quarta-feira, 14 de julho de 2010

Isabel da Áustria – Sissi


Isabel da Baviera (Elisabeth Amalie Eugenie von Österreich-Ungarn) nasceu em Munique, 24 de dezembro de 1837 e morreu em Genebra, 10 de setembro de 1898, depois Isabel da Áustria, foi a imperatriz consorte de Áustria e a rainha consorte da Hungria devido ao seu casamento com o imperador Francisco José I. Era conhecida como Sissi d'Áustria e Hungria.


Pertencente à nobre Casa de Wittelsbach, Isabel Amália Eugénia era a segunda filha do duque Maximiliano José da Baviera (1808-1888) e de sua esposa, Ludovica (1808-1892). Sua mãe era a oitava filha de Maximiliano I, que foi o primeiro rei da Baviera. Ela e seus sete irmãos sobreviventes cresceram na propriedade da família, o Castelo de Possenhofen, próximo do lago Starnberger. Os seus familiares e amigos costumavam chamá-la carinhosamente de Sisi; porém, nos filmes e romances inspirados na vida desta princesa, a alcunha foi grafada como Sissi. Praticava na infância atividades como pesca desportiva e equitação.


Casamento
Em agosto de 1853, a tia materna de Sissi, a arquiduquesa Sofia, viúva do segundo filho do imperador Francisco I da Áustria, convidou sua irmã, Ludovica, para visitá-la em companhia de sua filha Helena, a irmã mais velha de Sissi. O objetivo da arquiduquesa com esse encontro, ocorrido em uma estância de verão em Ichl, era casar seu filho, o imperador Francisco José I, com a prima, de dezessete anos. Contudo, Isabel, de quinze anos, foi também ao encontro e acabou conquistando o imperador. Até hoje, acredita-se que foi amor à primeira vista.

No dia 24 de abril de 1854, na Igreja de Santo Agostinho, em Viena, Sissi, com dezesseis anos, desposou seu primo Francisco José, então com quase vinte e quatro anos. Isabel teve dificuldades em se adaptar à estrita etiqueta da corte de Habsburgo. O casamento gerou quatro filhos:
  1. Sofia Frederica (5 de março de 1855 - 29 de maio de 1857), adoeceu e morreu em função de diarréia;
  2. Gisela (12 de junho de 1856 - 27 de julho de 1932), desposou o príncipe Leopoldo da Baviera;
  3. Rudolfo, herdeiro do trono (21 de agosto de 1858 - 30 de janeiro de 1889), desposou a princesa Estefânia da Bélgica, assassinado;
  4. Maria Valéria (22 de abril de 1868 - 6 de setembro de 1924), desposou o arquiduque Francisco Salvador da Áustria-Toscana.


– Problemas
Sissi sofria de depressão por causa de seu casamento infeliz e da rígida vida na corte austríaca. Não tinha um bom relacionamento com a sogra, a arquiduquesa Sofia nem com a aristocracia da corte, que desprezava sua informalidade. A arquiduquesa escolheu o próprio nome para a primeira filha de Sissi, sem a consultar. Além disso, Sofia impedia-a de ver a criança, que morreu dois anos depois durante uma viagem em Budapeste. O marido estava quase sempre ocupado com a política do império, o que cooperou com sua solidão.

"Perambulo solitária sobre a Terra há tempo, alienada da vida e do prazer; não tenho e nunca tive alma que me entendesse"—A imperatriz em seu diário

Em 1860, ela deixou Viena depois de contrair uma doença nos pulmões, que presumivelmente era psicossomática. Ela passou o inverno na Ilha da Madeira e só retornou à Viena depois de visitar as Ilhas Jônicas. Ficou novamente doente e retornou à Corfu.

Ela teve seu único objetivo político alcançado em 1867, quando ela e o Imperador Fracisco José foram coroados Rei e Rainha da Hungria. Dez meses depois, nasceu sua outra filha a Arquiduquesa Maria Valéria. Isabel foi banida de qualquer influência maior em seus filhos mais velhos. Eles foram criados pela avó, Sofia, que se referia a Isabel como "sua tola mãe". Após o nascimento de Maria Valéria, o casamento começou a se deteriorar, aumentado pelo comportamento errado de Isabel.

