes da fusão de duas narrativas de fatos diversos encontrados na biografia de Constantino pelo bispo Eusébio de Cesaréia.

No entanto, é certo que Constantino era atraído, enquanto homem de estado, pela religiosidade e pelas práticas piedosas - ainda que se tratasse da piedade ritual do paganismo: o Senado Romano, ao erguer em honra a Constantino o seu arco do triunfo, o Arco de Constantino, fez inscrever sobre este que sua vitória devia-se à "inspiração da Divindade" (instinctu divinitatis mentis), o que certamente ia de encontro às idéias do próprio imperador. Até um período muito tardio de seu reinado, Constantino não abandonou claramente sua adoração com relação ao deus imperial Sol, que manteve como símbolo principal em suas moedas até 315.


Cristograma de Constantino
Só após 317 é que ele passou a adotar clara e principalmente lemas e símbolos cristãos, como o "chi-rô", emblema que combinava as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo ("X" e "P" superpostos). No entanto, já quando da sua entrada solene em Roma em 312, Constantino recusou-se a subir ao Capitólio para oferecer culto a Júpiter, atitude que repetiria nas suas duas outras visitas solenes à antiga capital para a comemoração dos jubileus do seu reinado, em 315 e 326.

A sua adoção do cristianismo pode também ser resultado de influência familiar. Helena, com grande probabilidade, havia nascido cristã e demonstrou grande piedade no fim da sua vida, quando realizou uma peregrinação à Terra Santa, localizou em Jerusalem uma cruz que foi tida como a Vera Cruz e ordenou a construção da Igreja do Santo Sepulcro, substituindo o templo a Afrodite que havia sido instalado no local - tido como o do sepultamento de Cristo - pelo imperador Adriano.

Mas apesar de seu batismo, há dúvidas se realmente ele se tornou cristão. A Enciclopédia Católica diz:
  • "Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos."

E a Enciclopédia Hídria observa:
  • "Constantino nunca se tornou cristão".
No dia anterior ao da sua morte, Constantino fizera um sacrifício a Zeus, e até o último dia usou o título pagão de Sumo Pontífice. E, de fato, Constantino, até o dia da sua morte, não havendo sido batizado, não participou de qualquer ato litúrgico, como a missa ou a eucaristia. No entanto, era uma prática comum na época retardar o batismo, que era suposto oferecer a absolvição a todos os pecados anteriores - e Constantino, por força do seu ofício de imperador, pode ter percebido que suas oportunidades de pecar eram grandes e não desejou "desperdiçar" a eficácia absolutória do batismo antes de haver chegado ao fim da vida.

Qualquer que tenha sido a fé individual de Constantino, o fato é que ele educou seus filhos no cristianismo, associou a sua dinastia a esta religião, e deu-lhe uma presença institucional no Estado romano (a partir de Constantino, o tribunal do bispo local, a episcopalis audientia, podia ser escolhida pelas partes de um processo como tribunal arbitral em lugar do tribunal da cidade). E quanto às suas profissões de fé pública, num édito do início de seu reinado, em que garantia liberdade religiosa, ele tratava os pagãos com desdém, declarando que lhes era concedido celebrar "os ritos de uma velha superstição".

Esta associação da casa imperial ao Cristianismo criou uma situação equívoca, já que o cristianismo tornou-se a religião "pessoal" dos imperadores, que, no entanto, ainda deveriam regular o exercício do paganismo - o que, para um cristão, significava transigir com a idolatria. O paganismo retinha ainda grande força política - especialmente entre as elites educadas do Ocidente do Império - situação que só seria resolvida por um imperador posterior, Graciano, que renunciaria ao cargo de Sumo Pontífice em 379 - sendo assassinado quatro anos depois por um usurpador, Máximo. Somente após a eliminação de Máximo e de outro usurpador pagão, Eugênio, por Teodósio I é que o cristianismo tornar-se-ia a única religião legal (395).

O imperador romano Constantino influenciou em grande parte na inclusão na igreja cristã de dogmas baseados em tradições. Uma das mais conhecidas foi o Édito de Constantino, promulgado em 321, que determinou oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção dos lavradores- medida tomada por Constantino utlizando-se da sua prerrogativa de, como Sumo Pontífice, de fixar o calendário das festas religiosas, dos dias fastos e nefastos (o trabalho sendo proibido durantes estes últimos). Note-se que o domingo foi escolhido como dia de repouso, não apenas em função da tradição sabática judaico-cristã, como também por ser o "dia do Sol" - uma reminiscência do culto de Sol Invictus.

