sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

D. Diniz - rei de Portugal


Filho de D. Afonso III e de D. Beatriz de Castela. A doença de seu pai preparou-o bem cedo para governar. Sexto rei de Portugal. Foi aclamado em Lisboa em 1279, para iniciar um longo reinado de 46 anos, inteligente e progressivo. Lutou contra os privilégios que limitavam a sua autoridade. Em 1282 estabeleceu que só junto do rei e das Cortes se podiam fazer as apelações de quaisquer juízes, e um ano depois revogou doações feitas antes da maioridade. Em 1284 recorreu às inquirições. Em 1290 foram condenadas todas as usurpações.

Quando subiu ao trono, estava a coroa em litígio com a Santa Sé motivado por abusos do clero em relação à propriedade real. D. Dinis por acordo diplomático, obteve a concordata após a qual os litígios passaram a ser resolvidos pelo rei e os seus prelados. Apoiou os cavaleiros portugueses da Ordem de Santiago, que pretendiam separar-se do seu mestre castelhano. Salvou a Ordem dos Templários em Portugal, passando a chamar Ordem de Cristo.

Travou guerra com Castela, mas dela desistiu depois de obter as vilas de Moura a Serpa, territórios para lá do Guadiana e a reforma das fronteiras de Ribacoa. Percorreu cidades e vilas, em que fortificou os seus direitos, zelou pela justiça e organizou a defesa em todas as comarcas. Fomentou todos os meios de uma riqueza nacional, na extracção de prata, estanho, ferro, exigindo em troca um quinto do minério a um décimo de ferro puro. Desenvolveu as feiras, protegeu a exportação de produtos agrícolas para a Flandres, Inglaterra e França. Exportações que abrangiam ainda sal e peixe salgado. Em troca vinham minérios e tecidos. Estabeleceu com a Inglaterra um tratado de comércio, em 1308. Foi o grande impulsionador da marinha, embora fosse à agricultura que dedicou maior atenção. Fundou aldeias, estabeleceu toda uma série de preciosas medidas tendentes a fomentarem a agricultura, adotando vários sistemas consoante as regiões a as províncias.

Deve-se ainda a D. Dinis um grande impulso na cultura nacional. Entre várias medidas tomadas, deve citar-se a Magna Charta Priveligiorum, primeiro estatuto da Universidade, e tradução de muitas obras.

  • A sua corte foi um dos centros literários mais notáveis da Península.



Nasceu em 9 de outubro de 1261, e morreu em Santarém a 7 de janeiro de 1325. Casou em 1288 com D. Isabel (nasceu em Saragoça, 1270; morreu em Estremoz a 4 de julho de 1336; enterrada em Santa Clara de Coimbra), filha de Pedro III e de D. Constança, reis de Aragão.

– Tiveram a seguinte descendência:

  1. D. Constança – nasceu em 3 de janeiro de 1290; casou em 1307 com Fernando IV, rei de Castela; morreu em 18 de ovembro de 1313
  2. D. Afonso IV, herdou a coroa – nasceu em 1291 e morreu em 1357


– De várias mulheres teve D. Dinis os seguintes filhos:

  1. D. Pedro Afonso – nasceu em 1280; foi conde de Barcelos; morreu em Lalim, c. 1354;
  2. D. Afonso Sanches – nasceu 1288; morreu em Vila do Conde, 1329. Filho de Aldonça Rodrigues Telha, foi senhor de Albuquerque em Castela, jaz no Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde;
  3. D. Pedro Afonso – nasceu e morreu em data incerta. Casou com D. Maria Mendes, foi sepultado na Capela de Santa Isabel da Sé de Lisboa;
  4. D. João Afonso – nasceu em data incerta; degolado em 4 de junho de 1325. Filho de D. Maria Pires, foi legitimado a 13 de abril de 1317; foi senhor de Lousã a Arouce; casou com D. Joana Ponce, de família asturiana;
  5. D. Fernão Sanches – nasceu e morreu em data incerta. Casou com D. Froilhe Anes de Besteiros;
  6. D. Maria Afonso – nasceu e morreu em data incerta. Filha de D. Marinha Gomes, mulher nobre de Lisboa; casou com D. João de Lacerda, fidalgo castelhano;
  7. D. Maria Afonso – nasceu em data incerta; morreu em 1320. Foi religiosa no Convento de Odivelas, tendo deixado fama de santidade.

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"Que o caminho seja brando a teus pés, O vento sopre leve em teus ombros.Que o sol brilhe cálido sobre tua face, As chuvas caiam serenas em teus campos. E até que eu de novo te veja.... Que Deus te guarde na palma de Sua mão."
(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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