Isabel, embarcou em uma vida de viagens, visitando a Ilha da Madeira, Hungria, Inglaterra e Corfu. Ela não ficou conhecida somente pela beleza, mas também pelo seu senso de moda, dietas e exercícios físicos, paixão por cavalgadas e vários amantes.

A Imperatriz também engajou-se em escrever poemas. Muitas de suas poesias referem-se a suas viagens, à Grécia Clássica e à temas românticos. Nesses anos, Isabel também passou a estudar a Grécia antiga e moderna e a língua grega. Ela lia numerosos livros gregos.

Em janeiro de 1889, Sissi recebeu a notícia sobre a morte de seu único filho, o príncipe herdeiro Rudolfo. Ele foi encontrado morto ao lado da amante, a baronesa Maria Vetsera, de dezessete anos. A versão oficial de suicídio, é hoje contestada por alguns historiadores que afirmam que ele foi assassinado por apoiar o nacionalismo húngaro. A imperatriz nunca superou a morte de Rudolfo fato que contribuiu para agravar ainda mais sua depressão.


Rainha da Húngria
Em 8 de junho de 1867, juntamente com o marido, Sissi foi coroada rainha da Hungria na sequência da assinatura do compromisso austro-húngaro. A sua dificuldade de adaptação às rígidas regras da corte de Viena e a preferência da imperatriz pela Hungria afrontaram a Áustria e isolaram cada vez mais Isabel da vida familiar e dos compromissos oficiais, que procurou abandonar desde o seu casamento, por detestar o protocolo e as obrigações impostas pelo título do marido.

Sissi já demonstrava interesse pelos húngaros por volta de 1865 e, quando o império austro-húngaro se estabeleceu, ganhou o Palácio de Gödöllö da nação. No ano seguinte, ela deu à luz sua terceira filha, Maria Valéria, que cresceu imersa na cultura húngara, como a rainha desejou.


Saúde e hábitos
Diferentemente da Sissi imortalizada pela atriz Romy Schneider nos filmes, a verdadeira imperatriz foi uma esposa infeliz, depressiva, vaidosa e anoréxica, e sua personalidade "sombria" está retratada no Museu Sissi, no Palácio Imperial de Hofburg.

Bela, dedicava três horas de seu dia penteando seus longos cabelos, que lhe chegavam aos pés. Para manter a pele bonita, ela usava máscaras faciais feitas de morangos prensados ou dormia com bifes ao rosto. Tinha uma verdadeira obsessão por seu peso: tinha o costume de se pesar três vezes por dia. Pesava cerca de quarenta e cinco quilos e tinha 1,73 metro de altura. Fazia dietas rigorosas. Pensava que choques térmicos poderiam ajudá-la a emagrecer e, por isso, tomava banhos de vapor e, em seguida, mergulhava-se em banhos de água fria. Tinha também o hábito de colecionar fotografias de mulheres bonitas, comparando-as consigo mesma. Por volta de 1895, foi diagnosticada com desnutrição e problemas pulmonares.


Assassinato
Em 10 de setembro de 1898, em Genebra, Suíça, Sissi foi assassinada por um anarquista italiano, Luigi Lucheni. Inicialmente, o anarquista não tinha intenção de assassinar a imperatriz, mas sim qualquer personalidade que se encontrasse na cidade. Irritou-se quando soube que o príncipe d'Orleans, herdeiro do trono da França - o alvo perfeito - havia saído de Genebra na véspera.

Na manhã do dia 10, após sair do Hotel Beau-Rivage em que estava hospedada, a caminho de uma embarcação para atravessar o lago de Genebra, Sissi foi abordada por Luigi que a golpeou com um fino estilete em forma de agulha no coração. A imperatriz caiu, mas ainda assim conseguiu levantar-se aparentemente sem sentir dor alguma. Sem perceber a gravidade do golpe que sofrera, apressou-se junto a sua acompanhante para não perder o barco. Isabel da Áustria desmaiou a bordo, o barco retornou ao cais e ela foi levada ao hotel onde morreu naquela tarde. Seu corpo está sepultado na Cripta Real dos Habsburgo na Igreja dos Capuchinhos, em Viena, ao lado do filho e do marido.


Fonte: Wikipédia

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(Uma antiga bênção Irlandesa)
 
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