Constantino legalizou e apoiou fortemente a cristandade por volta do tempo em que se tornou imperador, com o Édito de Milão, mas também não tornou o paganismo ilegal ou fez do cristianismo a religião estatal única. Na sua posição de Pontifex maximus - cargo tradicionalmente ocupado por todos os imperadores romanos, e que tinha a ver com a regulação de toda e qualquer prática religiosa no Império. O Imperador reafirmara o que já era do direito circunscricional da Igreja Romana - ou seja, que as igrejas cristãs locais, no que diz respeito a sua organização administrativa - inclusive quanto a eleição dos bispos - deveriam reportar-se à igreja de Roma, a capital.

A sua vitória em 312 sobre Maxêncio resultou na ascensão ao título de Augusto Ocidental, ou soberano da totalidade da metade ocidental do império, reconhecida pelo pagão Licínio, único Augusto do Oriente após a eliminação de Maximino Daia. A vitória de Constantino teve uma conseqüência militar imediata: Constantino aboliu definitivamente a Guarda Pretoriana, que havia sustentado Maxêncio e, com ele, os interesses políticos da aristocracia italiana, substituindo-a por um corpo de tropas de elite ligadas à pessoa do Imperador, as scholae palatinae, que, a partir daí, seriam o núcleo do sistema militar romano, enquanto os velhos corpos de tropa territoriais eram negligenciados. As scholae eram principalmente regimentos de cavalaria, que serviam como uma força-tarefa ligada à pessoa do Imperador, e seu principal objetivo era garantir uma capacidade de ação imediata em caso de guerra civil ou externa; quanto às forças de defesa territorial, os limitanei, estas acabaram reduzindo-se a uma mera força policial de fronteira, entrando em declínio imediato da sua capacidade combativa. O objetivo destas reformas militares era principalmente político, colocando a quase totalidade das forças militares móveis à disposição imediata do Imperador - com a exceção de certas unidades territoriais que eram equiparadas às forças móveis e chamadas pseudocomitatenses - concentradas em áreas urbanas onde pudessem ser mantidas abastecidas dos suprimentos que eram agora a maior parte do soldo militar (os pagamentos em dinheiro tornando-se recompensas esporádicas pagas quando da ascensão ou dos jubileus de ascensão do imperador ao trono).

Quando Licínio expulsou os funcionários cristãos da sua corte, Constantino encontrou um pretexto para enfrentar seu colega e, tendo negada permissão para entrar no Império do Oriente durante uma campanha contra os sármatas, fez disto a razão para derrotar e eliminar Licínio em 324, quando tornou-se imperador único.

Apesar de a Igreja ter prosperado sob o auspício de Constantino, ela própria decaiu no primeiro de muitos cismas públicos. Constantino, após ter unificado o mundo romano, convocou o concílio de Niceia, grande centro urbano da parte oriental do Império, em 325, um ano depois da queda de Licínio, a fim de unificar a Igreja cristã pois com as divergências desta, o seu trono poderia estar ameaçado pela falta de unidade espiritual entre os romanos. Duas questões principais foram discutidas no concílio de Nicéia:
  1. a questão da Heresia Ariana que dizia que Cristo não era divino mas o mais perfeito das criaturas,
  2. a data da Páscoa pois até então não havia um consenso sobre isto.
Constantino só foi batizado e cristianizado no final da vida. Constantino poderá ter favorecido o lado perdedor da questão ariana, uma vez que ele foi batizado por um bispo supostamente ariano, Eusébio de Nicomedia (que não deve ser confundido com o biógrafo do imperador, Eusébio de Cesaréia). A inclinação que Constantino e seu filho e sucessor na condição de Augusto único, Constâncio II, demonstraram pelo Arianismo, é bastante explicável, na medida em que ambos tentaram apresentar a figura do Imperador como um análogo do Cristo ariano: uma emanação divina, reflexo terreno do Verbo. A tempestuosa relação de Constantino com a Igreja da época dá conta dos limites da sua atuação no estabelecimento da Ortodoxia: pouco antes de sua morte, em 335, ele mandou exilar, na capital imperial de Trier, o patriarca de Alexandria – Atanásio, campeão da ortodoxia, por suas violentas atitudes antiarianas, e apesar do fato de que Atanásio continuou a ser perseguido pelos sucessores de Constantino, o abertamente ariano Constâncio II e o pagão Juliano, foi a sua visão teológica que acabou por prevalecer.

Fundação de Constantinopla
Visando resolver definitivamente o problema logístico da distância entre a capital e as principais frentes militares da época, sem recorrer ao expediente de uma residência imperial "interina", Constantino reconstruiu a antiga cidade grega de Bizâncio, que dedicou em 11 de maio de 330 chamando-a de Nova Roma, dotando-a de um Senado e instituições cívicas (14 regiões, um Forum, distribuições de trigo, um Prefeito Urbano) semelhantes aos da antiga Roma. Tratava-se, no entanto, de uma cidade puramente cristã, dominada pela Igreja dos Santos Apóstolos, junto a qual encontrava-se o mausoléu onde Constantino seria sepultado. Os templos pagãos de Bizâncio foram nela preservados, mas neles foram proibidos os sacrifícios e o culto das imagens dos deuses.

Após a morte de Constantino, Bizâncio foi renomeada Constantinopla, tendo-se gradualmente tornado a capital permanente do império. A fundação de Constantinopla foi complementada pelo tratado (foedus) realizado entre Constantino e seus descendentes com os godos, que, a partir de 332, passaram a defender a fronteira do Danúbio e fornecer homens ao exército romano, em troca de abastecimentos. A mudança da capital imperial enfraqueceu a influência do papado de Roma e fortaleceu a influência do Bispo de Constantinopla sobre o Oriente, um dos eventos notáveis que provocariam futuramente o Grande Cisma do Oriente.

Sucessão
Um ano depois do Primeiro Concílio de Niceia, em (326), durante uma viagem solene a Roma para a comemoração dos seus 20 anos de reinado, Constantino mandou matar seu próprio filho e sucessor designado Crispo, um general competente que provavelmente foi suspeito de intrigar para derrubar o pai. Pouco depois, sufocaria sua segunda mulher Fausta num banho sobreaquecido, provavelmente por suspeitar que ela tivesse intrigado contra Crispus, seu enteado. Mandou também estrangular o cunhado Licínio, que havia se rendido a ele em troca da vida e chicotear até à morte o seu filho (e sobrinho do próprio Constantino). Foi sucedido por seus três filhos com Fausta:
  1. Constantino II,
  2. Constante e
  3. Constâncio II,
os quais dividiram entre si a administração do Império até que, depois de uma série de lutas confusas, Constâncio II emergiu como Augusto único.

Apreciações póstumas
Constantino foi uma figura controversa já na sua época: o último imperador pagão, seu sobrinho Juliano, dizia que ele era atraído pelo dinheiro e que buscou acima de tudo, enriquecer a si e seus partidários - traço este (de saber enriquecer seus amigos) que também foi reconhecido pelo historiador Eutrópio e pelo próprio Eusébio de Cesaréia. O historiador pagão Zósimo criticou severamente suas reformas militares. Mas como primeiro imperador cristão, Constantino foi reverenciado durante toda a Idade Média, seja pela Cristandade Oriental, que o tinha como fundador do Império Bizantino - e a Igreja Ortodoxa acabou por canonizá-lo - seja pela Ocidental, que, sem atribuir-lhe o status de santo, considerava haver ele criado os Estados Papais, territórios doados ao Papa pela chamada Doação de Constantino. Só com o Iluminismo seu legado começou a ser pesadamente criticado, e o historiador inglês Edward Gibbon, no seu livro clássico sobre a "A história do declínio e queda do império romano" o caracteriza como um general romano de velha cepa a quem o poder absoluto (por extensão, o Cristianismo) havia convertido num déspota oriental. Com a secularização da sociedade moderna, a apreciação de Constantino em função exclusivamente das suas reformas religiosas perdeu acuidade - e ele passou a ser analisado em termos da sua própria época, como um dos fundadores, juntamente com Diocleciano, do Baixo-Império (ou Dominato), do qual ele estabeleceu as estruturas políticas e sociais básicas.


Origem: Wikipédia

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Benção


"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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